Flopou:
manifestação convocada por Bolsonaro para Copacabana esvaziada
Passados 30 minutos das 10h, horário em
que foi agendado o ato Anistia Já em Copacabana, a transmissão oficial da
manifestação, no canal do pastor Silas Malafaia no Youtube, estava fechada e
não chegou a divulgar, sequer, a chegada de Jair Bolsonaro ao local. O ato
começou por volta das 10h40, quando a transmissão foi aberta.
Malafaia comunicou que a live, direto de
Copacabana, seria aberta às 9h45 para acompanhar a chegada das autoridades. No
entanto, a chegada do ex-presidente foi mostrada por outros canais da
ultradireita neofascista na rede, que revelaram que a manifestação estava
esvaziada no momento em que ela deveria estar começando.
Nem mesmo integrantes do clã Bolsonaro estão
no ato. Michelle Bolsonaro (PL) não compareceu alegando que precisa de repouso
em razão de um procedimento estético. O filho "02", Eduardo Bolsonaro
(PL-SP) também não foi pois se encontra nos EUA - e teme ter o passaporte
cassado caso volte ao país.
Outras figuras proeminentes do bolsonarismo,
como Pablo Marçal (PRTB), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Carol de Toni (PL-SC)
não foram à manifestação.
As imagens transmitidas por outros canais no
Youtube comprovam que o maior medo de Bolsonaro se concretizou: o ato flopou.
O ex-presidente tinha receio de não conseguir
reunir cerca de 400 mil apoiadores no local, número que, segundo ele, seria
suficiente para fazer uma "fotografia" para mostrar ao mundo que ele
vem sofrendo "perseguição" da "ditadura do judiciário".
Imagens aéreas mostram que os manifestantes
não lotaram sequer três quadras de Copacabana e se concentram em torno do trio
elétrico reservado aos discursos. Mesmo no entorno do veículo, é possível ver
vários espaços vazios em meio aos manifestantes.
¨
No ápice, ato com
Bolsonaro em Copacabana teve 18,3 mil pessoas, diz levantamento de
pesquisadores da USP
No ápice, o ato em Copacabana, convocado pelo
ex-presidente Jair Bolsonaro e que pediu a anistia
para os presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro, na manhã deste domingo, teve 18,3 mil pessoas, segundo
pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP).
A estimativa da equipe do Monitor do Debate
Político no Meio Digital refere-se ao público presente ao ato às 12h, foi
produzida com fotos aéreas analisadas com software de inteligência artificial.
A manifestação interditou o trecho da Avenida
Atlântica entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira.
O protesto aconteceu uma semana antes de o
Supremo Tribunal Federal julgar denúncia da Procuradoria-Geral da República que
pode tornar Bolsonaro réu.
Na manifestação de
7 de setembro de 2022, também na Praia de Copacabana, estiveram
presentes 64,6 mil pessoas, segundo estimativa do Monitor do Debate Político.
<><> Como o cálculo foi feito
Foram tiradas 66 fotos da Praia de Copacabana
em quatro horário diferentes: 10h, 10h40, 11h30 e 12h. Dessas, 6 fotos foram
tiradas às 12h, momento de pico da manifestação. As imagens cobriam toda a
extensão da manifestação, sem sobreposição.
Para o cálculo, foi utilizado o método Point
to Point Network (P2PNet), que identifica cabeças e estima a quantidade de
pessoas em uma imagem.
O método tem precisão de 72,9% e acurácia de
69,5% na identificação de cada indivíduo. Na contagem de público, o erro
percentual absoluto médio é de 12% para mais ou para menos para imagens aéreas
com mais de 500 pessoas.
¨
Ato pró-Bolsonaro em
Lisboa reúne 25 pessoas
Um fiasco. Essa é a palavra que define o tal
ato convocado por Jair Bolsonaro (PL) “em várias cidades do mundo” e que também
foi realizado em Lisboa, capital de Portugal. O país europeu, que um dia
colonizou o Brasil, com quem mantém laços eternos, abriga a segunda maior
comunidade de brasileiros no mundo: aproximadamente 600 mil imigrantes. Mas
extremistas dispostos a defender os golpistas do 8 de janeiro e saudar o líder
do levante frustrado que está prestes a ir para a cadeia, esses eram aproximadamente
25.
No Terreiro do Paço, ponto nevrálgico do
turismo e principal cartão postal fotográfico da capital portuguesa, o minguado
e vergonhoso grupo se concentrou numa das faces do monumento ao Marquês de
Pombal. Os gritos eram os de sempre, eivados de motes de extrema direita e
saudando um “patriotismo” enviesado. Se juntasse todos, bem apertados, caberiam
em duas Kombis. Havia pelo menos sete restaurantes nos arredores da grande
praça que tinham mais clientes em suas esplanadas do que o contingente bolsonarista
que clamava por perdão a criminosos condenados pelo STF.
