terça-feira, 3 de setembro de 2024

Novo golpe do PIX preocupa Febraban; entenda como funciona

O uso do PIX tornou-se parte do cotidiano dos brasileiros, com mais de 136 milhões de usuários cadastrados na plataforma do Banco Central do Brasil (BCB). No entanto, a popularidade desse meio de pagamento também trouxe à tona novas formas de golpes, como o “golpe do PIX agendado”, que vem preocupando tanto comerciantes quanto consumidores.

A simplicidade e a conveniência oferecidas pelo PIX, que foi fundamental para ampliar a inclusão bancária no país, agora estão sendo exploradas por criminosos. No golpe do PIX agendado, os fraudadores se aproveitam da confiança dos usuários no sistema para aplicar fraudes sofisticadas e difíceis de detectar.

Embora o PIX continue a ser uma ferramenta vital para transações rápidas e seguras, especialistas alertam para a necessidade de novas medidas de segurança. A adição de funcionalidades mais robustas é vista como o futuro do sistema, visando proteger as transações entre pessoas e empresas contra essas novas ameaças.

<><> Como funciona o novo golpe do PIX?

O “golpe do PIX” tem se tornado uma preocupação crescente entre os brasileiros, com a modalidade do “PIX agendado” ganhando destaque nas estratégias de criminosos. Nessa fraude, golpistas programam uma transferência futura, fazendo com que o destinatário acredite que o valor será creditado em breve.

Utilizando essa técnica, os criminosos conseguem enganar vendedores e prestadores de serviços, que muitas vezes liberam produtos ou serviços antes de confirmar o recebimento do dinheiro. Essa prática tem causado prejuízos significativos, reforçando a necessidade de mais cautela na confirmação de transações pelo PIX.

<><> Como garantir mais segurança nas transações via PIX?

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destaca que a melhor defesa contra essas fraudes é a informação. Em setembro de 2022, a campanha “Pare e pense #podesergolpe” foi relançada para alertar os usuários sobre os principais perigos.

Uma das principais recomendações é sempre verificar o comprovante da transação antes de liberar qualquer produto ou serviço, garantindo que o valor foi efetivamente creditado em sua conta.

Além disso, é essencial desconfiar de pressões para realizar transações rapidamente, pois a urgência é uma tática comum entre golpistas. Por fim, cheque sempre a data e a hora do pagamento agendado para se assegurar de que não está sendo enganado.

<><> Como evitar golpes envolvendo o PIX?

Com o avanço das fraudes relacionadas ao PIX, manter-se informado é essencial para evitar cair em golpes. A palavra-chave para se proteger do golpe do PIX é vigilância. Criminosos estão constantemente aprimorando suas técnicas, tornando fundamental adotar medidas preventivas para garantir a segurança das transações.

Uma dica crucial é nunca compartilhar seu código de segurança, incluindo senhas e outros dados confidenciais. Além disso, manter seu aplicativo bancário sempre atualizado é uma maneira eficaz de corrigir possíveis vulnerabilidades. Implementar a autenticação em duas etapas também oferece uma camada extra de proteção, dificultando o acesso indevido à sua conta.

Seguindo essas orientações, é possível continuar aproveitando a conveniência do PIX sem comprometer sua segurança. Esteja sempre atento às atualizações sobre novos tipos de fraude e desconfie de transações que pareçam suspeitas para evitar prejuízos.

<><> Impacto do PIX nas transações brasileiras

O PIX se firmou rapidamente como a escolha preferida dos brasileiros para transações financeiras, mas essa popularidade também trouxe novos riscos. Com o aumento expressivo no uso do PIX, o número de pessoas realizando mais de 30 transferências mensais cresceu 809% entre março de 2021 e março de 2022.

Da mesma forma, o número de usuários que receberam mais de 30 PIX em um único mês aumentou 464%. Esses dados refletem a consolidação do PIX no cotidiano financeiro do país. Atualmente, sete em cada dez operações bancárias no Brasil são feitas digitalmente, utilizando aplicativos ou sites de bancos.

A adesão ao mobile banking também disparou, registrando um crescimento de 72%, e os brasileiros acessam seus aplicativos bancários, em média, 40 vezes por mês. Essa frequência quase dobrou em comparação com os anos anteriores, destacando a confiança dos usuários nas transações digitais.

<><> Como funcionam os pagamentos via PIX?

O PIX é o sistema de pagamentos instantâneos que opera em tempo real, com a promessa de que as transferências sejam concluídas em até 10 segundos. O sistema está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, até mesmo em finais de semana e feriados.

Na prática, para realizar transações financeiras através deste sistema, é preciso cadastrar o que o BC chama de “chave PIX”. A entidade pré-determinou o uso de alguns dados como chave pix, como;

•        E-mail;

•        Celular;

•        CPF;

•        Chave aleatória.

É importante explicar que, no caso específico da chave aleatória, ela pode ter prazos de validade distintos. Por exemplo, ela pode ser gerada uma única vez ou cada transação nova a ser realizada, o modelo irá depender das normas de cada instituição financeira. Lembrando que também existem pagamentos via PIX mediante a leitura do QR Code.

