Yuan supera euro e
se torna 2ª moeda mais importante nas reservas de divisas do Brasil
O
yuan ultrapassou o euro e se tornou a segunda moeda mais importante das
reservas de divisas do Brasil em 2022, segundo um relatório publicado na
sexta-feira (31) pelo Banco Central.
Até
2019 o yuan estava praticamente ausente das reservas de divisas do Brasil. No
entanto, no final de 2022, a moeda chinesa chegou a representar 5,37% das
detenções do Banco Central brasileiro, excedendo a quota de 4,74% do euro. Em
2021, a quota do yuan foi de foi de 4,99% e a do euro de 5,04%.
Enquanto
isso, o dólar dos EUA continua a dominar, com 80,42% do total das reservas
cambiais.
No
início desta semana a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e
Investimentos (Apex-Brasil) comunicou que China e Brasil deram mais um passo
para avançar nas negociações de comércio e investimento entre os dois países,
que serão realizadas diretamente nas suas moedas nacionais.
Dois
acordos iniciais foram assinados nesta quarta-feira (29) em Pequim, durante o
Fórum Empresarial Brasil-China.
O
primeiro estabelece que o banco brasileiro BBM, controlado pelo Banco Chinês de
Comunicações (BOCOM), se una ao sistema interbancário de pagamentos da China
(CIPS, na sigla em inglês) uma alternativa no país asiático ao sistema
internacional SWIFT.
"A
expectativa é reduzir os custos das transações comerciais com o intercâmbio
direto entre reais e yuans. O banco será o primeiro participante direto deste
sistema na América do Sul", aponta um comunicado emitido pela agência.
Analistas
observam que o conflito na Ucrânia e as sanções antirrussas têm impulsionado o
crescimento da desdolarização, um processo em que moedas como o yuan
desempenham um papel importante, a fim de evitar os riscos que a moeda dos EUA
representa.
Usando dólar como arma os próprios EUA
aproximam o fim de sua hegemonia, diz Global Times
Os
Estados Unidos, ao usar o dólar como um instrumento de coerção em todo o mundo,
contribuem eles próprios para a tendência crescente de desdolarização, escreve
jornal chinês Global Times.
"Com
o sistema Bretton Woods e o sistema do petrodólar, o dólar evoluiu de um meio
dominante de pagamento, liquidação e investimento para uma ferramenta de
chantagem e coerção política", aponta a mídia.
"Ao
transformar em arma sua hegemonia do dólar, os EUA não só podem impor
arbitrariamente sanções unilaterais a outros países, como também podem coletar
riqueza global e exportar seus próprios riscos para o resto do mundo através de
políticas monetárias irresponsáveis", acrescenta o artigo.
O
jornal aponta que cada sistema monetário tem o seu fim, e que não é a Rússia,
China, Índia ou qualquer outro país, mas os próprios EUA que desencadeiam essa
tendência inevitável do fim do domínio da moeda estadunidense.
As
sanções de Washington impostas à Rússia são uma manifestação das ambições
hegemônicas dos EUA, o que reforça o desejo de outros países na arena
internacional de reduzir a dependência do dólar. Estes países estão buscando
substituir o sistema SWIFT para evitar a "coerção monetária" dos EUA,
e esse impulso está se tornando "mais aparente e mais forte", aponta
Global Times.
Vale
ressaltar que nesta semana China e Brasil firmaram um acordo para realizar
transações financeiras e comerciais diretamente em reais e yuans, ignorando o intermediário
representado pelo dólar.
• Analista: Pentágono planeja aumentar
gastos militares após vitória da Rússia sobre regime de Kiev
O
Pentágono planeja aumentar os gastos com o Exército após a vitória da Rússia na
Ucrânia, disse o ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos
Estados Unidos Scott Ritter ao canal Judging Freedom no YouTube.
De
acordo com ele, o chefe do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley,
considera a perspectiva de desenvolvimento da crise ucraniana do ponto de vista
da vitória da Rússia.
"'Quando
a Rússia ganhar', já não dizemos 'se a Rússia ganhar'. O chefe do Estado-Maior
Conjunto diz que, quando a Rússia vencer, teremos que dobrar nosso orçamento de
defesa para compensar as vantagens da Rússia, que se acumularão. Isto aumentará
o orçamento de US$ 880-900 bilhões [R$ 4,47-4,57 trilhões], o que já é demais,
para US$ 1,8 trilhão [R$ 9,14 trilhões], senhoras e senhores – é o que o
Pentágono está dizendo", disse Ritter.
