Censura! EUA impõem sanções a mídias russas
Medida é tomada na
esteira das acusações de Washington sobre suposta tentativa russa de interferir
nas eleições dos EUA; Moscou reitera que a Rússia não interfere em pleitos
americanos.
Os Estados Unidos
impuseram nesta quarta-feira (4) sanções ao grupo de mídia russo Rossiya
Segodnya e suas subsidiárias RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik. A
informação foi dada em comunicado emitido pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
"As sanções de
hoje somam-se às ações de aplicação da lei tomadas pelo Departamento de
Justiça, bem como à designação pelo Departamento de Estado do grupo de mídia
Rossiya Segodnya e suas cinco subsidiárias — RIA Novosti, RT, TV-Novosti,
Ruptly e Sputnik — como missões estrangeiras", disse o comunicado.
O governo dos EUA
acusa a Rússia de tentar interferir nas eleições presidenciais do país. Segundo
o ministério das finanças dos EUA, as autoridades americanas estão adicionando
os meios de comunicação citados à lista de agentes estrangeiros, tomando medidas
para introduzir restrições de vistos e anunciando uma recompensa de até US$ 10
milhões (cerca de R$ 50 milhões) por informações sobre interferência
estrangeira nas eleições dos EUA.
As novas sanções dos
EUA também afetam a editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, Margarita
Simonyan, e vários outros gestores. O documento emitido pelo Tesouro dos EUA
descreve Simonyan como "uma figura central nos esforços do governo russo
para exercer influência maligna".
Mais cedo, o porta-voz
do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu às acusações de Washington, afirmando que
o candidato escolhido pelo povo americano vencerá as eleições presidenciais dos
EUA e que é função da Rússia não interferir e observar esse processo. Ademais,
Moscou enfatizou repetidas vezes que a Rússia não interfere nos processos
eleitorais dos EUA.
¨ 'Atentado à liberdade de expressão da imprensa mundial', diz
Fenaj sobre sanções dos EUA à Sputnik
Os Estados Unidos
impuseram nesta quarta-feira (4) sanções a Sputnik e outras mídias russas.
Em declaração
exclusiva à Sputnik Brasil, Samira de Castro, presidente da Federação Nacional
dos Jornalistas (Fenaj), disse que o movimento do governo norte-americano é um
"atentado à liberdade de expressão e de imprensa mundial, sobretudo nesse
contexto de alegar que as mídias russas têm interesse em intervir na eleição
norte-americana".
"A Fenaj tem
sempre acompanhado com preocupação essas posturas por compreender que todas as
vozes merecem ser ouvidas, todos os veículos merecem reportar,
independentemente da sua origem, para que a população tenha acesso a
informações cada vez mais plurais e diversas", complementou Castro.
Na declaração, ela
finalizou dizendo que a entidade sempre combaterá qualquer tipo de atitude que
venha a tentar cercear o direito à informação. "Direito de acesso à
informação dos cidadãos e o direito de reportar livremente dos veículos de
comunicação e dos profissionais de mídia", finalizou.
<><> Grupo
sancionado
As sanções dos Estados
Unidos têm como alvo o grupo de mídia russo Rossiya Segodnya e suas
subsidiárias RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik. A informação foi
dada em comunicado emitido pelo Departamento do Tesouro dos EUA.
"As sanções de
hoje somam-se às ações de aplicação da lei tomadas pelo Departamento de
Justiça, bem como à designação pelo Departamento de Estado do grupo de mídia
Rossiya Segodnya e suas cinco subsidiárias — RIA Novosti, RT, TV-Novosti,
Ruptly e Sputnik — como missões estrangeiras", disse o comunicado.
O governo dos EUA
acusa a Rússia de tentar interferir nas eleições presidenciais do país. Segundo
o Ministério das Finanças dos EUA, as autoridades americanas estão adicionando
os meios de comunicação citados à lista de agentes estrangeiros, tomando medidas
para introduzir restrições de vistos e anunciando uma recompensa de até US$ 10
milhões (cerca de R$ 50 milhões) por informações sobre interferência
estrangeira nas eleições dos EUA.
As novas sanções dos
EUA também afetam a editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, Margarita
Simonyan, e vários outros gestores. O documento emitido pelo Tesouro dos EUA
descreve Simonyan como "uma figura central nos esforços do governo russo
para exercer influência maligna".
