sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Censura! EUA impõem sanções a mídias russas

Medida é tomada na esteira das acusações de Washington sobre suposta tentativa russa de interferir nas eleições dos EUA; Moscou reitera que a Rússia não interfere em pleitos americanos.

Os Estados Unidos impuseram nesta quarta-feira (4) sanções ao grupo de mídia russo Rossiya Segodnya e suas subsidiárias RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik. A informação foi dada em comunicado emitido pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

"As sanções de hoje somam-se às ações de aplicação da lei tomadas pelo Departamento de Justiça, bem como à designação pelo Departamento de Estado do grupo de mídia Rossiya Segodnya e suas cinco subsidiárias — RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik — como missões estrangeiras", disse o comunicado.

O governo dos EUA acusa a Rússia de tentar interferir nas eleições presidenciais do país. Segundo o ministério das finanças dos EUA, as autoridades americanas estão adicionando os meios de comunicação citados à lista de agentes estrangeiros, tomando medidas para introduzir restrições de vistos e anunciando uma recompensa de até US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) por informações sobre interferência estrangeira nas eleições dos EUA.

As novas sanções dos EUA também afetam a editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, Margarita Simonyan, e vários outros gestores. O documento emitido pelo Tesouro dos EUA descreve Simonyan como "uma figura central nos esforços do governo russo para exercer influência maligna".

Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu às acusações de Washington, afirmando que o candidato escolhido pelo povo americano vencerá as eleições presidenciais dos EUA e que é função da Rússia não interferir e observar esse processo. Ademais, Moscou enfatizou repetidas vezes que a Rússia não interfere nos processos eleitorais dos EUA.

¨      'Atentado à liberdade de expressão da imprensa mundial', diz Fenaj sobre sanções dos EUA à Sputnik

Os Estados Unidos impuseram nesta quarta-feira (4) sanções a Sputnik e outras mídias russas.

Em declaração exclusiva à Sputnik Brasil, Samira de Castro, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), disse que o movimento do governo norte-americano é um "atentado à liberdade de expressão e de imprensa mundial, sobretudo nesse contexto de alegar que as mídias russas têm interesse em intervir na eleição norte-americana".

"A Fenaj tem sempre acompanhado com preocupação essas posturas por compreender que todas as vozes merecem ser ouvidas, todos os veículos merecem reportar, independentemente da sua origem, para que a população tenha acesso a informações cada vez mais plurais e diversas", complementou Castro.

Na declaração, ela finalizou dizendo que a entidade sempre combaterá qualquer tipo de atitude que venha a tentar cercear o direito à informação. "Direito de acesso à informação dos cidadãos e o direito de reportar livremente dos veículos de comunicação e dos profissionais de mídia", finalizou.

<><> Grupo sancionado

As sanções dos Estados Unidos têm como alvo o grupo de mídia russo Rossiya Segodnya e suas subsidiárias RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik. A informação foi dada em comunicado emitido pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

"As sanções de hoje somam-se às ações de aplicação da lei tomadas pelo Departamento de Justiça, bem como à designação pelo Departamento de Estado do grupo de mídia Rossiya Segodnya e suas cinco subsidiárias — RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik — como missões estrangeiras", disse o comunicado.

O governo dos EUA acusa a Rússia de tentar interferir nas eleições presidenciais do país. Segundo o Ministério das Finanças dos EUA, as autoridades americanas estão adicionando os meios de comunicação citados à lista de agentes estrangeiros, tomando medidas para introduzir restrições de vistos e anunciando uma recompensa de até US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) por informações sobre interferência estrangeira nas eleições dos EUA.

As novas sanções dos EUA também afetam a editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, Margarita Simonyan, e vários outros gestores. O documento emitido pelo Tesouro dos EUA descreve Simonyan como "uma figura central nos esforços do governo russo para exercer influência maligna".

