sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Coreia do Sul surge como um dos principais investidores dos EUA ante tensões com China, diz mídia

As empresas sul-coreanas estão investindo quantias recorde de capital na economia dos EUA, à medida que os esforços do governo Biden para tirar a China de sua cadeia de suprimentos e subsídios lucrativos para fabricantes de tecnologia avançada desencadeiam um aumento nos compromissos de projetos de Seul.

De acordo com o Financial Times (FT), os compromissos de projetos dos EUA de empresas sul-coreanas totalizaram US$ 21,5 bilhões (cerca de R$ 117,8 bilhões) no ano passado, mais do que qualquer outro país e superando Taiwan, que foi o maior investidor em 2022, de acordo com dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento.

Pequim foi o maior investidor nos EUA em 2014, mas ficou em oitavo lugar no ano passado, depois que os investimentos caíram em um terço, de acordo com os dados da ONU.

Embora os compromissos do ano passado da Coreia do Sul tenham sido 11% menores do que no ano anterior, os dados totalizaram 90 projetos de empresas sul-coreanas em 2023, o maior já registrado e um aumento de 50% em relação ao ano anterior, aponta a apuração.

O aumento no investimento sul-coreano segue a aprovação da Lei de Chips e Ciência e Lei de Redução da Inflação pelo governo Biden de 2022, oferecendo centenas de bilhões em créditos fiscais, empréstimos e subsídios para impulsionar a fabricação de semicondutores e tecnologias limpas nos EUA, visando reduzir a dependência da China.

As tensões entre Washington e Pequim também pressionaram as empresas sul-coreanas a limitar suas operações na China para buscar expansões nos EUA segundo a própria lei que incentiva tal medida e restringe licenciamento no caso de expansão da atividade no gigante asiático.

Embora pareça um grande negócio, condições macroeconômicas difíceis, como queda nos preços de importação e desaceleração na demanda por veículos elétricos (VE) também atrasaram alguns dos investimentos de fabricantes coreanos e geraram pedidos por maiores proteções comerciais dos EUA.

¨      EUA administram 2 biolaboratórios na cidade de Zaporozhie controlada pela Ucrânia, diz oficial russo

Acredita-se que dois laboratórios biológicos administrados pelo Pentágono estejam localizados na cidade de Zaporozhie controlada pela Ucrânia, disse Vladimir Rogov, um alto funcionário da administração regional de Zaporozhie nomeado pela Rússia, à Sputnik nesta quarta-feira (18).

"De acordo com dados operacionais, há dois biolaboratórios em Zaporozhie que foram estabelecidos sob programas do Pentágono antes do início da operação militar especial. De jure, eram instalações privadas, disfarçadas como tal, cercadas e bem guardadas, para evitar atenção de fora", disse Rogov.

Os laboratórios estão localizados no centro de Zaporozhie, nas ruas Bogdan Khmelnytsky e Ploscha Profspilok. Acredita-se que equipamentos de laboratório e resultados de pesquisa tenham sido retirados às pressas pouco antes do início da operação militar especial russa, disse o oficial russo.

"Houve uma onda de atividade lá entre fevereiro e março de 2022. Eles estavam movendo algo. A atividade é discreta agora, mas eles ainda são tão fortemente protegidos que até mesmo carros que tentam estacionar nas proximidades são expulsos por seguranças. Isso sugere que alguns dos equipamentos ainda podem estar lá. Não sei ao certo se esses laboratórios estão operando ou desativados. É improvável que qualquer trabalho ativo esteja sendo realizado lá no momento", disse Rogov.

Em fevereiro de 2022, o Ministério da Defesa russo descobriu a existência de 30 laboratórios biológicos militares financiados pelos EUA na Ucrânia. A Rússia acusa os EUA de gastarem mais de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,09 bilhão) para desenvolver armas biológicas nas instalações. Diz que os laboratórios descobertos na Ucrânia são apenas uma fração de uma rede global de mais de 300 locais de armas biológicas administrados pelo Pentágono. Os Estados Unidos negam as acusações.

Em abril de 2023, a câmara alta do parlamento russo votou unanimemente para lançar uma investigação sobre o programa de guerra biológica dos EUA na Ucrânia. O vice-presidente Konstantin Kosachev disse que havia pelo menos 30 laboratórios biológicos dos EUA na Ucrânia, financiados principalmente pelo Pentágono, o que, segundo ele, falava a favor da natureza militar da pesquisa.

