Kremlin critica rejeição 'míope' da OTAN à
linha vermelha de Putin sobre ataques ucranianos à Rússia
A posição de não levar
a sério as palavras do presidente russo Vladimir Putin sobre as consequências
de permitir que a Ucrânia ataque o território russo longe da zona do conflito
com armas ocidentais é provocativa e perigosa, disse o porta-voz do Kremlin,
Dmitry Peskov, comentando as palavras recentes do secretário-geral da OTAN,
Jens Stoltenberg.
"Tal desejo
ostensivo de não levar em consideração as declarações do presidente russo é uma
atitude absolutamente míope e pouco profissional. [...] É claro que, após um
período muito curto de tempo, ele não vai ser mais responsabilizado pelas
palavras que proferiu, mas a posição é extremamente provocativa e
perigosa", enfatizou o porta-voz do Kremlin, apontando ao fato de que
Stoltenberg deve deixar seu cargo em pouco tempo.
O secretário-geral da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) Jens Stoltenberg disse em uma
entrevista ao jornal The Times que permitir que Kiev lance ataques com mísseis
de longo alcance nos territórios russos que estão longe do conflito não seria
uma linha vermelha que resultaria em uma escalada.
Ele acrescentou que
apoia os países, inclusive o Reino Unido e a França, que haviam se manifestado
a favor da permissão para Kiev usar mísseis de longo alcance.
Anteriormente, o
presidente russo Vladimir Putin disse que ataques com mísseis de longo alcance
ocidentais aos territórios russos que estão longe da zona do conflito
significarão o envolvimento direto da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN) no conflito na Ucrânia, já que somente os militares da OTAN, não os
ucranianos, têm a capacidade de operar essas armas.
Ele acrescentou que o
envolvimento direto dos países ocidentais no conflito ucraniano muda a natureza
das hostilidades e que a Rússia vai ser forçada a tomar decisões com base
nessas ameaças.
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Secretário-geral da OTAN nega
O secretário-geral da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, negou em
uma entrevista publicada nesta terça-feira (17) que permitir que a Ucrânia use
armas ocidentais de longo alcance para atacar a Rússia ultrapassaria a "linha
vermelha" da OTAN, apesar dos alertas do presidente russo, Vladimir Putin.
"Ele [Putin] já
declarou muitas linhas vermelhas antes, e não escalou, o que significa também
que não envolveu diretamente os aliados da OTAN no conflito", disse
Stoltenberg ao jornal The Times.
Stoltenberg afirmou
apoiar a decisão do Reino Unido e da França de retirar as restrições ao uso de
armas de longo alcance pela Ucrânia contra a Rússia. O secretário-geral
argumentou ainda que a autorização não levaria a aliança a um conflito direto
com Moscou.
Já o presidente Putin
alertou que os países da OTAN estavam essencialmente decidindo se se
envolveriam diretamente no conflito ucraniano. Conforme Putin, a participação
direta do Ocidente no conflito mudaria sua natureza, forçando a Rússia a
responder às ameaças emergentes.
Na última semana,
Vladimir Zelensky voltou a pedir que seus aliados ocidentais ignorem as
"linhas vermelhas" de Moscou e permitam que Kiev use armas de longo
alcance para ataques em território russo. "O número de sistemas de defesa
aérea que ainda não foram entregues é significativo", acrescentou na
ocasião.
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Putin: Exército russo será equipado com novas armas e terá aumento de efetivo
Presidente russo
afirma que o uso das novas armas exigirá treinamento com militares altamente
qualificados.
O presidente russo,
Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira (18) que o Exército russo vai ser
equipado com novos modelos de drones, desde estratégicos até pesados e
ultrapequenos, para ataque e patrulha. A declaração foi dada durante uma
reunião sobre o desenvolvimento das Forças Armadas da Federação da Rússia.
"É claro que
[serão incluídos nas tropas] sistemas de aeronaves não tripuladas de vários
modelos, desde estratégicos e pesados até pequenos e ultrapequenos. E estes são
sistemas de reconhecimento, sistemas de ataque, patrulha, contrabateria,
sistemas de sapadores. Discutiremos detalhadamente essas questões. Como já
disse, continuaremos discutindo essas questões em uma reunião da Comissão
Militar-Industrial", disse o presidente russo.
Ele acrescentou que as
tropas russas "não receberão mais amostras únicas, mas em série de armas
modernas e veículos blindados de alta precisão, aviação, sistemas de detecção e
contrabateria, sistemas de controle e comunicação".
Putin enfatizou que a
Rússia presta grande atenção ao fortalecimento do Exército e da Marinha, e
disse que um programa para o reequipamento abrangente dessas forças está sendo
implementado.
