terça-feira, 8 de abril de 2025

Jeffrey Sachs critica duramente tarifas de Trump: “É um desastre econômico e uma farsa constitucional”

Em entrevista ao programa Judging Freedom, apresentado pelo juiz Andrew Napolitano no YouTube, o renomado economista Jeffrey Sachs, professor da Universidade Columbia, classificou como “desastre total” a nova rodada de tarifas comerciais anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Sachs denunciou que a medida, respaldada por uma leitura distorcida da International Emergency Economic Powers Act (IEEPA), representa não só um retrocesso econômico, mas também uma grave violação constitucional. A entrevista foi publicada no canal Judging Freedom no dia 3 de abril de 2025.

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·        “Farsa jurídica” e abuso de poder executivo

De acordo com Sachs, a declaração de emergência utilizada por Trump é apenas um artifício retórico para contornar o Congresso. “Trump criou algo que ele chama de emergência, mas é, na verdade, uma manobra fenomenalmente absurda”, disse o economista. Ele explicou que tarifas são, tecnicamente, um tipo de imposto, e, portanto, deveriam ser submetidas à aprovação legislativa. “Trump usou a palavra ‘emergência’ porque é a única forma de fazer isso unilateralmente”, criticou.

Sachs lembrou que, segundo a Constituição dos EUA, qualquer iniciativa de criação ou alteração de impostos deve se originar na Câmara dos Representantes. “O uso da IEEPA como justificativa é completamente fraudulento. Não há emergência alguma que justifique delegar tamanho poder ao presidente”, alertou.

·        Falácia do déficit comercial

Na avaliação de Sachs, o argumento de Trump — de que os EUA estão sendo “roubados” por outros países devido ao déficit comercial — é uma completa distorção dos fundamentos econômicos. “Ter um déficit comercial significa que o país está comprando mais do que está vendendo, não que está sendo enganado”, explicou. “É como alguém que gasta mais do que ganha e culpa o comerciante por isso.”

O professor ressaltou que o déficit comercial dos EUA está diretamente ligado aos déficits orçamentários do governo. “O Estado norte-americano atua como um enorme cartão de crédito, emitindo dívida para financiar consumo, o que gera o déficit comercial. Isso não tem nada a ver com as políticas tarifárias de outros países.”

·        Impacto nas famílias e nas indústrias

Sachs também rechaçou a narrativa de que as tarifas protegerão a indústria e gerarão empregos. Segundo ele, estudos mostram que os setores que receberam tarifas em 2018 e 2019 — durante o primeiro mandato de Trump — apresentaram redução no número de empregos. “Os custos de produção aumentaram devido à elevação dos preços de insumos importados, e os países retaliaram com tarifas próprias, prejudicando as exportações dos EUA”, afirmou.

Além disso, o impacto sobre os consumidores será direto. “Vai tornar os americanos mais pobres. Se uma família de classe média quer comprar uma torradeira por US$ 25 feita na China, vai ter que pagar mais. Isso reduz as escolhas e aumenta os preços”, criticou. “Ambos os lados perdem quando se interrompe o comércio internacional.”

·        Reação internacional e risco de isolamento

A entrevista também destacou o isolamento diplomático dos EUA diante das novas medidas. Sachs afirmou que o governo não consultou sequer aliados tradicionais, e que países como China, Índia e os europeus já começaram a redesenhar suas alianças. “Os Estados Unidos estão sozinhos nesse caminho. Não têm apoio nem de vizinhos, nem de aliados históricos”, afirmou. “Trump está desmontando a ordem comercial global por delírios próprios.”

A medida, segundo Sachs, causou uma queda trilionária na capitalização dos mercados globais no mesmo dia da sua assinatura. “Foi uma destruição de valor que atingiu tanto os EUA quanto o resto do mundo.”

