quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Vício em apostas online é comparável a epidemia de saúde pública, alerta Altay de Souza

No Brasil, os jogos de apostas online têm se tornado uma preocupação crescente entre especialistas por serem projetados para viciar. A popularidade dos aplicativos de apostas, ou Bets, é alimentada pela constante propaganda de ganhos vultosos em um curto período de tempo. Em entrevista ao programa Pauta Pública desta semana, o psicólogo e pesquisador Altay de Souza alerta para os perigos de uma epidemia ainda silenciosa, oculta nas telas de celulares.

O vício em apostas online pode ser comparado a uma epidemia de saúde pública, alerta o psicólogo e pesquisador que fala sobre as consequências psicológicas e financeiras do crescente fenômeno de apostas no Brasil.

Segundo um relatório da XP Investimentos, essas atividades já movimentam 1% do PIB e comprometem 20% do orçamento livre das famílias mais pobres. Já a consultoria PWC estima que as apostas já representam 1,38% do orçamento médio familiar desses estratos de menor renda, um aumento de cinco vezes em relação a cinco anos atrás, quando era de 0,27%. Souza destaca que a incidência de pessoas usando Bets cresce em países com maior desigualdade, fazendo com que muitas busquem soluções rápidas para seus problemas financeiros.

A ausência de regulação efetiva no Brasil também é preocupante. Em 2018, uma lei com regras pouco claras legalizou os sites de apostas esportivas, conhecidos como Bets. Em 2023, foi aprovada a Lei 14.790, conhecida como nova lei de apostas esportivas, que, em tese, regula os processos de autorização de casas de apostas físicas ou virtuais, estabelece direitos dos apostadores, regula a publicidade de apostas e também a tributação.

De acordo com a Fiquem Sabendo, a aprovação dessa lei foi resultado de meses de lobby das empresas de apostas em ao menos 78 reuniões em nove ministérios. Altay de Souza destaca que estratégias como melhorar a educação financeira são insuficientes para combater o vício em apostas, apontando para a necessidade de políticas que reduzam a desigualdade e protejam os consumidores.

<><> Leia os principais pontos da entrevista:

•        [Clarissa Levy] Altay, para começar eu queria perguntar para você sobre o que já sabemos relacionado aos impactos psicológicos e financeiros dos jogos de apostas online. Alguns dados de uma pesquisa feita pelo Instituto Locomotivo mostram que 46% dos jogadores brasileiros de apostas esportivas online são jovens, de 19 a 29 anos. O levantamento ainda mostra que um terço destes jovens está endividado ou com o nome sujo. Outra análise, feita por uma empresa de consultoria chamada Strategy aponta que as apostas no Brasil já representam 1,4% aproximadamente do orçamento de famílias de classes mais empobrecidas, das classes D e E com menos poder aquisitivo.

Ano passado fui convidado para adicionar novas variáveis de um questionário que fazia parte de um relatório sobre uso de instrumentos financeiros, chamado Raio X do investidor feito pela Anbima (Associação de Bancos do Brasil). Nesse relatório, tem uma parte sobre stress financeiro e autocontrole e uma parte com estudos de prevalência das Bets. Alguns dados do relatório são interessantes. Um deles é que entre 8 a 10% das pessoas que responderam o questionário acreditam que esse é um tipo de investimento. É a mesma coisa que achar que jogar na loteria é um investimento.

Isso tem a ver com outro estudo que a gente fez no mesmo relatório ligado a autocontrole, que já é validado em dezenas de países. A gente perguntou para as pessoas “se eu te desse 100 reais hoje, quanto você aceitaria receber de volta daqui um ano?”

Essas pessoas pedem cinco vezes mais em média, ou seja, 500 reais. Esse dado varia um pouco, mas é razoavelmente consistente entre vários países. Ao imaginar um investimento financeiro real que dá um retorno de 500% em um ano há uma dificuldade de base, nem o tráfico de drogas, de pessoas ou armas rende tanto.

