terça-feira, 8 de abril de 2025

Trump tem prazo de validade e encontrou seu maior obstáculo: o povo americano, afirma Leonardo Attuch

Donald Trump voltou à Casa Branca com ares de imperador. Desde a posse em janeiro deste ano, deixou claro que não respeitaria qualquer limite institucional. Assumiu o segundo mandato com o objetivo de esmagar resistências, subjugar a imprensa livre, neutralizar adversários políticos e governar por decretos, como se estivesse acima da Constituição. Nesta semana, deu um passo ainda mais ousado em sua escalada autoritária ao deflagrar uma guerra comercial contra o mundo, que fez evaporar trilhões de dólares nos mercados globais e escancarou o grau de imprudência da sua política externa.

Mas neste sábado, 5 de abril, o povo americano respondeu. Em várias cidades do país, protestos gigantescos tomaram as ruas, em uma demonstração contundente de que os Estados Unidos ainda são uma sociedade aberta, democrática e viva. A tentativa de Trump de sufocar o debate público e impor um regime autoritário esbarra no maior obstáculo que ele poderia encontrar: a mobilização consciente de uma nação que conhece o valor da liberdade.

Trump subestimou os alicerces da democracia norte-americana. Ainda que tenha vencido as eleições, retornou ao poder sem um verdadeiro mandato para destruir as instituições. Sua guerra comercial, baseada em tarifas unilaterais e rompimentos de acordos, é a expressão de uma visão ultrapassada do papel dos Estados Unidos no mundo. Num cenário multipolar e interdependente, tal política só gera retaliação, instabilidade e prejuízos — como ficou evidente nesta semana, quando os mercados reagiram com pânico e os prejuízos econômicos se espalharam globalmente.

Associado a Elon Musk, bilionário que usa suas plataformas digitais para disseminar desinformação e silenciar vozes críticas, Trump promove uma política de “choque e pavor”, tentando governar por meio do medo, da desorientação e da violência simbólica. Mas esse plano começa a falhar. As ruas deste sábado mostram que os americanos não aceitarão calados o desmonte de sua democracia. A sociedade civil, jornalistas, trabalhadores, jovens e movimentos sociais começam a construir uma frente ampla de resistência ao autoritarismo.

O capital também começa a se afastar. Wall Street, que parecia alinhada ao Partido Republicano, se mostra cada vez mais desconfortável com o caos econômico provocado por Trump. A instabilidade criada por sua guerra comercial ameaça cadeias globais de suprimento, investimentos e empregos. A narrativa de que o isolacionismo trará prosperidade é desmentida pelos números e pela realidade.

O império que Trump tenta construir é frágil. Por trás da retórica agressiva e dos decretos unilaterais, está um governo que perde legitimidade a cada dia. Ele pode ter poder formal, mas já começou a ser derrotado moral e politicamente — não por um rival específico, mas pelo povo americano. O mesmo povo que neste sábado foi às ruas para dizer: aqui, a democracia ainda vive.

Trump tem prazo de validade. E ele será abreviado não por um golpe, mas por algo mais poderoso e legítimo — a força de uma sociedade que não se curva diante de imperadores de fancaria.

¨      A lua de mel de Donald Trump chegou ao fim. Por Pedro Paiva

No Bryant Park, famosa praça da região central de Manhattan, dezenas de milhares de manifestantes se aglomeravam, sob chuva, na tarde deste sábado. O mesmo acontecia no National Mall, em Washington, na Daley Plaza, em Chicago,  e em mais de mil cidades pelos 50 estados do país.

Os presentes se manifestavam contra o governo de Donald Trump e Elon Musk. Alguns carregavam cartazes contra os cortes promovidos pelo Departamento de Eficiência Governamental, outros em defesa dos imigrantes e de pessoas trans. O mote das manifestações era “Hands Off!” - “tire as mãos”, em inglês. No X, o antigo Twitter, a hashtag #HandsOff2025 ficou entre os assuntos mais comentados.

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Nas redes, vídeos compartilhados tornam inegável a realidade: o dia de mobilizações contra o governo foi imenso - tanto em cidades grandes, quanto nas pequenas, e tanto em estados democratas como em estados republicanos. Bandeiras da Palestina, da Groenlândia,  da Ucrânia e dos Estados Unidos estiveram presentes em várias das manifestações.

