sexta-feira, 5 de maio de 2023

Sindicatos que representam os servidores estaduais baianos dizem que não vão aceitar reajuste proposto pelo governo

Representantes de diversas categorias do funcionalismo público baiano se reuniram, nesta quarta-feira (3), na sede do Andes,  e discutiram sobre o anúncio feito pelo Governo do Estado de conceder reajuste linear de 4% aos servidores públicos do estado. Uma plenária uUnificada vai ocorrer na próxima terça-feira (9), a partir das 9h, na sede da Associação dos Funcionários Públicos da Bahia (AFPEB), localizada na Avenida Carlos Gomes, centro da capital baiana, para discutir o tema com as categorias.

Durante a reunião, as entidades deliberaram que "4% não atende e está bem longe dos 53,33% das perdas salariais acumuladas ao longo dos últimos anos". "O governo precisa chamar, imediatamente, as entidades para uma reunião e negociar com o conjunto de representações; conceder reajuste linear a partir de 9%, retroativo a janeiro, e discutir um plano de recomposição das perdas salariais de forma permanente com o conjunto dos servidores", apontam os representantes sindicais.

Para o coordenador-geral da Fetrab, Kleber Rosa, "a valorização dos servidores públicos é fundamental para a qualidade dos serviços disponibilizados à sociedade civil e o reajuste de apenas 4% representa um desrespeito aos profissionais que são pilares à educação pública, à saúde, à Segurança Pública, ao judiciário, ao bem-estar social de uma forma geral ".

Estiveram presentes na reunião Alexandre Galvão da (ADUSB); João Diógenes (ADUFS); Bernardino Gayoso (AFBEBA); Eustácio Lopes (Sindpoc); Edson Rocha e Valéria Cristina  (SINTAJ); Flávio Penedo, Rondineli Santos, Daniel Araújo, e Almir Silva (Sindsemp-FETRAB); Kleber Rosa (Fetrab), Girlene Santana (Sinpojud-FETRAB); o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), e Hamilton Assis do (Coletivo Educar na luta – Oposição APLB).

 

Ø  Policiais Civis decidem ocupar a AL-BA em protesto a reajuste de 4%

 

Os policiais civis da Bahia decidiram, durante Assembleia Geral Extraordinária realizada na manhã desta quinta-feira (4), que vão "ocupar" a Assembleia Legislativa (AL-BA) para protestar contra o reajuste linear de 4% proposto pelo Governo do Estado.

Os profissionais também estabeleceram que vão participar da Plenária Unificada com as demais categorias do funcionalismo público baiano, na próxima terça-feira (9), às 9h, na sede da Associação dos Funcionários Públicos (AFPEB). Além disso, solicitaram a abertura de mesa de negociação específica destinada a discutir com a gestão estadual a implementação do  "Salário de Nível  Superior " previsto na Lei Orgânica 11.370/2009, principal pleito da categoria.  

Segundo o presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, as categorias na Plenária Unificada irão definir um "calendário de lutas e de mobilização" para cobrar a reposição das perdas salariais de 53, 33% ao governador Jerônimo Rodrigues e a implementação do "Salário de Nível Superior" dos policiais civis baianos. "Vamos ocupar a AL-BA para dialogar com os parlamentares. Precisamos, em caráter de urgência, da implementação da Lei Orgânica 11.370/ 2009 haja vista que os investigadores, escrivães, e peritos técnicos foram enquadrados, desde 2009, pelo Estado como carreiras de nível Superior, porém, continuam recebendo salário correspondente ao nível médio".

Para o investigador e coordenador-geral da Federação dos Trabalhadores Públicos da Bahia (Fetrab), Kleber Rosa, debater a valorização da Polícia Civil significa adotar um novo modelo de Segurança Pública que priorize a investigação criminal em detrimento do paradigma de militarização e de confronto. "O salário de nível superior é um pleito crucial para o reconhecimento e a valorização dos policiais civis. É inadmissível estarmos, desde 2009, lutando pelo enquadramento ao salário de nível superior sendo que é algo que está previsto na Lei Orgânica de 11.370/2009. A Fetrab reitera a luta em defesa dos servidores públicos do nosso Estado."

O presidente da Força Sindical Bahia, Emerson Gomes, salientou que o Estado adota uma postura unilateral de "definir e impor" sem dialogar com os servidores. "O servidor público é trabalhador e o Estado precisa negociar com os trabalhadores. É fundamental que a gestão tenha um olhar diferenciado para os policiais civis que estão na linha de frente lutando todos os dias contra a violência e o crime organizado", pontuou o sindicalista.

Na mesa da Assembleia Geral Extraordinária, estavam o presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, o presidente da Associação dos Investigadores (Assipoc), Ary Alves, o investigador e coordenador-geral da Fetrab, Kleber Rosa, o perito técnico e vice-presidente do Sindpep, Lahri Trajano, o deputado estadual Hilton Coelho (PSOL), e o presidente da Associação dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Jeferson Barlito. 

 

Fonte: BN

 

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