Trump
abandonar Ucrânia evoca pacto de 1938 com nazistas
"Não posso deixar de me
perguntar: já estivemos aqui antes? Tchecoslováquia, 1938. Temos um agressor às
nossas portas, com a intenção de tomar território que não é dele. E os
negociadores [...] já estão entregando suas fichas de barganha antes mesmo de
as negociações começarem. Essa é uma tática desastrosa. E estamos caminhando a
toda velocidade para o desastre."
Essas observações foram
feitas em fevereiro por Kaja Kallas, ex-premiê da Estônia e atual alta
representante da União Europeia para Exterior e Segurança, durante a
Conferência de Segurança de Munique.
O local do discurso não
poderia ser mais simbólico: a poucas centenas de metros do prédio no qual, há
86 anos, líderes da França e do Império Britânico assinaram o Acordo de
Munique, que marcou o clímax da política de apaziguamento dos anos 1930, quando
potências ocidentais concordaram em ceder a ambições territoriais da
Alemanha nazista na esperança de que isso serviria para evitar um novo
conflito mundial.
Como parte do acordo, em
1938, líderes franceses e britânicos decidiram abandonar aos nazistas a antiga
Tchecoslováquia (hoje dividida entre República Tcheca e Eslováquia), permitindo que o regime de Adolf Hitler anexasse, sem luta, parte
considerável do país da Europa Central. Em nenhum momento os
tchecoslovacos foram ouvidos, enquanto as potências da época decidiam seu
destino.
No entanto, longe de
satisfazer os nazistas, o acordo foi rapidamente rasgado por Hitler, que,
bastante reforçado pelo domínio do novo território, anexou o restante
da Tchecoslováquia e depois voltou seus olhos para a Polônia, dando início
à Segunda Guerra Mundial. Entre os tchecos, o acordo ficou conhecido como
"A traição de Munique". E para vários líderes se tornou um
paradigma de que a política de apaziguamento, quando aplicada a regimes
expansionistas e agressivos, está fadada ao fracasso.
"Como historiador e
político, a única coisa que posso dizer hoje é: Munique nunca mais”, disse o
premiê polonês Donald Tusk, na mesma conferência em fevereiro de 2025, ecoando
a visão da estoniana Kallas.
<><>
Trump x Ucrânia
Os dois políticos do Leste
Europeu não estavam apenas citando um acordo que é considerado um dos maiores
desastres da história da diplomacia, mas também manifestando temor de que a
história possa se repetir agora com a Ucrânia, que há três anos está sob ataque
da Rússia sob Vladimir Putin.
Tusk e Kallas evitaram
mencionar nomes, mas entre os participantes da conferência estava claro que o
temor era que os EUA, desde janeiro novamente sob o comando de Donald Trump,
reencenassem o papel dos britânicos e franceses em
1938, abandonando os ucranianos frente aos russos.
E, ao longo de fevereiro, o
temor entre os europeus apenas foi reforçado. Trump revelou que havia começado
a conversar diretamente com Putin, e negociadores americanos e russos se
reuniram na Arábia Saudita para falar sobre a guerra – os ucranianos e seus
aliados na Europa não foram convidados.
Em seguida, Trump declarou
que não achava "importante” que o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, participasse
das negociações, e começou a condicionar a continuidade da ajuda militar e
financeira dos EUA aos ucranianos à assinatura de um bilionário acordo de
exploração mineral, classificado por alguns analistas como uma "extorsão”.
Posteriormente, chamou o líder ucraniano de "ditador" e fez
elogios a Putin.
A virada na posição
americana ficou mais clara quando representantes do governo Trump começaram a
falar abertamente em pressionar os ucranianos a fazerem concessões territoriais
ao Kremlin para pôr fim ao conflito – atualmente, os russos ocupam 20% do
território ucraniano.