¨      Larry Summers diz que tarifas podem causar dano de US$ 30 trilhões

Em entrevista ao programa This Week, da ABC News, conduzido por George Stephanopoulos, o ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos Larry Summers fez duras críticas à política tarifária adotada pelo presidente Donald Trump. Segundo ele, as tarifas impostas sob o argumento de fortalecer a indústria americana resultam em um impacto econômico potencial de até US$ 30 trilhões.

“Estamos aumentando a inflação porque os preços estão mais altos por causa das tarifas. Isso dá às pessoas menos poder de compra, o que significa menos empregos”, afirmou Summers. Ele classificou as medidas como “o maior dano autoinfligido que já impusemos à nossa economia”. Segundo o economista, o mercado já precificou parte desse impacto, com perdas estimadas em US$ 5 trilhões no valor de mercado das empresas.

Ao projetar o efeito total sobre consumidores e companhias, Summers estimou um prejuízo de até US$ 30 trilhões. “A perda para a economia seria comparável a um cenário em que o preço do petróleo dobrasse e o da gasolina chegasse a US$ 6 ou US$ 7 por galão. Nunca vimos nada parecido”, disse.

O ex-secretário também apontou contradições nas justificativas dadas pelo governo Trump para manter as tarifas. “Se o objetivo é usar as tarifas como instrumento de barganha, para que outros países eliminem as deles, então não se arrecada nada. Mas, se é uma fonte permanente de receita e de incentivo à realocação de empresas para os Estados Unidos, então as tarifas terão de ser mantidas. O presidente não pode ter as duas coisas ao mesmo tempo”, criticou.

Summers ainda fez um alerta sobre os riscos de instabilidade no mercado financeiro. “O movimento de dois dias que vimos na quinta e na sexta-feira foi o quarto maior desde a Segunda Guerra Mundial. Só ficou atrás do crash de 1987, da crise de 2008 e da pandemia. Isso sinaliza problemas sérios à frente”, afirmou. Para ele, consumidores e empresas estão certos em adotar cautela: “As pessoas estão certas em adiar grandes compras, e as empresas, em segurar investimentos”.

Ao final da entrevista, Summers foi ainda mais incisivo ao dizer que a política de tarifas não tem base em nenhuma teoria econômica comprovada: “Essa é uma fixação pessoal do presidente há 40 anos. É o equivalente econômico ao criacionismo na biologia ou ao movimento antivacina na medicina”.

E concluiu: “O momento agora é de teste para os assessores do presidente. Os intelectualmente honestos sabem que essas políticas são um erro. A questão é se terão coragem de dizer isso a ele — e de se afastar, caso ele se recuse a mudar de rumo”. 

<><> Inconstitucionalidade e possíveis reações

Sachs foi categórico ao afirmar que a ação de Trump é flagrantemente inconstitucional. “É exatamente contra o que os fundadores dos EUA lutaram na independência — a imposição de impostos sem representação. Trump está governando como um rei”, disse. Ele defende que o Congresso, inclusive os republicanos, deveriam se posicionar contra a medida. “Eles não foram eleitos para obedecer a um rei, mas para representar o povo.”

O economista também acredita que os tribunais poderão derrubar a ordem executiva. “Há fundamentos claros para declarar essas tarifas ilegais e inconstitucionais. A definição de emergência não se aplica de forma alguma à situação atual”, concluiu.

¨      "Tarifas de Trump marcam o declínio econômico e político do Império americano", diz Richard Wolff

Em entrevista ao programa Democracy Now!, apresentado por Amy Goodman, o economista Richard Wolff analisou criticamente o novo pacote tarifário anunciado pelo presidente Donald Trump, classificado como o maior choque tarifário da história moderna dos Estados Unidos. A medida impõe uma tarifa geral de 10% sobre todos os produtos importados de cerca de 185 países, com taxas ainda maiores direcionadas a parceiros comerciais como China, União Europeia e Japão — a China, por exemplo, enfrentará agora um total de 54% em tarifas sobre suas exportações aos EUA.

