Enviado
chinês pede à Europa para considerar China uma alternativa econômica aos EUA,
diz mídia
O representante especial da China para assuntos
eurasiáticos, Li Hui, durante sua visita à Europa, pediu às autoridades que
considerem a China como uma alternativa econômica aos Estados Unidos, informou
o Wall Street Journal, citando autoridades ocidentais familiarizadas com as
conversas.
"O diplomata Li Hui, que visitou Kiev, Varsóvia,
Berlim, Paris e Bruxelas neste mês, pediu aos governos europeus que vejam a
China como uma alternativa econômica a Washington e disse que eles devem agir
rapidamente para acabar com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia antes que ele
se espalhe", diz o artigo.
Hoje (26), Li Hui chegou ao Ministério das Relações
Exteriores da Rússia, onde manteve conversações sobre a solução da crise
ucraniana. O diplomata se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Sergei
Lavrov.
A visita à Rússia conclui a turnê do enviado
especial chinês, durante a qual ele visitou a Ucrânia, Polônia, França,
Alemanha e Bélgica, onde discutiu a iniciativa de paz de Pequim para uma
solução política para a crise na república pós-soviética.
Anteriormente, a China propôs um plano de paz para a
solução do conflito na Ucrânia. Em fevereiro, Pequim divulgou um documento de
12 pontos intitulado "Posição da China sobre a solução política da crise
na Ucrânia", exigindo o respeito pela soberania de todos os países, o fim
das hostilidades e a retomada das negociações de paz entre Moscou e Kiev.
Por sua vez, o porta-voz do presidente russo Dmitry
Peskov disse que a Rússia está pronta para analisar quaisquer ideias que levem
em conta a posição russa.
Antes disso, Lula da Silva afirmou que os EUA e a
Europa devem começar a falar em chegar a um acordo na Ucrânia, em vez de
incentivar o confronto.
Ele pediu aos países não envolvidos no conflito na
Ucrânia que assumam a responsabilidade de fazer avançar as negociações de paz,
bem como de proporcionar à Rússia "condições mínimas" para pôr fim ao
conflito.
Além disso, Lula da Silva propôs a criação de um
formato semelhante ao G20 para discutir a situação na Ucrânia.
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Portugal deve proibir empresa da China em suas redes
5G, indica mídia
A principal entidade de cibersegurança do país
europeu decidiu que há um "alto risco" em permitir que a Huawei
participe das redes 5G de Portugal.
As empresas sediadas fora da União Europeia, dos EUA
e de outros países ocidentais deverão ser proibidas de entrar no mercado de
redes 5G de Portugal, uma decisão que se acredita ser dirigida á chinesa
Huawei.
A decisão foi determinada pelo Conselho Superior de
Segurança do Ciberespaço do país europeu, citado na sexta-feira (26) pelo
jornal português Jornal Económico. A Autoridade Nacional das Comunicações
(Anacom) de Portugal crê que o prazo de implementação "não deveria ser
dilatado" devido ao suposto "alto risco" representado pela
utilização de tais equipamentos em redes públicas.
O embaixador Francisco Seixas da Costa deixou claro
que a Huawei é a entidade visada pela medida.
“É essa a preocupação na Europa que já vem de há
muito tempo. É manifestamente uma preocupação partilhada com os Estados Unidos.
Terá certamente a ver com questões de segurança quer na UE, quer na NATO
[OTAN]. Não é uma decisão que se tome unilateralmente”, disse, citado pelo
jornal.
Enquanto isso, a própria Huawei lamentou não ter
sido informada da decisão atempadamente.
“Ao longo de
duas décadas, a Huawei tem trabalhado com os operadores portugueses para
desenvolver as redes de comunicações e prestar serviços de alta qualidade que
servem milhões de pessoas. A Huawei foi diversas vezes reconhecida pelo
governo, bem como por entidades públicas e privadas, pelo seu papel na criação
de emprego qualificado, capacidade de inovação e contributo para a inovação e
transição digital, tendo investido mais de um milhão de euros na capacitação de
talento digital”, defende a empresa multinacional.
Até hoje o Reino Unido, a Dinamarca, Suécia,
Estônia, Letônia e Lituânia proibiram a Huawei de construir redes 5G nos seus
países, enquanto a Alemanha, que ainda não o fez, está considerando tal
decisão, escreve nesta sexta-feira (26) o jornal britânico Financial Times.
Ø Negócios com a
China são enganosos, diz enviado de Biden
O secretário-adjunto para Assuntos do Hemisfério
Ocidental dos Estados Unidos, embaixador Brian A.
Nichols, disse que os negócios de infraestrutura fechados
pela China são “enganosos”. Ele chegou ao Brasil no domingo (21.mai.2023) para, entre
outras coisas, participar de cerimônia que marcou o início da construção da nova Embaixada dos EUA em
Brasília, na 4ª feira (24.mai).
“Os
acordos de infraestrutura que os países fizeram com a China muitas vezes se
mostraram enganosos, nos termos financeiros que os países obtêm”, declarou
em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada
na 5ª feira (25.mai). “A qualidade dos projetos construídos tem sido abaixo
do padrão em muitos casos.”