Uma das explicações para a alta adesão ao PIX consiste na facilidade de cobrança e pagamento por produtos vendidos ou serviços prestados. A agilidade nas transações financeiras, isenções de taxas e conveniência para pagamento via QR Code ou chave PIX também são vistas como vantagens nítidas deste sistema.

 

•        Novo golpe usa malware para roubar dados de cartões em pagamentos por aproximação

Existe um novo golpe na praça. Desta vez, os cibercriminosos usam um malware que afeta dispositivos Android com suporte para a tecnologia NFC de pagamento à distância e por aproximação.  A ideia é roubar dados de cartões de crédito usados nestas transações.

<><> Polícia prendeu suspeito de praticar o crime na Europa

•        O alerta é da empresa de cibersegurança ESET.

•        A fraude é considerada de tecnologia sofisticada e só foi detectada até o momento na Tchéquia (República Tcheca).

•        A polícia do país europeu já prendeu um suspeito de usar caixas eletrônicos a partir dessa modalidade de golpe.

•        Mesmo sem registros de casos no Brasil, especialistas afirmam que a prática pode ser “importada” para outras regiões.

<><> Como funciona o golpe

De acordo com a ESET, os criminosos utilizam sistemas de envios massivos de mensagens para possíveis vítimas, normalmente clientes de uma instituição bancária específica. Os farsantes fingem ser representantes do banco.

A vítima é, então, levada a baixar um aplicativo para resolver determinada questão. No entanto, na verdade, é um malware bancário para Android. Ele vira um atalho na página inicial do aparelho do usuário, atuando como um PWA ou WebAPK, apps que rodam direto via web e, por isso, escapam de alguns mecanismos de segurança do aparelho.

Em vez de só roubar dados bancários, a ferramenta fraudulenta transmite o sinal de NFC de um dispositivo Android via um servidor mantido pelos criminosos para outro aparelho. Isso torna possível imitar o smartphone da vítima e usar seus dados em outras operações financeiras.

 

•        'Golpe da garra fraca': polícia mira esquema de adulteração de máquinas de bichinhos de pelúcia que dificulta liberação de brindes

A Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou nesta quarta-feira (28) a 2ª fase da Operação Mãos Leves, contra quadrilhas que exploram máquinas de bichinhos de pelúcia. Desta vez, a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) mira um esquema de adulteração dos aparelhos para dificultar a liberação dos brindes — e descobriu o “golpe da garra fraca”.

Agentes saíram para cumprir 19 mandados de busca e apreensão. Um dos endereços foi um galpão em Inhaúma, na Zona Norte do Rio de Janeiro, sede da Black Entertainment. No local havia dezenas de máquinas e centenas de brinquedos que peritos identificaram serem pirateados.

<><> Como funcionava a fraude

A delegacia especializada descobriu que o grupo instala em cada equipamento um contador de jogadas que interfere na corrente elétrica que alimenta a grua para fisgar as pelúcias — que o cliente acredita controlar.

Segundo as investigações, somente após um determinado número de créditos o grampo libera a potência necessária para a garra pegar um brinquedo.

Na maioria das tentativas, portanto, a pessoa vai perder dinheiro, porque a máquina não terá a força suficiente para capturar um bichinho — fora a dificuldade natural de acertar a jogada.

No galpão da Black, a polícia encontrou baias identificadas com nomes de shoppings, como o Via Parque e o West. As máquinas adulteradas eram colocadas nessas divisórias e encaminhadas para esses endereços.

Segundo o delegado Pedro Brasil, todos os aparelhos encontrados na Black estavam com o contador de jogadas.

<><> Pelúcias falsificadas

As investigações tiveram início após informações de que as empresas Black Entertainment e London Adventure utilizavam bonecos falsificados de personagens de marcas registradas em máquinas localizadas em diversos shoppings centers do Grande Rio.

Tal notícia permitiu o início da 1ª fase da Operação Mãos Leves, em maio, onde máquinas e grande quantidade de pelúcias foram apreendidas.

No transcorrer do inquérito, após exames realizados por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), ficou demonstrado que o sistema era adulterado.

“Dessa forma, torna-se evidente que se trata de um processo fraudulento para enganar os consumidores, que acreditam que a obtenção do ganho depende da sua habilidade ao operar a grua, mas, segundo a perícia, depende exclusiva ou principalmente da sorte”, afirmou a polícia.

Foi apurado também que um dos alvos já foi investigado pela prática de jogo de azar vinculado a máquinas caça-níqueis, o que levantou a suspeita da participação do Jogo do Bicho na atividade.

Nesta quarta, além das máquinas e das pelúcias, foram apreendidos celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos, que serão examinados para que a Polícia Civil tente desvendar a estrutura do grupo criminoso. O objetivo é também identificar a participação de outros integrantes e de organizações criminosas envolvidas.

Os investigados podem responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial e associação criminosa, além da contravenção de jogo de azar.

As investigações também prosseguirão para apurar eventual prática de lavagem de dinheiro.

 

Fonte: FDR/Olhar Digital/g1

 

Nenhum comentário: