Todos os países da OTAN enfrentam escassez
em sistemas de defesa aérea, diz MD da Estônia
Todos os países da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) enfrentam uma escassez de
sistemas de defesa aérea, que protegem contra mísseis balísticos, disse o
ministro da Defesa da Estônia, Hanno Pevkur, citado pela mídia estoniana na
segunda-feira (2).
Segundo relatado, o
ministro e o presidente da Comissão de Defesa Nacional do país, Grigore-Kalev
Stoicescu, observaram que o fortalecimento das capacidades de defesa aérea é
fundamental para os países da OTAN.
"A escassez que
é, na verdade, um grande problema para todos os países da OTAN, é a capacidade
de defesa contra mísseis balísticos, ou seja, a capacidade de abater mísseis a
uma altitude de até 20 km e a uma distância de 150 a 200 km", disse Pevkur.
Anteriormente, ele
disse que a Estônia poderia aumentar seus gastos militares para 5% do PIB com
base no novo plano de defesa da OTAN, a fim de aumentar o poder militar do
país.
Em maio, o jornal
Financial Times, citando fontes familiarizadas com os planos de defesa da
aliança, informou que os países da OTAN têm apenas 5% dos sistemas de defesa
aérea necessários para proteger o seu flanco oriental.
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Pela 1ª vez em 10 anos, Exército holandês voltará a ter batalhão de tanques
próprio
O Exército holandês
terá sua própria unidade de tanques pela primeira vez em mais de dez anos,
informou a mídia local nesta terça-feira (3), citando alguns trechos de um
documento da Defesa que o governo divulgará na quinta-feira (5).
A criação dessa
unidade, que ajudará os Países Baixos a cumprir a meta da Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de gastar pelo menos 2% do seu produto
interno bruto (PIB) em defesa, custará entre 260 e 315 milhões de euros (R$ 1,6
bilhão e R$ 1,9 bilhão, respectivamente) por ano, informou o NRC, citado pela
Reuters.
Essa quantia cobrirá,
entre outras coisas, os custos de aquisição de novos tanques, provavelmente 50
unidades de Leopard 2, construído pelo fabricante alemão de tanques
Krauss-Maffei Wegmann, que tem sido usado pelo Exército terrestre holandês há
40 anos.
Os Países Baixos, que
tinham cerca de mil tanques no auge da Guerra Fria, se livraram de seus últimos
dois batalhões de tanques em 2011 após cortes no orçamento. Mas, desde 2015, o
país alugou 18 tanques Leopard 2 da Alemanha, que formam uma das cinco companhias
no 414º batalhão de tanques alemão-holandês, segundo o Defense News.
Uma revisão da
capacidade de planejamento de defesa da OTAN divulgada em 2022 observou
deficiências para os militares holandeses em poder terrestre e suporte de
combate. Adicionar um novo batalhão de tanques fortaleceria a aliança e
apoiaria o objetivo prioritário de Amsterdã de criar uma brigada de infantaria
pesada, acrescentaram oficiais dos Países Baixos na época, segundo a mídia.
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Manifestação contra fornecimento de armas à Ucrânia é realizada em Haia
Uma manifestação
contra o fornecimento de armas pelos países ocidentais à Ucrânia e a favor da
paz foi realizada em Haia na terça-feira (3), informou um correspondente da
Sputnik.
Manifestantes
marcharam até o prédio da Segunda Câmara (câmara baixa do parlamento) dos
Países Baixos, em Haia, para protestar contra o fornecimento de armas a Kiev
pelos países ocidentais.
As faixas que os
manifestantes levaram consigo diziam "não às armas pela paz",
"não à guerra com a Rússia", "os líderes ocidentais provocam uma
Terceira Guerra Mundial" e "os mísseis da OTAN matam civis".
"Não entendo por
que temos de lutar. Não quero que nenhuma arma seja fornecida para lá
[Ucrânia]. Não quero que as pessoas sejam mortas. Não quero que as pessoas
sofram. Acho que o fornecimento de armas não é uma solução", disse o
manifestante Ruben à agência.
Em sua opinião, as
partes envolvidas no conflito devem, a todo custo, começar a negociar.
"Eu sei que a
Rússia sempre quis negociar. A Rússia sempre esteve aberta a negociações",
acrescentou o interlocutor da agência.
