Trump tem prazo de validade e encontrou seu
maior obstáculo: o povo americano, afirma Leonardo Attuch
Donald Trump voltou à Casa Branca com ares de
imperador. Desde a posse em janeiro deste ano, deixou claro que não respeitaria
qualquer limite institucional. Assumiu o segundo mandato com o objetivo de
esmagar resistências, subjugar a imprensa livre, neutralizar adversários
políticos e governar por decretos, como se estivesse acima da Constituição.
Nesta semana, deu um passo ainda mais ousado em sua escalada autoritária ao
deflagrar uma guerra comercial contra o mundo, que fez evaporar trilhões de
dólares nos mercados globais e escancarou o grau de imprudência da sua política
externa.
Mas neste sábado, 5 de abril, o povo
americano respondeu. Em várias cidades do país, protestos gigantescos tomaram
as ruas, em uma demonstração contundente de que os Estados Unidos ainda são uma
sociedade aberta, democrática e viva. A tentativa de Trump de sufocar o debate
público e impor um regime autoritário esbarra no maior obstáculo que ele
poderia encontrar: a mobilização consciente de uma nação que conhece o valor da
liberdade.
Trump subestimou os alicerces da democracia
norte-americana. Ainda que tenha vencido as eleições, retornou ao poder sem um
verdadeiro mandato para destruir as instituições. Sua guerra comercial, baseada
em tarifas unilaterais e rompimentos de acordos, é a expressão de uma visão
ultrapassada do papel dos Estados Unidos no mundo. Num cenário multipolar e
interdependente, tal política só gera retaliação, instabilidade e prejuízos —
como ficou evidente nesta semana, quando os mercados reagiram com pânico e os prejuízos
econômicos se espalharam globalmente.
Associado a Elon Musk, bilionário que usa
suas plataformas digitais para disseminar desinformação e silenciar vozes
críticas, Trump promove uma política de “choque e pavor”, tentando governar por
meio do medo, da desorientação e da violência simbólica. Mas esse plano começa
a falhar. As ruas deste sábado mostram que os americanos não aceitarão calados
o desmonte de sua democracia. A sociedade civil, jornalistas, trabalhadores,
jovens e movimentos sociais começam a construir uma frente ampla de resistência
ao autoritarismo.
O capital também começa a se afastar. Wall
Street, que parecia alinhada ao Partido Republicano, se mostra cada vez mais
desconfortável com o caos econômico provocado por Trump. A instabilidade criada
por sua guerra comercial ameaça cadeias globais de suprimento, investimentos e
empregos. A narrativa de que o isolacionismo trará prosperidade é desmentida
pelos números e pela realidade.
O império que Trump tenta construir é frágil.
Por trás da retórica agressiva e dos decretos unilaterais, está um governo que
perde legitimidade a cada dia. Ele pode ter poder formal, mas já começou a ser
derrotado moral e politicamente — não por um rival específico, mas pelo povo
americano. O mesmo povo que neste sábado foi às ruas para dizer: aqui, a
democracia ainda vive.
Trump tem prazo de validade. E ele será
abreviado não por um golpe, mas por algo mais poderoso e legítimo — a força de uma
sociedade que não se curva diante de imperadores de fancaria.
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A lua de mel de Donald
Trump chegou ao fim. Por Pedro Paiva
No Bryant Park, famosa praça da região
central de Manhattan, dezenas de milhares de manifestantes se aglomeravam, sob
chuva, na tarde deste sábado. O mesmo acontecia no National Mall, em
Washington, na Daley Plaza, em Chicago, e em mais de mil cidades pelos 50
estados do país.
Os presentes se manifestavam contra o governo
de Donald Trump e Elon Musk. Alguns carregavam cartazes contra os cortes
promovidos pelo Departamento de Eficiência Governamental, outros em defesa dos
imigrantes e de pessoas trans. O mote das manifestações era “Hands Off!” -
“tire as mãos”, em inglês. No X, o antigo Twitter, a hashtag #HandsOff2025
ficou entre os assuntos mais comentados.
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Nas redes, vídeos compartilhados tornam
inegável a realidade: o dia de mobilizações contra o governo foi imenso - tanto
em cidades grandes, quanto nas pequenas, e tanto em estados democratas como em
estados republicanos. Bandeiras da Palestina, da Groenlândia, da Ucrânia
e dos Estados Unidos estiveram presentes em várias das manifestações.
