sexta-feira, 5 de maio de 2023

Feira de Santana: Bebê diagnosticado com rara obstrução nasal aguarda há 1 mês regulação para fazer cirurgia

A família do pequeno Enzo Gabriel está no aguardo há cerca de 1 mês para ele ser regulado do Hospital da Mulher em Feira de Santana, para o Hospital Martagão Gesteira em Salvador.

Ele foi diagnosticado com estenose congênita, uma rara causa de obstrução nasal que pode ocorrer em bebês.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a avó da criança, Tâmara Tereza Carvalho contou sobre as dificuldades que estão encontrando. A família é do município de Água Fria.

 “Meu neto nasceu com suspeita de estenose congênita e já estamos aqui há praticamente dois meses. Estou fazendo um apelo que possam acelerar essa regulação que está demorando demais. Por minha filha ser menor de idade, eu fico preocupada com o psicológico dela. As informações que nós temos aqui, é que este procedimento só é feito no Martagão Gesteira em Salvador, porque aqui em Feira não tem essa especialidade, não tem o material, então precisamos ir diretamente para o Martagão e quando chegar lá, ainda precisa fazer uma análise se vai fazer a cirurgia ou não. Isso causa um sofrimento para toda família, porque eu sofro daqui, minha filha sofre de lá, meu neto nesta espera e sem esta regulação, a gente não tem como sair daqui”, relatou.

Ao Acorda Cidade, a presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Gilbert Lucas explicou que se trata de uma cirurgia específica e a unidade também vem tentando acelerar o processo de transferência.

 “É uma cirurgia específica da parte de otorrino, a gente vem tentando a regulação, mas é importante salientar que a família veio de fora, são do município de Água Fria, não é daqui de Feira de Santana, já veio em trabalho de parto para o Hospital da Mulher, veio sem regulação e foi identificado isso no parto. Já estão aqui há praticamente dois meses e há 30 dias na regulação. É um bebê que já era para estar em um local de unidade pediátrica e não de berçário de médio risco como está”, afirmou.

 

Ø  Superintendente do Procon sofre golpe em Feira de Santana e perde mais de R$ 5 mil

 

O superintendente do Procon de Feira de Santana, Maurício Carvalho, foi vítima na manhã de ontem (3), de um novo golpe praticado por bandidos no centro da cidade. Toda a ação foi realizada por dois homens que se passaram por mecânicos.

Em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (4), o superintendente relatou com detalhes, como tudo aconteceu. Segundo ele, a prática foi muito bem articulada e não demonstrava em nenhum momento se tratar de golpe.

“Ontem por volta das 8h20 eu estava vindo no sentido viaduto da Noide Cerqueira, com destino ao centro da cidade, e ali próximo da Casa Esportiva escutei um estalo forte no carro, parecia ser algo na parte interna, no motor, algo do tipo, mas como o veículo estava funcionando normalmente, eu segui em direção a Prudente de Moraes, próximo do Colégio Gênesis, foi quando escutei um novo barulho e um carro ao meu lado alertou dizendo que teria caído uma peça. Como eu não entendo da parte de mecânica, me preocupei porque imaginei que poderia ser algo grave. Parei o carro, eles encostaram o carro também e se identificaram como mecânicos, dizendo inclusive o local da oficina, dando detalhes, sendo muito prestativos. Me pediram autorização para olhar o veículo, um ficou olhando a parte do motor e o outro, foi por baixo do veículo. Me pediram para funcionar o carro e já não estava mais funcionando”, disse.

Segundo o superintendente, um dos homens informou que poderia ser uma possível peça e que iria buscar na oficina.

“Um deles informou que seria algo referente ao módulo, foi quando agradeci pela gentileza e iria chamar o guincho. Eles então informaram que tinha esta peça na oficina, era uma peça usada, mas que poderia usar de forma temporária até chegar na oficina especializada. Eles foram buscar este material e retornaram. Um deles colocou essa suposta peça, enquanto o outro foi mais uma vez para debaixo do veículo. Nesse momento, me pediram para funcionar o carro, foi que pegou. Pediram também para que eu pudesse dar uma volta com eles, para testar e quando questionei sobre o valor, disseram que era R$ 5 mil. Eu contestei o valor e falaram que se não fosse daquela forma, poderia ser pior. Mesmo não utilizando da violência, eu imaginei que eles poderiam estar armados. Então eu fui em direção ao centro da cidade e saquei o dinheiro no valor de R$ 5.100”, contou.