O
especialista também ressaltou que o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, já havia
pedido ao Congresso para aumentar seus gastos, exigindo US$ 300 bilhões [R$ 1,5
trilhão] para substituir os equipamentos militares enviados para a Ucrânia.
Entretanto, o custo anunciado pelos EUA da assistência ao regime de Kiev foi de
US$ 50 bilhões [R$ 254 bilhões].
Os
países ocidentais afirmam constantemente que a Ucrânia deve derrotar a Rússia
no campo de batalha. Com isso, o Ocidente, liderado pelos EUA, vem aumentando o
fornecimento de armas e equipamentos militares a Kiev, enquanto amplia as
sanções impostas à Rússia.
No
final de fevereiro, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, avisou que
Moscou seria forçada a afastar ainda mais a ameaça ocidental das suas
fronteiras se Washington fornecesse mísseis de longo alcance a Kiev.
• Pentágono se mostra preocupado com
possível aliança militar entre Rússia e China
Uma
aliança militar entre Moscou e Pequim criaria riscos para os EUA, disse o
general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto.
"Queremos
ter uma abordagem geoestratégica que não leve a Rússia e a China para os braços
uma da outra para formarem uma aliança militar real. Há algumas indicações de
que essa conversa está em andamento. Mas isso é muito diferente de alianças
reais e modelos militares", disse Milley durante um evento virtual
organizado pelo portal Defense One.
De
acordo com o general norte-americano, Pequim e Moscou ainda não estão formando
uma aliança militar, mas se ela surgisse, seria um desafio para os EUA.
"Se
ocorrer uma guerra entre três superpotências, duas das quais seriam contra nós,
será um desafio muito grande", onservou Milley. Ele ressaltou que
Washington não quer uma guerra entre superpotências e por isso adere à
filosofia: "Paz pela força".
"A
retórica na China e em outros lugares, incluindo os EUA, pode dar a impressão
de que estamos à beira de uma guerra com a China. Isso pode acontecer, um
incidente que pode desencadear uma escalada descontrolada. Então isso não é
impossível. Mas neste ponto não acho que colocaria [o conflito] na categoria de
'provável'", disse o chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA.
Anteriormente,
o presidente dos EUA, Joe Biden, disse para não exagerar a importância da
aproximação entre a Rússia e a China.
FMI aprova oficialmente US$ 15,6 bilhões
em financiamento para a Ucrânia, diz mídia
A
Ucrânia terá acesso a um empréstimo de financiamento condicionado a reformas do
grupo credor, relatou a Bloomberg.
O
conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) deu na sexta-feira
(31) a aprovação final a um pacote de ajuda de US$ 15,6 bilhões (R$ 78,99
bilhões) para a Ucrânia, o primeiro empréstimo da instituição a uma nação em
guerra, escreve a agência norte-americana Bloomberg.
De
acordo com a fonte da agência, o conselho aprovou o empréstimo de quatro anos.
Ele tem vindo a ser negociado desde junho e é o primeiro com condições de
financiamento.
O
programa será dividido em duas fases. Na primeira, nos primeiros 12-18 meses, a
Ucrânia se compromete com medidas para fortalecer a estabilidade fiscal,
externa, de preços e financeira, incluindo a eliminação do financiamento
monetário.
A
segunda fase implicaria reformas mais amplas para reforçar a estabilidade
macroeconômica e apoiar a recuperação e reconstrução do país, inclusive à luz
do objetivo da Ucrânia de adesão à União Europeia. O FMI espera que durante
este período a Ucrânia volte às estruturas políticas anteriores ao conflito,
incluindo uma taxa de câmbio flexível e um regime de metas de inflação.
Trata-se
do maior empréstimo do FMI à Ucrânia desde o começo da operação militar
especial da Rússia.
Coreia do Norte acusa Kiev de pedir armas
nucleares: 'Manifestação perigosa da ambição de Zelensky'
Em
texto intitulado "Devaneio nuclear imprudente convida à
autodestruição", Kim Yo-jong, irmã do líder coreano, diz que petição
lançada por Kiev para armas nucleares mostra que Zelensky quer perpetuar seu
poder "apostando no destino de seu país e de seu povo".
Neste
sábado (1º), a irmã do presidente norte-coreano Kim Jong-un, Kim Yo-jong,
acusou a Ucrânia de pedir armas nucleares.
De
acordo com Yo-jong, o site do presidente ucraniano Vladimir Zelensky,
recentemente publicou um apelo pedindo a implantação de armas nucleares dos
Estados Unidos no território da Ucrânia, ou a fabricação de armas nucleares por
conta própria.