Nichols declarou que, depois de 5 anos, “os
projetos de investimento da China não trazem nenhum benefício” para o
PIB (Produto Interno Bruto) dos países. “Portanto, eles geralmente fornecem
um aumento de curto prazo, mas –isso foi medido academicamente– após 5 anos,
não há nenhum benefício. Precisamos que os países entendam exatamente o que
estão ganhando quando fazem esses negócios”, afirmou.
Segundo o embaixador, os custos reais dos projetos “não
foram revelados”.
“Muitas vezes, nesses projetos, muito
francamente, vimos corrupção”, disse.
Para ele, o Brasil “tem tantos especialistas,
engenheiros, arquitetos e economistas talentosos” que saberá avaliar as
ofertas chinesas “e decidir se vão ser ou não benéficas” ao país.
Nichols se disse “incrivelmente otimista” de
que EUA e Brasil podem ter “um grande futuro econômico juntos” que
promoverá “bons empregos, alto crescimento e uma economia limpa para o
futuro”.
Ao ser perguntado sobre a disputa no governo sobre a possível exploração de reservas de petróleo
na região da foz do rio Amazonas, o embaixador declarou que uma das vantagens
do Brasil é ser “um país com instituições fortes, com compromisso
demonstrado em enfrentar os desafios da mudança climática”.
Segundo Nichols, o país é líder em energia verde. “Mas
eu não ousaria dizer ao Brasil como lidar com essa questão em particular.
Infelizmente, não temos a capacidade de fazer a transição imediata para um
mundo e economia completamente livres dos hidrocarbonetos”, declarou.
“O Brasil, obviamente, é um líder na questão da
mudança climática, queremos trabalhar de perto com o Brasil”, disse. “Estamos
fazendo tudo o que podemos para ajudar a promover oportunidades alternativas
limpas de desenvolvimento que não degradem a Amazônia, seja a floresta ou os
rios que compõem a bacia amazônica.”
Ele ainda foi questionado sobre o fato de o
presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) não ter se encontrado com seu homólogo
ucraniano, Volodymyr
Zelensky, na cúpula do
G7, realizada na última semana no Japão. Respondeu que
“o Brasil está num momento muito importante na arena internacional”.
“A decisão de convidar Lula para participar da
cúpula do G7 foi um reconhecimento à liderança global do Brasil e ao papel
pessoal dele”, declarou. “Falar sobre o conflito na Ucrânia está no topo
da agenda do G7 e da comunidade internacional”, continuou.
“Conversar com a Ucrânia sobre as formas de
encerrar a guerra é vital. O presidente Zelensky tem sido muito convincente ao
explicar os desafios e ameaças que enfrenta. Nós encorajamos os esforços pela
paz, mas a 1ª e mais importante forma de chegar à paz é que a Rússia retire
suas forças da Ucrânia e respeite a soberania e as fronteiras.”
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Brasil receberá pelo menos 10 presidentes da América
do Sul para cúpula
Em uma carta assinada pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva em abril, o mandatário convidou oficialmente presidentes
sul-americanos para participarem de um "retiro" de chefes de Estado
da região em Brasília.
O evento acontecerá na semana que vem no dia 30 e já
tem presenças confirmadas como Gabriel Boric do Chile, Alberto Fernández da
Argentina e possivelmente Nicolás Maduro da Venezuela, relata o G1.
A mídia afirma que todos os chefes de governo de
países da América do Sul foram convidados a participar da cúpula, mas somente a
presidente do Peru, Dina Boluarte, não havia respondido. O país enfrenta uma
profunda crise desde que o então presidente, Pedro Castillo, foi preso após
tentar fechar o Congresso local no ano passado.
O objetivo do encontro, de acordo com o Itamaraty, é
promover o diálogo "franco" entre todos os países, identificando
"denominadores comuns", discutindo perspectivas para a região e
"reativando a agenda de cooperação sul-americana em áreas-chave".
Essas "áreas-chave", de acordo com o
governo brasileiro, são: saúde, mudança do clima, defesa, combate aos ilícitos
transnacionais, infraestrutura e energia.
"É imperioso que voltemos a enxergar a América
do Sul como região de paz e cooperação, capaz de gerar iniciativas concretas
para fazer frente ao desafio, que todos compartilhamos e almejamos, do
desenvolvimento sustentável com justiça social", afirmou Lula, em mensagem
publicada pelo Itamaraty.
Na carta enviada em abril aos chefes de Estado, o
presidente destacou a seus homólogos o reposicionamento da América do Sul como
ator no tabuleiro global e menciona os desafios geopolíticos do mundo atual.
Mídia:
chineses compram ações de empresas sancionadas por EUA e Japão para colaborar
com economia
Nas últimas duas semanas, um dos assuntos mais
comentados no mercado são as políticas de controle de tecnologia da China,
elaboradas por Estados Unidos e Japão, visando dificultar o fluxo de
equipamentos para fabricação de semicondutores para o gigante asiático.
