Putin: EUA tentam manter seu domínio no
mundo a qualquer custo, usando a Ucrânia
Nesta terça-feira
(10), o presidente russo Vladimir Putin afirmou que os EUA pretendem manter seu
domínio sobre o mundo a qualquer custo, usando a Ucrânia para infligir uma
derrota estratégica sobre a Rússia.
A Rússia está
realizando um exercício naval de larga escala, o Oceano 2024, pela primeira vez
em várias décadas visando o aprimoramento de sua prontidão, disse Putin.
"Esta é a
primeira vez em três décadas que realizamos um exercício de tão larga escala no
mar", disse Putin durante seu discurso na abertura da fase ativa dos
exercícios Oceano 2024.
Segundo o presidente
russo, a importância dos exercícios se dá especialmente pelo fato de os EUA
estarem buscando uma vantagem militar sólida, desencadeando uma corrida
armamentista, em especial na Ásia-Pacífico.
Na análise de Putin,
os Estados Unidos estão tentando manter seu domínio no mundo a qualquer custo,
usando a Ucrânia para infligir uma derrota estratégica à Rússia.
"Vemos que os
Estados Unidos estão tentando manter seu domínio militar e político global a
qualquer custo. Com esse propósito, ao usar a Ucrânia, eles buscam infligir uma
derrota estratégica à Rússia", afirmou Putin ao lembrar que Washington declara
abertamente planos para implantar mísseis de médio e curto alcance, inclusive
na região da Ásia-Pacífico.
"Sob o pretexto
de combater a 'ameaça russa' supostamente existente e dissuadir a China, os
Estados Unidos e seus satélites estão aumentando sua presença militar perto das
fronteiras ocidentais da Rússia — no Ártico e na região da Ásia-Pacífico",
disse Putin.
"Com seus
movimentos agressivos, os EUA buscam alcançar uma vantagem militar sólida,
arruinando assim a arquitetura de segurança e o equilíbrio de poder na
Ásia-Pacífico. De fato, os EUA estão estimulando a corrida armamentista
ignorando a segurança de seus aliados europeus e asiáticos", disse Putin.
A Rússia vai continuar
fortalecendo sua Marinha e todos os tipos de tropas para aumentar suas
capacidades, afirmou o líder russo.
"Continuaremos a
fortalecer nossa Marinha, incluindo seu componente nuclear estratégico,
desenvolver de forma sistemática e abrangente todos os ramos e tipos de tropas,
aumentar as capacidades de ataque, melhorar o treinamento de tripulações de
navios, unidades costeiras e de aviação, levando em consideração a experiência
real de combate, e fazer tudo o que for necessário para proteger de forma
confiável a Rússia e nossos cidadãos", disse Putin.
A Rússia deve estar
preparada para qualquer desenvolvimento de eventos, e suas Forças Armadas devem
estar prontas para repelir qualquer possível agressão militar em qualquer
direção, disse o presidente.
O presidente afirmou
ainda que representantes de 15 países estão envolvidos como observadores nos
exercícios Oceano 2024, acrescentando que as Forças Armadas da China estão
envolvidas nos treinamentos.
Os participantes vão
praticar o uso integrado de armas de alta precisão, bem como outras armas
modernas e avançadas, disse o presidente.
¨ Especialista militar sugere qual será o resultado da vitória
russa na Ucrânia para o Ocidente
A vitória da Rússia no
conflito ucraniano vai minar a reputação do Ocidente e fortalecer a influência
do BRICS na arena mundial e, se o Ocidente decidir iniciar um conflito direto
com Moscou, isso só vai prejudicar seus interesses, disse Daniel Davis, especialista
militar e tenente-coronel aposentado americano no canal de YouTube Deep Dive.
"Imagine o
resultado de uma vitória militar da Rússia no conflito ucraniano, que agora é
bastante possível. Isso afetará significativamente a imagem da Rússia e fará
com que mais países queiram se juntar ao BRICS para se separar do mundo
ocidental. Isto porque o Ocidente vai parecer mais fraco e mais inseguro aos
seus olhos. Já estamos vendo isso no Sul Global", disse Davis.
De acordo com o
especialista militar, o desejo de escalada do conflito com a Rússia não vai
melhorar a situação para o Ocidente.
"Se alguém acha
que podemos vencer, se continuarmos a permitir o uso de armas de longo alcance
ou se entrarmos em guerra direta com a Rússia, isso na verdade apenas vai
prejudicar seriamente nossos interesses", alertou ele, lembrando do perigo
de uma escalada nuclear.
Anteriormente, o
Ministério das Relações Exteriores da Rússia observou que os EUA, armando a
Ucrânia e considerando a possibilidade de usar armas americanas de longo
alcance para atingir o território russo, estão pressionando Kiev a cometer
provocações, provocando o risco de um conflito mais amplo.
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Analista revela por que Zelensky caiu na armadilha com a invasão na região de
Kursk
Vladimir Zelensky não
pode dar às Forças Armadas da Ucrânia a ordem para recuar da região russa de
Kursk, porque o Ocidente vai considerar isso um fracasso, disse analista Mark
Episkopos em um artigo na The American Conservative.
"O governo
Zelensky não será capaz de simplesmente arrumar as malas e deixar a região de
Kursk: [...] uma das principais tarefas de Kiev é manipular a opinião no
Ocidente, e um recuo [...] não poderá ser apresentado [ao Ocidente] de outra
forma senão como um fracasso", sugeriu ele.