¨      EUA e Japão querem fechar acordo para coibir exportações de tecnologia de chips à China

Os EUA e o Japão estão perto de um acordo para coibir exportações de tecnologia para a indústria de chips da China, apesar do alarme em Tóquio sobre a ameaça de Pequim de retaliar empresas japonesas.

De acordo com o Financial Times (FT), a Casa Branca quer instituir novos controles de exportação antes da eleição presidencial de novembro, incluindo uma medida que força as empresas não norte-americanas a obter licenças para vender produtos para a China que ajudariam seu setor de tecnologia.

Segundo autoridades do governo Biden, Japão e Países Baixos devem se somar aos esforços de Washington no estabelecimento de regimes complementares de controle de exportação o que significaria que empresas japonesas e holandesas não seriam alvos da Regra de Produto Estrangeiro Direto (FDPR, na sigla em inglês) dos EUA.

Entretanto, de acordo com a apuração, Washington e Tóquio estão mais perto de avançar na agenda, mesmo que para uma autoridade japonesa ouvida pelo FT a situação ainda permaneça "bastante frágil" por causa dos temores de retaliação chinesa.

O governo japonês está particularmente preocupado que a China possa bloquear as exportações de minerais essenciais — particularmente gálio e grafite — se Tóquio adotar os controles de exportação promovidos pelos EUA.

Washington quer dificultar a obtenção de ferramentas críticas para a fabricação de chips pela China e querem que seus parceiros restrinjam a manutenção, incluindo atualizações de software, e as ferramentas, em uma medida que prejudicaria significativamente a China.

As negociações se concentraram em alinhar as regras de controle de exportação dos três países para que as empresas japonesas e holandesas não fiquem sujeitas ao FDPR, que uma pessoa nos Países Baixos descreveu ao FT como uma "bomba diplomática".

A China disse que "se opõe firmemente ao abuso de controles de exportação" e instou "países relevantes" a cumprirem as regras econômicas e comerciais internacionais.

¨      China sanciona 9 empresas dos EUA por venderem armas a Taiwan

A China decidiu introduzir sanções contra nove empresas norte-americanas por venderem armas a Taiwan, anunciou o Ministério das Relações Exteriores do país asiático. Isso acontece depois que Washington aprovou uma possível venda de diversas peças de reposição para a ilha.

"Os Estados Unidos anunciaram recentemente novamente a venda de armas a Taiwan, o que viola gravemente o princípio de Uma Só China e três comunicados conjuntos sino-americanos, constitui uma interferência flagrante nos assuntos internos do país asiático e prejudica gravemente a soberania, o território e a integridade da China", razão pela qual o país "decidiu introduzir contramedidas a nove empresas norte-americanas", diz o comunicado.

Em particular, estas são as empresas militares e industriais Sierra Nevada Corporation, Stick Rudder Enterprises LLC, Cubic Corporation, S3 AeroDefense, TCOM, TextOre, Planate Management Group, ACT1 Federal e Exovera.

A decisão de Pequim entra em vigor nesta quarta-feira (18).

Ainda na terça-feira (17), a Agência de Cooperação para a Segurança de Defesa dos EUA anunciou que o Departamento de Estado aprovou uma possível venda de várias peças sobressalentes, incluindo peças de aviação, a Taiwan por US$ 228 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão).

Pequim considera Taiwan parte integrante da China e o cumprimento do princípio de Uma Só China é uma condição obrigatória para outros Estados que pretendam estabelecer ou manter relações diplomáticas com a ilha.

A situação em torno de Taiwan piorou após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha em agosto de 2022, apesar dos protestos da China, que viu essa viagem como apoio de Washington aos independentistas de Taiwan, realizando exercícios militares em grande escala a este respeito.

As relações oficiais entre o governo central da China e a sua província insular de Taiwan ruíram em 1949, depois de as forças do partido nacionalista Kuomintang, liderado por Chiang Kai-shek, terem sofrido derrota na guerra civil contra o Partido Comunista e terem sido relocadas para o arquipélago. As relações entre Taipé e Pequim foram restauradas apenas a nível comercial e informal no final da década de 1980.

<><> Programa da China exibe como seria um ataque do ELP para tomar o controle de Taiwan, diz mídia

Ataque de helicópteros em larga escala, foguetes de longo alcance e guerra eletrônica sofisticada por forças navais são destacados em documentário exibido pela televisão estatal chinesa.

De acordo com o South China Morning Post, o último episódio de uma série de documentários Quenching, na madrugada de segunda-feira (16), incluiu filmagens de exercícios das forças terrestres, Marinha e uma brigada de foguetes do Exército de Libertação Popular (ELP), bem como um relato completo de como um desembarque anfíbio seria realizado em Taiwan.