Quando pensamos alguma coisa que vai acontecer daqui um ano nos inclinamos a distorcer esse fato, porque não temos controle do tempo. A Bet é um jogo que tem relação entre comportamento e tempo, base de toda a psicologia experimental. É como se você colocasse os seus comportamentos dentro do tempo, e precisasse de uma plataforma para isso.

•        [Clarissa Levy] Alguns pesquisadores têm falado sobre a febre das Bets como uma questão de saúde pública no Brasil. Pode falar mais sobre isso?

Eu dou aulas de epidemiologia na universidade, dentro dela tem uma área que se chama epidemiologia global que trata das grandes questões atuais, um exemplo são as questões ligadas à saúde pública. As doenças vão pegar você independente da sua nacionalidade.

As Bets são a mesma coisa, porque todos somos pessoas, temos dificuldades de autocontrole e todos nós distorcemos o tempo porque não o produzimos. Já existem trabalhos para regulamentação de Bets, um exemplo é a Holanda que já tem uma legislação para jogos – para jogos como o “tigrinho” e para jogos de videogame.

Esses jogos funcionam como um cassino, só fazem uma manutenção ano a ano e vão se lançando. Já temos evidências de que as Bets fazem mal, que melhorar a educação financeira das pessoas não funciona. A única solução seria as pessoas compreenderem o tempo de uma forma melhor, só que isso é fisiológico. Inclusive, no relatório Raio X do brasileiro e em outra literatura, falamos que outra variável crítica para reduzir as Bets é reduzir a desigualdade.

O Brasil é o país do mundo em que a incidência de pessoas que usam Bets cresceu mais vertiginosamente na história. No ano passado, as apostas não eram conversa de ninguém, hoje são de todo o mundo, é como se fosse uma epidemia mesmo. Parece que esses esquemas crescem muito mais rápido em países mais desiguais. E a explicação vai para o autocontrole, se a pessoa é de uma origem muito desfavorecida ou está em alguma penúria financeira quer uma solução rápida.

O jogo do tigrinho é pior que as Bets, porque o Jogo do Tigrinho é quase que um cassino que tem um algoritmo programado para no início você ganhar mais. Isso que te segura. É igual a pessoa que você conhece que fez a bet e ganhou uma vez, pegou um empréstimo, ganhou, e aí não sai mais. A arquitetura é feita para isso.

Outro exemplo, é a pirâmide financeira. O esquema ponzi ou pirâmide, tem um monte dessas pirâmides por aí que são a mesma coisa. Você me dá uma grana, e eu te dou um retorno rápido. Na primeira e segunda vez eu te devolvo mesmo, e depois é só ficar enrolando. Isso é exatamente o mesmo esquema das Bets. As Bets são um problema de saúde pública porque elas pulverizam muito mais o acesso a esse tipo de fraude.

•        [Clarissa Levy] Pensando um pouco na responsabilidade coletiva, temos o marketing das Bets rolando e o maior campeonato de futebol do país, o Brasileirão. Esse campeonato agora tem o nome de uma casa de apostas e sua publicidade desregulada, diferente de como acontece em outros países. Nesses termos, você pode dizer mais sobre esse combo marketing e regulação frágil?

Novamente, isso é uma reedição, não é nada de novo. Claro que o marketing e a publicidade tem culpa total nisso. O marketing não é algo que se aprende por consciência, ele aprende por punição. Em geral, punição positiva ou negativa. Sendo um dono de uma casa de apostas e tendo dinheiro, sabendo que vai haver uma regulamentação porém vai ser daqui a dois ou três anos, eu faria um lobby para atrasar isso o máximo possível. A regulação tem que vir o quanto antes.

 

•        Retrato da “pandemia” de jogos de azar no Brasil

Vinte e cinco milhões de pessoas passaram a fazer apostas esportivas em plataformas eletrônicas nos sete meses iniciais de 2024, de janeiro a julho, uma média de 3,5 milhões por mês. Para se ter uma ideia dessa velocidade, o intervalo de tempo é menor do que o que o coronavírus levou para contagiar o mesmo número de pessoas no Brasil – 11 meses, entre 26 de fevereiro de 2020 e 28 de janeiro de 2021. 