Durante seu pronunciamento no Jardim das Rosas, na Casa Branca, Trump celebrou a decisão como um marco na política industrial do país. “Este é o Dia da Libertação. 2 de abril de 2025 será lembrado como o dia em que a indústria americana renasceu”, declarou. O presidente alegou que a medida visa restaurar a riqueza nacional, após décadas de “saques” promovidos por outras nações.

Richard Wolff, professor emérito da Universidade de Massachusetts e fundador do projeto Democracy at Work, refutou essa narrativa e classificou o discurso de Trump como “fantasioso” e baseado na autopromoção. “Nunca foram os estrangeiros que fizeram isso conosco. Os Estados Unidos foram um dos maiores beneficiários da riqueza global nos últimos 50 anos, especialmente os mais ricos, como o próprio Trump”, afirmou. “Essa tentativa de se mostrar forte e culpar o estrangeiro são golpes baratos que um verdadeiro presidente não daria.”

Para Wolff, as tarifas são um reflexo direto da crise estrutural enfrentada pela economia americana. “O império americano está em declínio. Não queremos discutir isso no país, preferimos o caminho da negação, e passamos a atacar os outros. É uma forma triste de lidar com o colapso”, declarou. Ele comparou o momento atual ao fim de outros impérios, como o britânico, e criticou a ausência de um debate honesto sobre os reais desafios econômicos dos EUA.

O economista também alertou para os efeitos inflacionários das tarifas, que são, em essência, impostos pagos por empresas americanas na importação de produtos estrangeiros — encargos que, geralmente, são repassados ao consumidor final. “Trump sugere que outros países pagarão pelas tarifas, como sugeriu que o México pagaria pelo muro. Nunca aconteceu e não vai acontecer agora. Trata-se de um imposto americano.”

Apesar do apoio declarado por figuras como o presidente do sindicato dos metalúrgicos UAW, Shawn Fain — que considerou as tarifas uma ferramenta válida para reverter a desindustrialização —, Wolff advertiu que a medida pode provocar mais danos do que benefícios. “As tarifas podem até incentivar a produção interna, mas também aumentam os preços, pressionando o custo de vida e afetando duramente os trabalhadores”, avaliou. “Além disso, os países atingidos retaliarão, e os EUA perderão mercados de exportação, o que pode anular qualquer eventual ganho de emprego.”

Wolff ainda situou as tarifas dentro de uma tentativa mais ampla de Trump de resolver impasses fiscais. Segundo ele, o presidente busca evitar o fim da redução de impostos para os mais ricos, implementada em 2017 e com prazo de validade até o final de 2025, ao mesmo tempo em que resiste a aumentar a carga tributária e tenta conter gastos cortando empregos e serviços públicos — com destaque para o apoio de Elon Musk a demissões em massa como suposta solução eficiente.

“A solução está sendo empurrada para as costas da classe trabalhadora”, criticou. “Estamos vendo um processo de empobrecimento dos trabalhadores para tentar resolver problemas que não foram solucionados antes.”

O professor também ressaltou as implicações geopolíticas da medida, ao observar que países historicamente adversários — como China, Japão e Coreia do Sul — começaram a coordenar suas respostas, e que até a Europa, frequentemente dividida, poderá se unir diante do que percebem como agressões econômicas americanas. “Estamos nos isolando politicamente e economicamente. Tornamo-nos a nação desajustada do mundo”, afirmou.

Para Wolff, o movimento de Trump representa uma tentativa desesperada de manter a hegemonia dos EUA, mas que poderá ter o efeito contrário. “Após décadas de promover o livre comércio e a globalização, os Estados Unidos agora voltam ao nacionalismo econômico. É uma guinada drástica, e não é provável que termine bem”, concluiu. “A era do domínio americano está acabando, e, como no alcoolismo, é preciso admitir o problema antes de começar a resolvê-lo. Mas os Estados Unidos ainda se recusam a fazê-lo.”