"Esta guerra precisa
acabar e isso exigirá concessões territoriais", pontificou Mike Waltz,
conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, nesta segunda-feira (03/03),
horas antes de a Casa Branca suspender novos pacotes de ajuda aos ucranianos. Ao mesmo tempo, acrescentou que "isso exigirá concessões
russas em termos de garantias de segurança".
No entanto, como lembram
historiadores, Hitler também ofereceu em 1938 ao então premiê britânico Neville
Chamberlain garantias semelhantes de que se contentaria com uma fatia da
Tchecoslováquia, antes de ocupar completamente o país e direcionar suas tropas
para outros alvos.
"Em comparação com as
concessões de Donald Trump a Vladimir Putin, até mesmo a política fatal de
apaziguamento de Neville Chamberlain em relação a Hitler parece um realismo
corajoso e baseado em princípios. Afinal de contas, Chamberlain, então
primeiro-ministro britânico, estava tentando evitar uma grande guerra na
Europa. A manobra de Trump, por outro lado, ocorre quando a guerra já está
em andamento”, apontou o historiador britânico Timothy Garton Ash, em artigo
publicado no semanário alemão Die Zeit.
<><> "A
traição de Munique"
Entre 1933 e 1938, o regime
nazista de Adolf Hitler adotou uma política rearmamento e de violação de
tratados assinados pela Alemanha na esteira da derrota na Primeira Guerra
Mundial. Vários desses passos, como a remilitarização da região ocidental alemã
da Renânia em 1936, e a anexação da vizinha Áustria em 1938, provocaram pouca
comoção entre a França e o Império Britânico.
Na segunda metade de 1938,
Hitler começou a voltar suas atenções para a região montanhosa dos Sudetos, uma
fatia da Tchecoslováquia com 3 milhões de habitantes, na maioria de etnia alemã, e que representava 25% do território do país. Sob Hitler, que via
a Tchecoslováquia como um estado "artificial" e
"fraudulento", a propaganda nazista começou a inundar a Alemanha,
denunciando que os alemães dos Sudetos estavam supostamente sofrendo
atrocidades nas mãos dos eslavos tchecoslovacos. Os nazistas então começaram a
deslocar tropas para a fronteira.
Criada em 1918, após o
colapso do Império Austro-Húngaro, a Tchecoslováquia era oficialmente aliada da
França e possuía relações amistosas com os britânicos. E a região dos Sudetos,
que estava na mira de Hitler, era peça primordial da estratégia de defesa
tchecoslovaca, possuindo uma rede reforçada de fortalezas e bunkers. O país
possuía ainda um dos parques industriais mais formidáveis da Europa.
No entanto, franceses e
britânicos decidiram não agir para defender a Tchecoslováquia. Diante das
ameaças de Hitler, o então premiê britânico Neville Chamberlain solicitou uma
reunião com o ditador, na esperança de que se encontrasse uma solução
diplomática para evitar a guerra. Uma série de encontros entre ambos se
sucedeu em setembro de 1939.
Historiadores apontam que
Chamberlain era motivado tanto pelo trauma da participação britânica na
Primeira Guerra Mundial, quando seu país perdeu mais de 800 mil soldados,
quanto pelo temor de que suas tropas ainda não estivessem prontas para um novo
conflito.
Os encontros culminaram numa
reunião final em Munique, na Baviera, com a assinatura de um acordo entre a
Alemanha nazista, a Itália fascista, a França e o Império Britânico. Em troca
de garantias de paz, Hitler recebeu sinal verde para anexar os Sudetos.
Em nenhum momento das
negociações os tchecoslovacos foram ouvidos. O mesmo ocorreu com a União
Soviética, que à época também era aliada da Tchecoslováquia. "Sobre a
gente, sem a gente”, dizia sobre Munique um slogan tchecoslovaco da época. Chamberlain
voltou a Londres no fim de setembro de 1938 afirmando que o acordo
garantia a "paz para o nosso tempo".
