Ultradireita
amedronta imigrantes na Alemanha, mas nem todos
Dia
desses, voltou a ocorrer no trem. A fiscal pediu a todos os passageiros que
mostrassem suas passagens. A assistente social Nour Al Zoubi foi a única pessoa
do compartimento que teve de mostrar, além da passagem, uma identificação
adicional. Caso contrário, ameaçou a fiscal, ela chamaria imediatamente a
polícia. Situações como essa são normais há muito tempo para essa mulher de
origem síria que trabalha como assessora no Conselho para Refugiados da
Turíngia.
"Existe
esse racismo cotidiano", diz ela em uma entrevista à DW. "Depois de
seis anos em Gera, já estou acostumada", acrescenta.
Al
Zoubi não tem planos de ir embora, mesmo após uma possível vitória da legenda
de ultradireita AfD,
nas eleições regionais.
Ela
diz que a Turíngia é seu lar. Al Zoubi recebeu o Prêmio de Integração da cidade
de Gera, com 95 mil habitantes, em 2020, por um projeto de jornal com
refugiados. Após o incidente no trem, duas mulheres mais velhas lhe deram apoio
– talvez esse seja outro motivo pelo qual ela se sente encorajada a ficar.
·
Tom cada dia mais ríspido
"O
número de eleitores da AfD aumentou, mas também aumentou o número de alemães
que são a favor de uma cultura de acolhimento de estrangeiros", ressalta.
No entanto, ela também conhece pessoas que estão pensando em deixar a Turíngia
se a AfD vencer as eleições. "Mas nem todos os migrantes da Turíngia
conseguem fazer isso. Os refugiados e requerentes de refúgio são obrigados a
permanecer na Turíngia por três anos devido às restrições de residência."
O
tom em relação aos imigrantes tem sido cada vez mais ríspido no país há algum
tempo, e o ataque com faca em Solingen, que deixou três mortos, provavelmente
alimentará ainda mais esse clima.
Qual
é a maior preocupação dela se houver uma guinada para a direita no dia da
eleição?
"Veremos
ainda mais racismo nos espaços públicos, em um nível mais elevado. Não apenas
insultos, mas também violência física. É isso que eu temo, especialmente quando
você ouve o que acabou de acontecer em Southport, no Reino Unido", diz.
¨ Medo de uma vitória da AfD
A
cerca de 150 quilômetros a leste, Ismail Davul tem pensamentos semelhantes em
Dresden. Nascido na Turquia, ele veio para a Saxônia em 2006 para estudar e
agora trabalha no Conselho de Estrangeiros da cidade há quase 11 anos.
"Algumas
pessoas já me perguntaram o que significará se a AfD vencer. E o clima é muito
claro: as pessoas estão com medo", explica. "Algumas pessoas já estão
dizendo que planejam ir embora se a AfD vencer", admite Davul.
Ele
e sua equipe tentam tranquilizar as pessoas, lembrando que os partidos
democráticos no conselho da cidade lutariam contra a guinada para a direita,
que a situação não mudaria da noite para o dia e que o Conselho de Estrangeiros
e muitas organizações da sociedade civil ainda estão vigilantes. "Mas,
infelizmente, também faz parte da triste realidade da nossa cidade o fato de
que as autoridades estão cada vez mais ouvindo falar de ataques contra
migrantes", disse o assistente social à Deutsche Welle.
"No
passado, esses eram casos individuais muito raros em que um imigrante era
atacado. Também havia muito mais atenção da mídia naquela época. Agora,
recebemos todos os dias relatos de que esse ou aquele imigrante é atacado,
agredido ou cuspido. Por causa de sua aparência, cor da pele ou sotaque.
Infelizmente, isso é quase uma coisa quase natural nas ruas hoje em dia."
¨ A AfD também atrai os imigrantes
Embora
muitos imigrantes estejam preocupados com uma vitória eleitoral da AfD nos
estados da Turíngia e da Saxônia, há outros que estão determinados a votar no
partido de ultradireita, a mesma legenda que repetidamente prega contra os
refugiados e que tornou o termo "remigração" socialmente
aceitável.
