Política migratória de Trump favorece
indústria de prisões privadas dos EUA
Mais de
32.000 migrantes foram presos nos primeiros 50 dias do mandato de Donald Trump.
No entanto, apesar dos anúncios do presidente republicano, as expulsões permanecem
estáveis em relação ao mandato de Joe Biden. De fato, é necessário tempo para
organizar os voos de repatriação, e alguns países se recusam a receber os deportados. Muitos deles,
portanto, aguardam em centros de detenção nos Estados Unidos. Isso favorece
grandes grupos privados que administram esses centros.
Nos
Estados Unidos, a maioria dos leitos nos centros de detenção não é
administrada pelo Estado, mas por empresas com fins lucrativos, que também são
responsáveis pela gestão de alguns presídios. Os dois gigantes do setor são
GEOgroup e CoreCivic.
A maior
parte das atividades dos dois grupos ocorre nos Estados Unidos (mas o GEOgroup
também tem contratos na Austrália e na África do Sul). O faturamento anual
alcança bilhões de dólares. São empresas de capital aberto, e o valor de suas
ações disparou após a eleição de Trump. O preço dessas ações se manteve muito
alto desde então e as empresas esperam receber ainda mais migrantes detidos.
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Dobrar o número de leitos
Atualmente,
os centros estão operando a quase 90% de sua capacidade. E o responsável de
Trump pelas fronteiras, Tom Homan, anunciou que pretende mais do que dobrar o
número de leitos para atender às necessidades do plano de expulsão em larga
escala da Casa Branca.
Uma
série de contratos foi recentemente assinada. O GEOgroup está reabrindo um
centro de detenção em Nova Jersey, que deve gerar para a empresa US$ 60 milhões
por ano, durante 15 anos. Por sua vez, a CoreCivic anunciou há duas semanas a
reabertura de um centro no Texas, com 2.400 vagas. Essa fase é “uma das mais
emocionantes da minha carreira”, disse o CEO da empresa em fevereiro, citado
pelo jornal New York Times. Ele espera, para os próximos anos, um
grande crescimento para a companhia.
·
Apoio à campanha de Donald Trump
Esses
grupos contribuíram para a campanha de Donald Trump com pelo menos US$ 1
milhão, segundo a ABC News. Um valor que, sozinho, não seria capaz
de mudar o curso das eleições nos Estados Unidos. No entanto, vale destacar que
as empresas do setor recentemente mudaram suas estratégias. Normalmente, elas
faziam doações quase equivalentes a candidatos democratas. Desta vez,
praticamente todas as doações foram para o campo do republicano.
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Reviravolta na situação
As
perspectivas nem sempre foram tão boas para as empresas do setor. Há quatro
anos, grandes bancos haviam se comprometido a parar de financiar essas
empresas, após uma forte mobilização contra elas, acusadas de se aproveitar do
sofrimento dos migrantes. Inspeções também revelaram a insalubridade de vários
centros e prisões, além da falta de acesso a cuidados médicos.
Além
disso, denúncias foram feitas sobre trabalho forçado, já que os detidos, por
vezes, são obrigados a trabalhar por apenas um dólar por hora. O cenário, no
entanto, mudou. Há dois anos, o Bank of America e o Wells Fargo suavizaram suas
condições de empréstimo. Por fim, Joe Biden, apesar de suas promessas de
campanha, manteve durante seu mandato a maioria dos contratos entre o Estado e
esses grupos privados.
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Trump ignora decisão judicial e transfere 17 supostos
criminosos para El Salvador
O
secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, anunciou na segunda-feira
(31/03) que o governo dos Estados Unidos enviou um novo grupo de 17 supostos
“criminosos”, incluindo venezuelanos da organização
Tren de Aragua,
de origem venezuelana, a El Salvador. A transferência
ocorreu na noite anterior, ignorando uma ordem judicial determinada por dois
tribunais do país contra tais expulsões.
No
anúncio, sem fornecer os detalhes, a autoridade norte-americana também
mencionou que alguns deles fazem parte da MS-13, que surgiu em Los Angeles.
Reforçou ainda que o governo de Donald Trump designou os dois grupos como
“Organizações Terroristas Estrangeiras”.
“Ontem
à noite, em uma operação de contraterrorismo bem-sucedida com nossos aliados em
El Salvador, os militares dos EUA transferiram um grupo de 17 criminosos
violentos do Tren de Aragua e da MS-13, incluindo assassinos e estupradores”,
afirmou Rubio em publicação pelo X.
Pela
mesma plataforma, o presidente salvadorenho Nayib Bukele, de extrema direita,
publicou um vídeo registrando o momento do desembarque dos homens, a bordo de
um avião militar. Nas imagens, os supostos “criminosos” estão algemados e são
levados à força pelas forças policiais de El Salvador. Em seguida, transferidos
a um ônibus rumo ao Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), onde são
forçados a ficarem ajoelhados e, logo, trancados nas celas da detenção.
A
transferência deste novo grupo viola a ordem do juiz distrital de Washington,
James Boasberg, e a decisão do Tribunal de Apelações do mesmo distrito, que na
semana passada proibiu o governo Trump de deportar novos cidadãos venezuelanos
para El Salvador. Segundo Boasberg, os imigrantes não podem ser transferidos
sem que antes seja garantido o direito de contestar as alegações contra eles,
sendo este um processo legal.
No
entanto, na sexta-feira (28/03), o republicano apelou à Suprema Corte que
suspendesse a ordem judicial para, assim, prosseguir com o uso da Lei do
Inimigo Estrangeiro, de 1798, invocada por ele para deportar imigrantes. De
acordo com Trump, a interferência da Justiça viola a Constituição ao cercear o
direito do mandatário de tomar decisões em questões envolvendo segurança
nacional. Até o momento, o mais alto tribunal norte-americano não se pronunciou
sobre este assunto.
O
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por sua vez, tem condenado as
deportações promovidas pelos EUA e as consequentes prisões dos cidadãos
venezuelanos. Segundo ele, tratam-se de “sequestro” ao serem “levados a um
campo de concentração nazista em El Salvador”.
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Venezuela denuncia crimes contra humanidade
O
procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, denunciou nesta
segunda-feira que pelo menos 250 venezuelanos foram detidos arbitrariamente e
submetidos a “tratamento cruel, desumano e degradante” em El Salvador. Ao
revelar que nenhum destes 250 casos registrados possuem vínculo ao Tren de
Aragua, a autoridade venezuelana destacou que as medidas norte-americanas e
salvadorenhas configuram crimes contra a humanidade de acordo com o Estatuto de
Roma.
Saab
explicou que, apesar das acusações do governo Bukele, nenhum dos venezuelanos
presos consta nas listas internacionais de procurados do Ministério Público venezuelano.
“Mais
de 50 membros do Tren de Aragua estão presos aqui, outros foram mortos e o
resto tem alertas vermelhos. Por que El Salvador detém civis que nem são
procurados?”, questionou, acrescentando que recorrerá a tribunais
internacionais, como o Tribunal Penal Internacional (TPI), e apresentará
materiais para denunciar as condições do CECOT, onde “os detidos são tratados
como animais”
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Claudia Sheinbaum:
‘migração se resolve com justiça social, não com muros’
Em
coletiva de imprensa, nesta terça-feira (01/04), a presidenta do México, Claudia
Sheinbaum,
deu detalhes da proposta de criação de um polo de desenvolvimento, onde serão
prestados cuidados médicos, laborais e educativos na fronteira sul do país, com
a Guatelama.
A
proposta foi apresentada à secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos,
Kristin Noem, na última sexta-feira (28/03), durante um encontro ocorrido
Palácio Nacional.
Na
reunião, Sheinbaum
recebeu de Noem uma lista de exigências dos Estados Unidos, que
incluiu a proteção da fronteira sul com a Guatemala, a aceitação de voos de
deportação e o fim do fluxo de drogas e de imigrantes indocumentados.
Nesta
segunda-feira (31/03), em entrevista à Fox News, a secretária
norte-americana contou detalhes do encontro, que classificou como “produtivo” e
afirmou que Sheinbaum “é notável” e que tem estado “muito envolvida na
fronteira sul”.
Mas,
frisou: “o presidente (Trump) não quer que as pessoas continuem falando, ele
quer ação. Ela (Sheinbaum) tem a oportunidade de fazer algo que relatarei ao
presidente para ver se podemos lidar melhor com a situação tarifária que seu
povo está enfrentando”.
Cerca
de 10 mil guardas mexicanos já foram mobilizados na fronteira norte do país.
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´Rejeitamos imposições´
Apesar
de Noem considerar o encontro “produtivo”, ele terminou com apenas um tratado
renovado: o acordo aduaneiro, assinado em 2022 com o ex-presidente Andrés
Manuel López Obrador, foi renovado.
Aos
jornalistas, na manhã desta terça, Sheinbaum reiterou que “a migração se
resolve com justiça social, não com muros”, e defendeu uma cooperação baseada
em respeito mútuo e não subordinação.
“É uma
questão de colaboração, porque não é uma questão do que o presidente Trump
estabelece em relação ao México. Isso é muito importante, é uma questão de colaboração,
coordenação, não subordinação”, apontou.
