Ampliação do BRICS ajudará a aumentar
estabilidade financeira global, diz financista
A expansão do BRICS
oferece boas chances de melhorar a estabilidade financeira global, com uma das
direções importantes sendo aumentar o número de moedas nacionais dos países do
bloco em transações mútuas, disse Sergei Storchak, banqueiro sênior da corporação
financeira russa VEB.RF, à margem do IX Fórum Econômico do Oriente.
Segundo o
especialista, a própria existência do BRICS já teve algumas consequências em
vários processos no campo da governança econômica global.
"Acho que temos o
direito de dizer que a ampliação do bloco nos dá uma boa chance de melhorar a
situação na esfera da estabilidade financeira", disse ele, falando na
sessão "BRICS expandido: novos componentes da estabilidade global".
Storchak acrescentou
que há uma tendência de uso de moedas nacionais, e seria melhor a intensificar
para os países serem menos dependentes dos mercados de moedas de reserva e da
infraestrutura financeira das economias desenvolvidas.
"Uma área
importante relacionada à expansão do BRICS é o aumento do número de moedas
nacionais que potencialmente podem ser usadas nas transações comerciais e no
investimento mútuos."
Ele acredita que a
direção seguinte poderia ser que todos os países-membros promovam a
"internalização do yuan chinês e da rúpia indiana".
Além disso, o volume
de transações no comércio exterior apoiadas pelo Centro de Exportação da Rússia
nos países do BRICS em janeiro-julho deste ano chegou a quase US$ 5,8 bilhões
(R$ 32,6 bilhões), disse Dmitry Prokhorenko, diretor para o desenvolvimento da
rede exterior do Centro de Exportação da Rússia, no Fórum Econômico do Oriente.
Ele observou que o
centro fornece ferramentas de apoio fundamentais para o crescimento do
potencial de exportação da Rússia no âmbito da ampliação do BRICS.
De acordo com ele, a
expansão do BRICS abre novas oportunidades para que os membros da associação
aprofundem o comércio e a cooperação econômica.
Por exemplo, os
exportadores russos para a América Latina, em que alguns países expressaram seu
interesse a se juntar ao BRICS, usam ativamente o apoio do Centro de Exportação
da Rússia.
Nos últimos anos, o
seguro de recebíveis tem atraído o maior interesse na América Latina.
"De 2021 a 2024,
as remessas seguradas de vários produtos para a América Latina totalizaram US$
5,4 bilhões [R$ 30,3 bilhões]. A maior parte, cerca de 77%, era composta por
fertilizantes e em segundo lugar eram produtos da indústria metalúrgica, 13%",
disse Prokhorenko.
O Fórum Econômico do
Oriente é realizado de 3 a 6 de setembro no campus da Universidade Federal do
Extremo Oriente, em Vladivostok.
O tema principal do
evento deste ano é "Extremo Oriente 2030. Unindo esforços, criando
oportunidades". A Sputnik é o principal parceiro noticioso do fórum.
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Turquia teria solicitado adesão ao BRICS para buscar novas alianças
O governo do
presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, teria solicitado a incorporação do país
ao BRICS, em busca de novas alianças e para fortalecer sua influência global,
segundo a mídia norte-americana.
Pessoas familiarizadas
com o assunto, que falaram com a Bloomberg sob condição de anonimato, indicaram
que a Turquia estaria tentando estabelecer laços econômicos para além daqueles
que mantém com os seus aliados tradicionais, uma vez que o governo Erdogan
acredita que "o centro de gravidade geopolítico está se afastando das
economias desenvolvidas".
"A Turquia pode
se tornar um país forte, próspero, prestigioso e eficaz se melhorar
simultaneamente as suas relações com o Oriente e o Ocidente", disse o
presidente turco em Istambul no fim de semana passado.