Após o golpe, o superintendente se dirigiu até a Delegacia de Repressão à Furtos e Roubos (DRFR) para prestar queixa.

“Ontem mesmo eu fui até a delegacia, e aqui eu quero agradecer ao delegado Dr. André Ribeiro e sua equipe que foram excelentes, essa é uma prática nova aqui na cidade e depois identificamos que isso é muito utilizado no Rio de Janeiro, inclusive o sotaque deles me pareceu ser de lá, mas graças a Deus estou bem, apenas prejuízo financeiro, não sofri nenhum tipo de lesão”, disse Maurício Carvalho ao Acorda Cidade.

Ainda de acordo com o superintendente, não se sabe o que provocou os barulhos que estavam no veículo.

“Isso tudo é bem articulado, tanto que fiquei com dúvida se parei em algum local antes, mas não. Eu não sei como eles conseguem fazer isso, se é com base em alguma informação, se escolhem alguma vítima aleatoriamente, sei que o barulho é provocado por eles e os mesmos continuam seguindo o veículo da vítima. Depois que tudo isso aconteceu, levei o carro na oficina especializada e o mecânico informou que nunca teve peça retirada, nem colocada. O que na verdade aconteceu, o cara que foi por baixo do carro, desligou algum cabo que fez com que o carro não funcionasse. Realmente é tudo articulado e a polícia está investigando tudo isso”, concluiu.

 

Ø  Sargento da Reserva, Josafá Ramos tem liberdade concedida pelo STF, mas falta tornozeleira para liberação

 

O ex-vereador de Feira de Santana e sargento da reserva da Polícia Militar, Josafá Ramos, que foi preso pela Polícia Federal no dia 17 de março, por suposta participação em atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro, em Brasília, teve a liberdade concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Alexandre de Moraes, no último dia 2 de maio.

O advogado constituído para a defesa de Josafá, Hércules Oliveira, conversou com o Acorda Cidade sobre a decisão do STF e informou que o sargento da reserva ainda continua no Batalhão de Choque da Polícia Militar em Salvador, devido a falta de tornozeleira eletrônica para a sua liberação.

Segundo Hércules, a tornozeleira eletrônica faz parte das medidas cautelares do processo, mas ele afirma que se não há o equipamento, não faz sentido que Josafá continue preso. O fornecimento de tornozeleira eletrônica é de responsabilidade do Estado.

“No dia 2 de maio, o ministro Alexandre de Morais atendeu o pedido da defesa reconhecendo que a prisão não era necessária. O alvará de soltura saiu por volta das 22h e ontem fizemos as diligências necessárias para que ele fosse posto em liberdade. Demorou de chegar o alvará no Batalhão de Choque e quando foi a tarde, houve a questão de colocar a tornozeleira. Isso causou contratempos e hoje diligenciamos a Vara de Execuções Penais de Feira de Santana e ao STF”, disse.

O ministro ainda declarou: “desde a madrugada mandei e-mail junto ao gabinete do ministro e peticionei junto ao processo, informando essa dificuldade referente a tornozeleira e se não tiver ele tem que ser posto em liberdade, independente delas como o próprio STF entende nesse sentido. E se não tem tornozeleira ele tem que ser posto em liberdade. Quando tiver coloca, não pode mantê-lo preso. Acredito que hoje no mais tardar às 17h este problemas estará solucionado”.

O advogado informou também que o seu cliente está tranquilo e vai cumprir todas as etapas do processo. Segundo ele, a participação dele nos atos no dia 8 de janeiro, não condiz com a acusação que foi feita e Josafá não estava em Brasília. Hércules relatou que reuniu provas ao processo, como uma ata notarial da igreja que Josafá congrega e que estava presente no dia 8 de janeiro, fotos, vídeos, além da localização através do Google Maps. Para ele, os fatos imputados são mínimos.

A prisão de Josafá durou cerca de 45 dias e entre as outras medidas cautelares que ele deverá cumprir, além do uso da tornozeleira eletrônica, estão a proibição de se ausentar de Feira de Santana sem a autorização do STF, proibição de usar as redes sociais, de falar com outros investigados, devolução do passaporte e cancelamento de porte e posse de arma.

 

Fonte: Acorda Cidade

 

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