Em uma das gravações que circulam pela
internet, de Detroit, é possível ver duas manifestações interagindo: uma do
lado americano do Rio Detroit, a outra em Windsor, no Canadá. As manifestações
aconteceram não só no país vizinho, mas também em Guadalajara, no México, e em
diversas cidades europeias, como Lisboa, Paris, Londres e Berlim.
Os atos de hoje representam, de certa forma,
o fim da lua de mel do republicano. Eleito em todos os estados pêndulo e
ganhando no voto popular, Trump afirmava ter um amplo apoio no país. Mas se
esse apoio todo, se é que um dia existiu, começou a derreter - e derreter
rapidamente.
As eleições especiais na Flórida e em
Wisconsin, na última terça-feira, foram o primeiro grande sinal. Apesar do
esforço de Trump e Musk, o candidato republicano foi derrotado em Wisconsin, e
os republicanos da Flórida, ainda que eleitos, viram a proporção de vantagem
cair pela metade em menos de 5 meses.
As tarifas, que foram criticadas hoje em
cartazes e palavras de ordem, parecem ter sido a gota d’água. Em 2 dias, US$2
trilhões foram perdidos nas bolsas de valores - algo que nos EUA impacta
diretamente setores amplos da sociedade, que perderam dinheiro poupado e,
principalmente, fundos de aposentadoria. Da noite pro dia, milhões de
americanos viram grande parte do seu dinheiro simplesmente desaparecer.
Enquanto o povo vai às ruas, Donald Trump
está em silêncio. Nas redes sociais, o presidente que costuma subestimar a
oposição não se manifestou. A Casa Branca cancelou um evento que ocorreria hoje
na sede do governo, sob a justificativa de medida de segurança. Ao que tudo
indica: sentiu o baque.
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Protestos anti-Trump se
espalham nos EUA
Milhares
de manifestantes se reuniram em cidades dos EUA neste sábado (5/4) para
protestar contra Donald Trump no maior ato de
oposição desde que o presidente assumiu o cargo em janeiro último.
Os
organizadores do protesto "Tire as Mãos" planejaram manifestações em
1.200 localidades em todos os 50 Estados americanos. Milhares de pessoas foram
a atos em Boston, Chicago, Los Angeles, Nova York e na capital Washington.
Os
manifestantes criticavam questões sociais e econômicas da agenda do governo
Trump.
Manifestações
também foram realizadas fora dos EUA, em cidades como Londres, Paris e Berlim,
depois que o presidente anunciou um tarifaço a produtos importados.
A
estudante de direito Katie Smith disse à BBC News que foi ao ato depois que
estudante turca Rumeysa Ozturk foi presa perto da Universidade Tufts, no Estado
de Massachusetts, por agentes que escondiam o rosto com máscaras.
"Você
pode tomar uma postura hoje ou ser levado [pelas autoridades] depois",
disse ela: "Eu geralmente não sou muito de protesto".
Em
Londres, os manifestantes seguravam cartazes com frases como "parem de
machucar as pessoas" e "ele é um idiota".
Nos
atos eram ouvidas frases como "tire as mãos do Canadá", "tire as
mãos da Groenlândia" e "tire as mãos da Ucrânia", em referência
à política externa dos EUA.
Trump
tem expressado repetidamente interesse em anexar o Canadá e a Groenlândia. Ele
também entrou em uma disputa pública com o presidente ucraniano Volodymyr
Zelensky e tem enfrentado dificuldades para chegar a um acordo de paz entre a
Ucrânia e a Rússia. Antes ele havia dito que resolveria o conflito "em 24
horas".
Na
capital Washington, milhares de manifestantes se reuniram para acompanhar
discursos de políticos democratas. Muitos citaram Elon Musk. O deputado da
Flórida Maxwell Frost denunciou a "tomada de nosso governo por
bilionários".
"Quando
você rouba do povo, pode esperar que o povo acorde. Nas urnas e nas ruas",
disse.
Os
protestos ocorrem após uma semana difícil para o presidente e seus aliados.
Os
republicanos venceram uma eleição especial para o Congresso da Flórida, mas com
margem menor do que a esperada. Os eleitores do Estado do Wisconsin elegeram
uma juíza democrata para a Suprema Corte estadual, rejeitando por quase 10
pontos percentuais um candidato republicano apoiado por Musk.
Uma
pesquisa Reuters/Ipsos divulgada no início desta semana aponta uma queda no
índice de aprovação para 43%, ponto mais baixo desde que Trump iniciou seu
segundo mandato em janeiro. Quando ele tomou posse em 20 de janeiro, esse
índice era de 47%.