A manifestação ocorreu
pacificamente sob o controle de policiais.
Protestos semelhantes
já foram realizados no país com a participação de dezenas de pessoas durante o
conflito.
A Rússia, por sua vez,
disse repetidamente que o fornecimento de armas à Ucrânia impede o alcance de
um acordo de paz e envolve diretamente os países da Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN) no conflito.
O ministro das
Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que os Estados Unidos e a
OTAN estão diretamente envolvidos no conflito, inclusive não apenas fornecendo
armas, mas também treinando pessoal militar ucraniano no território do Reino
Unido, Alemanha, Itália e outros países.
¨ Medo de retaliação pode ter forçado Reino Unido a reduzir vendas
de armas para Israel, diz especialista
Londres anunciou na
segunda-feira (2) que suspenderia 30 das 350 licenças de exportação de armas
para Israel devido ao "risco claro" de que as armas pudessem ser
usadas para "cometer ou facilitar uma violação grave do direito
humanitário internacional". A Sputnik perguntou ao dr. Marco Carnelos o
que motivou a reviravolta parcial.
O primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, atacou o governo de Keir Starmer nesta
terça-feira (3) por sua decisão de suspender algumas exportações de armas para
Tel Aviv, prometendo que a "decisão vergonhosa" "não mudaria a
determinação de Israel em derrotar o Hamas, uma organização terrorista genocida
que assassinou selvagemente 1.200 pessoas em 7 de outubro, incluindo 14
cidadãos britânicos".
"Em vez de ficar
ao lado de Israel, uma democracia que se defende contra a barbárie, a decisão
equivocada do Reino Unido apenas encorajará o Hamas", alegou Netanyahu.
O ministro das
Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, anunciou restrições parciais à
venda de armas para Israel na segunda-feira, assegurando que o Reino Unido
"continua apoiando o direito de Israel à autodefesa de acordo com o
direito internacional".
O ministro de Relações
Exteriores israelense, Israel Katz, expressou "decepção" com a
decisão de Londres, dizendo que Tel Aviv age "de acordo com o direito
internacional" e "espera que nações aliadas como o Reino Unido
reconheçam isso todos os dias". Um "passo como o dado agora pelo
Reino Unido envia uma mensagem problemática à 'organização terrorista Hamas' e
seus 'manipuladores' no Irã", afirmou Katz.
O ministro da Defesa
britânico, John Healey, assegurou que Londres continua comprometida em apoiar
Israel, mas também tem o dever de "dizer as verdades mais duras" aos
seus "amigos mais próximos" sobre suas preocupações. "Esta não é
uma determinação do governo de que Israel violou o direito internacional
humanitário. É uma conclusão, de acordo com as regras que temos, de que há um
risco claro de que algumas exportações de armas do Reino Unido possam ser
usadas em violações do direito internacional naquele conflito de Gaza",
disse Healey.
Os itens suspensos
supostamente incluem componentes para aeronaves, como caças (mas não peças para
F-35 de fabricação britânica), helicópteros e drones, bem como peças para
sistemas de mira terrestre. Os itens afetados constituem menos de 10% das
atuais licenças de exportação de armas do Reino Unido, e menos de 1% das
importações de armas de Israel vêm do Reino Unido — totalizando £ 42 milhões
(cerca de R$ 309,9 milhões) em 2022.
Ativistas que exigem
mais transparência sobre a assistência militar do Reino Unido a Israel
criticaram a medida de segunda-feira como uma meia medida.
"Perguntei ao
secretário de Relações Exteriores qual o papel do Reino Unido em voar com
aeronaves de vigilância sobre Gaza, e se a base do Exército britânico em Chipre
está sendo usada como ponto de parada para voos para Israel. Ele se recusou a
responder", escreveu o ex-líder do Partido Trabalhista que virou deputado
independente Jeremy Corbyn.
A Anistia
Internacional também interrogou Lammy, dizendo que o congelamento parcial das
licenças de exportação está "cheio de brechas e não vai longe o
suficiente", descrevendo a medida de continuar o fornecimento de peças do
F-35 como um "fracasso catastrófico para o controle de armas e a
Justiça".
<><> Por
que agora?
