Borrell descarta
que Pequim forneça equipamentos militares para Moscou: 'Não aconteceu até
agora'
A
China não fornece equipamentos militares para a Rússia, disse o chefe da
diplomacia europeia, Josep Borrell.
"A
China não forneceu armas à Rússia até o momento. Os Estados Unidos estão
avaliando essa possibilidade, mas isso não aconteceu até agora", disse
Borrell em uma conferência da União Europeia (UE) na cidade italiana de
Florença.
Borrell
também elogiou a conversa que o presidente chinês Xi Jinping teve com o
presidente ucraniano Vladimir Zelensky em 26 de abril, mencionando o plano
proposto por Pequim para resolver o conflito na Ucrânia.
No
entanto, ele enfatizou que "a única coisa que pode ser considerada um
plano de paz [para a Ucrânia] é a proposta de Zelensky".
Zelensky,
falando na cúpula do G20 na Indonésia em meados de novembro, propôs uma
"fórmula de dez pontos para restaurar a paz na Ucrânia" que inclui,
em particular, a recuperação da integridade territorial do país, a retirada das
tropas russas e a restauração da justiça.
Em
fevereiro, o Ministério das Relações Exteriores chinês emitiu uma declaração de
12 pontos propondo uma solução política para a crise ucraniana. Entre os pontos
principais estão a necessidade de respeitar a soberania e a integridade
territorial de todos os países, de retomar o diálogo direto entre Moscou e Kiev
e um apelo para evitar uma nova escalada.
·
MD
da Rússia: EUA recrutaram na Ucrânia especialistas em armas de destruição em
massa
O
chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas
russas relatou novos detalhes sobre o programa biomilitar dos EUA na Ucrânia.
O
Departamento de Energia dos EUA recrutou especialistas na Ucrânia com
experiência e conhecimento de armas de destruição em massa, comunicou na
sexta-feira (5) o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa
Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas da Rússia.
"O
documento apresentado confirma que uma das atividades do Departamento de
Energia é o recrutamento de especialistas com experiência e conhecimento no
campo de armas de destruição em massa que trabalhavam anteriormente na
Ucrânia", disse Kirillov em uma coletiva de imprensa.
Segundo
explicou, os EUA estão promovendo na Ucrânia projetos de pesquisa de doenças
que podem ser transmitidas de animais para humanos.
Ele
ligou o programa à morte em massa de aves em 2021 no território da reserva de
Kherson, devido a possíveis experimentos e uma atitude negligente em relação
aos requisitos de biossegurança.
Segundo
ele, os participantes do projeto fugiram às pressas após a libertação da região
de Kherson e sugeriram aos restantes funcionários que ficaram na reserva, em
troca de uma recompensa, que removessem ou destruíssem os resultados da
pesquisa, especialmente a documentação que confirmava a morte em massa das
aves.
Igor
Kirillov assegurou que o projeto envolvia cepas que podiam provocar epidemias.
O tenente-general referiu que nos últimos três anos os prejuízos causados pela
gripe aviária na Rússia ultrapassaram 4,5 bilhões de rublos (R$ 290,15
milhões), e morreram mais de dez milhões de aves domésticas. Por sua vez, nos
países europeus, as perdas devidas à doença para o setor agrícola chegaram a
cerca de € 3 bilhões (R$ 16,38 bilhões).
"De
acordo com especialistas, enquanto na região europeia a gripe aviária costumava
ser uma doença sazonal, hoje em dia seus surtos são registrados em qualquer
parte do ano", sublinhou.
Kirillov
assinalou que o Departamento de Energia se tornou o principal financiador de
projetos biomilitares na Ucrânia, em estreita colaboração com o Departamento de
Defesa dos EUA.
"A
natureza opaca das atividades do Departamento de Energia é ressaltada pelo fato
de que ele tem o direito exclusivo de não devolver ao Tesouro dos EUA as
dotações do ano fiscal não gastas e de as alocar para despesas futuras não
orçadas. Tal fato é confirmado por um relatório do Tesouro dos EUA datado de 25
de julho de 2022. Essa abordagem não exige solicitações adicionais ao Congresso
dos EUA e permite o financiamento irrestrito dos programas de armas biológicas
dos EUA."
"Desde
o início dos anos 2000, Washington tem gastado mais de US$ 2 bilhões [R$ 9,94
bilhões] por ano em programas de armas biológicas. Mas o Pentágono é cauteloso
com esse tipo de atividade, porque desenvolver armas biológicas prevê
responsabilização em conformidade com a Convenção de Genebra", destacou o
oficial.