Özgür
Özvatan, sociólogo da Universidade Humboldt, em Berlim, diz que a AfD atraiu
especialmente os eleitores de origem turca do presidente turco Erdogan e
os alemães étnicos da Rússia. "Antes de tudo, a mensagem é agarrar as
pessoas por seu orgulho nacional e dizer que não é fundamentalmente errado
tê-lo. Um vídeo pró-Erdogan, por exemplo, atrai emocionalmente os de
origem turca. E para os russo-alemães, há a narrativa de que eles tiveram que
abandonar seu idioma, que se esperava que eles falassem alemão correto o mais
rápido possível, que eles ainda são invisíveis aqui e que tiveram que abandonar
tudo há 30 anos."
Assim,
a narrativa da AfD para os eleitores migrantes é a seguinte: "Naquela
época, vocês tinham que trabalhar duro para conseguir tudo, enquanto os novos
refugiados estão recebendo tudo". Özvatan explica que, embora isso não
resista à verificação de fatos, serve para alimentar supostas verdades
percebidas.
Especialmente
nas mídias sociais, como o TikTok, a AfD
está fazendo uma campanha intensa para obter os votos dos jovens imigrantes,
com muito dinheiro e também com a ajuda de influenciadores imigrantes. De
acordo com o cientista político, o cálculo é simples: ele só pode se tornar um
partido popular com os votos de pessoas com histórico de imigração.
"A
AfD aprendeu a se comunicar com grupos-alvo específicos nas novas plataformas
de mídia social. E entendeu muito bem que o algoritmo permite que posições
quase contraditórias sejam divulgadas simultaneamente nesse mundo da mídia
social. Acima de tudo, há uma vantagem competitiva estrutural para os partidos
antidemocráticos: conteúdo abreviado e falso tem um potencial de viralização
maior."
¨
Ultradireita alemã tem
1ª vitória desde a Segunda Guerra
Encerrada
a votação neste domingo (01/09) para os parlamentos estaduais nos estados alemães da Saxônia e da
Turíngia, resultados preliminares apontam para um
triunfo histórico da ultradireita no leste da Alemanha, algo que não se via
desde a Segunda Guerra Mundial.
Com
32,8% dos votos na Turíngia, a ultradireitista
Alternativa para a Alemanha (AfD) lidera
a disputa no estado, seguida pela conservadora União Democrata Cristã (CDU),
com 23,6%, e a sigla populista de esquerda anti-imigração Aliança Sahra Wagenknecht (BSW), com 15,8%. Já o partido A Esquerda, cuja dissidência deu
origem à BSW, perde o controle do único governo estadual que tinha, indo
de 31% dos votos em 2019 para 13,1%.
Na
Saxônia, a AfD (30,6%) por pouco não supera a CDU (31,9%). A BSW surge em
terceiro lugar com 11,8%.
Nos
dois estados do leste alemão, os três partidos que integram a coalizão do
governo federal – social-democratas (SPD), verdes e liberais (FDP) – não somam
juntos mais que 10,4% (Turíngia) e 12,4% (Saxônia).
Na
Saxônia, liberais não devem conquistar uma cadeira sequer por não superarem a
cláusula de barreira; A Esquerda parecia que teria o mesmo
destino, mas a conquista de dois mandatos diretos deu uma bancada ao
partido, ainda que pequena (seis parlamentares, levando em conta o percentual
total de votos).
Na
Turíngia, liberais e verdes ficaram de fora do parlamento estadual por não
superarem a cláusula de barreira de 5% dos votos.
Os
dados são das autoridades eleitorais dos dois estados e foram divulgados
na madrugada desta segunda-feira.
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Notório "fascista" quer governar a Turíngia
Na
Turíngia, o candidato a governador pela AfD é Björn
Höcke, cuja alcunha de "fascista" foi chancelada
por um tribunal alemão e que já foi condenado por uso de slogans nazistas.
