Salvador recebe 21º Orgulho LGBT+ Bahia no
circuito Barra/Ondina neste domingo (8)
O 21º Orgulho LGBT+
Bahia ganhará o circuito Barra/Ondina neste domingo (8), a partir das 12h, com
uma variedade de atrações culturais no Palco da Diversidade, no Farol da Barra,
além de 14 trios elétricos. No percurso, uma multidão encontrará espaço para
afirmar suas identidades, fortalecer o respeito mútuo e se empoderar, criando
resistência e traçando um novo futuro. Neste ano, o evento tem como tema
“Orgulho Jovem” e promete ser um momento histórico com a mudança de seu
circuito.
Após 20 edições
ocupando as ruas do Campo Grande e da Avenida 7, o desfile deste ano será no
circuito Dodô, seguindo o trajeto do carnaval de Salvador, com término previsto
para às 21h30. “A alteração do percurso atendeu a um pedido da juventude do
movimento, visando proporcionar mais conforto e atrair mais turistas”, afirma
Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Por meio de suas
vozes, lutas e celebrações, os jovens LGBTQIA+ têm sido fundamentais na
promoção da igualdade de direitos e na desconstrução de preconceitos enraizados
na sociedade. Com sua energia e criatividade, eles estão moldando uma nova
geração que valoriza a diversidade, abraça a autenticidade e busca transformar
o mundo em um lugar mais acolhedor para todos.
Nesta edição, o
Orgulho LGBT+ Bahia tem como madrinhas as ativistas Symmy Larrat, Petra Perón,
Tifanny Conceição e Léo Kret, que celebram a diversidade e reforçam o
compromisso com a inclusão e a visibilidade. O evento, que espera receber cerca
de 500 mil pessoas, terá uma bandeira LGBT+ de 60 metros erguida pela
comunidade, encerrando a Semana da Diversidade Cultural de Salvador.
As atrações do Palco
da Diversidade incluem performances artísticas e atrações musicais a partir das
12h, apresentadas por Michelle Lorem, Scarleth Sangalo e Jocimar Santos. O
ponto alto será o show especial da ginasta Elisa Estrela, com uma apresentação
de tirar o fôlego. O palco contará com intérprete de Libras e uma estrutura de
som e iluminação de última geração.
• Cortejo de trios
A abertura oficial do
cortejo dos trios começará às 15h, com concentração às 13h, sob o comando de
Bagageryer Spielberg, coroação das madrinhas, discurso de autoridades e
apresentação do DJ Prettin D’Kingo, com participação do cantor Decoh Andrade,
no trio do GGB. Em seguida, o cortejo segue com trios elétricos levando muita
música eletrônica e shows.
A Semana da
Diversidade Cultural de Salvador é realizada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), com
patrocínio do Governo da Bahia, Prefeitura de Salvador, Dow Química, Câmara de
Comércio e Turismo LGBT do Brasil e Embasa, e apoio do Shopping da Bahia e
Instituto Íris.