Houve alívio no Império
Britânico e na França de que os países teriam evitado se envolver numa guerra,
mas também surgiram críticas. As principais vieram de Winston Churchill, que
viria a suceder a Chamberlain como premiê em 1940, e que resumiria a
política de apaziguamento como um homem que "alimenta um crocodilo”
na esperança de que o animal "vá comê-lo por último".
Apesar do discurso triunfal
de Chamberlain, seria uma questão de poucos meses para os nazistas rasgarem
completamente o acordo. Horas após a assinatura, o próprio Hitler manifestou ao
seu círculo próximo que aquela seria a última vez em que aceitaria participar
desse tipo de conferência, e repetidamente expressou desprezo pelos esforços
franco-britânicos.
"Nossos inimigos são
homens abaixo da média, não são homens de ação, não são mestres. Eles são
pequenos vermes. Eu os vi em Munique", disse o ditador nazista em 1939 a
um grupo de generais.
No fim da primeira
quinzena de março de 1939, meros cinco meses após a conferência, Hitler
enterrou qualquer ilusão de que pretendia garantir o restante da integridade da
Tchecoslováquia, ao convocar o então presidente, Emil Hácha, e forçá-lo, num encontro
marcado por ameaças e intensa pressão, a aceitar a ocupação do restante do
território.
Sem as fortificações dos
Sudetos e abandonado pelas potências ocidentais, Hácha capitulou. As tropas
nazistas ocuparam sem luta o território em 16 de março. Boa parte do país foi
renomeado "Protetorado da Boêmia e da Morávia”, enquanto a fatia eslovaca
foi transformada num estado-cliente da Alemanha nazista e confiada a um grupo
de fascistas-católicos eslovacos.
Pouco menos de seis meses
depois, em setembro, Hitler, sem precisar se preocupar com uma ameaça militar
da Tchecoslováquia e com seu exército reforçado por armamentos produzidos pela
indústria pesada do novo território anexado, voltou seus olhos para a Polônia,
ordenando a invasão do país. Desta vez, no entanto, a França e o Império
Britânico reagiram. Era o início da Segunda Guerra Mundial, que só terminaria
em 1945, deixando mais de 50 milhões de mortos.
<><> Paralelos
Mais de 80 anos depois do
Pacto de Munique, o historiador americano Timothy Snyder apontou que, se a
Tchecoslováquia tivesse resistido em 1938 e recebido assistência dos franceses
e britânicos, o século 20 teria sido bem diferente.
"Se os tchecos
resistissem, e os franceses, os britânicos e talvez os americanos começassem a
ajudar, haveria um conflito, mas não haveria uma Segunda Guerra Mundial”, disse
o historiador em entrevista ao jornal The
Guardian em 2024. "Em vez disso, quando a Alemanha
invadiu a Polônia em 1939, ela estava invadindo a Polônia com a indústria de
armamentos tcheca, que era a melhor do mundo. Estava invadindo com soldados
eslovacos. Estava invadindo a partir de uma posição geográfica que só
conquistara por haver destruído a Tchecoslováquia.”
Snyder traçou ainda
paralelos com a situação atual da Ucrânia: "Se os ucranianos desistirem,
ou se nós desistirmos da Ucrânia, então será a Rússia fazendo guerra no futuro.
Será a Rússia fazendo guerra com tecnologia ucraniana, numa posição geográfica
diferente. Nesse ponto, estaremos em 1939. [Mas] estamos em 1938 agora. Na
verdade, o que os ucranianos estão nos permitindo fazer é estender 1938."
¨ Ajuda à
Ucrânia coloca Europa diante de encruzilhada
Trata-se de um "momento
único" para a segurança da Europa, enfatizou o primeiro-ministro
britânico, Keir Starmer, ao iniciar
uma cúpula informal no
palacete Lancaster House, em Londres.