Em cinco anos, o número de brasileiros que apostaram nas chamadas bets chegou a 52 milhões. Do total, 48% são considerados novos jogadores – apostaram nos primeiros sete meses deste ano. Os dados fazem parte de pesquisa de opinião do Instituto Locomotiva, aplicada entre os dias 3 e 7 de agosto. O hábito de tentar a sorte nas plataformas eletrônicas atinge uma população no Brasil do mesmo tamanho do número de habitantes da Colômbia e superior à de países como Coreia do Sul, Espanha e Argentina.

O levantamento traçou um perfil dos apostadores de bets. Cinquenta e três por cento são homens e 47% são mulheres. Quatro de cada dez jogadores têm entre 18 e 29 anos; 41% estão na faixa etária de 30 a 49 anos; e 19% têm 50 anos ou mais. Oito de cada dez são pessoas das classes CD e E; e dois de cada dez são classe A ou B.

Sete de cada dez apostadores costumam jogar pelo menos uma vez ao mês. Sessenta por cento dos que já ganharam a aposta usam ao menos parte do valor do prêmio para tentar nova jogada. Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, a facilidade de fazer aposta nos celulares à mão, o apelo publicitário das bets patrocinando times e campeonatos brasileiros, e a dinâmica do jogo são atrativos das plataformas de jogos online.

“A pessoa aposta em quem vai fazer o gol, se o gol será feito no primeiro ou no segundo tempo, como ficará a tabela do Campeonato Brasileiro, se alguém vai tomar cartão vermelho ou não… Essa lógica faz com que alguma coisa o sujeito ganhe. No final ele perde mais do que ganha, mas essa sensação de ganho é uma sensação muito forte na cabeça dele. E isso acaba permeando esse imaginário de que está sempre ganhando”, diz o presidente do Instituto Locomotiva.

•        Nome sujo

O Instituto Locomotiva também verificou que 86% das pessoas que apostam têm dívida e que 64% estão negativados na Serasa. Do universo de pessoas endividadas e inadimplentes no Brasil, 31% jogam nas bets. “Quando uma pessoa endividada opta por apostar, muitas vezes na perspectiva de sair do endividamento, nós temos alguma coisa errada nisso”, pondera Renato Meirelles.

A situação econômica ajuda a entender por que “ganhar dinheiro”é a principal razão apontada para fazer apostas esportivas online (53%) – acima de “diversão/entretenimento/prazer” (22%); “emoção e adrenalina” (10%); “passar o tempo” (7%); “curiosidade” (6%); e “aliviar o estresse” (2%).

Meirelles considera o fenômeno das apostas esportivas eletrônicas “uma pandemia” com efeitos sobre a saúde mental. A pesquisa levantou informações e opiniões sobre o impacto psicológico das apostas. Sessenta e sete por cento dos entrevistados conhecem pessoas que “estão viciadas em apostas esportivas”.

•        Estado emocional

Entre os entrevistados, há quem acredite que o jogo aumente a ansiedade (51%); cause mudanças repentinas de humor (27%); possa gerar estresse (26%) e sentimento de culpa (23%). Quanto aos entrevistados que fazem apostas online, seis de cada dez admitem que a prática afeta o estado emocional e causa sentimentos negativos como ansiedade (41%); estresse (17%) e culpa (9%).

O relatório da pesquisa assinala descontrole entre parte dos apostadores. Segundo os dados, 45% dos entrevistados jogadores admitem que as apostas esportivas “já causaram prejuízos financeiros”, 37% dizem ter usado “dinheiro destinado a outras coisas importantes para apostar online” e 30% afirmaram ter “prejuízos nas relações pessoais”.

Mas também são apontados sentimentos positivos como emoção (54%); felicidade (37%) e alívio (11%). Para 42%, as apostas esportivas online “são uma forma de escapar de problemas ou emoções negativas.”