Mais cedo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu às acusações de Washington, afirmando que o candidato escolhido pelo povo americano vencerá as eleições presidenciais dos EUA e que é função da Rússia não interferir e observar esse processo. Ademais, Moscou enfatizou repetidas vezes que a Rússia não interfere nos processos eleitorais dos EUA.

 

¨      Medidas de Washington contra mídia russa não ficarão sem resposta, afirma MRE da Rússia

A Rússia alertou, nesta quarta-feira (4), os Estados Unidos sobre medidas retaliatórias contra a mídia americana em relação às novas sanções contra o grupo de mídia Rossiya Segodnya, disse à Sputnik a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia (MRE), Maria Zakharova.

"Mais uma vez alertamos que as tentativas de expulsar jornalistas russos do território dos Estados Unidos, criando condições inaceitáveis ​​para o seu trabalho ou qualquer outra forma de obstrução às suas atividades, incluindo o uso de ferramentas de visto, serão a base para medidas simétricas e/ou medidas de resposta assimétricas contra os meios de comunicação norte-americanos", disse Zakharova durante o Fórum Econômico do Oriente (FEO2024) na cidade russa de Vladivostok.

Os EUA impuseram mais cedo sanções ao grupo de mídia russo Rossiya Segodnya, RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik. A informação foi dada em comunicado emitido pelo Departamento do Tesouro dos EUA.

O governo dos EUA acusa a Rússia de tentar interferir nas eleições presidenciais do país. Segundo o ministério das finanças dos EUA, as autoridades americanas estão adicionando os meios de comunicação citados à lista de agentes estrangeiros, tomando medidas para introduzir restrições de vistos e anunciando uma recompensa de até US$ 10 milhões (cerca de R$ 50 milhões) por informações sobre interferência estrangeira nas eleições dos EUA.

As novas sanções dos EUA também afetam a editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, Margarita Simonyan, e vários outros gestores. O documento emitido pelo Tesouro dos EUA descreve Simonyan como "uma figura central nos esforços do governo russo para exercer influência maligna".

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu às acusações de Washington, afirmando que o candidato escolhido pelo povo americano vencerá as eleições presidenciais dos EUA e que é função da Rússia não interferir e observar esse processo. Ademais, Moscou enfatizou repetidas vezes que a Rússia não interfere nos processos eleitorais dos EUA.

Em declaração exclusiva à Sputnik Brasil, Samira de Castro, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), disse que o movimento do governo norte-americano é um "atentado à liberdade de expressão e de imprensa mundial, sobretudo nesse contexto de alegar que as mídias russas têm interesse em intervir na eleição norte-americana".

 

¨      Por que EUA acusam Rússia de interferir na eleição presidencial de 2024

Os Estados Unidos acusaram e impuseram sanções a executivos dos meios de comunicação estatais russos e restringiram as emissoras ligadas ao Kremlin, ao afirmarem que Moscou faz uma campanha generalizada para interferir nas eleições presidenciais deste ano.

Os departamentos de Justiça, Estado e Tesouro anunciaram ações coordenadas na quarta-feira para “combater agressivamente” as supostas operações.

O procurador-geral Merrick Garland acusou a emissora estatal RT, antiga Russia Today, de pagar US$ 10 milhões a uma empresa do Tennessee para "criar e distribuir conteúdo ao público dos EUA com mensagens ocultas do governo russo".

A chefe da RT, Margarita Simonyan, foi uma das 10 pessoas que sofreram sanções por supostas tentativas de prejudicar a “confiança pública em nossas instituições”. A RT negou envolvimento.

Garland disse que Moscou queria garantir um “resultado favorável” na corrida entre Donald Trump e Kamala Harris.

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que o programa da Rússia visa "reduzir o apoio internacional à Ucrânia, reforçar políticas e interesses pró-Rússia e influenciar os eleitores aqui nos EUA".

Enquanto isso, um funcionário do Tesouro disse que a RT e outros meios de comunicação estatais russos se envolveram em uma “campanha nefasta para recrutar secretamente influenciadores americanos involuntariamente em apoio à sua atividade maligna”.