À esquerda dele estava o
presidente francês, Emmanuel Macron; à direita, o ucraniano, Volodimir
Zelenski. Também presentes estavam chefes de Estado e de governo europeus, os
principais representantes da União Europeia (UE), o secretário-geral da Otan,
Mark Rutte, o ministro do Exterior da Turquia, Hakan Fidan, e o
primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau. Todos estavam cientes da gravidade
da situação.
A cúpula de domingo já
estava marcada mesmo antes do desentendimento público entre
o presidente dos EUA, Donald Trump, e Zelenski, na sexta-feira anterior.
Em reação ao bate-boca, muitos
chefes de Estado e de governo europeus garantiram sua solidariedade à Ucrânia.
Na cúpula em Londres, eles discutiram o que isso significará na prática.
<><> Mais ajuda
militar à Ucrânia
O importante é colocar a
Ucrânia na posição mais forte possível, destacaram. Starmer enfatizou após a
reunião que nada muda no apoio militar à Ucrânia e na pressão econômica sobre a
Rússia. Ele anunciou que disponibilizará ao país agredido 1,6 bilhão de libras
(R$ 12 bilhões) para a compra de mais de 5 mil mísseis antiaéreos fabricados no
Reino Unido. Na véspera, o país assinara um empréstimo de 2,2 bilhões de
libras para a Ucrânia, garantido por fundos russos congelados.
Os líderes reunidos também
destacaram que é necessário garantir que a Ucrânia seja capaz de se defender no
longo prazo, mesmo depois da paz. Ou, nas palavras da presidente da Comissão
Europeia, Ursula von der Leyen: a nação deve se tornar um "porco-espinho
de aço indigesto para potenciais agressores".
Para o chanceler federal
alemão, Olaf Scholz, um fator-chave para a paz na Ucrânia é a capacidade de
defesa do país e a existência de um exército forte. "Ele terá que
permanecer grande mesmo em tempos de paz – muito além do potencial econômico da
Ucrânia." Além disso, demandas russas, como a instalação de um
governo pró-Rússia ou a desmilitarização da Ucrânia, não devem ser atendidas.
<><> Uma
"coalizão dos dispostos"
Já antes da reunião, Starmer
anunciara na BBC que estava trabalhando com a França para, juntamente com mais
um ou dois outros países, elaborar um plano com a Ucrânia para acabar com os
combates. Esse plano deveria depois ser levado aos EUA. Segundo o premiê
britânico, as tratativas estariam "no caminho certo".
Também foi acordado que o
plano de paz, qualquer que seja, deve garantir a soberania e a segurança da
Ucrânia. E os ucranianos devem participar das negociações. Uma "coalizão
dos dispostos" deverá garantir a manutenção da paz, e a reunião de domingo
teve por objetivo unir os demais países em torno disso, observou Starmer.
Reino Unido e França se
declararam publicamente dispostos a enviar tropas à Ucrânia para garantir
um possível acordo de paz. Segundo o primeiro-ministro britânico, outros países
também demonstraram disposição, mas cabe a cada governo falar publicamente
sobre isso.
<><> Nada é
possível sem os EUA
No entanto, também ficou
claro que nada disso é possível sem a ajuda dos Estados Unidos. Starmer
defendeu que a Europa assuma a maior parte do fardo, mas, para serem
bem-sucedidos, esses esforços precisam do forte apoio americano.
Em especial, trabalha-se com
os EUA para garantir um acordo de paz. A ideia de um "backstop" – ou seja, de uma
intervenção dos americanos em caso de emergência – está sendo discutida, disse
o premiê britânico. Trump ainda não se posicionou sobre a questão.
A defesa europeia também
depende fundamentalmente da cooperação com os Estados Unidos em outras áreas,
como logística e informações de inteligência. O chanceler federal alemão
enfatizou que a reunião foi "muito boa" e que todos concordaram que a
cooperação transatlântica continuará sendo importante também no futuro.