A pesquisa do Instituto Locomotiva entrevistou 2.060 pessoas, com 18 anos ou mais, de 142 cidades de todo o país. O levantamento foi feito entre os dias 3 e 7 de agosto, por meio de telefone em plataforma de autopreenchimento. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%.

O crescimento de apostadores a partir de janeiro deste ano ocorreu após a sanção da Lei 14.790/2023, que regulamentou a atividade das bets no Brasil. Atualmente, o Ministério da Fazenda analisa 113 pedidos de regulamentação das plataformas de aposta online.

 

•        Perigos da dependência em jogos de apostas online

Com o avanço da tecnologia, os jogos de apostas online tornaram-se uma forma popular de entretenimento para muitas pessoas em todo o mundo.

No entanto, por trás da diversão aparente, existe um perigo real: a dependência em jogos de apostas online.

Para compreender melhor os riscos desse mundo de novidades, é preciso explorar os fatores danosos associados a essa dependência, com foco especial nas apostas esportivas, cujos impactos já se alastram incontrolavelmente, e demandam medidas de intervenção urgente.

<><> Futebol: a forma mais comum de apostas online

Com o incontestável status de “país do futebol”, parece óbvio que as apostas que mais chamem a atenção no Brasil sejam ligadas a esse tema.

É nesse contexto de paixão dos torcedores que as apostas esportivas, em especial as relacionadas ao futebol, acabam por se tornar uma das formas mais comuns de jogos de apostas online.

Mas, embora haja regulamentação, o número ainda desmedido de anúncios a respeito, aliado à facilidade crescente de acesso a plataformas de apostas e à emoção de acompanhar os jogos em tempo real, podem levar à dependência em jogos de apostas online relativos a esse esporte.

<><> Panorama das apostas online no Brasil

No Brasil, as apostas esportivas têm ganhado destaque, especialmente com a legalização no mundo online.

A regulamentação, que visa arrecadar recursos que podem ser destinados a áreas como saúde e educação, ajuda a minimizar os efeitos do mercado ilegal, promovendo um maior controle e transparência desses processos.

Contudo, as facilidades proporcionadas pela internet permitem que, a cada minuto, sejam criadas novas versões e modalidades de jogos de apostas esportivas online.

Com isso, o fácil acesso a aplicativos e sites de apostas tornou ainda mais simples para os brasileiros participarem dessas atividades, oferecendo pequenas vantagens que mantêm os usuários por um tempo cada vez maior nas plataformas, aumentando assim o risco de desenvolver dependência.

 >>>> 5 perigos da dependência em jogos de apostas online

A dependência em jogos de apostas online  pode ter diversos riscos e consequências, que não afetam apenas o indivíduo viciado, mas também o seu círculo familiar, os amigos próximos e a sociedade como um todo. Confira alguns!

<><> 1. Suscetibilidade apresentada por alguns indivíduos

Por estarem naturalmente mais vulneráveis, certos grupos populacionais são mais suscetíveis à dependência em jogos de apostas.

Com as facilidades do acesso constante à internet, esses grupos atualmente incluem principalmente jovens, pessoas com problemas emocionais ou financeiros, além de indivíduos com histórico de dependência em outras áreas, como álcool ou drogas.

•        2. A facilidade pode levar ao vício

O excesso de disponibilidade e o acesso constante e facilitado aos jogos podem levar ao vício.

Estudos recentes revelam que o desenvolvimento da dependência em jogos de apostas está diretamente associado a uma série de problemas psicológicos, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.

Vale lembrar que o jogo compulsivo até pode servir como uma forma de escape temporário desses problemas, mas apenas agrava a situação a longo prazo, e pode prejudicar não só o indivíduo, mas também suas finanças e até mesmo as relações interpessoais no trabalho e no âmbito familiar.

<><> 3. Prejuízo financeiro

A ideia de que se pode fazer fortuna com jogos é vendida constantemente nas publicidades veiculadas abertamente. Já os alertas sobre jogar com responsabilidade são minúsculos, isso quando são feitos.

As consequências da dependência em jogos de aposta podem ser trágicas, tanto para o indivíduo quanto para as pessoas que o cercam.

