FNE terá, pelo menos, R$ 47,2 bilhões em
2025
O FNE (Fundo
Constitucional de Financiamento do Nordeste) terá, inicialmente, R$ 47,2
bilhões para 2025 – uma projeção 18,6% superior ao que foi projetado para este
ano. A informação foi divulgada hoje (3) durante o lançamento da programação do
fundo, em evento realizado na sede do Banco do Nordeste. De acordo com as
diretrizes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e do
Conselho Deliberativo da Sudene, 70% dos recursos deverão destinados para os
municípios de microrregiões
prioritárias, aqueles de baixa e média rendas.
De partida, deverão
ser aplicados 51% dos recursos do FNE nas mini, micro, pequenas e médias
empresas – atualmente são aplicados 62% e esse patamar deve se repetir ou
ampliar no próximo ano. “Há um direcionamento forte do MIDR e do Conselho
Deliberativo da Sudene para democratizar o acesso ao crédito no país, gerando
oportunidades e renda para a população”, afirmou o superintendente de Políticas
de Desenvolvimento do Banco do Nordeste, Irenaldo Rubens.
Segundo a programação
divulgada nesta tarde, serão destinados 10% para o PNMPO (Programa Nacional do
Microcrédito Produtivo Orientado) – R$ 4,7 bilhões. O Pronaf (Programa Nacional
de Fortalecimento da Agricultura Familiar) deverá ter uma elevação de 18,6%,
casando coma estratégia do Plano Safra, que deve representar R$ 10,4 bilhões.
Também haverá uma ampliação de 21,1% para os recursos para micro e pequenas
empresas, totalizando R$ 5 bilhões.
Até agosto deste ano,
o FNE registrou um volume de R$ 29,6 bilhões em aplicações, o que representa
74,3% da meta anual. E, na última reunião do Conselho Deliberativo da Sudene,
houve um aumento na projeção de recursos que serão aplicados pelo fundo neste
ano. No início de 2024, havia a previsão de que o FNE teria R$ 37,8 bilhões e,
em sua última reunião, o Conselho Deliberativo da Sudene aprovou a nova
estimativa, de R$ 39,8 bilhões.
Para 2025, o FNE traz
novidades. “A principal delas é o alinhamento com os programas setoriais que
norteiam a nossa estratégia de promoção do desenvolvimento regional. As
diretrizes passam a considerar as medidas da Nova Indústria Brasil (NIB), do
Plano de Transformação Ecológica, Novo PAC, além do próprio Plano Regional de
Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). Isso torna o FNE cada vez mais próximo da
nossa realidade, oferecendo crédito de maneira mais assertiva para os setores
que tornam o Nordeste protagonista da agenda de desenvolvimento do
Brasil", destacou o coordenador-geral de Fundos da Sudene, José Wandemberg
Almeida.
Entre os próximos dias
16 de setembro e 11 de outubro, as 11 superintendências estaduais do Banco do
Nordeste farão reuniões setoriais para obter contribuições da sociedade para a
aplicação dos recursos do FNE. Até o dia 30 de outubro, a proposta para a execução
do fundo é encaminhada para o MIDR e para a Sudene e, até o dia 18 de dezembro,
o Conselho Deliberativo da Sudene analisa a proposta.
• Sudene aprova incentivos fiscais para
empreendimentos em sete estados
Mais 24 pleitos de
incentivos fiscais foram aprovados pela Diretoria Colegiada da Sudene a partir
de R$ 861,4 milhões em investimentos declarados pelas empresas. Os principais
investimentos foram feitos pela Ambev, para a modernização de sua fábrica de cervejas,
localizada no município de Itapissuma, em Pernambuco, com R$ 546,9 milhões e
1.468 empregos.
Para o superintendente
da Sudene, Danilo Cabral, os incentivos são importantes para atrair
investimentos para a área de atuação da Autarquia, gerando emprego e renda para
a população. “Nossa região ainda precisa avançar em competitividade,
principalmente na melhoria da infraestrutura e no capital humano, em relação a
outras áreas do país e a política de incentivos se torna estratégica para
garantir a presença das empresas até termos condições de competir em situação
de igualdade”, afirmou.
A partir da política
de concessão de benefícios fiscais da Sudene, as empresas podem reduzir o
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) como uma fonte para a realização de
novos investimentos em seus empreendimentos. Foram 18 pleitos relacionados com
a redução de 75% do IRPJ e quatro de reinvestimento de 30% do IRPJ. Nesta
modalidade, as empresas devem efetuar o depósito correspondente à redução de
30% do valor do IRPJ, calculado sobre o lucro real da atividade incentivada,
preliminarmente junto a uma agência do Banco do Nordeste, em conta de depósito
especial.
Considerando a
distribuição por estados, a Bahia, Ceará e Pernambuco tiveram cinco
solicitações aprovadas cada um, seguidos pelo Maranhão (4), Paraíba (3) e
Alagoas e Espírito Santo, um. Os investimentos informados na Bahia somam R$ 72
milhões; no Ceará, R$ 117,9 milhões, e em Pernambuco, R$ 602,3 milhões. Já no
Maranhão são R$ 37,9 milhões e na Paraíba, R$ 30,2 milhões. Em Alagoas foi de
R$ 470 mil e no Espírito Santo, R$ 505 mil.
O diretor de Gestão de
Fundos e Incentivos da Sudene, Heitor Freire, lembrou que, após a aprovação da
Sudene, as empresas deverão procurar a Receita Federal para homologação do
benefício. Uma vez aprovado, a fruição ocorre pelos próximos 10 anos, considerando
o lucro real apresentado pelos empreendimentos.
Ao todo foram 12
pleitos de modernização, sete de implantação, quatro de reinvestimento e um de
transferência. As solicitações estão distribuídas por diversos setores
considerados prioritários, destacando-se os de alimentos e bebidas,
infraestrutura, fármacos, plásticos, minerais não metálicos, têxtil e
vestuários e químicos. “No total, foi informada a manutenção de 11.512
empregos. Desse total, 976 estão vinculados a novos postos de trabalho”,
destacou o coordenador-geral de Incentivos e Benefícios Fiscais da Sudene,
Silvio Carlos do Amaral e Silva.
Fonte: Ascom Sudene
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