Coreia do Sul surge como um dos principais
investidores dos EUA ante tensões com China, diz mídia
As empresas
sul-coreanas estão investindo quantias recorde de capital na economia dos EUA,
à medida que os esforços do governo Biden para tirar a China de sua cadeia de
suprimentos e subsídios lucrativos para fabricantes de tecnologia avançada
desencadeiam um aumento nos compromissos de projetos de Seul.
De acordo com o
Financial Times (FT), os compromissos de projetos dos EUA de empresas
sul-coreanas totalizaram US$ 21,5 bilhões (cerca de R$ 117,8 bilhões) no ano
passado, mais do que qualquer outro país e superando Taiwan, que foi o maior
investidor em 2022, de acordo com dados da Conferência das Nações Unidas sobre
Comércio e Desenvolvimento.
Pequim foi o maior
investidor nos EUA em 2014, mas ficou em oitavo lugar no ano passado, depois
que os investimentos caíram em um terço, de acordo com os dados da ONU.
Embora os compromissos
do ano passado da Coreia do Sul tenham sido 11% menores do que no ano anterior,
os dados totalizaram 90 projetos de empresas sul-coreanas em 2023, o maior já
registrado e um aumento de 50% em relação ao ano anterior, aponta a apuração.
O aumento no
investimento sul-coreano segue a aprovação da Lei de Chips e Ciência e Lei de
Redução da Inflação pelo governo Biden de 2022, oferecendo centenas de bilhões
em créditos fiscais, empréstimos e subsídios para impulsionar a fabricação de
semicondutores e tecnologias limpas nos EUA, visando reduzir a dependência da
China.
As tensões entre
Washington e Pequim também pressionaram as empresas sul-coreanas a limitar suas
operações na China para buscar expansões nos EUA segundo a própria lei que
incentiva tal medida e restringe licenciamento no caso de expansão da atividade
no gigante asiático.
Embora pareça um
grande negócio, condições macroeconômicas difíceis, como queda nos preços de
importação e desaceleração na demanda por veículos elétricos (VE) também
atrasaram alguns dos investimentos de fabricantes coreanos e geraram pedidos
por maiores proteções comerciais dos EUA.
¨ EUA administram 2 biolaboratórios na cidade de Zaporozhie
controlada pela Ucrânia, diz oficial russo
Acredita-se que dois
laboratórios biológicos administrados pelo Pentágono estejam localizados na
cidade de Zaporozhie controlada pela Ucrânia, disse Vladimir Rogov, um alto
funcionário da administração regional de Zaporozhie nomeado pela Rússia, à
Sputnik nesta quarta-feira (18).
"De acordo com
dados operacionais, há dois biolaboratórios em Zaporozhie que foram
estabelecidos sob programas do Pentágono antes do início da operação militar
especial. De jure, eram instalações privadas, disfarçadas como tal, cercadas e
bem guardadas, para evitar atenção de fora", disse Rogov.
Os laboratórios estão
localizados no centro de Zaporozhie, nas ruas Bogdan Khmelnytsky e Ploscha
Profspilok. Acredita-se que equipamentos de laboratório e resultados de
pesquisa tenham sido retirados às pressas pouco antes do início da operação
militar especial russa, disse o oficial russo.
"Houve uma onda
de atividade lá entre fevereiro e março de 2022. Eles estavam movendo algo. A
atividade é discreta agora, mas eles ainda são tão fortemente protegidos que
até mesmo carros que tentam estacionar nas proximidades são expulsos por seguranças.
Isso sugere que alguns dos equipamentos ainda podem estar lá. Não sei ao certo
se esses laboratórios estão operando ou desativados. É improvável que qualquer
trabalho ativo esteja sendo realizado lá no momento", disse Rogov.
Em fevereiro de 2022,
o Ministério da Defesa russo descobriu a existência de 30 laboratórios
biológicos militares financiados pelos EUA na Ucrânia. A Rússia acusa os EUA de
gastarem mais de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,09 bilhão) para desenvolver
armas biológicas nas instalações. Diz que os laboratórios descobertos na
Ucrânia são apenas uma fração de uma rede global de mais de 300 locais de armas
biológicas administrados pelo Pentágono. Os Estados Unidos negam as acusações.
Em abril de 2023, a
câmara alta do parlamento russo votou unanimemente para lançar uma investigação
sobre o programa de guerra biológica dos EUA na Ucrânia. O vice-presidente
Konstantin Kosachev disse que havia pelo menos 30 laboratórios biológicos dos EUA
na Ucrânia, financiados principalmente pelo Pentágono, o que, segundo ele,
falava a favor da natureza militar da pesquisa.