A resposta da administração Biden até agora inclui:

  • Acusar dois gestores da RT baseados em Moscou – Kostiantyn Kalashnikov, 31, e Elena Afanasyeva, 27 – de pagarem criadores de conteúdos em solo americano para “bombearem propaganda e desinformação pró-Rússia” para o público norte-americano;
  • Sancionar duas entidades e 10 pessoas, incluindo Simonyan, editora-chefe da RT, “atividades que visam deteriorar a confiança do público em nossas instituições”;
  • Restrição de vistos para funcionários de meios de comunicação apoiados pelo Kremlin;
  • Apreensão de 32 nomes de domínio da Internet usados ​​para promover secretamente narrativas falsas geradas por IA visando dados demográficos e regiões específicas dos EUA nas redes sociais;
  • Designar a Rossiya Segodnya e cinco das suas subsidiárias (RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik) como "missões estrangeiras", exigindo que reportem informações sobre o seu pessoal ao governo dos EUA;
  • Oferecendo uma recompensa de US$ 10 milhões por informações sobre hackers associados ao grupo russo Russian Angry Hackers Did It (RaHDit).

Grande parte do esforço de desinformação do Kremlin é dirigido e financiado pela RT, disse Kirby.

“A RT não é mais apenas um braço de propaganda do Kremlin”, disse. “Está sendo usada para promover ações secretas de influência russa.”

O meio de comunicação estatal zombou das acusações do governo dos EUA, dizendo em comunicado à BBC que “2016 chegou e quer seus clichês de volta”.

“Três coisas são certas na vida: a morte, os impostos e a interferência da RT nas eleições dos EUA”, disse a RT à agência Reuters ridicularizando as alegações.

As acusações criminais de Kalashnikov e Afanasyeva não identificam pelo nome a empresa de criação de conteúdo com sede no Tennessee que eles teriam usado.

Mas a descrição do processo judicial de “uma rede de comentadores heterodoxos que se concentram em questões políticas e culturais ocidentais” corresponde à auto-descrição publicada no website de um meio de comunicação chamado Tenet Media.

A Tenet publica milhares de vídeos em inglês nas redes sociais e promove os conhecidos comentaristas de direita Benny Johnson, Tim Pool e Dave Rubin como seus "talentos".

A empresa foi contatada para comentar, mas não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

Autoridades dos EUA alertam que um número crescente de adversários estrangeiros tem tentado interferir nas suas eleições desde os esforços da Rússia em 2016.

Em junho, um grupo de hackers ligados ao governo iraniano violou com sucesso a campanha de Donald Trump e vazou documentos internos.

Um mês depois, o Departamento de Justiça anunciou a apreensão de dois nomes de domínio e a busca em quase mil contas de redes sociais operadas por russos para “criar um bot de redes sociais aprimorado por IA que espalha desinformação”.

Os investigadores também descobriram uma crescente operação de influência chinesa destinada a se infiltrar e influenciar as conversas políticas dos EUA nas redes sociais.

Xi Jinping, o presidente da China, prometeu que o seu país não interferiria nas eleições dos EUA durante uma reunião com o presidente Joe Biden em novembro passado.

Jen Easterly, diretora da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos EUA, disse na terça-feira que os EUA poderiam "esperar absolutamente... que adversários estrangeiros" tentassem "minar a confiança americana em nossa democracia... e semear a discórdia partidária".

"E é por isso que cabe a todos nós não permitir que os nossos adversários estrangeiros tenham sucesso."

Há oito anos, a Rússia conduziu uma campanha sofisticada que envolveu a pirataria informática ao Comitê Nacional Democrata e a fuga de documentos roubados para o Wikileaks com a intenção de prejudicar a campanha presidencial de Hillary Clinton.

Muitos democratas argumentam que a operação ajudou a contribuir para a eventual vitória de Trump em novembro.

Desde então, políticos e funcionários de inteligência dos EUA concluíram que a operação foi ordenada diretamente pelo presidente russo Vladimir Putin.