Entretanto, Pequim encontrou em seu próprio povo um
aliado para amenizar as sanções e embargos. De acordo com a Reuters, à medida
que Tóquio e Washington impõem novas restrições às empresas de tecnologia
chinesas, os investidores locais estão comprando ações dessas empresas e
empresas estatais e colhendo grandes recompensas.
"Devemos optar por ficar com nosso país [...] e
fazer alocação de ativos de longo prazo de acordo com as necessidades do
país", disse Liu Tuoqi, chefe de investimentos da Shanghai Zhangying
Investment Management, classificando o conflito EUA-China como
"irreconciliável".
Os preços das ações dos principais fabricantes
chineses de equipamentos de semicondutores dispararam desde o final de março,
quando o Japão disse que restringiria as exportações de 23 tipos de
equipamentos para fabricação de chips a partir de julho, conforme noticiado.
A corretora Citic Securities, citada pela mídia,
disse que as restrições dos EUA e do Japão contra a indústria de fabricação de
chips da China apenas acelerarão os esforços chineses para substituir a
tecnologia estrangeira e atrair um apoio governamental mais forte.
"Isso nos força a fazer batatas fritas nós
mesmos [...] quanto mais alto o vento e as ondas, mais caro é o peixe",
disse Liu.
Os apelos dos políticos norte-americanos nesta
semana para sancionar o CXMT após a proibição de Pequim da fabricante de chips
americana Micron Technology também impulsionaram as ações dos fabricantes de
chips de memória chineses, como ZBIT Semiconductor, até 26% esta semana, e
Montage Technology, até 4%.
Ø Hungria não será impedida de assumir a presidência da União Europeia, diz
Budapeste
O governo do país europeu acusou a "esquerda
europeia" de intriga contra Budapeste, e garantiu que estará na
presidência do bloco em 2024.
A decisão do Parlamento Europeu de considerar uma
resolução para impedir a presidência da União Europeia (UE) por Budapeste em
2024 não impedirá que a Hungria assuma a posição, disse na quinta-feira (25) o
governo da Hungria à Sputnik.
Judit Varga, ministra da Justiça húngara, disse na
quarta-feira (24) que o Parlamento Europeu pretendia votar uma resolução para
impedir a presidência da UE de Budapeste, prevista para o segundo semestre de
2024.
"Essa é apenas mais uma ação política da
esquerda europeia. A Hungria é um membro pleno da União Europeia. Ela já ocupou
a presidência do Conselho Europeu, portanto, o mesmo acontecerá em 2024",
disse o governo.
A Hungria está fazendo bons progressos na preparação
para a presidência da UE, notou o governo, acrescentando que Budapeste planeja
colocar na agenda questões importantes como os desafios demográficos da Europa
ou a política familiar, que são "indesejáveis para os defensores da
migração".
A Hungria tem sofrido pressão da UE por sua
relutância em impor sanções às empresas de energia russas e de fornecer armas à
Ucrânia. O parlamento húngaro aprovou no início de março de 2022 um decreto
proibindo o fornecimento de armas à Ucrânia a partir do território húngaro.
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'Reviravolta' para a Coreia do Sul: governo teria
aceitado transferir munições à Ucrânia
Seul teria falado com Washington antes de decidir
enviar centenas de milhares de projéteis de artilharia para as mãos de Kiev,
usando os EUA como intermediário.
A Coreia do Sul aprovou o envio de centenas de
milhares de projéteis de artilharia para a Ucrânia em um "acordo confidencial"
com os EUA, informou na quarta-feira (24) o jornal norte-americano The Wall
Street Journal (WSJ).
Segundo as fontes do jornal, que falam de uma
"reviravolta" para Seul, o governo do país primeiro transferirá
munições para os EUA, que depois as entregará à Ucrânia.
No entanto, Joen Ha-kyu, porta-voz do Ministério da
Defesa da Coreia do Sul, crê que o material do WSJ contém "partes
imprecisas".
"Foram realizadas várias discussões e
solicitações, e o nosso governo tomará as medidas apropriadas enquanto examina
a guerra e a situação humanitária na Ucrânia de forma abrangente", disse
ele em uma coletiva de imprensa na quarta-feira (24), citado pela agência
britânica Reuters.
A decisão de Seul de fornecer munições a Kiev
através de Washington permite que o governo de Joe Biden adie a decisão de
atender à demanda da Ucrânia de fornecer munições de fragmentação proibidas por
muitos países. No entanto, mesmo com vários membros do Congresso fazendo lobby
junto à Casa Branca a favor do envio de tais munições, Washington se manifestou
contra seu fornecimento, citando o consenso internacional contra tais
projéteis.
A mudança de posição da Coreia do Sul ocorre depois
que seu presidente Yoon Suk-yeol se reuniu em abril com seu homólogo
norte-americano Joe Biden em Washington, EUA. Durante sua visita, Biden
prometeu assistência contínua a Kiev e tomar "todas as medidas necessárias
para defender as normas e leis internacionais".
Fonte: Sputnik Brasil/Poder 360
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