Bandeiras do Brasil Império, uma excrescência
que beira os limites do humor, também estavam lá. O grupo de
ultrarradicalizados brasileiros era composto por alguns homens de meia idade,
idosos e algumas mulheres aparentemente com pouco mais de 30 anos. Havia
crianças também, que pareciam não entender muito bem o que se passava. Muitos
portugueses e brasileiros, além de turistas de várias nacionalidades, tendo
consciência do que representava o ato, e suas reivindicações, riam de
constrangimento ou faziam cochichos seguidos de gargalhadas. O clima era de
vergonha alheia e de desprezo.
Com o clima frio desta tarde de sábado (15)
de fim de inverno, em que pancadas de chuva repentinas se sucedem por longos
período, a “tropa” do “capitão” golpista não permaneceu por muito tempo fazendo
o papel risível e de dispersou totalmente antes de cair a noite.
¨
Malafaia surta, chama
Moraes de "criminoso" e mente sobre ministro para incitar extremistas
Organizador do ato "pela anistia"
em Copacabana neste domingo (16), Silas Malafaia assumiu o papel de atacar
frontalmente Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao dizer
logo no início de seu discurso que iria "provar" que o ministro é um "criminoso".
"O ministro Alexandre de Moraes é um
criminoso", gritou Malafaia, incitando os apoiadores.
No entanto, as "provas" prometidas
pelo pastor midiático não passaram de um amontoado de narrativas propagadas em
grupos bolsonaristas, sem quaisquer relação com a realidade.
Malafaia começou afirmando que "o
inquérito da fake News é ilegal e imoral pois não tem a participação do
Ministério Público".
A mentira de Malafaia é tão deslavada que a
Procuradoria-Geral da República (PGR) acompanha a investigação, feita pela
Polícia Federal (PF), desde o início e em 14 de agosto de 2024 se manifestou
justamente sobre a relatoria do processo, a cargo de Moraes.
"O procurador-geral da República, Paulo
Gonet, manifestou apoio à atuação do ministro Alexandre de Moraes na condução
dos Inquéritos nº 4.781 (fake news) e n° 4.874 (milícias digitais). As duas
investigações apuram condutas como veiculação de notícias falsas em redes
sociais, incitação a golpe de Estado e a atos antidemocráticos, a existência de
milícias digitais antidemocráticas e seu financiamento, além do discurso de
ódio e ameaças contra instituições e seus agentes, entre elas o próprio STF. Os
inquéritos contam com o trabalho da Polícia Federal e são acompanhados pela
Procuradoria-Geral da República (PGR)", diz o texto, que pode ser
consultado no site
oficial da PGR.
Em seguida, ao listar o que classificou como
"sequencia de crimes desse ditador", em relação a Moraes, Malafaia
citou a negativa da justiça espanhola pela extradição do blogueiro Oswaldo
Eustáquio e, de forma inacreditável, diz que o tenente-coronel Mauro Cid,
delato do esquema, foi "torturado" pelo ministro relator.
"O Brasil viu o que Alexandre de Moraes
fez com o coronel Cid: 'eu tenho uma ordem de prisão contra você, olha se você
não atender o que a gente está falando, a tua família, tua mulher, tua filha,
nós vamos continuar o processo'", disse Malafaia.
"Presidente Bolsonaro ele rasga leis de
tratados internacionais no Brasil. A convenção da ONU contra a tortura: não se
pode aceitar ameaça de ninguém em processo judicial", disse ele ao
ex-presidente, admirador confesso da tortura durante a Ditadura Militar.
Malafaia ainda repetiu a narrativa
bolsonarista de que não houve tentativa de golpe. Um dos motivos listados pelo
pastor foi de que Lula estava em Araraquara no 8 de janeiro e por isso não
poderia sofrer um golpe.
Em seguida, após ecoar a ladainha
neofascista, Malafaia repetiu Bolsonaro e disse o ex-presidente estava na
"Disney" e por isso não participou do golpe.
"Como é que Jair Messias Bolsonaro é
colocado num inquérito de golpe e ele estava nos EUA com Pato Donald, Mickey,
Tio Patinhas. Bolsonaro estava na América e eu pergunto a Alexandre de Moraes e
à PF: onde estão as conexões", afirmou, ignorando as mais de 3 mil páginas
do anexo do inquérito, que mostra as provas de que Bolsonaro comandou a
quadrilha golpista - e por isso fugiu para os EUA.