Mais cedo, o porta-voz
do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu às acusações de Washington, afirmando que
o candidato escolhido pelo povo americano vencerá as eleições presidenciais dos
EUA e que é função da Rússia não interferir e observar esse processo. Ademais,
Moscou enfatizou repetidas vezes que a Rússia não interfere nos processos
eleitorais dos EUA.
¨ Medidas de Washington contra mídia russa não ficarão sem
resposta, afirma MRE da Rússia
A Rússia alertou,
nesta quarta-feira (4), os Estados Unidos sobre medidas retaliatórias contra a
mídia americana em relação às novas sanções contra o grupo de mídia Rossiya
Segodnya, disse à Sputnik a representante oficial do Ministério das Relações
Exteriores da Rússia (MRE), Maria Zakharova.
"Mais uma vez
alertamos que as tentativas de expulsar jornalistas russos do território dos
Estados Unidos, criando condições inaceitáveis para o seu
trabalho ou qualquer outra forma de obstrução às suas atividades,
incluindo o uso de ferramentas de visto, serão a base para medidas simétricas e/ou medidas de resposta assimétricas contra os meios de comunicação norte-americanos", disse Zakharova
durante o Fórum Econômico do Oriente (FEO2024) na cidade russa
de Vladivostok.
Os EUA impuseram mais
cedo sanções ao grupo de mídia russo Rossiya Segodnya, RIA Novosti, RT,
TV-Novosti, Ruptly e Sputnik. A informação foi dada em comunicado emitido pelo
Departamento do Tesouro dos EUA.
O governo dos EUA
acusa a Rússia de tentar interferir nas eleições presidenciais do país. Segundo
o ministério das finanças dos EUA, as autoridades americanas estão adicionando
os meios de comunicação citados à lista de agentes estrangeiros, tomando medidas
para introduzir restrições de vistos e anunciando uma recompensa de até US$ 10
milhões (cerca de R$ 50 milhões) por informações sobre interferência
estrangeira nas eleições dos EUA.
As novas sanções dos
EUA também afetam a editora-chefe do grupo Rossiya Segodnya, Margarita
Simonyan, e vários outros gestores. O documento emitido pelo Tesouro dos EUA
descreve Simonyan como "uma figura central nos esforços do governo russo
para exercer influência maligna".
O porta-voz do
Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu às acusações de Washington, afirmando que o
candidato escolhido pelo povo americano vencerá as eleições presidenciais dos
EUA e que é função da Rússia não interferir e observar esse processo. Ademais,
Moscou enfatizou repetidas vezes que a Rússia não interfere nos processos
eleitorais dos EUA.
Em declaração
exclusiva à Sputnik Brasil, Samira de Castro, presidente da Federação Nacional
dos Jornalistas (Fenaj), disse que o movimento do governo norte-americano é um
"atentado à liberdade de expressão e de imprensa mundial, sobretudo nesse
contexto de alegar que as mídias russas têm interesse em intervir na eleição
norte-americana".
¨ Por que EUA acusam Rússia de interferir na eleição presidencial
de 2024
Os Estados Unidos acusaram
e impuseram sanções a executivos dos meios de comunicação estatais russos e restringiram as emissoras ligadas
ao Kremlin, ao afirmarem que Moscou faz uma campanha generalizada para
interferir nas eleições presidenciais deste ano.
Os departamentos de
Justiça, Estado e Tesouro anunciaram ações coordenadas na quarta-feira para
“combater agressivamente” as supostas operações.
O procurador-geral
Merrick Garland acusou a emissora estatal RT, antiga Russia Today, de pagar US$
10 milhões a uma empresa do Tennessee para "criar e distribuir conteúdo ao
público dos EUA com mensagens ocultas do governo russo".
A chefe da RT,
Margarita Simonyan, foi uma das 10 pessoas que sofreram sanções por supostas
tentativas de prejudicar a “confiança pública em nossas instituições”. A RT
negou envolvimento.
Garland disse que
Moscou queria garantir um “resultado favorável” na corrida entre Donald Trump e
Kamala Harris.
O porta-voz de
segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que o programa da Rússia
visa "reduzir o apoio internacional à Ucrânia, reforçar políticas e
interesses pró-Rússia e influenciar os eleitores aqui nos EUA".