É
improvável, porém, que a AfD comande o estado.
Isso
porque, na Alemanha, os governos
estaduais também são parlamentaristas. Isso quer dizer que, para ter o posto de
governador do estado, um partido precisa conquistar mais da metade dos assentos
no parlamento estadual. Mas como dificilmente um único partido elege
tantos deputados, muitas vezes é necessária a formação de coalizões. Mas a AfD,
dado seu histórico e reputação, é um parceiro de coalizão até agora indesejado.
Ainda
assim, o resultado da AfD na Turíngia não deixa de representar uma vitória para
o partido de Höcke: além de ter ampliado seus votos em relação a 2019
(23,4%), a sigla ganhará poder de veto sobre diversas decisões, influenciando
por exemplo a escolha de juízes.
À
emissora alemã ARD, Höcke afirmou que vai buscar conversar com outros partidos
sobre uma participação da sigla de ultradireita no governo da Turíngia.
"Estamos prontos para assumir responsabilidades no governo", disse,
criticando o que chamou de "conversa burra" sobre a insistência dos
demais partidos em isolar a AfD até agora de cargos de governo.
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Cordão sanitário contra a AfD
Para
evitar uma aliança com a AfD, a CDU pode vir a formar uma insólita coalizão na
Turíngia e na Saxônia com a BSW, partido liderado por uma ex-comunista da
Alemanha Oriental que em dois pontos – políticas econômicas de esquerda e
política externa pró-Rússia – não poderia estar mais distante dos
conservadores da CDU.
Atual
governador da Turíngia, o esquerdista Bodo Ramelow defendeu em entrevista à ARD
que o novo governo seja formado sob a liderança da conservadora CDU,
argumentando que essa tarefa cabe ao partido do campo democrático mais bem
votado. "Não fiz campanha contra a CDU nem a BSW; luto contra a
normalização do fascismo", afirmou, referindo-se à AfD.
Líder
da BSW, a política Sahra Wagenknecht afirmou em entrevista à mesma emissora que
descarta uma coalizão com a AfD, mas não cooperações pontuais em propostas que
sejam "dignas de apoio". "A CDU já fez isso na
Turíngia, eles já fizeram leis com a AfD."
De
Höcke, porém Wagenknecht disse querer distância: "Höcke representa uma
visão de mundo nacionalista. Isso está a quilômetros de distância de nós."
Tanto
a BSW quanto a AfD conseguiram apelar a temas que preocupam muitos alemães
na Saxônia e na Turíngia, como o medo de uma expansão da guerra na Ucrânia,
segurança pública e imigração ilegal.
Um
atentado recente a faca que matou seis pessoas, cujo suspeito é um refugiado
sírio, desencadeou um debate nacional sobre controle de imigração e deportação
de pessoas que tiveram seus pedidos de asilo rejeitados. Os dois partidos
defendem igualmente uma política migratória mais restritiva.
Também
a CDU tem endurecido seu discurso contra a imigração, defendendo inclusive a
anulação da reforma recentemente aprovada pelo governo de
Scholz que torna mais simples a aquisição da cidadania alemã e a manutenção da dupla cidadania.
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Prévia das eleições gerais em 2025?
Embora
a Saxônia e a Turíngia concentrem uma população combinada de 6,3 milhões de
pessoas (menos de um décimo da população do país), as eleições locais estão sendo
acompanhadas com muita atenção no restante da Alemanha.
As
campanhas foram dominadas por temas nacionais como política de imigração, segurança e o apoio
alemão à Ucrânia, que são vistos de forma mais crítica por parte da população
do leste, onde há proporcionalmente menos estrangeiros e, segundo pesquisas,
uma maior prevalência de opiniões favoráveis à Rússia.
O
resultado deste domingo aumenta a pressão sobre a coalizão do governo federal,
liderada por Olaf Scholz (SPD), que sofre com reprovação em todo o país apenas
um ano antes da próxima eleição federal, marcada para o final de setembro de
2025.
Entre
as legendas tradicionais, apenas a CDU, hoje na oposição, se saiu bem.