¨
Michelle não comparece a
ato de Bolsonaro no Rio
Michelle Bolsonaro ficou de fora do ato organizado
pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL). A decisão foi tomada por orientação médica,
pois ela segue em recuperação após uma cirurgia estética realizada há duas
semanas. Com data marcada para amanhã (16), o "ato" de
apoiadores de Bolsonaro no Rio de Janeiro vai reunir aliados políticos, entre
eles o governador de São Paulo, Tarcísio de
Freitas (Republicanos).
Outros políticos de direita não devem
comparecer ao ato. Pablo Marçal
(PRTB), que disputou a prefeitura de São Paulo no
ano passado, já confirmou que não irá. Em 2024, sua presença em uma
manifestação na Paulista foi marcada por uma polêmica: ele afirmou ter sido
barrado no trio elétrico, enquanto o organizador, pastor Silas Malafaia,
disse que o atraso foi o motivo do impasse.
Entre os governadores, Ratinho Júnior
(PSD), do Paraná, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, não
participarão. A presença de Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, ainda é
incerta. Valdemar Costa Neto reaparecerá ao lado de Bolsonaro.
Esse é o primeiro ato desde a denúncia ao
STF. O ex-presidente, acusado pela PGR de tentativa de golpe de Estado, está
reunindo apoiadores e também movimenta a "anistia" aos presos pelos
atos de 8 de Janeiro.
Quem esteve presente:
- Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
- Valdemar Costa Neto (PL)
- Pastor Silas Malafaia
- Senador Flávio Bolsonaro (PL)
- Senador Magno Malta (PL)
- Senador Portinho (PL)
- Senador Rogério Marinho (PL)
- Senador Bagatoli (PL)
- Senador Izalci Lucas (PL)
- Senador Wilder (PL)
- Senador Wellington Fagundes (PL)
- Senador Cleitinho (Republicanos)
- Deputado Eduardo Bolsonaro (PL)
- Deputado Marcio Alvino (PL)
- Deputado Nikolas Ferreira (PL)
- Deputado Altineu Cortês (PL)
- Deputado Sostenes Cavalcante (PL)
- Deputado Gustavo Gayer (PL)
- Deputado Coronel Zucco (PL)
- Deputado Hélio Lopez (PL)
- Deputado Rodrigo Valadares (União
Brasil)
- Deputado estadual Anderson Moraes (PL)
- Deputado estadual Gualberto (PL)
- Presidente da Alesp, André do Prado (PL)
- Deputada Chris Tonietto (PL)
- Vereador Carlos Bolsonaro (PL)
- Vereadora Priscila Costa (PL)
- Viúva do Clezão, com 2 filhas
- Prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL)
- Deputado distrital Thiago Manzoni (PL)
- Deputado federal Capitão Alberto Neto
(PL)
- Deputado federal Carlos Jordy (PL)
- Deputado federal Rodolfo Nogueira (PL)
- Deputado federal Bibo Nunes (PL)
- Deputado federal Maurício do Vôlei (PL)
- Deputado estadual João Henrique (PL)
- Deputado federal Alan Garcez (PP)
- Deputado estadual Carmelo (PL)
- Vereadora Bella Carmelo (PL)
- Deputado estadual Caporezzo (PL)
- Deputado estadual Rogério Barra (PL)
- Deputado federal Delegado Éder
Mauro (PL)
- Deputado federal Adilson Barroso (PL)
- Delegado federal Delegado Caveira (PL)
- Deputado federal Cherini (PL)
- Deputado federal Paulo Bylinsky (PL)
- Deputado federal Evair de Melo (PP)
- Ex-ministro João Roma (PL)
- Ex-ministro Marcelo Queiroga (PL)
- Deputado federal Cabo Gilberto Silva
(PL)
- Deputado federal Maurício Carvalho
(União Brasil)
- Deputado federal Capitão Alden (PL)
- Deputado federal Sargento Fahur (PSD)
- Deputado federal David Soares (União
Brasil)
- Deputado federal Coronel Chrisostomo
(PL)
- Deputado federal Reinold Stephanes (PSD)
- Deputado federal Sanderson (PL)
- Deputado federal Roberto Monteiro (PL)
- Deputado federal General Girão (PL)
- Deputado federal Junio Amaral (PL)
- Deputado federal André Fernandes (PL)
- Deputado federal SGT Gonçalves (PL)
- Deputado federal Gilvan da Federal (PL)
- Deputado federal Pastor Jaziel (PL)
- Deputado federal General Pazuello (PL)
- Deputado federal Pastor Eurico (PL)
- Deputado federal Mário Frias (PL)
- Deputado federal José Medeiros (PL)
- Deputada federal Carol de Toni (PL)
- Deputado federal Luiz Lima (PL)
- Deputado federal Filipe Barros (PL)
- Deputado federal Alexandre Ramagem (PL)
- Vereadora Moana Valadares (PL)
- Padre Kelmon (PL)
Fonte: Fórum

Nenhum comentário:
Postar um comentário