Entre as operações em destaque estavam um ataque aéreo de helicópteros em larga escala pela unidade de aviação da Força Terrestre, contramedidas eletrônicas antiacesso de um grupo de ataque de porta-aviões e um exercício de cobertura de fogo de foguetes de longo alcance.

Apesar de não dar detalhes de como drones de reconhecimento e ataque seriam usados para ajudar os helicópteros a levar tropas de desembarque para a ilha, o documentário, que tem duração de 20 minutos, mostra o apoio aéreo levando homens-rãs o mais perto possível da costa das áreas de desembarque visadas.

No exercício filmado em um campo de aviação com posições de pouso especialmente projetadas, o ELP pode ser visto implantando iscas infravermelhas e realizando manobras de evasão, bem como disparando mísseis em uma tentativa de derrubar as defesas antiaéreas inimigas.

Recentemente, Taiwan comprou 250 mísseis FIM-92 Stinger MANPADS dos EUA e, no início deste mês, anunciou planos para adquirir mais 1.985.

Espera-se ainda que os militares de Taiwan recebam seu primeiro lote de 11 sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade M142 e munição associada neste ano.

A China vê Taiwan como parte inalienável de seu território, situação reconhecida por inúmeros países, inclusive pelos EUA através de documentos. Entanto, Washington se opõe a qualquer tentativa de mudar o status quo pela força e é o maior fornecedor de armas da ilha, fazendo visitas constantes a Taipé à revelia de Pequim.

¨      Pentágono é suspeito de treinar unidade militar ucraniana envolvida em violação de direitos humanos

Relatório de auditoria aponta que o órgão não documentou que unidade que recebeu o treinamento estava sob as normas da lei que proíbe entidades dos EUA de prestar assistência a forças de segurança estrangeiras sobre as quais exista informação credível de violações humanitárias.

O Departamento de Defesa dos EUA (DoD, na sigla em inglês) pode ter usado indevidamente fundos apropriados para treinar uma unidade militar ucraniana suspeita de ter se envolvido em graves violações de direitos humanos. É o que aponta um relatório de auditoria publicado nesta quarta-feira (18) pelo Gabinete do Inspetor Geral do departamento.

"O pessoal do DoD pode ter usado indevidamente fundos apropriados ao treinar uma unidade ucraniana que pode ter cometido uma violação grave dos direitos humanos, resultando em uma violação da Lei Leahy", aponta o documento.

A lei Leahy proíbe entidades estadunidenses de prestar assistência a forças de segurança estrangeiras sobre as quais exista informação credível de que cometeram violações dos direitos humanos.

Segundo o relatório, os funcionários do Departamento de Defesa dos EUA "não documentaram suficientemente" que a lei Leahy se aplicava à unidade ucraniana que recebeu treinamento dos militares dos EUA, o que despertou a suspeita.

O relatório aponta ainda que o Pentágono enfrentou problemas com a responsabilização do equipamento, a gestão do financiamento atribuído, a partilha de inteligência, a informação e a segurança física ao transferir assistência militar para a Ucrânia. O documento frisou que o inventário e o acesso aos equipamentos dentro da Ucrânia são complicados.

¨      FMI adia consultas com a Rússia por tempo indeterminado, apesar da prontidão de Moscou, diz diretor

O Fundo Monetário Internacional (FMI) adiou por tempo indeterminado as consultas planejadas com a Rússia sobre a situação econômica, apesar de Moscou estar pronta para iniciar as discussões, afirmou Aleksei Mozhin, diretor-executivo da Rússia no fundo à Sputnik nesta terça-feira (17).

"A parte russa estava pronta para o início das consultas em 16 de setembro", contou. Porém, o procedimento foi adiado pela entidade ligado ao sistema da Organização das Nações Unidas (ONU) por tempo indeterminado.

A expectativa era que o FMI iniciasse as consultas com as autoridades russas na última segunda (16) como parte da revisão anual da economia russa, primeiro no formato on-line e, posteriormente, com uma missão internacional.

Já a entidade declarou à Sputnik que a decisão de realizar as primeiras consultas com Moscou desde 2021 estava relacionada à estabilização da situação econômica no país. Segundo a diretora do Departamento de Comunicações do FMI, Julie Kozack, o procedimento anual faz parte do compromisso tanto do fundo quanto dos países-membros.

No entanto, não especificou quando vai ocorrer a missão a Moscou e nem quais autoridades russas as negociações estavam planejadas.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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