Doze oficiais da inteligência militar russa foram acusados ​​em 2018 de orquestrar o esforço, e foram emitidos mandados federais de prisão.

 

¨      Cônsul-geral da China em Nova York é expulso após assessora ser acusada de atuar para Pequim

O cônsul-geral da China em Nova York, Huang Ping, foi expulso de seu cargo depois que a ex-assessora Linda Sun, dos governadores de Nova York Kathy Hochul e Andrew Cuomo, foi acusada de atuar como agente do governo chinês, informou Hochul nesta quarta-feira (4), segundo a CNN.

Antes de responder a perguntas em um evento, Hochul afirmou que estava no telefone com um alto funcionário do Departamento de Estado, a pedido do secretário de Estado, Antony Blinken, para falar sobre a remoção de Huang Ping, relata a mídia.

Hochul disse, durante o telefonema, que ela "transmitiu seu desejo de que o cônsul-geral da República Popular da China na missão de Nova York seja expulso, e fui informada de que o cônsul-geral não está mais na missão".

O cônsul-geral foi expulso um dia após Linda Sun, uma ex-assessora de Hochul, ter sido acusada de agir secretamente como agente do governo chinês.

Linda Sun foi acusada na terça-feira (3) de ser uma agente em troca de milhões de dólares em indenização e presentes, incluindo refeições de pato gourmet, diz a mídia.

Sun e seu marido, Chris Hu, se declararam inocentes das acusações criminais perante a juíza Peggy Kuo, do Tribunal de Justiça dos EUA, no Brooklyn, após serem presos.

Hochul não foi acusada de nenhuma irregularidade. Seu gabinete demitiu Sun em março de 2023, depois de descobrir evidências de má conduta, e relatou as ações da ex-assessora imediatamente às autoridades. Seu gabinete também auxiliou a polícia durante todo o processo, disse um porta-voz da governadora.

<><> EUA estão criando rede de aliados para 'combater ameaça da China', diz diplomata americano em Taiwan

Os Estados Unidos estão construindo uma rede de alianças no Indo-Pacífico para combater as ameaças da China na região, disse o principal diplomata norte-americano em Taiwan nesta quarta-feira (4).

Os Estados Unidos são o maior apoiador e fornecedor de armas de Taiwan, apesar da falta de laços formais com a ilha, e Raymond Greene, recém-nomeado diretor do Instituto Americano em Taiwan (AIT, na sigla em inglês) e embaixador de fato dos EUA, estava falando com repórteres em Taipé sobre o assunto.

"Os Estados Unidos estão construindo uma rede de alianças no Indo-Pacífico para aumentar nossas capacidades de dissuasão", disse Greene, acrescentando que Taiwan não era o único alvo dos esforços chineses para "usar intimidação e coerção para mudar o status quo" e que, como resultado, mais e mais países estavam unindo forças para preservar o sistema internacional.

Greene afirmou que esses esforços, juntamente com o investimento de Taiwan em defesa e reformas militares "impressionantes", foram projetados para prevenir uma guerra e não para se preparar para uma.

"Preservar o equilíbrio estratégico no estreito de Taiwan e na região Indo-Pacífico promoverá o diálogo pacífico para resolver disputas entre os dois lados", disse Greene, que fez seus comentários em mandarim, destaca a Reuters.

Pequim intensificou a pressão militar e política sob Taiwan, uma vez que vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China.

A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços próximos a países ocidentais, principalmente os EUA.

Greene também disse que os Estados Unidos não descartariam a possibilidade de produzir armas em conjunto a Taiwan, acrescentando que as necessidades de defesa da ilha eram a principal prioridade para as entregas de armas dos EUA.

"Os EUA estão agora trabalhando com vários parceiros, analisando possibilidades de expandir nossa produção conjunta de suprimentos militares, e não descarto Taiwan como um desses parceiros no futuro", acrescentou, sem dar detalhes.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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