SERVIDORES PÚBLICOS
LANÇAM CARTA AOS BAIANOS E AO GOVERNADOR
Professores,
policiais civis, policiais penais, servidores do Ministério Público da Bahia,
servidores da Secretaria da Fazenda, e servidores do Poder Judiciário,
representados pela Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia
(Fetrab), lançaram, na manhã desta sexta-feira (31), carta aberta aos baianos e ao governador Jerônimo
Rodrigues.
A
Fetrab solicita abertura de um canal de diálogo através da instalação de um
“sistema de negociação permanente” com a nova gestão estadual e o reajuste
salarial linear de 9% de acordo com os indicativos e parâmetros propostos pelo
governo Lula para todos os servidores públicos baianos.
O
Coordenador-Geral da Fetrab, Kleber Rosa, salienta que a carta tem como objetivo ressaltar a importância da valorização do funcionalismo
público enquanto patrimônio da Bahia e dos baianos. Rosa destaca que, devido ao
perfil do novo governador, professor e
servidor público de carreira, a Fetrab acredita que a Bahia passará a implementar uma política de diálogo com as
entidades que representam os servidores.
” Um Estado que valoriza o serviço público,
valoriza o bom atendimento, e, respectivamente, a garantia dos direitos da
população. Então, na carta a gente defende o patrimônio público como algo
pertencente ao povo e, nesse sentido, devemos preservá-lo. Isso sinaliza também nossa posição contrária às privatizações e,
obviamente, a valorização do trabalhador porque é quem opera, de fato, a máquina
do Estado em benefício da população baiana”, pontua Kleber Rosa, ao destacar
que trata-se de um governo que pertence ao “campo da esquerda” e que possui um
compromisso com a luta contra o fascismo e com a defesa do serviço público que
é disponibilizado a sociedade.
“Dados
recentes divulgados na imprensa, mostram que o salário médio dos servidores
públicos da Bahia, em 2023, está abaixo do valor pago em 2010, em termos reais,
ou seja, descontada a inflação. Esse quadro demonstra uma desvalorização salarial dos trabalhadores do
serviço público do estado, que têm sido prejudicados pela falta de reajustes
adequados e pela ausência de planos de carreira consistentes”, revela a Fetrab
em carta enviada à imprensa.
Os
sindicatos que compõem a Fetrab vão realizar panfletagem em frente à
Governadoria, no CAB, na próxima segunda-feira (3), a partir da 10h. A nova
diretoria da Fetrab é composta por: Kleber Rosa, Jorge Washington ( Fetrab);
Girlene Santana, Maria José e Elísio Duyprath (Sinpojud); Cláudio Meirelles
(Sindsefaz ); Marinalva Nunes, Maria Ivonilde e Jorge Araújo (ACEB); Ramon Carvalhal
(Sinspeb); Jadilson Ferreira e Reonei Menezes ( Sindpoc); Flávio Penedo e Almir
Silva (Sindsemp ); Luiz Carlos (Aepeb-Sindicato); Jorge Claudemiro (Sindsefaz);
José Nogueira (Filiado a APLB-Sindicato); Jorge Cassemiro (ASFI).
Presidente da Embasa critica má qualidade
no serviço de terceirizadas e defende mudança na forma de contratação
Recém-chegado
ao comando da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), o presidente
Leonardo Góes criticou o serviço prestado por empresas terceirizadas
contratadas pelo órgão, especialmente em Salvador. Em entrevista ao Bahia
Notícias nesta semana, o gestor apontou que a forma de contratação das
terceirizadas e o perfil das empresas contribuem para a prestação de um serviço
que não é de qualidade.
"Mas
é normal, quando você chega com um serviço tão essencial e o nosso corre por
debaixo da terra, no subsolo, e o ordenamento das cidades não é necessariamente
o melhor dos mundos sabendo que as cidades crescem de forma desordenada e eu
preciso tentar ordenar o que não é muito ordenado. Entendo que isso causa um
transtorno, não tem uma sintonia entre ações de urbanização concentradas. É
preciso fazer intervenções e necessariamente no pavimento, quase sempre, você
tem todo tipo de intervenção e interferência no serviço quando você tenta ou
vai abrir uma nova rede em uma cidade urbanizada como Salvador. Mas isso não
tira a responsabilidade de uma correção bem feita", iniciou Leonardo Góes.
Na
avaliação do presidente da Embasa, uma possível solução para o problema é que a
companhia pague para que a própria prefeitura faça o serviço de correção do
pavimento. Além disso, Leonardo Góes frisou que a forma de contratação das
prestadoras de serviço tem levado a empresas ruins. "Eu defendo que nos
municípios maiores que tiverem os contratos de pavimentação o ideal é que ele
meça o meu e eu faça o pagamento porque o próprio município tem condições de
controlar qualidade e a gente evita essa discussão", disse.
"Mas
dizer a você que não tem esse problema? Tem, e tem pelo interior todo. Talvez
essa seja uma das maiores reclamações que resvala na imagem da companhia, é um
serviço terceirizado e na minha opinião a forma de contratação não é a melhor.
Pode ser talvez legalmente a mais indicada, mas na prática tem levado a
empresas ruins, com mergulhos de preços inexequíveis e depois se transformam em
má qualidade, ou tenta-se compensar o preço com uma má qualidade. Eu acho que o
melhor tipo de contratação é aquela mais próxima do que você orça",
finalizou.
SALVADOR
EM FOCO
Recentemente
o prefeito Bruno Reis tem criticado o serviço da Embasa em Salvador. Um dos
principais pontos para o gestor municipal é a interrupção no abastecimento de
água, além dos sucessivos rompimentos na rede que causam transtornos no dia a
dia da cidade. Além disso, o prefeito afirmou que a capital baiana representa
cerca de 50% da receita da Embasa, mas a empresa não empenha investimentos na
mesma proporção.
Questionado
sobre as críticas, Leonardo garante que tem boa relação com Bruno e pretende
retomar o diálogo para chegar a um denominador comum. "Temos uma boa
relação inclusive. Já havíamos conversado antes do pleito eleitoral, ainda como
secretário e com Rogério [Cedraz], ex-presidente. Pretendemos retomar, se você
olhar a questão maior no município e esse talvez é o nosso foco principal, é
contratualizar com Salvador. É uma troca, você está falando sobre investimentos
a serem feitos para universalizar aqui até 2033 e por outro lado uma proposta
de intervenção de urbanização, conjunta", disse.
"Parte
dos nossos problema e o que a população vê na prática são ligações clandestinas
na rede de drenagem, também ausência de drenagem em alguns bairros. Essa eu
acho que é a pauta, nós temos zonas críticas mapeadas. A exemplo do Mané Dendê,
foi feito um projeto de urbanização integrada, Embasa e prefeitura, a gente
pretende nas zonas críticas discutir com o prefeito Bruno, entrar com esse
recurso, aportar recurso no fundo municipal de saneamento para que a prefeitura
possa junto com a Embasa tratar de forma integrada", acrescentou.
Fonte:
Ascom Fetrab/BN
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