A mesma
pesquisa mostra que 37% dos americanos aprovam sua gestão da economia, enquanto
30% aprovam a estratégia trumpista para lidar com desafios ligados ao custo de
vida nos EUA.
Outra
pesquisa recente, da Harvard Caps/Harris, descobriu que 49% dos eleitores
registrados aprovam o desempenho de Trump no cargo, abaixo dos 52% do mês
anterior.
A mesma
pesquisa, no entanto, descobriu que 54% dos eleitores acreditam que ele está
fazendo um trabalho melhor do que Joe Biden fez como presidente.
Uma
manifestante em Washington disse que participava do ato porque "estamos
perdendo nossos direitos democráticos".
"Estou
muito preocupada com os cortes que eles estão fazendo no governo federal",
disse ela, acrescentando que também está preocupada com os benefícios ligados à
aposentadoria e educação.
Perguntada
se ela achava que Trump estava recebendo a mensagem dos manifestantes, ela
disse: "Bem, vamos ver. [Trump] tem jogado golfe quase todos os
dias."
Trump
não realizou eventos públicos no sábado e passou o dia jogando golfe em um
resort de sua propriedade na Flórida. A programação seguiria no domingo.
A Casa
Branca divulgou um comunicado defendendo as posições de Trump, dizendo que ele
continuará a proteger programas como o Medicare e que os democratas é que são
uma ameaça.
"A
posição do presidente Trump é clara: ele sempre protegerá a previdência social,
os [programas] Medicare e o Medicaid para os beneficiários elegíveis. Enquanto
isso, a postura dos democratas é dar esses benefícios a estrangeiros ilegais, o
que levará à falência esses programas e prejudicará os idosos americanos."
Um dos
principais assessores de imigração de Trump, Tom Homan, disse à Fox News no
sábado que manifestantes realizaram um protesto em frente à sua casa em Nova
York, mas que ele estava em Washington na hora.
"Eles
podem protestar na frente de uma casa vazia o quanto quiserem", disse
Homan. "Protestos e manifestações não significam nada".
"Então,
vão em frente e exerçam seus direitos da Primeira Emenda [liberdade de
expressão]. Isso não vai mudar os fatos."
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Donald é Nome de Pato.
Por Marcelo Zero
Há uma nova pandemia espalhando-se
rapidamente pelo planeta.
Trata-se de uma variante ainda mais letal que
a Covid 19, o qual tanto dano causou ao mundo. Trata-se do novo coronavírus
2025, também conhecido como “Donald, the Virus”.
A OMS ainda não se pronunciou sobre o tema,
pois foi muito afetada pelo novo vírus, que provocou uma grave hemorragia em
seus recursos financeiros.
Mas os sinais de sua propagação já são
visíveis nas bolsas do mundo inteiro, fortemente acometidas por febres súbitas
e violentas. Outros sintomas incluem intensa dor de cabeça, ataques
generalizados de pânico, depressão e perplexidade.
Em prazo mais longo, afirmam os cientistas
que a nova pandemia produzirá, em suas vítimas, desemprego, inflação e aumento
das taxas de juros. Os pacientes mais graves deverão ser acometidos de recessão
e de forte “desarranjo” das cadeias produtivas, o que poderá levar a óbito, em
razão da perda de fluidos de bens, serviços e investimentos.
Como na epidemia da Covid 19, os cientistas
estão alarmados e perplexos com a velocidade de propagação do novo vírus, que
cruza as fronteiras celeremente, apesar de barreiras sanitárias e
fitossanitárias, bem como de tarifas supostamente saneadoras.
Dessa vez, contudo, ao contrário do que
aconteceu com a Covid 19, os cientistas estão absolutamente certos de que o
vírus foi gerado em laboratório, por deliberada e perversa ação humana.
Com efeito, a fonte do vírus foi localizada
em um laboratório, situado em Washington DC, capital dos EUA, chamado M.A.G.A
(MAKE AMERICAN GARBAGE AGAIN).
Lá, uma equipe de ignotos “cientistas”, sem
diplomas de ensino universitário ou médio, provenientes de obscuras Middle
schools estadunidenses e chefiados por um senhor de prenome Donald,
estavam tentando produzir uma droga miraculosa intitulada TARIFF.
Segundo as expectativas dos “cientistas” do
M.A.G.A, e do seu chefe, Donald, a TARIFF produziria efeitos espetaculares com
pouco tempo de uso. Em questão de poucos meses, a TARIFF, como que por mágica,
acabaria com doenças estadunidenses incômodas e graves, como déficits
comerciais, dívidas, desemprego e falta de inovação.