Enquanto isso, um
funcionário do Tesouro disse que a RT e outros meios de comunicação estatais
russos se envolveram em uma “campanha nefasta para recrutar secretamente
influenciadores americanos involuntariamente em apoio à sua atividade maligna”.
A resposta da
administração Biden até agora inclui:
- Acusar dois gestores da RT baseados em Moscou – Kostiantyn
Kalashnikov, 31, e Elena Afanasyeva, 27 – de pagarem criadores de
conteúdos em solo americano para “bombearem propaganda e desinformação
pró-Rússia” para o público norte-americano;
- Sancionar duas entidades e 10 pessoas, incluindo Simonyan,
editora-chefe da RT, “atividades que visam deteriorar a confiança do
público em nossas instituições”;
- Restrição de vistos para funcionários de meios de
comunicação apoiados pelo Kremlin;
- Apreensão de 32 nomes de domínio da Internet usados para “promover
secretamente narrativas falsas geradas por IA” visando dados demográficos e regiões específicas dos EUA nas redes sociais;
- Designar a Rossiya Segodnya e cinco das suas subsidiárias
(RIA Novosti, RT, TV-Novosti, Ruptly e Sputnik) como "missões
estrangeiras", exigindo que reportem informações sobre o seu pessoal
ao governo dos EUA;
- Oferecendo uma recompensa de US$ 10 milhões por informações
sobre hackers associados ao grupo russo Russian Angry Hackers Did It
(RaHDit).
Grande parte do
esforço de desinformação do Kremlin é dirigido e financiado pela RT, disse
Kirby.
“A RT não é mais
apenas um braço de propaganda do Kremlin”, disse. “Está sendo usada para
promover ações secretas de influência russa.”
O meio de comunicação
estatal zombou das acusações do governo dos EUA, dizendo em comunicado à BBC
que “2016 chegou e quer seus clichês de volta”.
“Três coisas são
certas na vida: a morte, os impostos e a interferência da RT nas eleições dos
EUA”, disse a RT à agência Reuters ridicularizando as alegações.
As acusações criminais
de Kalashnikov e Afanasyeva não identificam pelo nome a empresa de criação de
conteúdo com sede no Tennessee que eles teriam usado.
Mas a descrição do
processo judicial de “uma rede de comentadores heterodoxos que se concentram em
questões políticas e culturais ocidentais” corresponde à auto-descrição
publicada no website de um meio de comunicação chamado Tenet Media.
A Tenet publica
milhares de vídeos em inglês nas redes sociais e promove os conhecidos
comentaristas de direita Benny Johnson, Tim Pool e Dave Rubin como seus
"talentos".
A empresa foi
contatada para comentar, mas não havia se manifestado até a publicação desta
reportagem.
Autoridades dos EUA
alertam que um número crescente de adversários estrangeiros tem tentado
interferir nas suas eleições desde os esforços da Rússia em 2016.
Em junho, um grupo de
hackers ligados ao governo iraniano violou com sucesso a campanha de Donald
Trump e vazou documentos internos.
Um mês depois, o
Departamento de Justiça anunciou a apreensão de dois nomes de domínio e a busca
em quase mil contas de redes sociais operadas por russos para “criar um bot de
redes sociais aprimorado por IA que espalha desinformação”.
Os investigadores
também descobriram uma crescente operação de influência chinesa destinada a se
infiltrar e influenciar as conversas políticas dos EUA nas redes sociais.
Xi Jinping, o
presidente da China, prometeu que o seu país não interferiria nas eleições dos
EUA durante uma reunião com o presidente Joe Biden em novembro passado.
Jen Easterly, diretora
da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura dos EUA, disse na
terça-feira que os EUA poderiam "esperar absolutamente... que adversários
estrangeiros" tentassem "minar a confiança americana em nossa democracia...
e semear a discórdia partidária".
"E é por isso que
cabe a todos nós não permitir que os nossos adversários estrangeiros tenham
sucesso."
Há oito anos, a Rússia
conduziu uma campanha sofisticada que envolveu a pirataria informática ao
Comitê Nacional Democrata e a fuga de documentos roubados para o Wikileaks com
a intenção de prejudicar a campanha presidencial de Hillary Clinton.
Muitos democratas
argumentam que a operação ajudou a contribuir para a eventual vitória de Trump
em novembro.
