Produzir
vacinas é ter mais segurança na saúde, diz VP da Sinovac
A
empresa farmacêutica Sinovac busca expandir e fortalecer a capacidade
produtiva de vacinas em território brasileiro para o combate de crises
sanitárias. A iniciativa surgiu após a emergência causada pela pandemia da
Covid-19. Na época, a empresa chegou a fornecer cerca de 100 milhões de doses
da CoronaVac para o país nos meses críticos da doença.
No
Brasil, em visita à CNN, o vice-presidente da companhia para a América
Latina, Weining Meng, evidenciou que a maior produção de vacinas no
país significa ter mais segurança
sanitária.
“Durante
a pandemia, percebemos que a indústria de vacinas não é apenas
uma indústria normal. Ela também significa segurança na saúde. Isso
quer dizer que a indústria local de vacinas é crucial para a próxima pandemia.
A partir daí, vemos que todos os países têm essa vontade, e também queremos tornar
a localização do nosso produto como algo regional. Dessa forma, estamos muito
confiantes e otimistas de que a produção se torne localizada”, afirmou Meng em
entrevista à CNN.
O
maior foco no Brasil chega após atuações bem-sucedidas da Sinovac em outras
regiões, como a Turquia e a Colômbia, locais onde reduziu a dependência de
importações expandindo a capacidade produtiva do país. Segundo o representante
da companhia, com o investimento, “podemos fazer mais pesquisas e estudos para
finalmente desenvolver um bom produto e trazer mais benefícios para a população
local”.
“A
América Latina é uma prioridade estratégica para a Sinovac. Nossa experiência durante
a pandemia reforçou
a necessidade de investimentos contínuos para garantir que países da região
tenham acesso rápido e seguro a vacinas”, explicou Meng.
O
vice-presidente também explicou mais sobre o plano de expansão da produção de
vacinas.
“Durante
a pandemia tivemos a capacidade de construir uma capacidade de produção muito
lógica. Estamos dispostos a colaborar com nosso parceiro aqui [Butantan].
Podemos trazer nossos outros parceiros para construir rapidamente as
instalações de produção, temos experiência para produzir em grande escala,
trabalhando em conjunto com um parceiro local”, ressaltou ele.
“Com
isso, então, podemos construir e terminar rapidamente e também realizar a
transferência técnica com agilidade. Normalmente, falamos sobre a transferência
tecnológica da vacina normalmente em 10 anos, mas estamos muito confiantes em
encurtar esse período. Por exemplo, na Turquia, concluímos toda a estrutura de
produção em 14 meses. Estamos muito confiantes nisso. Ao encurtar o período de
construção e o período técnico, podemos estimar uns cinco, seis ou sete anos e
realmente fazer a vacina ser produzida localmente aqui.”
A
Sinovac já estabeleceu parcerias para transferência de tecnologia ao Brasil e
segue negociando novas colaborações no Brasil, incluindo sua participação no
processo de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Instituto de
Tecnologia do Paraná (Tecpar), um instituto público brasileiro.
“Este
não é apenas um projeto. Até mesmo a colaboração com o Tecpar, trabalhando
juntos. Depois disso, podemos trazer mais vacinas, mais produção, para expandir
o escopo. Podemos colaborar com nossos parceiros para fazer pesquisas locais
estudos com animais… esses também precisam de mais investimentos”, contou.
“Tenho
uma forte consciência de que o Brasil é um grande país, grande população, já
tem condições muito boas para indústrias farmacêuticas. Queremos trabalhar em
conjunto com institutos públicos e privados. Também estamos dispostos a
trabalhar em conjunto com a Anvisa. Finalmente, faça uma boa preparação para a
próxima pandemia”, concluiu Meng.
¨
VP da Sinovac: “Trabalhamos para encurtar período de
produção de vacinas”
A Sinovac,
empresa chinesa responsável por fornecer a vacina Coronavac contra a Covid-19
para o Brasil durante a pandemia, quer fortalecer sua presença no Brasil e
investir na produção local de vacinas em nosso país.
Em
entrevista à CNN durante visita ao Brasil, o vice-presidente da
companhia para a América Latina, Weining Meng, destacou o interesse da
empresa em diminuir o tempo de transferência de tecnologia para acelerar o
processo de produzir vacinas localmente.
“Temos
muita experiência, e também podemos trazer nossos outros parceiros para
construir rapidamente as instalações de produção. E também já temos muita
experiência em produzir em grande escala, o ‘know-how’ tecnológico, trabalhando
em conjunto com um parceiro local”, disse Meng, relembrando o trabalho em
conjunto com o Instituto Butantan durante a pandemia.
A Coronavac, primeira vacina contra o novo coronavírus aprovada
pela Anvisa durante a pandemia, foi produzida pelo Instituto Butantan em
parceria com o laboratório chinês Sinovac.
“Então,
podemos construir rapidamente, terminar rapidamente a construção e fazer
rapidamente a transferência de tecnologia”, acrescentou. “Normalmente, a
transferência de tecnologia da vacina demora 10 anos, mas estamos muito
confiantes em encurtar esse período.”
A
empresa já obteve sucesso em diminuir esse prazo em outros países. Utilizando
esse mesmo modelo de transferência tecnológica, a Sinovac concluiu o processo
de construir uma fábrica e obter certificação regulatória na Turquia em apenas
14 meses.
“Ao
diminuir o período de construção e o período [de transferência] tecnológica,
podemos encurtar o prazo para talvez 5, 6, ou 7 anos, e realmente começar a
produzir a vacina localmente aqui”, acrescentou Meng.
A
Sinovac anunciou, em junho do ano passado, a intenção de investir US$ 100
milhões em pesquisa, desenvolvimento e produção local no Brasil. A empresa já
possui um acordo em andamento com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar),
mas também busca colaborar e estabelecer outras parcerias com instituições
públicas e privadas.
“Tenho
uma consciência muito forte de que o Brasil é um grande país, com uma grande
população, que já tem condições muito boas para indústrias farmacêuticas.
Queremos trabalhar em conjunto com institutos públicos e privados. Também
estamos dispostos a trabalhar em conjunto com a Anvisa. Finalmente, fazer uma
boa preparação para a próxima
pandemia“,
disse Weng.
Fonte:
CNN Brasil

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