Aparentemente, a TARIFF teria o efeito
bizarro e nada trivial de obrigar os demais países do mundo a financiarem todos
os déficits estadunidenses e a resolverem os problemas econômicos dos EUA,
preservando seus bilionários de pagarem impostos sobre a renda. Uma nova
maravilha imperial.
A TARIFF, ademais, neutralizaria vírus
perversos e insidiosos, como o Vírus Beijing, o Vírus Bruxelas, o Vírus Ho Chi
Minh, e centenas de outros vírus semelhantes espalhados pelo mundo, os quais
provocam fraqueza, impotência, decadência e apequenamento, nos EUA. Segundo o
M.A.G.A e Donald, os hospedeiros de todos esses vírus seriam, estranhamente, os
pinguins.
Mas o caso é que, segundo Donald, agora
conhecido como “Doutor Covid 25”, em pouco tempo, o paciente U.S.A. teria
voltado a ser, como no passado mítico, a grande e inconteste “hiperpotência” do
planeta, bafejada por um incontrolável unilateralismo, pelo “destino
manifesto”, com energia revigorada para se tornar novamente a “fábrica do
mundo”, exibindo superávits comerciais gigantescos e bem eretos.
Esperava-se vender mais que Viagra e Ozempic,
somados.
Algo, entretanto, saiu muito errado, e foi
criado, em seu lugar, o novo vírus, que provoca efeitos totalmente opostos aos
desejados. A TARIFF virou o fentanil das economias.
Segundo a investigação das autoridades, das
verdadeiras autoridades no assunto, o M.A.G.A não tinha competência para
produzir uma droga desse tipo.
Na realidade, somente o famoso “Laboratório
Congress”, também situado em Washington DC, teria real competência, após anos
de debates e investigações e com todas as cautelas necessárias, para produzir
uma droga de tal tipo, a qual só provocaria os resultados almejados, após uma
década, pelo menos.
Como resultado da incompetência e da falta de
medidas de acautelatórias, o vírus escapuliu para o mundo, através de uma
abertura de segurança chamada de “Executive Order”, uma espécie de cloaca que
expele vírus autoritários envoltos em matéria fecal, algo que, de forma
alarmante, vem se tornando muito frequente no M.A.G.A.
Felizmente, as verdadeiras autoridades
sanitárias mundiais já identificaram o “paciente zero”, o que facilita a busca
da cura.
Trata-se da OMC, que foi a óbito por
“falência múltipla de princípios”, devido ao Covid 25.
Com efeito, a Covid 25 provocou a falência,
entre outros princípios da OMC, do “princípio da nação mais favorecida” e do
“tratamento especial e diferenciado para países em desenvolvimento”.
O primeiro princípio assegurava a
imprescindível função da não- discriminação e a adoção de medidas tarifárias
por bens e serviços; não por países. Já o segundo assegurava que os desiguais
fossem tratados desigualmente, no sistema de comercio mundial, assegurando não
apenas free trade, mas também fair trade, algo que era
fundamental para o funcionamento regrado e global do “paciente zero”.
Outro dano letal à OMC se deu pela
paralisação do seu sistema de solução de controvérsias, por falta de juízes de
seu Orgão de Apelação, que produziam os linfócitos encarregados de combater as
infecções ocasionadas pelas bactérias das práticas ilícitas de comércio.
Segundo os cientistas, a cura do novo
coronavírus 2025 deveria passar pela recomposição da OMC, dos seus
princípios e das regras multilaterais do comércio. Como no combate ao Covid 19,
isso demandaria grande empenho internacional.
A criação de uma droga antiviral chamada
MUTILATERARIUM já está a caminho e promete bastante.
Porém, em virtude da gravidade da situação e
da celeridade da propagação do vírus, alguns cientistas consideram que deve ser
elaborada logo uma vacina, com base em tecnologia antiga e bastante conhecida.
Teria a vantagem ser produzida rapidamente e de “cortar o mal pela raiz”,
impedindo a propagação imediata do vírus, de modo muito eficaz e sem efeitos
colaterais, exceto para o “Doutor Covid 2025” e o M.A.G.A.
Já tem nome: “impeachment 2025”, e está sendo
desenvolvida pelo Laboratório POLÍTIKA. Produziria, prometem, imunidade
perpétua.
O planeta, com a respiração suspensa e se
desfazendo de seus dólares, aguarda ansioso.
Bem que avisaram, quando foi anunciada a
droga “miraculosa” TARIFF, que Donald era nome de pato.
Fonte: Brasil 247/BBC News Mundo

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