Desde então, políticos
e funcionários de inteligência dos EUA concluíram que a operação foi ordenada
diretamente pelo presidente russo Vladimir Putin.
Doze oficiais da
inteligência militar russa foram acusados em 2018 de
orquestrar o esforço, e foram emitidos
mandados federais de prisão.
¨ Cônsul-geral da China em Nova York é expulso após assessora ser
acusada de atuar para Pequim
O cônsul-geral da
China em Nova York, Huang Ping, foi expulso de seu cargo depois que a
ex-assessora Linda Sun, dos governadores de Nova York Kathy Hochul e Andrew
Cuomo, foi acusada de atuar como agente do governo chinês, informou Hochul
nesta quarta-feira (4), segundo a CNN.
Antes de responder a
perguntas em um evento, Hochul afirmou que estava no telefone com um alto
funcionário do Departamento de Estado, a pedido do secretário de Estado, Antony
Blinken, para falar sobre a remoção de Huang Ping, relata a mídia.
Hochul disse, durante
o telefonema, que ela "transmitiu seu desejo de que o cônsul-geral da
República Popular da China na missão de Nova York seja expulso, e fui informada
de que o cônsul-geral não está mais na missão".
O cônsul-geral foi
expulso um dia após Linda Sun, uma ex-assessora de Hochul, ter sido acusada de
agir secretamente como agente do governo chinês.
Linda Sun foi acusada
na terça-feira (3) de ser uma agente em troca de milhões de dólares em
indenização e presentes, incluindo refeições de pato gourmet, diz a mídia.
Sun e seu marido,
Chris Hu, se declararam inocentes das acusações criminais perante a juíza Peggy
Kuo, do Tribunal de Justiça dos EUA, no Brooklyn, após serem presos.
Hochul não foi acusada
de nenhuma irregularidade. Seu gabinete demitiu Sun em março de 2023, depois de
descobrir evidências de má conduta, e relatou as ações da ex-assessora
imediatamente às autoridades. Seu gabinete também auxiliou a polícia durante
todo o processo, disse um porta-voz da governadora.
<><>
EUA estão criando rede de aliados para 'combater ameaça da China', diz
diplomata americano em Taiwan
Os Estados Unidos
estão construindo uma rede de alianças no Indo-Pacífico para combater as
ameaças da China na região, disse o principal diplomata norte-americano em
Taiwan nesta quarta-feira (4).
Os Estados Unidos são
o maior apoiador e fornecedor de armas de Taiwan, apesar da falta de laços
formais com a ilha, e Raymond Greene, recém-nomeado diretor do Instituto
Americano em Taiwan (AIT, na sigla em inglês) e embaixador de fato dos EUA,
estava falando com repórteres em Taipé sobre o assunto.
"Os Estados
Unidos estão construindo uma rede de alianças no Indo-Pacífico para aumentar
nossas capacidades de dissuasão", disse Greene, acrescentando que Taiwan
não era o único alvo dos esforços chineses para "usar intimidação e
coerção para mudar o status quo" e que, como resultado, mais e mais países
estavam unindo forças para preservar o sistema internacional.
Greene afirmou que
esses esforços, juntamente com o investimento de Taiwan em defesa e reformas
militares "impressionantes", foram projetados para prevenir uma
guerra e não para se preparar para uma.
"Preservar o
equilíbrio estratégico no estreito de Taiwan e na região Indo-Pacífico
promoverá o diálogo pacífico para resolver disputas entre os dois lados",
disse Greene, que fez seus comentários em mandarim, destaca a Reuters.
Pequim intensificou a
pressão militar e política sob Taiwan, uma vez que vê Taiwan como uma província
renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só
China.
A ilha autogovernada
não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços
próximos a países ocidentais, principalmente os EUA.
Greene também disse
que os Estados Unidos não descartariam a possibilidade de produzir armas em
conjunto a Taiwan, acrescentando que as necessidades de defesa da ilha eram a
principal prioridade para as entregas de armas dos EUA.
"Os EUA estão
agora trabalhando com vários parceiros, analisando possibilidades de expandir
nossa produção conjunta de suprimentos militares, e não descarto Taiwan como um
desses parceiros no futuro", acrescentou, sem dar detalhes.
Fonte: Sputnik Brasil
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