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Confira a programação:
# Palco da Diversidade
(Farol da Barra)
12h - Performances
artísticas
Apresentação: Michelle
Lorem, Scarleth Sangalo e Jocimar Santos
Show especial: ginasta
Elisa Estrela
# Artistas
transformistas:
Duda Baroni
Ferah Sunshine
Divina Aloma
Spadina Banks
Jessica Brendher
Saphyra Luzz
Nola Criola
Suzzy D’ Costa
Angelina Meels
Vanusa Alves
Lázaro Dumont
Sissy Zeta Jones
# Atrações musicais:
15h Samba Trevo de
Mulher
16h30 Ju Santos
17h30 Vércio
19h Ju Moraes
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Relação dos trios:
Grupo Gay da Bahia -
trio oficial
Atração: DJ Prettin
D’Kingo com part. Decoh Andrade
# Léo Kret do Brasil
Atração: Selakuatro
# Casali
Atração: Banda Casali
# ABACI - Associação
Baiana para Cultura e Inclusão
Atração: Banda
Frevância Elétrica
# Fernandez (Diadorim)
Atração: a definir
# Nicole Cuscus
Atrações: Música
eletrônica e drags
# APLB
Atrações: DJ Chiquinho
e drags
# Maria Fernanda
Atração: DJ Raffa
Maciel
# Dion Santiago
Atrações: DJ Ed
Ferraz, Danny a Vilon, Jupiara Thompson e Alemanha Jessica Vermon
# Camila Parker
Atrações: DJ Koky,
drags e gogo boys
# Casa Mariele Franco
Atrações: DJ
Cigarrinha e Larissa Fox
# PC - Trio das
Paradas
Atração: Cantora
Larissa Marques
# Onã
Atração: a definir
# Giliard
Atração: Samba do
Pretinho
• Apenas 25% da população LGBTQIA+
conseguiu emprego formal em 2023, revela estudo inédito
O Fundo Positivo e o
Instituto Matizes, com o apoio da Wellspring Philanthropic Fund (WPF), acabam
de divulgar os resultados de um estudo inédito sobre a inclusão econômica da
população LGBTQIA+ no Brasil. Intitulado “Inclusão Econômica e Geração de Renda
da População LGBTQIA+ no Brasil: Desafios, Iniciativas e Financiamentos",
o levantamento, realizado entre 2023 e 2024, oferece uma visão abrangente das
barreiras enfrentadas por essa comunidade no mercado de trabalho e no
empreendedorismo.
Uma pesquisa realizada
pelo Fundo Positivo, em colaboração com o Instituto Matizes, revela que apenas
uma em cada quatro pessoas LGBTQIA+ conseguiu um emprego com carteira assinada
em 2023. Ou seja, apenas 25% dos participantes captados por organizações que
participaram da pesquisa e desenvolvem ações de empregabilidade ou geração de
renda conseguem manter um emprego formal ou sustentar um empreendimento por
mais de 12 meses.
Os dados expõem o
número de projetos direcionados à geração de emprego e renda para a população
LGBTQIAP+, o que representa 63% entre 2021 e 2023. Apesar dos esforços das
organizações sociais, o mercado de trabalho formal ainda encontra dificuldades
para absorver essa mão de obra qualificada.
A sustentabilidade
financeira dos projetos também é um ponto crítico. A pesquisa indica que 69,2%
das organizações relatam dificuldades em captar recursos, e quase metade nunca
recebeu apoio financeiro. Apenas 68,1% das iniciativas contam com financiamento
externo, o que evidencia a necessidade de maior comprometimento por parte de
empresas e do governo para garantir a sustentabilidade das ações de inclusão
econômica.
As iniciativas de
inclusão econômica dão prioridade à população trans, que enfrenta altos índices
de exclusão econômica devido ao preconceito: 51% dos projetos atendem mulheres
trans, 49% travestis e 39% homens trans. Apesar dos desafios, o estudo ressalta
que há um movimento significativo de projetos de inclusão econômica liderados
pela própria comunidade LGBTQIA+. Esses projetos se concentram principalmente
em treinamento profissional e cursos de empreendedorismo, sendo que 77,9% das
iniciativas oferecem qualificação profissional e 51,9% incluem formação em
empreendedorismo.
Entre os principais
desafios para a inserção dessa comunidade na economia, 45,2% das organizações
apontam a falta de apoio governamental. Além disso, 42,3% ressaltam a
necessidade de maior engajamento da iniciativa privada. O surgimento de novas
vagas afirmativas e a implementação de políticas inclusivas são mencionadas
como estratégias com efeito positivo para efetivar a inclusão econômica da
população LGBTQIA+ no mercado formal.
Somente 30,4% dos
projetos voltados para a inclusão econômica e produtiva para a população
LGBTQIAP+ são financiados por editais do poder público. A iniciativa privada
financia 49,3% desses projetos, enquanto 29% são representados por captações e
doações de empresas e organizações sociais.
O lançamento deste
estudo marca um passo importante para a compreensão e enfrentamento dos
desafios econômicos da comunidade LGBTQIA+ no Brasil. As informações reveladas
expõem a necessidade da criação de políticas públicas mais eficazes, mas também
inspiram iniciativas privadas a contribuir de forma mais significativa para a
promoção da justiça econômica.
Fonte: BizComunicação
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