Em uma das gravações que circulam pela internet, de Detroit, é possível ver duas manifestações interagindo: uma do lado americano do Rio Detroit, a outra em Windsor, no Canadá. As manifestações aconteceram não só no país vizinho, mas também em Guadalajara, no México, e em diversas cidades europeias, como Lisboa, Paris, Londres e Berlim.

Os atos de hoje representam, de certa forma, o fim da lua de mel do republicano. Eleito em todos os estados pêndulo e ganhando no voto popular, Trump afirmava ter um amplo apoio no país. Mas se esse apoio todo, se é que um dia existiu, começou a derreter - e derreter rapidamente.

As eleições especiais na Flórida e em Wisconsin, na última terça-feira, foram o primeiro grande sinal. Apesar do esforço de Trump e Musk, o candidato republicano foi derrotado em Wisconsin, e os republicanos da Flórida, ainda que eleitos, viram a proporção de vantagem cair pela metade em menos de 5 meses.

As tarifas, que foram criticadas hoje em cartazes e palavras de ordem, parecem ter sido a gota d’água. Em 2 dias, US$2 trilhões foram perdidos nas bolsas de valores - algo que nos EUA impacta diretamente setores amplos da sociedade, que perderam dinheiro poupado e, principalmente, fundos de aposentadoria. Da noite pro dia, milhões de americanos viram grande parte do seu dinheiro simplesmente desaparecer.

Enquanto o povo vai às ruas, Donald Trump está em silêncio. Nas redes sociais, o presidente que costuma subestimar a oposição não se manifestou. A Casa Branca cancelou um evento que ocorreria hoje na sede do governo, sob a justificativa de medida de segurança. Ao que tudo indica: sentiu o baque.

¨      Protestos anti-Trump se espalham nos EUA

Milhares de manifestantes se reuniram em cidades dos EUA neste sábado (5/4) para protestar contra Donald Trump no maior ato de oposição desde que o presidente assumiu o cargo em janeiro último.

Os organizadores do protesto "Tire as Mãos" planejaram manifestações em 1.200 localidades em todos os 50 Estados americanos. Milhares de pessoas foram a atos em Boston, Chicago, Los Angeles, Nova York e na capital Washington.

Os manifestantes criticavam questões sociais e econômicas da agenda do governo Trump.

Manifestações também foram realizadas fora dos EUA, em cidades como Londres, Paris e Berlim, depois que o presidente anunciou um tarifaço a produtos importados.

A estudante de direito Katie Smith disse à BBC News que foi ao ato depois que estudante turca Rumeysa Ozturk foi presa perto da Universidade Tufts, no Estado de Massachusetts, por agentes que escondiam o rosto com máscaras.

"Você pode tomar uma postura hoje ou ser levado [pelas autoridades] depois", disse ela: "Eu geralmente não sou muito de protesto".

Em Londres, os manifestantes seguravam cartazes com frases como "parem de machucar as pessoas" e "ele é um idiota".

Nos atos eram ouvidas frases como "tire as mãos do Canadá", "tire as mãos da Groenlândia" e "tire as mãos da Ucrânia", em referência à política externa dos EUA.

Trump tem expressado repetidamente interesse em anexar o Canadá e a Groenlândia. Ele também entrou em uma disputa pública com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e tem enfrentado dificuldades para chegar a um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia. Antes ele havia dito que resolveria o conflito "em 24 horas".

Na capital Washington, milhares de manifestantes se reuniram para acompanhar discursos de políticos democratas. Muitos citaram Elon Musk. O deputado da Flórida Maxwell Frost denunciou a "tomada de nosso governo por bilionários".

"Quando você rouba do povo, pode esperar que o povo acorde. Nas urnas e nas ruas", disse.

Os protestos ocorrem após uma semana difícil para o presidente e seus aliados.

Os republicanos venceram uma eleição especial para o Congresso da Flórida, mas com margem menor do que a esperada. Os eleitores do Estado do Wisconsin elegeram uma juíza democrata para a Suprema Corte estadual, rejeitando por quase 10 pontos percentuais um candidato republicano apoiado por Musk.

Uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada no início desta semana aponta uma queda no índice de aprovação para 43%, ponto mais baixo desde que Trump iniciou seu segundo mandato em janeiro. Quando ele tomou posse em 20 de janeiro, esse índice era de 47%.

A mesma pesquisa mostra que 37% dos americanos aprovam sua gestão da economia, enquanto 30% aprovam a estratégia trumpista para lidar com desafios ligados ao custo de vida nos EUA.