"Estamos falando
tanto da modernização e melhoria das características táticas e técnicas das
armas e dos equipamentos em serviço, como também da modernização e melhoria das
características táticas e técnicas das armas e equipamentos em serviço. As perspectivas
de desenvolvimento de novos modelos de alta tecnologia, inclusive levando em
consideração a experiência adquirida por nossas tropas durante a operação
militar especial. Estamos implementando um programa de reequipamento abrangente
do Exército e da Marinha."
Ele destacou ainda que
o uso das novas armas exigirá treinamento com militares altamente qualificados,
e afirmou que esse tema seguirá em discussão.
"Amanhã
continuaremos este trabalho em uma das empresas de defesa em São
Petersburgo", disse o presidente russo.
¨ UE deve fortalecer sua deficiente defesa antiaérea, instam
analistas
A União Europeia (UE)
precisa fortalecer suas defesas antiaéreas emitindo dívida pública conjunta em
meio a ameaças crescentes, uma das quais supostamente seria a Rússia, de acordo
com um relatório da empresa de pesquisa e análise Bruegel.
O relatório afirma que
a Rússia tem aumentado a produção de seus mísseis hipersônicos, foguetes e
veículos aéreos não tripulados durante os últimos anos, enquanto a Europa ainda
é vulnerável a ataques aéreos, já que as capacidades europeias de defesa antiaérea
permanecem fragmentadas.
"O financiamento
conjunto da UE para o desenvolvimento de maiores capacidades de defesa
antiaérea seria, portanto, justificado e ajudaria a garantir um provisionamento
rápido e suficiente. O financiamento da dívida seria economicamente
justificado, pois os sistemas de defesa antiaérea, como o Patriot e o Iris-T,
envolvem grandes custos iniciais", diz o relatório.
De acordo com as
conclusões da Bruegel, uma obrigação de dívida conjunta adicional vai
contribuir para o desenvolvimento das capacidades industriais dos países da UE.
Mesmo que, no curto
prazo, parte dos fundos seja usada para comprar sistemas de defesa antiaérea
dos EUA, se espera que uma "quantia substancial" seja alocada para
pesquisa e desenvolvimento da base industrial nos próprios países da UE.
Em agosto, a
presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que os
Estados-membros da UE haviam aumentado os gastos com defesa de pouco mais de €
200 bilhões (R$ 1,2 trilhão) para € 300 bilhões (R$ 1,8 trilhão) em 2024.
O presidente russo
Vladimir Putin explicou detalhadamente em uma entrevista ao jornalista
norte-americano Tucker Carlson que Moscou não tem a intenção de atacar os
países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), pois não faz
sentido.
O líder russo observou
que os políticos ocidentais intimidam regularmente suas populações com uma
imaginária ameaça russa a fim de desviar a atenção dos problemas domésticos,
mas que as "pessoas inteligentes entendem perfeitamente bem que isso é fake".
¨ OTAN decide reforçar controle no Ártico e está considerando um
centro de operações aéreas combinadas
A Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN) está estudando a ideia de criar um centro
conjunto de controle de operações aéreas no Ártico para conter a Rússia, disse
o comandante da Força Aérea dos EUA na Europa e na África, general James
Hecker, citado pelo portal Defense One.
Segundo Hecker, a OTAN
pretende aproveitar a adesão ao bloco militar da Suécia e da Noruega para
realizar operações no Ártico, onde "a Rússia tem aumentado sua
atividade".
"Vamos explorar
essa estreita relação entre as nações do Ártico. [...] Acho que provavelmente
teremos um terceiro centro de operações aéreas conjunto lá em breve",
disse Hecker durante um painel de discussão com representantes das forças
aéreas da Suécia e da Noruega.
Hecker acrescentou que
o general Christopher Cavoli, comandante-chefe das Forças Armadas conjuntas da
OTAN na Europa, concordou em princípio com a ideia.
Ele especificou que a
proposta ainda precisa ser apresentada à liderança da aliança.
O general acrescentou
que ainda não se sabe onde exatamente o centro de controle será localizado.
Além disso, ele
confirmou que a Força Aérea dos EUA já está fazendo experiências com os drones
MQ-9 Reaper e Global Hawk acima do Círculo Polar Ártico para melhorar a
consciência situacional.
<><> Luta
pelo Ártico
O assessor
presidencial russo e presidente do Colégio Marítimo, Nikolai Patrushev, disse
no início de setembro que Washington e seus aliados estão agravando a situação
ao longo das fronteiras da Rússia.
De acordo com ele, os
Estados Unidos embarcaram em um curso de militarização do Ártico.
Em julho, o Pentágono
publicou uma versão atualizada de sua estratégia para o Ártico.
O documento mostra que
o departamento pretende realizar exercícios militares na região de forma
independente e em conjunto com aliados para demonstrar a capacidade de combate
e a interoperabilidade.