Ele
citou as declarações do candidato a presidente norte-americano Robert Kennedy
Jr.
"O
que o ministério tem a ver com o combate às ameaças biológicas e com a
implementação de projetos com características de uso duplo?", questionou
Kirillov.
Ø
Colunista
aponta principal trunfo do Exército russo antes da contraofensiva das forças
ucranianas
O
colunista americano Brendan Cole revelou a vantagem das Forças Armadas da
Rússia sobre as Forças Armadas da Ucrânia. Em seu artigo para a Newsweek, ele
afirmou que o principal trunfo de Moscou é a aviação.
"A
Força Aeroespacial do país [Rússia] ainda é a segunda maior do mundo e inclui
cerca de 900 caças e 120 bombardeiros, o que é uma vantagem significativa
perante a amplamente esperada contraofensiva ucraniana", escreveu o autor.
De
acordo com o diretor-geral do Global Guardian, Dale Buckner, a Rússia tem
grandes reservas da frota aérea que excedem as ucranianas em dez vezes.
Os
russos "têm um nível quase esmagador de superioridade aérea que ainda não
introduziram", disse Dale Buckner à Newsweek. "A Rússia tem em
reserva uma frota muito grande que é dez vezes a da Ucrânia".
"Portanto,
há um risco tático real no terreno para os ucranianos se eles não tiverem
defesa antiaérea adequada e se não tiverem múltiplas camadas de defesa
antiaérea", acrescentou Buckner, referindo-se ao modo como diferentes
tipos de armas interceptam aeronaves e mísseis voando em diferentes altitudes.
No
início de abril, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, sugeriu que as
Forças Armadas da Ucrânia pudessem realizar o contra-ataque nas próximas
semanas. Por sua vez, o ministro da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov, apelou
para esperar até o fim da época de lamaçal nas estradas.
O
porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, observou que quaisquer
declarações sobre a planejada contraofensiva dos militares ucranianos são
cuidadosamente monitoradas e levadas em conta no planejamento da operação
militar especial.
O
New York Times observa que, na ausência de sucesso sério das forças ucranianas
no front, o apoio ocidental à Ucrânia pode enfraquecer.
Ø
EUA
apoiam as Filipinas e acusam a China de 'assédio' e 'táticas agressivas'
Um
membro do Departamento de Estado dos EUA criticou o comportamento de Pequim no
mar do Sul da China em meio à visita do líder das Filipinas ao país
norte-americano.
Os
EUA apoiam as Filipinas diante do "assédio" da Guarda Costeira da
China, disse na terça-feira (2) um alto responsável dos EUA, citada na
quarta-feira (3) pela agência britânica Reuters.
Na
sexta-feira (28) as Filipinas acusaram a Guarda Costeira do país asiático de
"manobras perigosas" e "táticas agressivas" no mar do Sul
da China. Pequim disse que os navios das Filipinas fizeram "movimentos
provocativos deliberados".
Daniel
Kritenbrink, secretário de Estado assistente dos EUA para Assuntos do Leste
Asiático e do Pacífico, destacou a visita ao país norte-americano nesta semana
pelo presidente filipino Ferdinand Marcos Jr. como mostrando a força e a
resistência da aliança entre os dois países.
"Continuamos
profundamente preocupados com a intimidação e o assédio contínuos [da China] às
embarcações filipinas, pois elas continuam realizando patrulhas realmente
rotineiras dentro da zona econômica exclusiva das Filipinas", disse ele em
uma teleconferência nos EUA.
"Tais
ações e comportamentos por parte de Pequim são realmente inaceitáveis",
continuou ele, acrescentando que os Estados Unidos e seus parceiros reconhecem
a importância de manter a paz no estreito de Taiwan.
Na
segunda-feira (2) Marcos Jr. e seu homólogo americano Joe Biden reafirmaram a
aliança de segurança de longa data, com o último afirmando o compromisso
"de ferro" de Washington com Manila.
·
Filipinas
revelam por que bases dos EUA no país seriam 'úteis' no caso de ataque a Taiwan
O
presidente filipino explicou a abordagem do país em um conflito na região
durante a visita aos EUA, onde reafirmou o compromisso de um pacto assinado com
os norte-americanos em 2014.
As
bases dos EUA nas Filipinas poderiam ser úteis se a China tentasse tomar
Taiwan, disse na quinta-feira (4) Ferdinand Marcos Jr., presidente filipino,
citado pela agência britânica Reuters.