Isso porque as ilusões de que se pode ganhar numa próxima tentativa, ou recuperar o que se perdeu fazem com que os jogadores apostem cada vez mais, e muitas vezes quantias ainda maiores, levando ao desenvolvimento do vício, o que frequentemente gera problemas financeiros significativos, incluindo endividamento, perda de emprego e até mesmo falência.

<><> 4. Prejuízo na qualidade dos relacionamentos

A dependência em jogos de apostas online não afeta apenas o indivíduo, mas também suas relações sociais e familiares.

A mentira, o isolamento social e o conflito podem surgir como resultado do comportamento compulsivo de jogar, ou mesmo em decorrência da negação do próprio vício, que passa a interferir na qualidade dos relacionamentos e causar prejuízo às atividades cotidianas.

<><> 5. A credibilidade das competições

Além dos impactos pessoais, a dependência em jogos de aposta também pode ter um impacto negativo na integridade do esporte.

Com o aumento da prática de apostas, abre-se um mercado atraente para o jogo ilegal e a manipulação de resultados, que atualmente são preocupações sérias que podem minar a confiança dos fãs e comprometer muito a credibilidade das competições esportivas.

<><> Como prevenir?

Para lidar com a dependência em jogos de apostas online, além da regulamentação e fiscalização, são necessárias medidas abrangentes e eficazes de prevenção e conscientização da população.

<><> Conscientização

Campanhas de conscientização são fundamentais para educar o público sobre os riscos associados ao jogo compulsivo e promover comportamentos saudáveis e atitudes responsáveis em relação ao jogo.

<><> Suporte adequado

É crucial também que sejam disponibilizados suporte e tratamento adequados para aqueles que lutam contra a dependência em jogos de aposta.

Isso inclui terapias individuais e em grupo, suporte emocional e recursos para lidar com problemas financeiros.

Ao longo do tratamento da pessoa dependente se fazem altamente necessárias as orientações familiares para a otimização dos resultados.

Quando há a presença de comorbidades, como quando um indivíduo apresenta um risco de transtorno de ansiedade, a avaliação e, muitas vezes, o tratamento medicamentoso se fará necessário.

<><> Restrições e limites

Embora seja um movimento contrário ao da publicidade desse gênero, é preciso que as autoridades reguladoras implementem restrições e limites rigorosos para mitigar os riscos associados ao jogo de aposta online.

Essa ação inclui regras que levem em consideração a idade, limites de gastos e proibição desse tipo de publicidade veiculada em mídias abertas ou direcionada a grupos potencialmente vulneráveis.

<><> Controle de acesso a menores

Além do cuidado primordial dos pais, é essencial que se implemente programas eficientes que controlem a idade de quem acessa e protejam de fato os menores dos perigos do jogo de apostas online, seja através de regulamentações estritas ou atitudes como programas de conscientização nas escolas sobre os riscos associados ao jogo compulsivo.

<><> É preciso reconhecer os riscos

A dependência em jogos de apostas online é um problema sério que afeta indivíduos, famílias e comunidades inteiras.

Ao associar os jogos a pessoas vitoriosas ou grandes personalidades do futebol, por exemplo, os anúncios visam apenas angariar cada vez mais jogadores, sem se preocupar com os riscos que esse tipo de atividade pode ter nos diferentes públicos atingidos.

Reconhecer os riscos associados à compulsividade no jogo e implementar medidas de prevenção e tratamento são passos essenciais para enfrentar esse desafio crescente.

Mas vale lembrar que essa realidade demanda uma abordagem multifacetada, que envolve conscientização pública, regulamentação rigorosa e suporte individualizado, a fim de que, trabalhando em conjunto, se possa ter alguma chance de reduzir os danos causados pela dependência em jogos de apostas online.

 

Fonte: Por Andrea DiP, Clarissa Levy, Claudia Jardim, Ricardo Terto e Stela Diogo, da Agencia Pública/ Outras Palavras/Blog de Marcelo Parazzi

 

Nenhum comentário: