Aspartame
faz mal? Entenda seus efeitos colaterais
O aspartame é um adoçante sintético que
age como substituto do açúcar comum por ter baixa concentração de calorias. Ele é considerado um aditivo
alimentar e adoçante não nutritivo (NNS, na sigla em inglês) e é comumente
usado em produtos industrializados, principalmente os rotulados como diet,
zero açúcar, nenhuma e baixa caloria.
Cerca de 200 vezes mais doce que o açúcar,
o aspartame é composto por ácido aspártico e fenilalanina —
dois aminoácidos de ocorrência natural. Enquanto o ácido aspártico é produzido
naturalmente no organismo, a fenilalanina é um aminoácido essencial que é
ingerido através dos alimentos.
E, embora a sua popularidade e seu uso frequente,
o aspartame ficou conhecido mundialmente por seus possíveis efeitos
adversos à saúde.
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O que contém aspartame?
Diversos produtos rotulados como “zero açúcar”
possuem aspartame em sua composição. Como:
- Refrigerante zero açúcar;
- Sorvete sem açúcar;
- Suco de frutas com calorias reduzidas;
- Chiclete sem açúcar;
- Iogurte light;
- Doces sem açúcar.
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Como o aspartame se decompõe no organismo?
Quando o aspartame é ingerido, ele é
decomposto em ácido aspártico e fenilalanina, aminoácidos usados na síntese e
metabolismo de proteínas. Além disso, a sua digestão também produz uma pequena
quantidade de metanol — um composto comumente encontrado em frutas e vegetais.
De fato, uma pesquisa de 2015 revelou que o consumo
de aspartame é a maior fonte de metanol na dieta americana. No
entanto, em grandes quantidades, o metanol pode ser prejudicial à saúde.
No aspartame, o metanol é produzido a partir do
aquecimento do aditivo. Porém, o metanol consumido regularmente pode ser um
problema, uma vez que se decompõe em formaldeído, um conhecido carcinógeno e
neurotoxina, no corpo.
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É seguro para o consumo?
Em 1981, o aspartame foi avaliado
toxicologicamente pelo comitê científico da FAO e OMS sobre aditivos
alimentares (JECFA). Assim, foi estabelecido que a ingestão diária aceitável
(IDA) do aditivo é de 40 mg/Kg de peso corpóreo.
Ou seja, é seguro para o consumo em moderação e de
acordo com os limites alimentares aprovados pela OMS.
O uso do aspartame em alimentos é
regulamentado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária),
como um aditivo alimentar edulcorante. Além disso, ele também tem o uso
aprovado como realçador de sabor para:
- Gomas de mascar, limite de 0,25 g/100 g;
- Cremes vegetais e margarinas, limite de 0,075 g/ 100g;
- Bebidas à base de soja prontas para o consumo, limite de 0,03 g/100
g.
Os limites de uso dos edulcorantes em alimentos
constam da Resolução RDC n° 18 de 2008.
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Por que certas pessoas não podem consumir aspartame?
Com a popularização do aspartame, o aditivo foi
comumente associado a diversos efeitos adversos à saúde. No entanto, não foi
conclusivamente relacionado com efeitos secundários graves ou problemas de
saúde na população em geral.
Em vez disso, seu uso não é indicado para pessoas
com condições de saúde específicas, como:
- Fenilcetonúria: pessoas com fenilcetonúria, uma doença genética, não
devem consumir aspartame, uma vez que não são capazes de digerir
fenilalanina. Sem a digestão da substância, ela acaba se acumulando no
organismo, podendo causar uma série de efeitos colaterais negativos,
incluindo danos cerebrais.
- Discinesia tardia: a discinesia tardia é um possível efeito de
medicamentos de esquizofrenia, caracterizado pelos movimentos repentinos,
bruscos e involuntários do rosto e corpo. A fenilalanina presente na
composição do aspartame pode precipitar os movimentos musculares
descontrolados da condição.
- Pacientes com doença hepática avançada.
- Gestantes com hiperfenilalanina.
<<<< Efeitos do aspartame
Alguns efeitos colaterais
do aspartame incluem:
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Efeitos no peso
Assim como o açúcar, o aspartame contém
aproximadamente 4 calorias por grama. Entretanto, como é mais doce que o
açúcar, só é necessária uma pequena quantidade da substância para adoçar
alimentos e bebidas. Por isso, é popularmente usado como parte de dietas para
perda de peso.
Contudo, uma análise de diversos estudos não encontrou evidências de que os adoçantes de
baixa caloria, como aspartame, sucralose e esteviosídeo, fossem eficazes
no controle de peso corporal.
De fato, a análise também comprovou que pessoas que
consomem adoçantes frequentemente possuem mais chances de desenvolver doenças
cardiovasculares, diabetes e AVCs.
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Efeitos no humor
Uma pesquisa de 2022 observou o efeito deste aditivo em ratos de laboratório. De
acordo com os pesquisadores, ratos que foram expostos à água
com aspartame exibem um comportamento mais ansioso. A água utilizada
continha apenas 15% dos valores da quantidade diária máxima
de aspartame recomendada pela FDA (Food and Drug Association)
para humanos.
Além disso, esses efeitos também foram observados na
prole dos animais por até duas gerações.
Acredita-se que isso foi um resultado da produção de
ácido aspártico e fenilalanina, que podem afetar o sistema nervoso central.
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Possíveis riscos
Algumas pesquisas sugerem que o consumo
de aspartame pode aumentar os riscos de:
- Certos tipos de câncer;
- Diabetes tipo 2;
- Parto prematuro;
- Toxicidade nos rins;
- Doença hepática tóxica;
- Alterações prejudiciais às glândulas salivares.
Fonte: eCycle
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