A
irmã do líder diz que no site, informa-se que se mais de 25.000 habitantes
assinarem o recurso no prazo de 90 dias, o presidente analisará a proposta de
iniciativa e esclarecerá sua posição oficial sobre a mesma, segundo a KCNA.
"Este
é um véu plausível da expressão da vontade do público, mas não é difícil
adivinhar que é um produto da sinistra conspiração política das autoridades de
Zelensky. É um fato bem conhecido que Zelensky esclareceu na Conferência de
Segurança de Munique em fevereiro de 2022 sua posição de restaurar a posição do
Estado de armas nucleares do país e funcionários da Ucrânia revelaram
abertamente sua ambição nuclear em várias ocasiões", relembrou a irmã do
líder e vice-diretora do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia.
Kim
ainda acrescentou que "as autoridades ucranianas, tomadas pela megalomania
incurável de que podem derrotar a Rússia, estão incorrendo em um desastre
nuclear que ameaça sua existência sem qualquer consciência elementar de
previsão e qualquer capacidade de lidar com suas consequências".
Na
visão da vice-diretora, a fala de Zelensky sobre a introdução de armas
nucleares americanas "é uma manifestação de sua perigosa ambição política
de prolongar seus dias restantes a qualquer custo, apostando no destino de seu
país e de seu povo".
Na
tarde de hoje (1º), a petição havia obtido apenas 611 assinaturas, muito aquém
das 25.000 necessárias para uma resposta da presidência ucraniana. As
autoridades de Kiev não comentaram a petição até agora, segundo a Reuters.
Rússia aumenta em várias vezes a produção
de armas convencionais e de alta precisão para tropas
A
produção de armas convencionais e de alta precisão para as tropas russas que
participam da operação militar especial na Ucrânia aumentaram múltiplas vezes,
disse neste sábado (1º) o ministro da Defesa da Rússia general de exército
Sergei Shoigu.
Mais
cedo hoje, ele realizou uma reunião no quartel-general do agrupamento conjunto
das forças russas, onde foi abordada a questão do fornecimento de munições às
tropas.
"Por
conta da expansão da capacidade de produção e aumento da produtividade do
trabalho, a quantidade de seus produtos para fornecimento às tropas cresceu
várias vezes. Estamos falando de armas convencionais e de alta precisão",
disse o general.
O
ministro ressaltou que isso "permite cumprir as tarefas definidas pelo
comandante em chefe de acordo com o plano de execução da operação militar
especial".
Shoigu
observou que os especialistas definiram os volumes necessários de suprimentos
das munições mais demandadas, e agora estão sendo tomadas medidas para
aumentá-los.
Anteriormente,
uma fonte próxima dos militares informou que as Forças Armadas da Rússia já
receberam na zona da operação militar na Ucrânia várias centenas de tanques
avançados diretamente da fábrica, que são principalmente modelos T-90M Proryv.
• Mídia revela armamentos para a Ucrânia
que os EUA deverão anunciar em poucos dias
Washington
aprovará na segunda-feira (3) armamentos que deverão incluir radares de
rastreamento aéreo, armas antitanque e mísseis para sistemas de defesa
antiaérea NASAMS, segundo a Reuters.
Um
novo pacote de ajuda militar dos EUA à Ucrânia, de US$ 2,6 bilhões (R$ 13,16
bilhões), deverá ser anunciado na segunda-feira (3), informaram na sexta-feira
(30) três autoridades dos EUA citadas pela agência britânica Reuters.
A
lista de material militar, que deve ser concluída neste fim de semana, pode
incluir radares de rastreamento aéreo, foguetes antitanque e caminhões de
combustível, além de vários tipos de munições, incluindo munições para tanques
e munições aéreas de precisão.
O
pacote de auxílio militar inclui ainda equipamentos para a colocação de pontes
que as forças ucranianas poderiam usar para atacar posições russas, veículos de
recuperação para ajudar a recuperar equipamentos pesados avariados como tanques
e mais mísseis para sistemas de defesa antiaérea NASAMS enviados por Washington
e aliados a Kiev.
Um
total de US$ 2,1 bilhões (R$ 10,63 bilhões) dos suprimentos vem de fundos da
Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia (USAI, na sigla em inglês),
que permite à Casa Branca comprar armas diretamente da indústria, enquanto os
restantes US$ 500 milhões (R$ 2,53 bilhões) vêm da Autoridade de Redução Presidencial
(PDA, na sigla em inglês), que tem estoques emergenciais dos EUA.
Os
Estados Unidos prometeram mais de US$ 30 bilhões (R$ 151,9 bilhões) em
assistência militar para a Ucrânia desde o começo da operação militar especial
da Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Fonte:
Sputnik Brasil
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