¨ EUA e Japão querem fechar acordo para coibir exportações de
tecnologia de chips à China
Os EUA e o Japão estão
perto de um acordo para coibir exportações de tecnologia para a indústria de
chips da China, apesar do alarme em Tóquio sobre a ameaça de Pequim de retaliar
empresas japonesas.
De acordo com o
Financial Times (FT), a Casa Branca quer instituir novos controles de
exportação antes da eleição presidencial de novembro, incluindo uma medida que
força as empresas não norte-americanas a obter licenças para vender produtos
para a China que ajudariam seu setor de tecnologia.
Segundo autoridades do
governo Biden, Japão e Países Baixos devem se somar aos esforços de Washington
no estabelecimento de regimes complementares de controle de exportação o que
significaria que empresas japonesas e holandesas não seriam alvos da Regra de
Produto Estrangeiro Direto (FDPR, na sigla em inglês) dos EUA.
Entretanto, de acordo
com a apuração, Washington e Tóquio estão mais perto de avançar na agenda,
mesmo que para uma autoridade japonesa ouvida pelo FT a situação ainda
permaneça "bastante frágil" por causa dos temores de retaliação
chinesa.
O governo japonês está
particularmente preocupado que a China possa bloquear as exportações de
minerais essenciais — particularmente gálio e grafite — se Tóquio adotar os
controles de exportação promovidos pelos EUA.
Washington quer
dificultar a obtenção de ferramentas críticas para a fabricação de chips pela
China e querem que seus parceiros restrinjam a manutenção, incluindo
atualizações de software, e as ferramentas, em uma medida que prejudicaria
significativamente a China.
As negociações se
concentraram em alinhar as regras de controle de exportação dos três países
para que as empresas japonesas e holandesas não fiquem sujeitas ao FDPR, que
uma pessoa nos Países Baixos descreveu ao FT como uma "bomba
diplomática".
A China disse que
"se opõe firmemente ao abuso de controles de exportação" e instou
"países relevantes" a cumprirem as regras econômicas e comerciais
internacionais.
¨ China sanciona 9 empresas dos EUA por venderem armas a Taiwan
A China decidiu
introduzir sanções contra nove empresas norte-americanas por venderem armas a
Taiwan, anunciou o Ministério das Relações Exteriores do país asiático. Isso
acontece depois que Washington aprovou uma possível venda de diversas peças de
reposição para a ilha.
"Os Estados
Unidos anunciaram recentemente novamente a venda de armas a Taiwan, o que viola
gravemente o princípio de Uma Só China e três comunicados conjuntos
sino-americanos, constitui uma interferência flagrante nos assuntos internos do
país asiático e prejudica gravemente a soberania, o território e a integridade
da China", razão pela qual o país "decidiu introduzir contramedidas a
nove empresas norte-americanas", diz o comunicado.
Em particular, estas
são as empresas militares e industriais Sierra Nevada Corporation, Stick Rudder
Enterprises LLC, Cubic Corporation, S3 AeroDefense, TCOM, TextOre, Planate
Management Group, ACT1 Federal e Exovera.
A decisão de Pequim
entra em vigor nesta quarta-feira (18).
Ainda na terça-feira
(17), a Agência de Cooperação para a Segurança de Defesa dos EUA anunciou que o
Departamento de Estado aprovou uma possível venda de várias peças
sobressalentes, incluindo peças de aviação, a Taiwan por US$ 228 milhões (cerca
de R$ 1,2 bilhão).
Pequim considera
Taiwan parte integrante da China e o cumprimento do princípio de Uma Só China é
uma condição obrigatória para outros Estados que pretendam estabelecer ou
manter relações diplomáticas com a ilha.
A situação em torno de
Taiwan piorou após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes
dos EUA, Nancy Pelosi, à ilha em agosto de 2022, apesar dos protestos da China,
que viu essa viagem como apoio de Washington aos independentistas de Taiwan,
realizando exercícios militares em grande escala a este respeito.
As relações oficiais
entre o governo central da China e a sua província insular de Taiwan ruíram em
1949, depois de as forças do partido nacionalista Kuomintang, liderado por
Chiang Kai-shek, terem sofrido derrota na guerra civil contra o Partido
Comunista e terem sido relocadas para o arquipélago. As relações entre Taipé e
Pequim foram restauradas apenas a nível comercial e informal no final da década
de 1980.
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Programa da China exibe como seria um ataque do ELP para tomar o controle de
Taiwan, diz mídia
Ataque de helicópteros
em larga escala, foguetes de longo alcance e guerra eletrônica sofisticada por
forças navais são destacados em documentário exibido pela televisão estatal
chinesa.
De acordo com o South
China Morning Post, o último episódio de uma série de documentários Quenching,
na madrugada de segunda-feira (16), incluiu filmagens de exercícios das forças
terrestres, Marinha e uma brigada de foguetes do Exército de Libertação Popular
(ELP), bem como um relato completo de como um desembarque anfíbio seria
realizado em Taiwan.