¨      Chefe do Tesouro britânico decreta o fim da globalização após o tarifaço de Trump

O Reino Unido decretou o fim simbólico de uma era. Em entrevista à jornalista Laura Kuenssberg, da BBC, o chefe do Tesouro britânico, Darren Jones, afirmou que “a globalização, como conhecemos nas últimas décadas, chegou ao fim”. A declaração ocorre no contexto da nova ofensiva tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs uma tarifa base de 10% sobre todas as importações e taxas ainda mais altas para determinados países.

A reportagem foi publicada pelo The Guardian em sua cobertura ao vivo das reações internacionais às tarifas americanas. Questionado se o tempo da “moda rápida e televisores baratos” havia ficado para trás, Jones foi enfático: “Sim, acabou”. Ele alertou que as condições econômicas globais serão mais difíceis daqui em diante e disse que o Reino Unido aposta na diplomacia para fechar um acordo com os EUA. “Estamos tentando fazer um acordo”, afirmou, acrescentando que “temos um resultado melhor que outros países comparáveis como consequência da nossa diplomacia”.

<><> A nova era do protecionismo

As declarações de Jones refletem o impacto do pacote tarifário anunciado por Trump, que entrou em vigor no início de abril. Além da tarifa universal de 10%, países como China, Taiwan, Vietnã, Brasil e membros da União Europeia foram alvos de taxas específicas, que variam de 10% a 54%. A justificativa da Casa Branca é buscar uma “reciprocidade” nas relações comerciais, segundo o próprio presidente americano, empossado para seu segundo mandato em janeiro de 2025.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, também reagiu. Em artigo publicado no Sunday Telegraph, declarou que “o mundo como conhecíamos se foi” e prometeu utilizar políticas industriais para proteger empresas britânicas. “Estamos prontos para o que vem a seguir. O novo mundo é menos governado por regras estabelecidas e mais por acordos e alianças”, escreveu.

<><> Reações globais: entre retaliações e cautela

A resposta internacional ao tarifaço foi ampla. A União Europeia prepara uma lista de produtos americanos que podem ser alvos de tarifas de até US$ 28 bilhões. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou as medidas dos EUA como um “duro golpe para a economia mundial”, mas ainda busca manter o canal de diálogo aberto.

A China foi a que respondeu com mais contundência, impondo tarifas de 34% sobre todos os produtos americanos, além de restringir exportações de minerais estratégicos. Taiwan, mesmo atingida por uma tarifa de 32%, optou por não retaliar, mas lançou um pacote de ajuda de US$ 2,6 bilhões para suas empresas afetadas.

Já o Brasil, alvo de uma tarifa de 10%, afirmou que estuda medidas de reciprocidade, inclusive acionando a Organização Mundial do Comércio (OMC). O Canadá, por sua vez, aplicará tarifas de 25% sobre veículos importados dos EUA que não atendam às regras do acordo USMCA.

<><> Pressão sobre o setor automotivo

O setor automotivo foi um dos mais atingidos. No Reino Unido, a Jaguar Land Rover anunciou a suspensão das exportações para os EUA. A Stellantis, dona de marcas como Jeep e Citroën, interrompeu temporariamente a produção no México e no Canadá e anunciou demissões em fábricas nos Estados Unidos.

Curiosamente, o sindicato United Automobile Workers (UAW) declarou apoio às medidas de Trump. O presidente da entidade, Shawn Fain, disse que os novos impostos sinalizam um “retorno às políticas que priorizam os trabalhadores que constroem este país – e não a ganância de corporações implacáveis”.

O tarifaço de Trump, que provocou perdas de quase US$ 5 trilhões nas bolsas globais, representa mais do que uma medida econômica: marca a ruptura de um modelo internacional baseado em trocas abertas, bens baratos e integração de cadeias produtivas. Para muitos governos, a era da globalização, ao menos em sua forma tradicional, realmente chegou ao fim.

¨      O avanço dos ‘marginais’ dentro do governo Trump

O presidente Donald Trump sempre buscou informações de fontes consideradas duvidosas. Contudo, o que se vê em seu segundo mandato é que o mandatário tem cada vez menos pessoas ao seu redor que mantenham essas vozes afastadas.