Ainda não está claro, para
os participantes, como o relacionamento entre a Ucrânia e os EUA pode ser
reatado após o desentendimento mais recente. Antes da reunião, o
secretário-geral da Otan declarou à BBC que pedira a Zelenski uma
maneira de restaurar as relações com Trump. A primeira-ministra italiana,
Giorgia Meloni, propôs uma cúpula entre os EUA e os europeus, mas até a noite
de domingo não havia mais notícias a esse respeito.
<><> Também a
Europa precisa se armar
Após a reunião, Von der
Leyen, declarou que na próxima cúpula da UE, em 6 de março, pretende
apresentar,um plano sobre como rearmar a Europa, o que classificou como uma
necessidade urgente.
Há uma discussão dentro da
UE sobre como financiar esse rearmamento em tempos de orçamentos apertados. O
valor que já está sobre a mesa há algum tempo é de 500 bilhões de euros para os
próximos dez anos. Os países-membros precisam de um espaço de manobra fiscal
maior, enfatizou Von der Leyen. Semanas atrás, na Conferência de Segurança de
Munique, ela já havia defendido flexibilizar as regras de endividamento da
UE para elevar os gastos militares.
Scholz lembrou que também a
ajuda de longo prazo à Ucrânia seria custosa para os europeus e representaria
"desafios significativos" aos orçamentos.
Starmer concluiu anunciando
que os líderes voltarão a se encontrar dentro de algumas semanas. Segundo ele,
a Europa está numa encruzilhada histórica: "Este não é um momento
para mais palavras. É hora de agir. É hora de dar um passo à frente, liderar e
se unir em torno de um novo plano para uma paz justa e duradoura."
¨ Professor analisa impacto da suspensão
da ajuda militar dos EUA à Ucrânia
A interrupção da ajuda militar
dos Estados Unidos à Ucrânia, anunciada por Donald Trump, marca uma
mudança significativa na política externa americana e pode ter profundas
implicações geopolíticas globais.
Segundo o professor de história dos EUA na Universidade
Estadual de São Paulo (Unesp), Marcos Sorrilha, essa decisão vai além de uma
simples estratégia de negociação. “Há de fato uma alteração na visão
geopolítica norte-americana que vem sendo desenhada pelo menos desde os anos
Reagan”, afirma Sorrilha.
O especialista argumenta que essa nova interpretação da política externa do governo
Trump contrasta
com a postura dos EUA como “polícia do mundo” adotada nas últimas décadas.
Agora, o foco parece estar voltando para o que eles chamam de “próprio
continente”, priorizando questões como o combate à China no Pacífico e a
imigração na fronteira sul.
<><> Impacto na OTAN e na Europa
A decisão americana levanta questões sobre o futuro
da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN).
Sorrilha avalia que, embora seja prematuro falar em um “atestado de óbito” para
a aliança, é evidente que há um enfraquecimento. “É um sinal de que a Europa
deve buscar caminhos próprios para pensar a sua própria defesa e a construção
de alianças internas”, explica.
O professor alerta para possíveis consequências dessa
mudança de postura dos EUA: “Não apenas teremos um avanço do armamento e do
investimento em armas crescendo ao redor do mundo, mas também a ampliação da
participação dos países das potências mundiais não apenas no campo da
influência financeira, mas também com presença de soldados no chão”.
<><> Reações das potências mundiais
Sorrilha destaca que essa nova abordagem dos EUA pode
ser interpretada por outras potências, como Rússia e China, como um sinal verde
para proteger seus próprios campos de
influência.
Isso poderia levar a um cenário de maior instabilidade global e potenciais
conflitos regionais.
O especialista ressalta a importância do discurso do
Estado da União, que Trump fará em breve, como um momento crucial para entender
melhor as intenções da política externa americana. “Podemos ficar de olho sim
na televisão porque muito provavelmente esse discurso vai ser impactante“, conclui
Sorrilha.
Fonte: DW Brasil/CNN
Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário