Organismos
bentônicos: o que são e importância
Organismos
bentônicos vivem em associação com o fundo de ambientes aquáticos, podendo ser
séssil (fixado ao fundo) ou errante (desloca-se sobre o fundo). Os bentos
sésseis são representados por algas macroscópicas e animais como celenterados e
vermes. Os bentos errantes, por sua vez, são constituídos por crustáceos,
equinodermos e moluscos. Geralmente, as fontes de alimento dos animais
bentônicos são cadáveres e detritos orgânicos, embora existam representantes
carnívoros que caçam ativamente suas presas.
As
espécies bentônicas variam muito de uma área para outra, sendo influenciadas
por uma série de fatores ambientais. Em substratos não consolidados, como
aqueles formados por areia, é possível observar uma maior presença de
organismos escavadores. Enquanto que organismos fixados tendem a viver nos
substratos rochosos. Dentre as principais comunidades bentônicas, pode-se citar
costões rochosos, estuários, mangues, recifes de corais e oceano profundo.
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Ecossistemas marinhos
Os
mares e oceanos cobrem mais de 75% da superfície terrestre. As profundidades
que variam de alguns metros nas regiões litorâneas, a mais 11 quilômetros nas
zonas mais profundas. Um dos aspectos mais importantes dos ecossistemas
marinhos é sua grande estabilidade e homogeneidade no que se refere à
composição química e temperatura. A salinidade dos mares é cerca de 3,5 g/L de
sais, com predominância de cloreto de sódio (NaCl).
Os
ecossistemas marinhos podem se distinguir em dois grandes domínios marinhos:
• Um
relativo ao fundo, o domínio bentônico;
• Outro
relativo às massas d’água, o domínio pelágico;
A luz consegue penetrar no mar até a
profundidade máxima de 200 metros, estabelecendo o que se denomina de zona
fótica.
Na
metade superior desta zona iluminada vive o fitoplâncton marinho, formado por
algas e bactérias fotossintetizantes. Elas produzem praticamente todo alimento
necessário à manutenção da vida nos mares. Essa zona também é rica em plâncton
não fotossintetizante e em grandes cardumes de peixes.
A
região que se estende dos 200 metros aos 2 mil metros de profundidade é a
região batial. Suas águas são frias e pobres em fauna. Os peixes, moluscos e
alguns outros animais que vivem nessa zona são sustentados por matéria orgânica
proveniente da superfície.
Mais
abaixo encontra-se a região abissal, que se estende dos 2 mil metros aos 6 mil
metros de profundidade. Nela encontram-se poucas espécies, que chamam atenção
por suas características exóticas, como peixes bentônicos bioluminescentes (por
ação dos pirossomas) e lulas gigantes. A região mais profunda dos oceanos,
abaixo dos 6 mil metros, é conhecida como região hadal. Sua fauna ainda é pouco
conhecida, é constituída principalmente por esponjas e moluscos.
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Qual a diferença entre nécton, plâncton e bentos?
O
organismo planctônico possui baixa ou nenhuma capacidade de locomoção.
Diferentemente do organismo bentônico, que ocupa fundos aquáticos e pode ser de
vida livre ou sésseis. Dessa forma, esses organismos, subdivididos em
fitoplâncton e zooplâncton, são transportados horizontalmente pelas correntes
de água.
Já
o organismo nectônico é capaz de se deslocar de forma ativa no ambiente
aquático. Mas, ao contrário dos bentos, não habita ambientes de substratos
sólidos.
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Classificação e exemplos de organismos bentônicos
De
acordo com a sua forma de alimentação, os organismos bentônicos podem ser
classificados em dois grandes grupos. O primeiro deles, chamado de fitobentos,
é composto por organismos autótrofos, como algas. Em comparação com os outros
seres bentônicos, esses organismos vivem em locais mais rasos e de águas
claras. Isso porque dependem da luz para realizarem a fotossíntese.