Segundo a mídia, a
Turquia apresentou o pedido de adesão ao bloco há alguns meses, em parte devido
à falta de progressos na sua tentativa de adesão à União Europeia (UE) e a
divergências com outros membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte
(OTAN), devido a Ancara ter mantido laços estreitos com a Rússia após o início
da operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
Uma nova expansão do
BRICS poderá ser discutida na cúpula do bloco que se realizará na cidade russa
de Kazan nos dias 23 e 24 de outubro, segundo fontes consultadas por mídias
norte-americanas. Até o momento, não há confirmação oficial do governo turco sobre
o pedido de adesão ao bloco BRICS.
Conforme a imprensa, a
Turquia acredita que a aprovação do seu pedido formal de adesão ao bloco pode
ajudá-la a melhorar a cooperação econômica com a Rússia e a China, e "se
tornar um canal comercial entre a União Europeia e a Ásia". Além disso,
nota a Bloomberg, o país procura se estabelecer como um centro exportador de
gás.
No dia 1º de janeiro,
a Rússia assumiu a presidência rotativa do grupo BRICS em 2024, ano que começou
com a admissão de novos membros. A presidência russa do grupo é exercida sob o
lema do fortalecimento do multilateralismo em prol de um desenvolvimento global
mais justo e seguro.
Recentemente, a
Argélia aderiu oficialmente ao Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS. A
presidente do NBD, Dilma Rousseff, confirmou a decisão em coletiva de imprensa
realizada ao final da reunião do Conselho de Governadores do Banco.
¨ Putin participará da sessão plenária do Fórum Econômico do
Oriente, em Vladivostok, em 5 de setembro
Nos dias 4 e 5 de
setembro, o presidente da Rússia Vladimir Putin fará uma viagem de trabalho ao
Distrito Federal do Extremo Oriente durante a qual vai participar do IX Fórum
Econômico do Oriente na cidade russa de Vladivostok.
O Fórum Econômico do
Oriente é realizado de 3 a 6 de setembro no campus da Universidade Federal do
Extremo Oriente, em Vladivostok.
O tema principal do
evento deste ano é "Extremo Oriente 2030. Unindo esforços, criando
oportunidades". A Sputnik é o principal parceiro noticioso do fórum.
Em 4 de setembro, o
presidente russo deve manter conversações com o primeiro-ministro da Malásia,
Anwar Ibrahim, bem como com o vice-presidente da República Popular da China,
Han Zheng, e ainda com o vice-primeiro-ministro da Sérvia, Aleksandar Vulin.
Anteriormente, a
agência de notícias Bernama informou que, após uma reunião com o ministro das
Relações Exteriores brasileiro Mauro Vieira, o seu homólogo da Malásia, Mohamad
Hasan, disse que o país deseja se juntar ao BRICS, do qual o Brasil também faz parte,
como parceiro de diálogo.
Vladimir Putin vai
assistir a uma apresentação interativa sobre os resultados de desenvolvimento
da zona oriental da Rússia, com a participação de residentes dos Territórios de
Desenvolvimento Avançado, onde diversas empresas estão lançando novas instalações.
Estes territórios na
Rússia são zonas econômicas com condições fiscais favoráveis, procedimentos
administrativos simplificados e outros privilégios criados para atrair
investimentos, acelerar o desenvolvimento econômico e melhorar a vida da
população.
Além disso, o
presidente russo vai realizar uma reunião sobre o desenvolvimento das
infraestruturas no Distrito Federal do Extremo Oriente e se encontrar com o
governador da região de Primorie, cuja capital é Vladivostok.
Em 5 de setembro, o
evento central do Fórum Econômico do Oriente será a sessão plenária com a
participação de Vladimir Putin, Anwar Ibrahim e Han Zheng.
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Apesar da pressão mundial, Mongólia estende tapete vermelho para Putin, analisa
mídia britânica
O presidente russo
Vladimir Putin recebeu uma recepção de tapete vermelho nesta terça-feira (3) em
uma visita de Estado à Mongólia.
Ao sair de sua
limusine na capital Ulan Bator, Putin foi recebido por seu colega mongol,
Ukhnaagiin Khurelsukh, diante de uma fileira de guardas cerimoniais a cavalo,
usando capacetes com pontas pontudas e com tapete vermelho estendido, escreve a
Reuters.