A
proposta mexicana vai na contramão da pressão estadunidense em militarizar a
região para conter a migração e o tráfico de drogas. Seu projeto inclui a
extensão do Comboio Interoceânico do Istmo de Tehuantepec – uma alternativa ao
Canal do Panamá – até à Guatemala.
“A
melhor maneira de lidar com a migração não é com soldados, mas com centros de
bem-estar que geram emprego e oportunidades”, afirmou a presidenta referindo-se
aos centros já existentes em Tapachula.
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México inicia campanha
para as primeiras eleições judiciais da sua história
O
Instituto Nacional Eleitoral do México (INE) oficializou neste domingo (30/03)
o início da campanha para as primeiras eleições judiciais da
história do país,
cuja data de votação está marcada para o dia 1º de junho.
O
pleito nasce da aprovação, em setembro passado, do
último projeto de lei promovido pelo governo de Andrés Manuel López Obrador
(2018-2024).
Segundo
o comunicado da máxima autoridade eleitoral mexicana, há 881 cargos judiciais
em disputa, desde os juízes de tribunais distritais, passando pelos magistrados
de tribunais estaduais até os nove ministros da Suprema Corte de Justiça (SCJN,
por sua sigla em espanhol), os dois do Superior Tribunal Eleitoral e os cinco
do Tribunal de Disciplina Eleitoral (similar mexicano ao Conselho Nacional da
Magistratura).
Segundo
a presidenta do México, Claudia
Sheinbaum,
as eleições para juízes, desembargadores e ministros da SCJN “vão demonstrar
que o México é o país mais democrático do mundo, porque não vamos eleger apenas
o presidente, governadores, deputados, senadores, mas também todo o Poder
Judiciário”.
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Quem concorre aos cargos
O INE
comunicou que pouco mais de 3,4 mil pessoas se candidataram aos cargos
disponíveis, a grande maioria para as disputas nos 32 estados que renovarão
seus sistemas judiciais.
Todos
os candidatos e candidatas habilitados são formados em Direito e tiveram que
cumprir, como requisito, apresentação do histórico universitário com nota média
entre oito e nove em disciplinas relacionadas ao cargo, além de um mínimo de
cinco anos de experiência na prática jurídica, seja como advogados ou
trabalhadores do sistema judiciário.
O
período de mandato dos magistrados eleitos variará de acordo com cada cargo. No
caso dos ministros da SCJN, os mandatos serão de 12 anos, sem direito à
reeleição.
Cerca
de 100 milhões de pessoas estão habilitadas para votar nas eleições judiciais.
Os eleitores que residem fora do país não poderão votar. Já para os residentes
no território mexicano, o voto será obrigatório.
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Regras de campanha
De
acordo com as leis do processo eleitoral, os candidatos não receberão fundos
públicos e poderão usar seus próprios fundos, com um limite de até 70 mil
dólares para os candidatos à SCJN e de 11 mil dólares para os que postulam aos
demais cargos.
Os
postulantes não poderão comprar espaço publicitário nos meios de comunicação,
mas estão autorizados a utilizar seus canais de mídia social, desde que não
façam pagamentos para expandir o alcance de suas mensagens.
A
campanha eleitoral será encerrada em 28 de maio, três dias antes da data
marcada para as eleições.
¨ EUA revogam licença
para petroleiras atuarem na Venezuela
O
governo dos Estados Unidos revogou no último domingo (30/03) as licenças para
que empresas petroleiras atuem na Venezuela. A espanhola Repsol e a francesa
Maurel & A Prom eram as companhias que tinham conseguido as licenças
para explorar petróleo
venezuelano durante
o governo de Joe Biden.
A
medida aumenta ainda mais a pressão do governo norte-americano sobre Caracas
depois do início das
deportações em massa de
venezuelanos dos EUA. Para estancar a sangria e evitar o clima de desespero, o
governo tem dito que a Venezuela está preparada para lidar com a ausência de
petroleiras. A vice-presidente e ministra do Petróleo, Delcy Rodríguez, disse
que há um contato permanente com as empresas para que elas
sigam no país.
“Temos
mantido uma comunicação fluida com as transnacionais de petróleo e gás que
operam no país, e que foram notificadas nas últimas horas pelo governo dos EUA
sobre a revogação das suas licenças. Estávamos preparados para esta situação e
estamos prontos para continuar a cumprir os contratos com estas empresas, no
âmbito da Constituição e das leis venezuelanas”, afirmou.
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Preocupação do governo
Mesmo
com o discurso otimista, o Brasil de Fato apurou que há uma
preocupação interna do governo com a produção para os próximos meses e os
efeitos que isso terá para a economia. Com a falta de entrada de dólares, a
ideia em um primeiro momento é segurar investimentos públicos que não sejam
primordiais. Até o momento, já começou um revezamento da distribuição de
energia, o que, segundo o governo, não está diretamente relacionado à produção
petroleira. O próprio trabalho presencial está passando por um revezamento para
evitar que a população se desloque.
Segundo
a economista venezuelana, Katiuska Lopez, o primeiro efeito sentido é a
desvalorização da moeda local, o bolívar, frente ao dólar. De acordo com ela, a
cotação da moeda é feita por agentes econômicos que usam da própria insegurança
para especular a moeda, especialmente a cotação paralela ilegal.
“Há
fatores que interferem nesse preço do dólar. A começar pelas reservas
internacionais e depois o risco-país. Para esses técnicos, que são atores
políticos, o que importa é que o país está com um risco econômico muito mais
alto para investimento, demanda, oferta e isso sobe o risco-país. Em função
disso, o dólar sobe. Nesse momento, cada anúncio é previsível. Isso, em efeito
dominó, faz com que a circulação de dinheiro seja afetada porque as pessoas não
querem vender os dólares, o que afeta o preço paralelo e, por tabela, o preço
oficial”, afirmou.
Mesmo
com um bloqueio contra o setor petroleiro venezuelano que já dura oito anos, a
Venezuela se tornou em 2024 o 3º país que mais vende petróleo para os Estados
Unidos. Ao todo, o país chegou em outubro de 2024 a uma média de 295 mil barris
de petróleo vendidos por dia aos EUA.
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Fim das operações da Chevron
A
decisão da Casa Branca vem na esteira do anúncio do fim das operações da
Chevron na Venezuela.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou no começo de março que a
petroleira norte-americana teria 30 dias para encerrar as suas operações no
país. Depois, o prazo foi ampliado até maio.
A
medida proíbe que a Chevron exporte petróleo venezuelano, tenha negócios e
sociedade com a petroleira estatal PDVSA, pague impostos ou royalties para o
governo da Venezuela e realize transações com empresas russas que tenham sede
na Venezuela ou com pessoas já sancionadas pelos EUA.
Para
Katiuska Lopez, o aumento da pressão sobre a Venezuela era “previsível”, já que
Donald Trump prometeu, desde o começo, um avanço contra o governo de Nicolás
Maduro. Ela afirma que realmente houve um aprendizado em relação às operações
durante a fase mais dura das sanções.
“Era
algo previsível porque Trump representava um aumento na temperatura com os EUA.
Ele tem uma política muito mais agressiva. Obviamente que Trump tenta evitar a
estabilidade econômica e política da Venezuela. Sem esperar muito em troca
porque a política deles é de neutralização, mas dentro desse cerco imposto
pelos Estados Unidos há um pouco de preparo porque conseguimos recuperar um
pouco da economia. Na primeira fase mais dura das sanções houve um
aprendizado”, disse ao Brasil de Fato.
A
Chevron era responsável por produzir cerca de 220 mil barris de petróleo por
dia, enquanto a Repsol produzia 60 mil e a Maurel & Prom entre 20 mil e 25
mil. Trump já havia anunciado que iria “reverter as concessões” feitas pela
Casa Branca porque o chefe do Executivo venezuelano, Nicolás Maduro, não está
cumprindo o acordo de deportações no ritmo esperado.
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Atuação com PDVSA
A
decisão dos EUA também foi tomada sete meses depois de a Assembleia Nacional
venezuelana ter aprovado a prorrogação por 15 anos da atuação da empresa mista
que possui com a norte-americana, a Petroindependência. A companhia pertence
majoritariamente à PDVSA (60%), mas tem participação de 34% da Chevron. De
acordo com a lei de hidrocarbonetos da Venezuela, as empresas mistas devem
pagar 33% de royalties para a PDVSA e 50% de imposto de renda para o Estado.
A
empresa tem participação também em outras três empresas mistas nas quais ela é
sócia minoritária da estatal venezuelana PDVSA: Petropiar, Petroboscán e
Petroindependiente. As renovações automáticas foram sendo cumpridas até hoje,
mas serão interrompidas a partir de agora. Na época, a decisão de permitir
esses contratos foi um alívio na política de “máxima pressão” exercida pelos
Estados Unidos sobre a economia venezuelana.
O
governo Trump substitui a licença 41, emitida em 26 de novembro de 2022 pelo
então presidente Joe Biden, que autorizou a atuação da Chevron em território
venezuelano depois de cinco anos de bloqueio contra o setor petroleiro da
Venezuela. Até aquele momento, a companhia havia ficado dois anos proibida de
operar no país caribenho e foi autorizada pelo Escritório de Controle de Ativos
Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) a voltar a extrair e comercializar
petróleo venezuelano por meio de uma licença que seria renovada a cada seis
meses.
Fonte: Opera Mundi/Telesur
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