Composição
corporal: até onde a genética influencia nos resultados
A genética é a ramo da biologia responsável pelo
estudo da hereditariedade, os genes e das características que são transmitidas
para cada geração. Essa ciência iniciou os seus experimentos com o monge Gregor
Mendel em 1866. São tantos estudos e pesquisas que causam dúvidas para maioria,
exemplo: genética influencia na composição corporal?
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A resposta dos especialistas sobre possível impacto da
genética na composição corporal
"É impossível afirmar que os mais de 40 fatores
que influenciam a hipertrofia muscular atuam de forma particular entre cada um
dos biotipos conhecidos, gerando assim respostas diferentes ou específicas para
cada um. A genética determina boa parte do seu potencial, mas isso não está
diretamente relacionado ao biotipo", opina o gerente técnico da Bio Ritmo
Guilherme de Almeida e Leme.
Então, deve-se pensar no treinamento em vez de
questões genéticas. Almeida ainda discorreu na sequência que somente uma
programação é capaz de fazer a diferença para os ganhos de um sujeito.
"Portanto, antes de pensar que o biotipo é que
deve guiar a prescrição do treino ou até que ele é responsável pela obtenção ou
não dos seus resultados, é importante trabalhar o volume e intensidade. Escolha
de exercícios, montagem de treinos mais eficazes e planejar a rotina com uma
periodicidade, que seja capaz de integrar todas as variáveis que, de fato,
influenciam nos resultados", terminou.
Alexandre Leite está vinculado profissionalmente com
a Bio Ritmo no cargo de gerente e partiu da suposição de um jovem com pesos a
mais para elaborar a sua opinião sobre esse assunto.
"Um exemplo: pensar que um jovem com sobrepeso,
cujos pais têm sobrepeso, acredita que a dificuldade em emagrecer tem relação
com as características herdadas. Quando na verdade é muito mais provável que o
determinante nessa situação sejam os hábitos da família", explica o
profissional.
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Acréscimo
Em 1940, o psicólogo William Sheldon categorizou o
corpo em três biotipos: ectomorfo, biotipo magro e de metabolismo acelerado.
Ectomorfo é o biotipo magro e de metabolismo acelerado, endomorfo conhecido por
maior tendência a acumular gordura. Enquanto o mesomorfo apresenta ossatura
média e aparência atlética.
As principais diferenças nesses três biotipos são a
estrutura óssea e o metabolismo. Porém, não há um estudo oficial publicado para
correlacionar cada perfil a um melhor modelo de treino para gerar maiores
respostas hipertróficas. Ou ganhos de força.
Ø Exercício anaeróbico: entenda o que é, como fazer e as vantagens
Aeróbico, anaeróbico, aptidão motora, arritmia cardíaca, biomecânica
e tantos outros conceitos da área de Educação Física causam dores de cabeça
principalmente para quem quer ter um novo estilo de dúvida. Portanto, a
compreensão vale a pena para impedir que alguém treine "errado".
Assim, existe esta pergunta: o que é o anaeróbico?
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Saiba mais sobre o anaeróbico
"Anaeróbico não é um exercício. É o metabolismo
predominante ou não predominante em um determinado exercício. Aquelas
atividades em que há desequilíbrio de oxigênio, ou seja, onde o consumo de
oxigênio é menor do que a demanda necessária para a atividade chamamos esse
metabolismo de anaeróbico.
Em uma prova de 50 m da natação, o nadador muitas
vezes cruza a piscina em apneia (sem respirar) para completar a tarefa. Isso
significa que não houve consumo equilibrado de oxigênio e o metabolismo
predominante foi anaeróbico sem a presença de oxigênio ou com pouca presença de
oxigênio", respondeu com exclusividade para o Sport Life o gerente técnico
do Bio Ritmo Guilherme de Almeida e Leme.
Essa colocação esclarece de que não há melhor o
melhor anaeróbico. Assim esse exercício pode trabalhar os dois tipos de
metabolismo. A sessão de treino é que determina qual metabolismo que se deve
priorizar. Também é possível conciliar uma sequência de exercícios com pesos de
forma aeróbica ou anaeróbica em único treinamento. Basta definir a prescrição.
"Depende de qual objetivo se está buscando. Se
o objetivo for potencializar as adaptações no metabolismo anaeróbico, o ideal é
que o treinamento ocorra em intensidades próximas à máxima. Será mais difícil
conseguir esse nível de intensidade quando se estiver cansado.
Mas se o objetivo for treinar o atleta para imprimir
um ritmo mais intenso ao final da prova, como ocorre na maratona ou no ciclismo
de endurance, estímulos de alta intensidade após uma sessão de treino poderão
complementar aquelas sessões intensas pensadas antes do treino para induzir
adaptações no metabolismo anaeróbico", detalho em contato com a reportagem
o coordenador do curso de Educação Física da UFTM (Universidade Federal do
Triângulo Mineiro) Dr. Francisco Coelho.
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Curiosidades
Outro detalhe exposto por Almeida e Leme é de que
não dá para dizer se aeróbico é melhor que anaeróbico e vice-versa. O motivo é
que essas propostas são diferentes e, consequentemente, promovem diversas
adaptações.
"Atividades em metabolismo aeróbico visam
melhorar a resistência cardiorrespiratória. Enquanto exercícios feitos em
metabolismo anaeróbico visam a melhora da força e potência musculares. Por
exemplo: sendo complementares", detalhou o profissional.
O anaeróbico realizado de dois até três minutos no
máximo. Afinal, fica inviável alguém ficar em desequilíbrio de oxigênio por
tempo prolongado. "Feito isso é necessário um intervalo longo de
recuperação de até 15 minutos para reestabelecer o equilíbrio no consumo de
oxigênio e poder repetir o estímulo", completou o professor.
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Como anaeróbico é trabalhado na musculação?
"A musculação pode ser feita tanto de forma
anaeróbica quando enfatizamos altas cargas e poucas repetições. Assim como pode
ser feita em um metabolismo aeróbico com exercícios em circuito com mais
repetições, carga reduzida ou moderada", finalizou Guilherme de Almeida e
Leme.
"Portanto, a depender dos objetivos da pessoa e
da configuração da sessão de treino de musculação, a própria musculação
proporcionará um estímulo ao metabolismo anaeróbico e a realização de um
exercício isolado com predomínio do metabolismo anaeróbico pode nem ser
necessário", concluiu o Dr. Francisco.
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Dados
O estudo da plataforma online "Cupom Válido"
com dados da Numbeo, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
e Statista apontou que a população brasileira é vice do ranking de quem mais
frequenta academia com 21%. A Índia é quem ocupa a liderança dessa
classificação com 24%.
O IBGE divulgou a PNAD (Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios), cujo levantamento citou que 62,1% (100,5 milhões de
pessoas) dos brasileiros acima dos 15 anos de idade não fazem nenhuma atividade
física.
Fonte: Sport Life
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