O líder do Kremlin se
abaixou para beijar uma jovem que se adiantou para recebê-lo em russo e lhe
presentear com flores.
Essa foi a primeira
visita do presidente russo a um país-membro do Tribunal Penal Internacional
(TPI) desde que foi emitido um mandado de prisão no ano passado.
Putin desembarcou em
Ulan Bator na noite de segunda-feira (2), no início de uma viagem de alto nível
vista como uma demonstração de desafio ao tribunal.
O presidente russo
elogiou a "atitude respeitosa" da Mongólia e disse a Khurelsukh que
as duas nações tinham "posições próximas" em "muitas questões
internacionais atuais".
A Ucrânia reagiu
furiosamente à viagem, acusando a Mongólia de "compartilhar
responsabilidade" pelos "crimes de guerra" de Putin depois que
as autoridades não o detiveram no aeroporto. O TPI disse na semana passada que
todos os seus membros tinham a "obrigação" de deter aqueles
procurados pelo tribunal, mas, na prática, pouco pode ser feito se Ulan Bator
não cumprir.
Nas ruas de Ulan
Bator, o economista Altanbayar Altankhuyag disse à AFP que teria sido
"imoral e impróprio" prender Putin.
"A China e a
Rússia são muito importantes para nós como vizinhos", disse ele.
O porta-voz do
Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou na semana passada que Moscou não estava
preocupada com nenhuma ação relacionada ao mandado, já que a Rússia teve um
"ótimo diálogo" com a Mongólia e todos os aspectos da visita foram
discutidos com antecedência.
"As relações com
a Mongólia estão entre as prioridades da nossa política externa na Ásia. Elas
foram levadas a um alto nível de parceria estratégica abrangente", disse
Putin a Khurelsukh.
Putin convidou
Khurelsukh para a cúpula do BRICS, que será realizada em Kazan em outubro.
"Gostaria de convidá-lo para ir à Rússia, para Kazan, onde vamos realizar
a cúpula do BRICS deste ano. Este será o primeiro evento deste nível desde a
expansão da organização. Espero que você participe do formato BRICS+. Esperamos
por você", disse Putin no início das conversas com seu homólogo mongol em
Ulan Bator.
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Putin convida presidente da Mongólia para a cúpula do BRICS em Kazan
O presidente da
Rússia, Vladimir Putin, convidou o líder da Mongólia, Ukhnaagiin Khurelsukh,
para a cúpula do BRICS, que será realizada em Kazan em outubro.
"Gostaria de
convidá-lo para a Rússia, para Kazan, onde vamos realizar a cúpula do BRICS
deste ano. Este será o primeiro evento deste nível desde a expansão da
organização. Espero que você participe do formato BRICS+. Esperamos por
você", disse Putin no início das conversas com seu homólogo mongol em Ulan
Bator.
Por sua vez, o
presidente da Mongólia aceitou o convite de Putin para a cúpula do BRICS em
Kazan em outubro.
Putin também propôs ao
presidente da Mongólia discutir a interação da Rússia e da Mongólia em várias
áreas, especialmente na economia.
Durante conversações
com o líder do país asiático, o chefe de Estado da Rússia enfatizou que as
relações entre Moscou e Ulan Bator estão se desenvolvendo em todas as direções.
"De fato, as
relações entre a Rússia e a Mongólia estão se desenvolvendo em todas as
direções", disse Putin.
"Além da esfera
econômica e política, onde cooperamos muito ativamente, eu também observaria um
trabalho eficaz em áreas humanitárias, em particular no campo da
educação", disse o presidente russo.
Ele acrescentou que a
comissão intergovernamental bilateral está trabalhando ativamente, e há
resultados deste trabalho.
A cúpula do BRICS com
a participação de chefes de Estado será realizada em Kazan, de 22 a 24 de
outubro. Além da Rússia, China, Índia, África do Sul e Brasil, no início de
2024 na organização aderiram Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita
e Etiópia. Os países do BRICS representam 34% do território da Terra e 45,2% da
população do planeta.
Fonte: Sputnik Brasil
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