"Suspeito que por
trás da decisão do governo Starmer havia o medo de possíveis ações judiciais
contra o governo por sua até agora flagrante inação diante das violações
israelenses. Uma possível ação coletiva de muitas ONGs por não implementar as
leis britânicas pode ter levado o governo britânico a agir, infelizmente muito
tarde", disse o dr. Marco Carnelos, um veterano diplomata italiano e
ex-assessor do primeiro-ministro para assuntos do Oriente Médio, à Sputnik,
comentando a decisão de segunda-feira de Londres.
"O nível de
violência alcançado pelas forças israelenses operando em Gaza e a evidente
violação das leis que regulam os conflitos armados não poderiam mais ser
ignorados pelo Reino Unido, especialmente sob um governo trabalhista",
acredita Carnelos.
Dito isso, o veterano
diplomata não espera que a mudança tenha muito impacto no poder do lobby
israelense no Reino Unido, nem no Partido Trabalhista do primeiro-ministro
Starmer nem em Whitehall.
"[O] lobby
pró-palestino no Reino Unido tem sido muito ativo, mas sua capacidade de
influenciar o establishment político britânico empalidece em comparação ao
lobby pró-Israel. Esse é um sucesso modesto inicial. Não acredito que esta
decisão prejudicará as relações entre o Reino Unido e Israel. O Partido
Trabalhista sob a liderança de Keir Starmer continua muito pró-Israel, não
importa quantos crimes Israel possa ter cometido em Gaza", enfatizou o
especialista.
Questionado sobre os
aparentes padrões duplos do governo britânico, restringindo pelo menos algumas
licenças de armas para Israel, mas não fazendo nada disso no caso da Ucrânia,
Carnelos explicou que os dois conflitos são enquadrados de uma maneira diferente,
permitindo que Londres continue suas exportações de armas para Kiev livremente
(cerca de R$ 99,8 bilhões e contando) enquanto anuncia as preocupações com
relação às vendas para Israel.
Israel foi acusado de
crimes graves na guerra em Gaza, com a relatora especial das Nações Unidas,
Francesca Albanese, dizendo à mídia em março que havia "motivos
razoáveis" para sugerir que Israel está "cometendo o crime de
genocídio contra os palestinos como um grupo em Gaza". Em dezembro
passado, a África do Sul levou Israel a Haia, acusando Tel Aviv de cometer
genocídio. Quase uma dúzia de outros países, incluindo vários aliados da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), aderiram ao caso desde então.
Israel nega veementemente todas as alegações de irregularidades.
A escalada da crise
palestino-israelense em 7 de outubro de 2023 custou a vida de mais de 40.000
pessoas, a grande maioria delas civis palestinos em Gaza. Mais de 700 soldados
e policiais israelenses e quase 900 civis israelenses também foram mortos, alguns
como resultado da implementação da Diretiva Hannibal — que autoriza as Forças
de Defesa de Israel (FDI) a usar toda a força necessária para impedir que
cidadãos israelenses sejam feitos reféns.
¨ Aliados da Ucrânia sofrem dificuldades para fornecer armas a
Kiev, relata agência
Os aliados da Ucrânia
enfrentam dificuldades no cumprimento de suas próprias promessas relacionadas a
envio de suprimentos militares para Kiev, enquanto o volume de produção de
equipamentos militares russos excede o de Ocidente, e o ataque terrorista ucraniano
à região russa de Kursk se tornou um fracasso, escreve a Bloomberg, citando
fontes.
"Os aliados
ucranianos estão tentando arduamente cumprir as promessas feitas no início
deste ano para reforçar os sistemas de defesa antiaéreo desgastados do país
pelos combates militares. Vários aliados da OTAN ainda têm de cumprir os seus
compromissos, afirmados na cúpula de julho [da OTAN] em Washington", diz a
notícia.
Ao mesmo tempo das
dificuldades de fornecer equipamentos militares para Kiev, a agência destaca a
capacidade da economia russa de assegurar a produção de equipamentos de defesa,
incluindo mísseis e munições em uma quantidade que excede a capacidade do Ocidente
de enviar armas para as forças ucranianas.