O
outro grupo, conhecido como zoobentos, é constituído por organismos
heterótrofos, ou seja, que não produzem seu próprio alimento e precisam se
alimentar de outros seres para obter energia. Conforme as suas características,
esses organismos ainda podem ser divididos em microbentos, mesobentos e
macrobentos. Crustáceos como camarões e caranguejos são exemplos de
macroinvertebrados bentônicos. Também são exemplos de bentos os pepinos do mar,
recifes de coral e estrelas-do-mar.
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Importância dos organismos bentônicos
O
bentos é de extrema importância para os ecossistemas marinhos. Nesses
ambientes, os fitobentos garantem a disponibilidade de oxigênio e nutrientes,
enquanto os zoobentos atuam no processo de decomposição de matéria orgânica.
Ainda, todos os seres bentônicos participam da cadeia alimentar aquática, sendo
alguns responsáveis pelo revolvimento do sedimento no fundo.
Além
de sua importância ecológica, os organismos bentônicos são frequentemente
utilizados como bioindicadores da qualidade do ambiente. Isso porque existem
muitas espécies sésseis e que se locomovem pouco. Isso faz com que sofram mais
impactos do que outras capazes de nadar ativamente. Esse mesmo fator também
contribui para uma maior facilidade de coleta de dados, facilitando as
pesquisas.
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Impactos humanos no organismo bentônico
As
comunidades bentônicas sofrem impactos diariamente decorrentes de atividades
humanas. As principais ameaças a esses ecossistemas são:
• Aquicultura
• Pesca
• Expansão
de áreas urbanas e turismo
• Poluição
• Redução
dos recursos hídricos
• Corte
de madeira de manguezais
• Mudanças
climáticas
Além
disso, as invasões biológicas ocasionadas pelo rafting plástico tendem a afetar
a biodiversidade bentônica das zonas costeiras. Por isso, elas devem ser
preservadas e protegidas por meio de políticas públicas, já que apresentam
grande importância para os seres vivos em geral.
• Fonte
de alimento para peixes, plâncton se transforma em ingrediente da alta
culinária
O
conhecido vilão Plâncton, do seriado de animação infantil Bob Esponja, que
sempre tenta roubar a receita do hambúrguer de siri do personagem principal,
agora também vai virar um ingrediente culinário. O jornal britânico Metro
publicou, no início de agosto de 2013, matéria sobre a visita do chefe de
gastronomia espanhol Ángel León à Inglaterra, e que trazia consigo receitas
envolvendo plâncton.
Dono
de um restaurante com estrela Michelin, o Aponiente – em parceria com o chefe
português Nuno Mendes, León preparou um cardápio de “sabores do mar” para o
restaurante do colega, também premiado com a estrela, localizado na cidade de
Londres, de nome Viajante. O menu inclui um cocktail com 60ml de Gin Mare, água
tônica 1724, plânctons desidratados, tomilho limão, além de um risoto de
plâncton e arroz de plâncton com molho alioli e tartar.
O
site espanhol La voz digital reporta que, apaixonado pelo mar, León teve a
ideia de colocar na panela esse pequeno ser quando visitou as instalações do
instituto de ensino médio Sancti Petri de San Fernando, onde há cursos de
Aquicultura. Em sua visita, ele se reteve aos tubos que continham plânctons
marinhos, os quais servem de alimentos para peixes. A partir daí, a imaginação
do gastrônomo foi longe.
E
para além da experiência gastronômica, o chefe do mar afirma que os plânctons
são saudáveis, pois contêm propriedades antioxidantes. E ele ainda descreve minuciosamente que o
plâncton possui um gosto aveludado e seco quando não misturado com líquidos. Já
quando é banhado em água, adquire textura de seda, é oleoso e elegante,
sutilmente pungente ao nariz, e, ao final, deixa um longo gosto na boca.
O
mundo da gastronomia pode nos surpreender, mas será que estamos preparados para
comer de tudo? E no Brasil? Será que o plâncton faria sucesso? Bem, contanto
que dentro de uma dieta saudável, por que não?
Fonte:
eCycle
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