Além disso, Washington
pretende cooperar com empresas industriais e povos do Alasca para fortalecer as
forças de dissuasão na região.
A estratégia também
mostra que os Estados Unidos e seus aliados pretendem colocar em serviço mais
de 250 aeronaves de combate modernas capazes de realizar operações no Ártico
até 2030.
Em maio, o presidente
russo Vladimir Putin e o presidente chinês Xi Jinping assinaram uma declaração
conjunta dizendo que Moscou e Pequim vão apoiar a preservação do Ártico como
uma região com baixas tensões militares e políticas.
¨ Pilotos ucranianos são incapazes de realizar tarefas complexas
nos caças F-16, diz general americano
Os pilotos militares
ucranianos não têm experiência para efetuar missões complexas nos caças F-16
fornecidos pelo Ocidente, de acordo com o comandante das Forças Aéreas dos EUA
na Europa e África, general James Hecker, citado pela revista Air&Space Forces.
Hecker também admitiu
que os aliados de Kiev não podem treinar pilotos ucranianos com rapidez
suficiente para pilotar os caças norte-americanos.
"Os pilotos são
novatos para isso [os F-16s], portanto, não vão os colocar nas missões mais
arriscadas", comentou Hecker a tática do comando da Força Aérea ucraniana.
O artigo acredita que
a Ucrânia vai usar os caças F-16 só em missões de defesa aérea, enquanto
pilotos estão aprimorando suas habilidades de pilotar os caças fornecidos por
países ocidentais.
Em 29 de agosto, o
Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia reconheceu a perda do primeiro caça
F-16 entregue à Ucrânia. Uma comissão especial está investigando os motivos do
acidente.
O The Wall Street
Journal disse que o F-16 caiu devido a um erro do piloto.
A deputada do
parlamento ucraniano, Maryana Bezuglaya, disse que o F-16 foi abatido pelo
sistema de defesa antiaérea Patriot ucraniano devido a uma falha na coordenação
das ações das unidades.
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Rosatom vê 'ações imprudentes ucranianas' como a maior ameaça à usina nuclear
de Kursk
A principal ameaça às
usinas nucleares de Zaporozhie e Kursk são as ações imprudentes da Ucrânia,
disse o chefe da corporação nuclear russa Rosatom, Aleksei Likhachev.
"A principal
ameaça às centrais nucleares de Zaporozhie e Kursk são as ações imprudentes das
autoridades ucranianas e das Forças Armadas ucranianas", comentou
Likhachev à margem da conferência geral da Agência Internacional de Energia
Atômica (AIEA) em Viena.
Segundo o responsável,
os danos infligidos por Kiev às infraestruturas das instalações nucleares e
civis já foram confirmados e contradizem os princípios de segurança
estabelecidos pela AIEA.
O diretor-geral da
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, disse nesta
segunda-feira (16) em sua conta no X que teve uma "troca oportuna"
com Aleksei Likhachev, em Viena, como um acompanhamento das consultas
realizadas anteriormente na cidade russa de Kaliningrado, reiterando a
importância da presença da AIEA na usina nuclear de Zaporozhie.
Comentando a situação
nas duas instalações, Grossi observou que elas não devem ser atacadas em
nenhuma circunstância.
No dia 6 de agosto, as
tropas ucranianas lançaram um ataque a fronteira à região russa de Kursk. Os
ataques ucranianos deixaram pelo menos 12 civis mortos e mais de 120 feridos,
incluindo dez crianças, e milhares de civis foram forçados a abandonar a área.
De acordo com um relatório das forças de segurança russas, o Exército ucraniano
planeja usar projéteis com ogivas radioativas para atacar as usinas nucleares
de Kursk e Zaporozhie.
No dia 4 de setembro,
o ministro da Energia da Rússia, Sergei Tsivilev, disse que a Rússia estava
tomando medidas para melhorar a resiliência das usinas de Kursk e Zaporozhie
contra ataques ucranianos. A Rússia alertou o órgão de vigilância nuclear da ONU
que ataques repetidos da Ucrânia colocam as usinas em perigo.
Em 27 de agosto,
Grossi fez uma visita à usina nuclear de Kursk da Rússia a convite do
presidente russo Vladimir Putin em meio às batalhas em andamento na região de
Kursk e disse que a situação na usina era séria. Após a visita, o funcionário
disse que atacar qualquer usina nuclear é inaceitável, seja qual for sua
localização.
O gabinete do
secretário-geral da ONU, António Guterres, absteve-se de comentar a Sputnik os
alertas do planejamento de um ataque ucraniano contra as centrais nucleares
russas de Zaporozhie e Kursk, e encaminhou questões sobre o assunto para a
AIEA.
Fonte: Sputnik Brasil
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