sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Salvador recebe 21º Orgulho LGBT+ Bahia no circuito Barra/Ondina neste domingo (8)

O 21º Orgulho LGBT+ Bahia ganhará o circuito Barra/Ondina neste domingo (8), a partir das 12h, com uma variedade de atrações culturais no Palco da Diversidade, no Farol da Barra, além de 14 trios elétricos. No percurso, uma multidão encontrará espaço para afirmar suas identidades, fortalecer o respeito mútuo e se empoderar, criando resistência e traçando um novo futuro. Neste ano, o evento tem como tema “Orgulho Jovem” e promete ser um momento histórico com a mudança de seu circuito.

Após 20 edições ocupando as ruas do Campo Grande e da Avenida 7, o desfile deste ano será no circuito Dodô, seguindo o trajeto do carnaval de Salvador, com término previsto para às 21h30. “A alteração do percurso atendeu a um pedido da juventude do movimento, visando proporcionar mais conforto e atrair mais turistas”, afirma Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB).

Por meio de suas vozes, lutas e celebrações, os jovens LGBTQIA+ têm sido fundamentais na promoção da igualdade de direitos e na desconstrução de preconceitos enraizados na sociedade. Com sua energia e criatividade, eles estão moldando uma nova geração que valoriza a diversidade, abraça a autenticidade e busca transformar o mundo em um lugar mais acolhedor para todos.

Nesta edição, o Orgulho LGBT+ Bahia tem como madrinhas as ativistas Symmy Larrat, Petra Perón, Tifanny Conceição e Léo Kret, que celebram a diversidade e reforçam o compromisso com a inclusão e a visibilidade. O evento, que espera receber cerca de 500 mil pessoas, terá uma bandeira LGBT+ de 60 metros erguida pela comunidade, encerrando a Semana da Diversidade Cultural de Salvador.

As atrações do Palco da Diversidade incluem performances artísticas e atrações musicais a partir das 12h, apresentadas por Michelle Lorem, Scarleth Sangalo e Jocimar Santos. O ponto alto será o show especial da ginasta Elisa Estrela, com uma apresentação de tirar o fôlego. O palco contará com intérprete de Libras e uma estrutura de som e iluminação de última geração.

•        Cortejo de trios

A abertura oficial do cortejo dos trios começará às 15h, com concentração às 13h, sob o comando de Bagageryer Spielberg, coroação das madrinhas, discurso de autoridades e apresentação do DJ Prettin D’Kingo, com participação do cantor Decoh Andrade, no trio do GGB. Em seguida, o cortejo segue com trios elétricos levando muita música eletrônica e shows.

A Semana da Diversidade Cultural de Salvador é realizada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), com patrocínio do Governo da Bahia, Prefeitura de Salvador, Dow Química, Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil e Embasa, e apoio do Shopping da Bahia e Instituto Íris.

<><> Confira a programação:

# Palco da Diversidade (Farol da Barra)

12h - Performances artísticas

Apresentação: Michelle Lorem, Scarleth Sangalo e Jocimar Santos

Show especial: ginasta Elisa Estrela

# Artistas transformistas:

Duda Baroni

Ferah Sunshine

Divina Aloma

Spadina Banks

Jessica Brendher

Saphyra Luzz

Nola Criola

Suzzy D’ Costa

Angelina Meels

Vanusa Alves

Lázaro Dumont

Sissy Zeta Jones

# Atrações musicais:

15h Samba Trevo de Mulher

16h30 Ju Santos

17h30 Vércio

19h Ju Moraes

<><> Relação dos trios:

Grupo Gay da Bahia - trio oficial

Atração: DJ Prettin D’Kingo com part. Decoh Andrade

# Léo Kret do Brasil

Atração: Selakuatro

# Casali

Atração: Banda Casali

# ABACI - Associação Baiana para Cultura e Inclusão

Atração: Banda Frevância Elétrica

# Fernandez (Diadorim)

Atração: a definir

# Nicole Cuscus

Atrações: Música eletrônica e drags

# APLB

Atrações: DJ Chiquinho e drags

# Maria Fernanda

Atração: DJ Raffa Maciel

# Dion Santiago

Atrações: DJ Ed Ferraz, Danny a Vilon, Jupiara Thompson e Alemanha Jessica Vermon