De acordo com as
fontes citadas, o Exército ucraniano enfrenta escassez de armas e não consegue
conter o avanço das tropas russas no território da República Popular de Donetsk
(RPD) em meio à tentativa fracassada de enfraquecer a ofensiva de Moscou por meio
do ataque da Ucrânia à região de Kursk e da redução observada da capacidade de
geração de energia da Ucrânia na sequência da destruição da infraestrutura
energética do país.
"Os
acontecimentos representam um momento sombrio para a Ucrânia, que perdeu uma
parte significativa da sua capacidade de produção de eletricidade [...]",
conclui a agência Bloomberg.
A Rússia considera que
as entregas de armas à Ucrânia impedem firmação de um acordo, envolvendo
diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte no conflito.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, havia observado
que quaisquer cargas contendo armas para a Ucrânia se tornarão um alvo legítimo
para a Rússia.
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Romênia aprova envio de Patriot para Kiev; EUA se aproximam de acordo para
mísseis de longo alcance
Nesta terça-feira (3),
a câmara baixa do Parlamento da Romênia aprovou um projeto de lei que deu sinal
verde à doação de um sistema antimísseis Patriot para a Ucrânia. Ao mesmo
tempo, os Estados Unidos estão perto de um acordo para dar a Kiev mísseis de cruzeiro
de longo alcance, segundo a Reuters.
Assim que o presidente
romeno Klaus Iohannis sancionar o projeto de lei, o governo emitirá uma ordem
para que a doação seja realizada. A votação na câmara baixa aconteceu na
segunda-feira (2).
De acordo com a mídia,
Bucareste decidiu doar um de seus dois sistemas operacionais Patriot com a
condição de que os aliados o substituam por outro sistema igual em uma data
posterior.
O projeto de lei
aprovado pelo parlamento afirma que o sistema Patriot de substituição dos
Estados Unidos não deve custar mais do que a Romênia pagou originalmente por
unidade, e que os custos serão cobertos por "fontes estrangeiras não
reembolsáveis".
A Romênia assinou um
acordo de US$ 4 bilhões (R$ 22,4 bilhões) para comprar Patriot em 2017, seu
maior contrato de aquisição até o momento. Ela recebeu quatro sistemas até
agora, com dois operacionais.
Em Washington, o
governo Biden está perto de um acordo para dar à Ucrânia mísseis de cruzeiro de
longo alcance JASSM que podem atingir profundamente a Rússia, mas Kiev
precisará esperar vários meses enquanto são resolvidas questões técnicas antes
de qualquer remessa, disseram autoridades norte-americanas, citadas pela mídia.
A inclusão dos JASSM
deve acontecer quando um novo pacote de armas for anunciado neste outono
europeu, disseram três fontes sob condição de anonimato à agência britânica,
embora uma decisão final ainda não tenha sido tomada.
Analistas militares
sugeriram que a introdução dos JASSM — que são furtivos e podem atingir
distâncias maiores do que a maioria dos outros mísseis no inventário atual da
Ucrânia — poderia alterar significativamente o cenário estratégico do conflito
ao colocar mais territórios russos ao alcance de munições poderosas e guiadas
com precisão.
JASSM de modelos mais
antigos, fabricados pela Lockheed Martin, têm um alcance de cerca de 370
quilômetros. Os mísseis, de cerca de 4 metros de comprimento, são projetados
para serem um tanto furtivos, o que os torna difíceis de detectar no radar.
Eles também podem voar perto do solo e podem ser programados para tomar rotas
tortuosas que evitam as defesas aéreas.
Há também um míssil
JASSM de longo alcance que pode voar mais de 800 quilômetros. A Reuters afirma
que não conseguiu estabelecer imediatamente qual dos dois tipos Washington
estava considerando, mas fornecer os mísseis de menor alcance colocaria menos
pressão sobre seus estoques.
Fornecer JASSM à
Ucrânia também aumentaria a pressão para que Washington retirasse as restrições
sobre como Kiev usa armamento dos EUA, porque seus efeitos seriam limitados se
não fossem liberados para uso em alvos dentro da Rússia, disse um funcionário do
Congresso norte-americano que trabalha no assunto.
Moscou já enviou uma
nota aos países da OTAN na qual o Ministério das Relações Exteriores russo
advertia que qualquer carregamento incluindo armas destinadas a Kiev se tornará
alvo legítimo para Forças Armadas russas.
Fonte: Sputnik Brasil
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