A
votação também complica a formação de coalizões de governo estaduais e arrisca
levar especialmente a Turíngia a um cenário de paralisia política, diante da
fragmentação do eleitorado e da ascensão da AfD, com quem nenhum outro partido
admitiu até agora formar coalizão.
Há
ainda o impacto na política nacional, já que parte dos membros do governo
estadual, especialmente o governador, passam a integrar o Bundesrat, a
câmara legislativa onde estão representados os estados alemães, composta por
representantes políticos dos 16 estados federados.
Segundo
a Constituição alemã, é por esse colegiado que os estados "participam na
criação de leis e administração da União e em assuntos da União Europeia".
O Bundesrat não propõe leis, mas vota todos os projetos de lei que dizem
respeito aos estados. Quando os deputados federais do Bundestag
(Parlamento) aprovam uma nova lei, o órgão pode aprovar, vetar ou alterar
os textos.
Em
22 de outubro, o estado de Brandemburgo também terá eleições regionais. Lá, a
AfD também lidera as pesquisas.
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Alemanha poderá ter um
"fascista" no governo de um estado
A Alternativa
para a Alemanha (AfD) de Björn
Höcke foi a mais votada na eleição ao Parlamento do estado da Turíngia deste domingo
(01/09) – uma "vitória histórica",
nas palavras dele.
De
fato: é a primeira vez que um partido de ultradireita – cujo diretório estadual
é sabidamente extremista –
vence uma eleição desse porte desde a Segunda Guerra.
"Isso
me enche de tanto, tanto, tanto orgulho e satisfação", afirmou a
apoiadores em Erfurt, capital da Turíngia, após as primeiras bocas de urna.
"Estamos prontos para assumir responsabilidade no governo."
Höcke
quer se tornar o primeiro político da AfD a servir como primeiro-ministro de um
dos 16 estados federados da Alemanha.
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Referências ao nazismo
Höcke
nega defender qualquer ideologia nazista. Ele costuma rebater seus críticos dizendo que, hoje em dia, na
Alemanha, qualquer um que critique os partidos governantes é descrito como
nazista.
O
político de 52 anos é professor de história e ensinou a disciplina por 13 anos
antes de se dedicar integralmente à política em 2014. E tem um longo histórico
de declarações extremistas.
Quando
ainda era professor, em fevereiro de 2010, ele participou de uma marcha neonazista em
Dresden. Quando manifestantes contrários ao grupo bloquearam o evento, ele
gritou furiosamente com o punho levantado: "Nós queremos marchar!"
Desde
o regime assassino dos nazistas sob Adolf
Hitler (1933-1945), qualquer invocação
ideológica ou simbólica dos valores nazistas é considerada inaceitável na
Alemanha. Durante a era nazista, os alemães assassinaram
mais de 6 milhões de judeus e foram
responsáveis pelo conflito mais mortal da história mundial, a Segunda Guerra Mundial.
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Contatos com extremistas
Em
2008, Höcke se mudou para a pequena vila de Bornhagen, uma área rural idílica
na Turíngia.
Quando
os caminhões de mudança chegaram à antiga casa paroquial, um convidado famoso
apareceu: Thorsten Heise. Ele vive em um vilarejo vizinho e é um dos
neonazistas mais ativos da Alemanha.
Heise
tem um longo histórico criminal: lesão corporal grave, perturbação da paz,
coerção e incitação ao ódio racial. E mantinha contato com o grupo terrorista
de extrema direita Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU), que assassinou 10 pessoas na Alemanha por motivos puramente
racistas.
Declarações
juramentadas de testemunhas que afirmam ter visto Höcke e Heise juntos sugerem
que a relação entre os dois era muito amigável. Höcke não nega conhecê-lo.
Por
volta dessa época, a revista neonazista de Heise publicou artigos de um certo
"Landolf Ladig", com exaltações ao regime nazista e a defesa de um
sistema econômico baseado na biologia racial. Ladig também citava cartas ao
editor escritas por Björn Höcke e usava terminologias e frases encontradas
apenas em textos escritos pelo próprio Höcke.