Um exemplo de voz que ganha força nos corredores da Casa Branca é o de Laura Loomer, teórica da conspiração e influencer de extrema-direita, que esteve recentemente com Trump apresentando papéis com diversas acusações sobre membros “              desleais” do Conselho de Segurança Nacional.

O conselheiro de segurança nacional, Michael Waltz, chegou tarde e só podia assistir enquanto Loomer criticava sua equipe. Em resposta, Trump instruiu Waltz a demitir as pessoas citadas e, furioso, queria saber por qual motivo essas pessoas tinham sido contratadas, segundo fontes ouvidas pelo jornal The New York Times.

Os eventos que levaram à demissão de diversos funcionários da segurança nacional a conselho de Loomer afetaram até esmo funcionários veteranos de Trump, mas é uma evidência da propensão do presidente em obter informações de fontes duvidosas e que o filtro para mantê-las longe é menor.

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Alguns assessores de Trump, entre eles o ex-general da Marinha John F. Kelly (o chefe de gabinete mais antigo do presidente) passaram boa parte do primeiro mandato bloqueando o acesso de pessoas descritas por eles como “os malucos”.

Contudo, tais esforços fracassaram no final de 2020, quando Trump demitiu seus assessores, ou eles renunciaram em desgosto, abrindo caminho para que figuras duvidosas tenham pleno trânsito na Casa Branca.

Em linhas gerais, essas pessoas estavam ansiosas para alimentar suas crenças de que a corrida presidencial de novembro havia sido roubada, e elas tiveram acesso livre ao Sr. Trump nas últimas semanas de seu primeiro mandato.

No atual mandato, Trump se encontra mais confiante em seu poder executivo e instintos e apoiado por uma equipe que compartilha seu senso de perseguição. Assim, não há pretensão de que ele possa ser controlado ou gerenciado.

¨      Tarifas recíprocas de Trump não são bem o que parecem

As tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump a dezenas de parceiros comerciais foram apontadas como “recíprocas”, quando na verdade a metodologia empregada para tal não tem nenhuma relação com a taxa tarifária imposta aos EUA pelos países estrangeiros.

Segundo a CNN norte-americana, a administração Trump fez um cálculo “grosseiramente simplificado” que, segundo ele, levou em conta um amplo conjunto de questões, como investimento chinês, uma suposta manipulação de moeda e regulamentações de outros países.

O cálculo da administração dividiu o déficit comercial de um país com os EUA por suas exportações para o país vezes 1/2. Ou seja: basicamente Trump está “pegando uma marreta para lidar com uma ladainha de queixas, usando o déficit comercial que outros países têm com os EUA como bode expiatório”, diz a publicação.

Ao que tudo indica, os números reais provavelmente estão próximos da chamada “taxa tarifária média aplicada pela Nação Mais Favorecida (NMF)”, um teto de encargos de importação que mais de 160 países que integram a OMC (Organização Mundial do Comércio) concordaram em cobrar uma das outras, embora possam variar de acordo com o setor.

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E para países com acordos comerciais vigentes, pode haver tarifas menores ou nenhuma tarifa. E Trump frequentemente afirma que sua política comercial tem como base o tema “eles nos cobram, nós cobramos deles”.

Além disso, é preciso ter em vista que muitos países possuem déficit comercial com os Estados Unidos: dados comerciais mostram que os EUA têm US$ 230 bilhões a mais em importações do que exportações para a UE e quase US$ 300 bilhões a mais para a China.

Mesmo assim, o governo de Trump apontou tarifas voltadas para a correção de déficits comerciais como uma fonte potencial de receita para pagar a estrondosa dívida nacional,e  financiar os cortes de impostos. Contudo, essa aposta soa por demais arriscada e pode ser desastrosa caso os países se unam em medidas de retaliação.

 

Fonte: Brasil 247/Jornal GGN

 

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