O
alto responsável contou à Reuters durante sua visita aos EUA que o Acordo de
Cooperação Reforçada de Defesa (EDCA, na sigla em inglês) de 2014 entre
Washington e Manila foi originalmente concebido para melhorar a resposta a
desastres provocados por mudanças climáticas.
Outra
utilização para as bases, diz, seria para evacuar moradores filipinos de Taiwan
no caso de uma invasão.
"Portanto,
esses lugares do EDCA também serão úteis para nós caso essa terrível ocorrência
se concretize", acrescentou ele.
Um
acordo de fevereiro entre as Filipinas e os EUA permitiu aos últimos usarem
mais quatro bases militares no país asiático, algo que provocou críticas por
parte da China, que vê tal passo como agravador das tensões. Ao mesmo tempo,
Marcos garantiu que Washington "não propôs nenhum tipo de ação para as Filipinas
em termos de participação na defesa de Taiwan".
"É
de natureza defensiva e talvez de natureza de defesa civil, quando falo sobre
os desastres e a evacuação de nossos cidadãos filipinos", apontou ele,
referindo que assegurou ao ministro das Relações Exteriores da China ser esse o
objetivo, e que os EUA nunca referiram a possibilidade de que esses lugares
fossem usados como "pontos de preparação" militar.
Ø
Inteligência:
China ultrapassa EUA no número de lançadores de mísseis balísticos
intercontinentais
Diretor
da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA, na sigla em inglês), o
general Scott Berrier disse na quinta-feira (4) que a China ultrapassou os
Estados Unidos na quantidade de lançadores fixos e móveis terrestres de mísseis
balísticos intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês).
"Eu
concordo", disse Berrier durante uma audiência no Congresso ao ser
perguntado se consentia com a avaliação de que a China tem agora ultrapassado
os Estados Unidos na quantidade de lançadores terrestres fixos e móveis dos
mísseis balísticos intercontinentais.
Berrier
também confirmou relatórios recentes da DIA de que a China implantará 1.500
ogivas nucleares até 2035.
Anteriormente,
a agência Reuters informou que, de acordo com um relatório do Pentágono, a
China, pela primeira vez, mantém pelo menos um submarino de mísseis balísticos
com armas nucleares constantemente no mar, o que aumenta a pressão sobre os
Estados Unidos e seus aliados enquanto eles tentam combater o crescente
Exército chinês.
Por
sua vez, a Marinha dos EUA mantém cerca de duas dezenas de submarinos nucleares
de ataque no oceano Pacífico, inclusive em Guam e Havaí, de acordo com a Frota
do Pacífico dos EUA.
Ø
Irã
possui urânio enriquecido suficiente para criar 5 bombas nucleares, adverte
ministro israelense
O
Irã continua seu esforço de enriquecimento de urânio e já acumulou urânio
suficiente para fabricar cinco armas nucleares, disse o ministro da Defesa
israelense, Yoav Gallant.
"Não
se enganem: o Irã não ficará satisfeito com uma única bomba nuclear. Até agora,
o Irã conseguiu material enriquecido a 20% e 60% para cinco bombas
nucleares", disse Gallant durante o seu discurso com o ministro da Defesa
grego Nikolaos Panagiotopoulos durante uma visita a Atenas na quinta-feira (4).
O
ministro israelense não esclareceu como os estoques de urânio do Irã seriam
suficientes para fabricar cinco bombas, dado que o urânio deve ser
habitualmente enriquecido a 90% ou mais para ser considerado de grau militar.
A
bomba nuclear dos EUA lançada na cidade japonesa de Hiroshima em agosto de 1945
teve uma taxa média de enriquecimento de cerca de 80%.
"O
progresso iraniano e o enriquecimento até 90% seriam um erro grave da parte do
Irã, e poderia incendiar a região", alertou o ministro israelense.
Teerã
tem negado ter quaisquer ambições de construir uma bomba nuclear e criticou o
Ocidente sobre o seu silêncio relativamente aos estoques de armas nucleares que
Israel alegadamente possui.
No
ano passado, os EUA e Israel assinaram uma declaração conjunta prometendo
"nunca permitir que o Irã obtenha uma arma nuclear".
Os
dois países realizaram exercícios militares conjuntos simulando ataques a
instalações nucleares iranianas, com Tel Aviv reservando um fundo especial de
US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7,5 bilhões) em seu orçamento militar
especificamente destinado aos preparativos para atacar o Irã.
Fonte:
Sputnik Brasil
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