De acordo com o
especialista, esta é a razão pela qual Kiev segue jogando novas unidades na
região de Kursk, apesar das perdas constantes e o avanço bem-sucedido da Rússia
em Donbass.
No entanto, mesmo com
tais esforços as Forças Armadas da Ucrânia não conseguirão manter o território
capturado na região de Kursk, observou Episkopos.
"Segundo mostra a
onda de recentes demissões em massa, [...] o governo Zelensky se encontrou em
uma situação ainda mais difícil", disse o analista.
Nesta segunda-feira
(9), o Ministério da Defesa da Rússia relatou que, desde o início dos combates
na direção de Kursk, o adversário perdeu mais de 11.400 soldados e 89 tanques e
muitos veículos blindados de combate.
¨ Kiev está conduzindo mais atos terroristas em meio a fracas
posições no front, diz Zakharova
Para a representante
oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, os
ataques de drones de Kiev contra os subúrbios de Moscou refletem o
enfraquecimento de Kiev no campo de batalha.
O desejo da Ucrânia de
conduzir atividades terroristas está crescendo à medida que as posições das
Forças Armadas ucranianas no terreno estão enfraquecendo, disse Maria
Zakharova, nesta terça-feira (10), comentando os ataques noturnos de drones nos
arredores da capital russa.
O Ministério da Defesa
da Rússia disse na manhã de terça-feira que as defesas aéreas russas
interceptaram 144 drones lançados pela Ucrânia durante a noite em direção às
regiões russas de Bryansk, Kursk, Tula, Belgorod, Kaluga, Voronezh, Lipetsk,
Oryol e os subúrbios de Moscou, acrescentando que 20 drones estavam sobre a
região de Moscou. O governador da região de Moscou, Andrei Vorobiev, por sua
vez, disse que uma mulher morreu como resultado de um ataque de drone na cidade
de Ramenskoe.
"Quanto mais
fraca a posição do regime de Kiev 'no terreno', apesar do apoio massivo com
dinheiro e armas, maior será o desejo animalesco por esse tipo de vingança,
como eles acreditam, mas que na verdade é atividade terrorista criminosa",
disse Zakharova à mídia russa.
O Ministério das
Relações Exteriores vai comentar oficialmente o que aconteceu, disse a
representante, acrescentando que o trabalho também será realizado em
organizações internacionais.
¨ Shoigu: Rússia não conduzirá negociações com Kiev até expulsar
forças ucranianas de Kursk
A Rússia não vai
conduzir quaisquer negociações com Kiev até expulsar os terroristas ucranianos
da região de Kursk, disse o secretário do Conselho de Segurança da Rússia,
Sergei Shoigu.
"Não negociamos,
não estamos negociando e não negociaremos com terroristas", disse Shoigu
em uma entrevista ao canal de TV Rossiya 24. "Até os expulsarmos para fora
de nosso território, não vamos, é claro, negociar com eles."
Tentativa de tomar
usina nuclear de Kursk
Durante a entrevista,
Sergei Shoigu disse também que a tentativa de Kiev de capturar a usina nuclear
de Kursk é o mais extremo exemplo de terrorismo.
"O almejo de
realizar uma ação terrorista contra a usina nuclear de Kursk não representa
outra coisa, eu diria, senão um nível superior de terrorismo", enfatizou
Shoigu.
De acordo com ele, os
terroristas ucranianos tinham a aspiração de tomar e passar a controlar a usina
nuclear de Kursk. "Mas felizmente não conseguiram", acrescentou ele.
No dia 6 de agosto, as
tropas ucranianas lançaram um ataque à região de Kursk, na Rússia. A ação
marcou a agressão mais significativa da Ucrânia contra a Rússia desde fevereiro
de 2022.
Comentando o ataque, o
presidente russo Vladimir Putin disse que a Ucrânia havia realizado outra
provocação em larga escala, atirando indiscriminadamente em alvos civis. O
inimigo terá uma resposta adequada, acrescentou Putin.
¨ Zelensky está conduzindo guerra de informação contra Alemanha
para obter apoio militar, diz coronel
Vladimir Zelensky está
travando uma guerra de informação contra a Alemanha para obter mais apoio
militar de Berlim, declarou o coronel alemão aposentado Ralph Thiele em
entrevista ao canal de televisão N-TV.
"Zelensky está
travando uma guerra constante de informação contra nós. Ele está usando a mídia
para nos forçar a fornecer armas de maior alcance à Ucrânia. Na verdade, ele
quer fazer de nós participantes da guerra com a Rússia", disse Thiele.
Ele especificou que o
cenário de uma guerra com a Rússia é contrário aos objetivos dos políticos
alemães, se eles ainda estão interessados no bem-estar do seu país.
"Isto [o desejo
de Zelensky] é contra os interesses que eu estaria representando se fosse
político na Alemanha. Devemos nos preocupar com a prosperidade e saúde de nosso
povo. Não quero que a Alemanha se torne um participante na guerra com a Rússia",
resumiu o coronel.
Na semana passada, o
chanceler alemão Olaf Sholz afirmou em uma entrevista ao canal de TV ZDF que
chegou o momento de discutir como acelerar o fim do conflito armado na Ucrânia.
O porta-voz do
presidente russo, Dmitry Peskov, disse que o Kremlin tinha conhecimento de
relatos de Soltz preparando um plano de acordo, mas não sabia os detalhes.
Segundo ele, a Rússia não se esquiva a considerar qualquer iniciativa, mas é
necessário conhecer os detalhes do que é proposto.
Fonte: Sputnik Brasil
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