Entre as operações em
destaque estavam um ataque aéreo de helicópteros em larga escala pela unidade
de aviação da Força Terrestre, contramedidas eletrônicas antiacesso de um grupo
de ataque de porta-aviões e um exercício de cobertura de fogo de foguetes de
longo alcance.
Apesar de não dar
detalhes de como drones de reconhecimento e ataque seriam usados para ajudar os
helicópteros a levar tropas de desembarque para a ilha, o documentário, que tem
duração de 20 minutos, mostra o apoio aéreo levando homens-rãs o mais perto possível
da costa das áreas de desembarque visadas.
No exercício filmado
em um campo de aviação com posições de pouso especialmente projetadas, o ELP
pode ser visto implantando iscas infravermelhas e realizando manobras de
evasão, bem como disparando mísseis em uma tentativa de derrubar as defesas
antiaéreas inimigas.
Recentemente, Taiwan
comprou 250 mísseis FIM-92 Stinger MANPADS dos EUA e, no início deste mês,
anunciou planos para adquirir mais 1.985.
Espera-se ainda que os
militares de Taiwan recebam seu primeiro lote de 11 sistemas de foguetes de
artilharia de alta mobilidade M142 e munição associada neste ano.
A China vê Taiwan como
parte inalienável de seu território, situação reconhecida por inúmeros países,
inclusive pelos EUA através de documentos. Entanto, Washington se opõe a
qualquer tentativa de mudar o status quo pela força e é o maior fornecedor de
armas da ilha, fazendo visitas constantes a Taipé à revelia de Pequim.
¨ Pentágono é suspeito de treinar unidade militar ucraniana
envolvida em violação de direitos humanos
Relatório de auditoria
aponta que o órgão não documentou que unidade que recebeu o treinamento estava
sob as normas da lei que proíbe entidades dos EUA de prestar assistência a
forças de segurança estrangeiras sobre as quais exista informação credível de
violações humanitárias.
O Departamento de
Defesa dos EUA (DoD, na sigla em inglês) pode ter usado indevidamente fundos
apropriados para treinar uma unidade militar ucraniana suspeita de ter se
envolvido em graves violações de direitos humanos. É o que aponta um relatório
de auditoria publicado nesta quarta-feira (18) pelo Gabinete do Inspetor Geral
do departamento.
"O pessoal do DoD
pode ter usado indevidamente fundos apropriados ao treinar uma unidade
ucraniana que pode ter cometido uma violação grave dos direitos humanos,
resultando em uma violação da Lei Leahy", aponta o documento.
A lei Leahy proíbe
entidades estadunidenses de prestar assistência a forças de segurança
estrangeiras sobre as quais exista informação credível de que cometeram
violações dos direitos humanos.
Segundo o relatório,
os funcionários do Departamento de Defesa dos EUA "não documentaram
suficientemente" que a lei Leahy se aplicava à unidade ucraniana que
recebeu treinamento dos militares dos EUA, o que despertou a suspeita.
O relatório aponta
ainda que o Pentágono enfrentou problemas com a responsabilização do
equipamento, a gestão do financiamento atribuído, a partilha de inteligência, a
informação e a segurança física ao transferir assistência militar para a
Ucrânia. O documento frisou que o inventário e o acesso aos equipamentos dentro
da Ucrânia são complicados.
¨ FMI adia consultas com a Rússia por tempo indeterminado, apesar
da prontidão de Moscou, diz diretor
O Fundo Monetário
Internacional (FMI) adiou por tempo indeterminado as consultas planejadas com a
Rússia sobre a situação econômica, apesar de Moscou estar pronta para iniciar
as discussões, afirmou Aleksei Mozhin, diretor-executivo da Rússia no fundo à Sputnik
nesta terça-feira (17).
"A parte russa
estava pronta para o início das consultas em 16 de setembro", contou.
Porém, o procedimento foi adiado pela entidade ligado ao sistema da Organização
das Nações Unidas (ONU) por tempo indeterminado.
A expectativa era que
o FMI iniciasse as consultas com as autoridades russas na última segunda (16)
como parte da revisão anual da economia russa, primeiro no formato on-line e,
posteriormente, com uma missão internacional.
Já a entidade declarou
à Sputnik que a decisão de realizar as primeiras consultas com Moscou desde
2021 estava relacionada à estabilização da situação econômica no país. Segundo
a diretora do Departamento de Comunicações do FMI, Julie Kozack, o procedimento
anual faz parte do compromisso tanto do fundo quanto dos países-membros.
No entanto, não
especificou quando vai ocorrer a missão a Moscou e nem quais autoridades russas
as negociações estavam planejadas.
Fonte: Sputnik Brasil
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