Outra pesquisa recente, da Harvard Caps/Harris, descobriu que 49% dos eleitores registrados aprovam o desempenho de Trump no cargo, abaixo dos 52% do mês anterior.

A mesma pesquisa, no entanto, descobriu que 54% dos eleitores acreditam que ele está fazendo um trabalho melhor do que Joe Biden fez como presidente.

Uma manifestante em Washington disse que participava do ato porque "estamos perdendo nossos direitos democráticos".

"Estou muito preocupada com os cortes que eles estão fazendo no governo federal", disse ela, acrescentando que também está preocupada com os benefícios ligados à aposentadoria e educação.

Perguntada se ela achava que Trump estava recebendo a mensagem dos manifestantes, ela disse: "Bem, vamos ver. [Trump] tem jogado golfe quase todos os dias."

Trump não realizou eventos públicos no sábado e passou o dia jogando golfe em um resort de sua propriedade na Flórida. A programação seguiria no domingo.

A Casa Branca divulgou um comunicado defendendo as posições de Trump, dizendo que ele continuará a proteger programas como o Medicare e que os democratas é que são uma ameaça.

"A posição do presidente Trump é clara: ele sempre protegerá a previdência social, os [programas] Medicare e o Medicaid para os beneficiários elegíveis. Enquanto isso, a postura dos democratas é dar esses benefícios a estrangeiros ilegais, o que levará à falência esses programas e prejudicará os idosos americanos."

Um dos principais assessores de imigração de Trump, Tom Homan, disse à Fox News no sábado que manifestantes realizaram um protesto em frente à sua casa em Nova York, mas que ele estava em Washington na hora.

"Eles podem protestar na frente de uma casa vazia o quanto quiserem", disse Homan. "Protestos e manifestações não significam nada".

"Então, vão em frente e exerçam seus direitos da Primeira Emenda [liberdade de expressão]. Isso não vai mudar os fatos."

¨      Donald é Nome de Pato. Por Marcelo Zero

Há uma nova pandemia espalhando-se rapidamente pelo planeta. 

Trata-se de uma variante ainda mais letal que a Covid 19, o qual tanto dano causou ao mundo. Trata-se do novo coronavírus 2025, também conhecido como “Donald, the Virus”.

A OMS ainda não se pronunciou sobre o tema, pois foi muito afetada pelo novo vírus, que provocou uma grave hemorragia em seus recursos financeiros. 

Mas os sinais de sua propagação já são visíveis nas bolsas do mundo inteiro, fortemente acometidas por febres súbitas e violentas. Outros sintomas incluem intensa dor de cabeça, ataques generalizados de pânico, depressão e perplexidade.

Em prazo mais longo, afirmam os cientistas que a nova pandemia produzirá, em suas vítimas, desemprego, inflação e aumento das taxas de juros. Os pacientes mais graves deverão ser acometidos de recessão e de forte “desarranjo” das cadeias produtivas, o que poderá levar a óbito, em razão da perda de fluidos de bens, serviços e investimentos. 

Como na epidemia da Covid 19, os cientistas estão alarmados e perplexos com a velocidade de propagação do novo vírus, que cruza as fronteiras celeremente, apesar de barreiras sanitárias e fitossanitárias, bem como de tarifas supostamente saneadoras.

Dessa vez, contudo, ao contrário do que aconteceu com a Covid 19, os cientistas estão absolutamente certos de que o vírus foi gerado em laboratório, por deliberada e perversa ação humana. 

Com efeito, a fonte do vírus foi localizada em um laboratório, situado em Washington DC, capital dos EUA, chamado M.A.G.A (MAKE AMERICAN GARBAGE AGAIN).

Lá, uma equipe de ignotos “cientistas”, sem diplomas de ensino universitário ou médio, provenientes de obscuras Middle schools estadunidenses e chefiados por um senhor de prenome Donald, estavam tentando produzir uma droga miraculosa intitulada TARIFF. 

Segundo as expectativas dos “cientistas” do M.A.G.A, e do seu chefe, Donald, a TARIFF produziria efeitos espetaculares com pouco tempo de uso. Em questão de poucos meses, a TARIFF, como que por mágica, acabaria com doenças estadunidenses incômodas e graves, como déficits comerciais, dívidas, desemprego e falta de inovação.

