quinta-feira, 4 de maio de 2023

Câncer de mama: estudo identifica novo fator de risco para a doença

Cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, identificaram uma nova forma de prever o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama no futuro. Eles sugerem que os médicos avaliem a velocidade com que a densidade das mamas das pacientes é alterada com o passar dos anos.

A medicina já considera que a maior densidade do tecido mamário está relacionada ao aumento do risco de desenvolvimento da doença. O novo estudo, publicado na última quinta-feira (27/4), na revista JAMA Oncology, mostra agora evidências de que um ritmo de declínio da densidade mais lento em uma das mamas geralmente precede o diagnóstico do câncer.

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Os exames de mamografia fornecem informações quanto a densidade das mamas, mas o dado não faz parte do protocolo de avaliação sobre o risco do desenvolvimento de tumores.

 “Caso a novidade seja implementada, o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama pode ser atualizado toda vez que ela fizer uma nova mamografia”, afirma a principal autora do estudo, Shu Jiang, professora associada de Ciências da Saúde Pública na universidade norte-americana, em entrevista ao jornal The New York Times.

·          Estudo

O estudo liderado por Shu acompanhou aproximadamente 10 mil mulheres ao longo de dez anos. Nenhuma delas tinha diagnóstico de câncer no início da pesquisa. Durante uma década, os cientistas analisaram as mudanças na densidade das mamas das participantes.

Ao final do levantamento, 289 mulheres haviam sido diagnosticadas com câncer de mama. Elas tiveram a densidade das mamas comparada com as de outras 658 pacientes com perfis semelhantes, mas que não desenvolveram a doença.

Os pesquisadores observaram que todas as participantes do estudo sofreram uma diminuição da densidade das mamas ao longo dos anos, mas aquelas que desenvolveram câncer tiveram um declínio mais lento. Outro fator importante foi que, ao analisar a densidade das mamas de uma mesma participante separadamente, observou-se uma queda significativamente mais lenta no seio que desenvolveu tumores no futuro.

 

Ø  Coceira no bico do seio pode ser câncer de mama. Saiba mais

 

Uma coceira persistente em um dos seios pode ter várias causas que, muitas vezes, nem são preocupantes. No entanto, há um tipo raro de câncer de mama cujo principal sintoma é um prurido entre o mamilo e aréola. Conhecido como doença de Paget, esse tipo de tumor representa até 5% dos casos de câncer de mama.

A doença de Paget é mais comum entre mulheres na faixa etária entre 50 e 70 anos. O problema atinge os homens muito raramente. Esse tipo de câncer costuma surgir nos canais por onde o leite é transportado (dutos) e, na sequência, chega à superfície do mamilo e à aréola.

 “Se a paciente apresenta coceira no bico do seio, principalmente de forma unilateral, é importante buscar a ajuda de um médico de confiança, de preferência um mastologista”, afirma o oncologista Wesley Pereira Andrade, titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Os principais sinais da doença de Paget são:

  • Vermelhidão no mamilo e aréola;
  • Coceira;
  • Espessamento da pele do mamilo e aréola;
  • Descamação da pele nessa região;
  • Sensação de queimação no mamilo e aréola;
  • Sangramento do mamilo.

Diagnóstico e tratamento

Em geral, o quadro é unilateral e, muitas vezes, ele pode ser confundido com dermatite atópica, que ocorre pelo contato com produtos químicos e produtos de limpeza utilizados nas roupas. “Para o diagnóstico mais assertivo, é necessário realizar uma biópsia”, diz o médico.

O médico explica que o diagnóstico precoce aumenta as chances de remissão do câncer. No tratamento, a primeira abordagem é a remoção do nódulo, que implica a retirada apenas de uma parte da mama. A mastectomia é indicada apenas para os casos mais avançados da doença.

 

Fonte: Metrópoles

 

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