Anos
depois, o próprio partido de Höcke tentou expulsá-lo – sem sucesso – alegando
ser "quase certo" que ele e Ladig eram a mesma pessoa.
Em
uma carta de 2015, o Conselho Executivo da AfD acusou Höcke de publicar
escritos "extremamente próximos ao nazismo" sob o pseudônimo. Höcke
negou, mas se recusou a assinar uma declaração nesse sentido.
Em
2017 a AfD tentou expulsar tentou
expulsar Höcke. O comitê executivo do partido iniciou um processo de expulsão
após o polêmico discurso dele num evento do partido em Dresden, no qual ele
criticou a forma como a Alemanha lembra o Holocausto, chamando-a de estúpida e
defendendo uma "reversão de 180 graus", e chamou o Memorial aos
Judeus Assassinados da Europa, em Berlim, de "monumento da vergonha".
A Justiça da Turíngia acabou barrando a expulsão.
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Multado por usar slogans nazistas
As
referências de Höcke à era nazista começaram a se tornar mais óbvias após ele
ingressar na AfD, em 2013.
Em
2019, um tribunal alemão decidiu que o político pode legalmente ser descrito
como "fascista", por esse ser um julgamento de valor com "base
factual verificável".
Em
2024, ele foi condenado duas vezes por usar slogans nazistas proibidos.
Em julho, o tribunal regional de Halle decidiu que ele usou o slogan da
Sturmabteilung (SA) de Hitler "Tudo pela Alemanha" durante um
comício de campanha em novembro de 2023. A SA era um grupo paramilitar temido
que aterrorizava oponentes políticos e judeus nas ruas, principalmente no
início do regime nazista.
Ao
proferir o veredito, o juiz afirmou que, como historiador, Höcke sabia que
estaria cometendo um crime ao usar o slogan. O político foi multado em 16,9 mil
euros (R$ 105,4 mil) por usar um símbolo de uma organização inconstitucional e
terrorista.
Em
maio de 2024, Höcke também foi condenado a multa pela mesma acusação. Ele havia
usado o slogan da SA em um discurso de campanha eleitoral. Ambos os julgamentos
ainda não transitaram em julgado.
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Medidas contra a imprensa
Devido
a reportagens críticas à AfD, o partido vem pedindo há anos a abolição ou
reestruturação da radiodifusão pública na Alemanha. Inspirado pelo
ex-presidente dos EUA, Donald Trump, o partido faz uso da chamada "mídia
alternativa", espalhando suas ideias políticas por meio de canais próprios
nas redes sociais.
Numa
reunião da AfD em novembro de 2023, Höcke anunciou medidas de amplo alcance
caso fosse eleito: "Vamos dar um fim à luta contra a extrema
direita", prometeu, sendo aplaudido efusivamente por seus apoiadores.
Höcke,
referindo-se a si mesmo na terceira pessoa, também anunciou medidas contra a
mídia pública. "O que acontecerá se o Höcke se tornar governador? Ele
cancelará os contratos das emissoras estatais? Sim, o Höcke fará isso,
sim", gritou, recebendo aplausos dos membros da AfD.
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"Nunca mais" nunca foi tão importante quanto agora
Os
governos estaduais têm amplos poderes políticos no sistema federal da Alemanha,
o que inclui políticas de educação e mídia.
Durante
uma reunião da AfD em novembro de 2023, Höcke anunciou mudanças radicais caso
se tornasse primeiro-ministro estadual.
Partidos
políticos, igrejas, fundações, sindicatos e uma infinidade de iniciativas se
mobilizaram contra o sonho de Höcke de assumir o governo da Turíngia.
Um
deles é Jens-Christian Wagner, diretor do memorial do campo de concentração
Buchenwald. Wagner apela aos eleitores: a frase "nunca mais", uma
advertência para que os crimes do nazismo não se repitam, nunca foi tão
importante quanto agora.
Fonte:
Deutsche Welle
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