Aparentemente, a TARIFF teria o efeito bizarro e nada trivial de obrigar os demais países do mundo a financiarem todos os déficits estadunidenses e a resolverem os problemas econômicos dos EUA, preservando seus bilionários de pagarem impostos sobre a renda. Uma nova maravilha imperial.

A TARIFF, ademais, neutralizaria vírus perversos e insidiosos, como o Vírus Beijing, o Vírus Bruxelas, o Vírus Ho Chi Minh, e centenas de outros vírus semelhantes espalhados pelo mundo, os quais provocam fraqueza, impotência, decadência e apequenamento, nos EUA. Segundo o M.A.G.A e Donald, os hospedeiros de todos esses vírus seriam, estranhamente, os pinguins.

Mas o caso é que, segundo Donald, agora conhecido como “Doutor Covid 25”, em pouco tempo, o paciente U.S.A. teria voltado a ser, como no passado mítico, a grande e inconteste “hiperpotência” do planeta, bafejada por um incontrolável unilateralismo, pelo “destino manifesto”, com energia revigorada para se tornar novamente a “fábrica do mundo”, exibindo superávits comerciais gigantescos e bem eretos.

Esperava-se vender mais que Viagra e Ozempic, somados. 

Algo, entretanto, saiu muito errado, e foi criado, em seu lugar, o novo vírus, que provoca efeitos totalmente opostos aos desejados. A TARIFF virou o fentanil das economias.

Segundo a investigação das autoridades, das verdadeiras autoridades no assunto, o M.A.G.A não tinha competência para produzir uma droga desse tipo. 

Na realidade, somente o famoso “Laboratório Congress”, também situado em Washington DC, teria real competência, após anos de debates e investigações e com todas as cautelas necessárias, para produzir uma droga de tal tipo, a qual só provocaria os resultados almejados, após uma década, pelo menos. 

Como resultado da incompetência e da falta de medidas de acautelatórias, o vírus escapuliu para o mundo, através de uma abertura de segurança chamada de “Executive Order”, uma espécie de cloaca que expele vírus autoritários envoltos em matéria fecal, algo que, de forma alarmante, vem se tornando muito frequente no M.A.G.A.

Felizmente, as verdadeiras autoridades sanitárias mundiais já identificaram o “paciente zero”, o que facilita a busca da cura.

Trata-se da OMC, que foi a óbito por “falência múltipla de princípios”, devido ao Covid 25. 

Com efeito, a Covid 25 provocou a falência, entre outros princípios da OMC, do “princípio da nação mais favorecida” e do “tratamento especial e diferenciado para países em desenvolvimento”. 

O primeiro princípio assegurava a imprescindível função da não- discriminação e a adoção de medidas tarifárias por bens e serviços; não por países. Já o segundo assegurava que os desiguais fossem tratados desigualmente, no sistema de comercio mundial, assegurando não apenas free trade, mas também fair trade, algo que era fundamental para o funcionamento regrado e global do “paciente zero”.

Outro dano letal à OMC se deu pela paralisação do seu sistema de solução de controvérsias, por falta de juízes de seu Orgão de Apelação, que produziam os linfócitos encarregados de combater as infecções ocasionadas pelas bactérias das práticas ilícitas de comércio. 

Segundo os cientistas, a cura do novo coronavírus  2025 deveria passar pela recomposição da OMC, dos seus princípios e das regras multilaterais do comércio. Como no combate ao Covid 19, isso demandaria grande empenho internacional. 

A criação de uma droga antiviral chamada MUTILATERARIUM já está a caminho e promete bastante.

Porém, em virtude da gravidade da situação e da celeridade da propagação do vírus, alguns cientistas consideram que deve ser elaborada logo uma vacina, com base em tecnologia antiga e bastante conhecida.  Teria a vantagem ser produzida rapidamente e de “cortar o mal pela raiz”, impedindo a propagação imediata do vírus, de modo muito eficaz e sem efeitos colaterais, exceto para o “Doutor Covid 2025” e o M.A.G.A.

Já tem nome: “impeachment 2025”, e está sendo desenvolvida pelo Laboratório POLÍTIKA. Produziria, prometem, imunidade perpétua.  

O planeta, com a respiração suspensa e se desfazendo de seus dólares, aguarda ansioso. 

Bem que avisaram, quando foi anunciada a droga “miraculosa” TARIFF, que Donald era nome de pato.

 

Fonte: Brasil 247/BBC News Mundo

 

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