# Camila Parker

Atrações: DJ Koky, drags e gogo boys

# Casa Mariele Franco

Atrações: DJ Cigarrinha e Larissa Fox

# PC - Trio das Paradas

Atração: Cantora Larissa Marques

# Onã

Atração: a definir

# Giliard

Atração: Samba do Pretinho

 

•        Apenas 25% da população LGBTQIA+ conseguiu emprego formal em 2023, revela estudo inédito

O Fundo Positivo e o Instituto Matizes, com o apoio da Wellspring Philanthropic Fund (WPF), acabam de divulgar os resultados de um estudo inédito sobre a inclusão econômica da população LGBTQIA+ no Brasil. Intitulado “Inclusão Econômica e Geração de Renda da População LGBTQIA+ no Brasil: Desafios, Iniciativas e Financiamentos", o levantamento, realizado entre 2023 e 2024, oferece uma visão abrangente das barreiras enfrentadas por essa comunidade no mercado de trabalho e no empreendedorismo.

Uma pesquisa realizada pelo Fundo Positivo, em colaboração com o Instituto Matizes, revela que apenas uma em cada quatro pessoas LGBTQIA+ conseguiu um emprego com carteira assinada em 2023. Ou seja, apenas 25% dos participantes captados por organizações que participaram da pesquisa e desenvolvem ações de empregabilidade ou geração de renda conseguem manter um emprego formal ou sustentar um empreendimento por mais de 12 meses.

Os dados expõem o número de projetos direcionados à geração de emprego e renda para a população LGBTQIAP+, o que representa 63% entre 2021 e 2023. Apesar dos esforços das organizações sociais, o mercado de trabalho formal ainda encontra dificuldades para absorver essa mão de obra qualificada.

A sustentabilidade financeira dos projetos também é um ponto crítico. A pesquisa indica que 69,2% das organizações relatam dificuldades em captar recursos, e quase metade nunca recebeu apoio financeiro. Apenas 68,1% das iniciativas contam com financiamento externo, o que evidencia a necessidade de maior comprometimento por parte de empresas e do governo para garantir a sustentabilidade das ações de inclusão econômica.

As iniciativas de inclusão econômica dão prioridade à população trans, que enfrenta altos índices de exclusão econômica devido ao preconceito: 51% dos projetos atendem mulheres trans, 49% travestis e 39% homens trans. Apesar dos desafios, o estudo ressalta que há um movimento significativo de projetos de inclusão econômica liderados pela própria comunidade LGBTQIA+. Esses projetos se concentram principalmente em treinamento profissional e cursos de empreendedorismo, sendo que 77,9% das iniciativas oferecem qualificação profissional e 51,9% incluem formação em empreendedorismo.

Entre os principais desafios para a inserção dessa comunidade na economia, 45,2% das organizações apontam a falta de apoio governamental. Além disso, 42,3% ressaltam a necessidade de maior engajamento da iniciativa privada. O surgimento de novas vagas afirmativas e a implementação de políticas inclusivas são mencionadas como estratégias com efeito positivo para efetivar a inclusão econômica da população LGBTQIA+ no mercado formal.

Somente 30,4% dos projetos voltados para a inclusão econômica e produtiva para a população LGBTQIAP+ são financiados por editais do poder público. A iniciativa privada financia 49,3% desses projetos, enquanto 29% são representados por captações e doações de empresas e organizações sociais.

O lançamento deste estudo marca um passo importante para a compreensão e enfrentamento dos desafios econômicos da comunidade LGBTQIA+ no Brasil. As informações reveladas expõem a necessidade da criação de políticas públicas mais eficazes, mas também inspiram iniciativas privadas a contribuir de forma mais significativa para a promoção da justiça econômica.

 

Fonte: BizComunicação

 

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