Água tônica faz mal ou bem? Nutricionista
responde
A água tônica é muito utilizada em coquetéis
com e sem álcool, além de ser considerada, por muitas pessoas, uma alternativa
“saudável” aos refrigerantes. Mas será que isso é verdade? Existe algum
benefício à saúde em tomar a bebida?
De acordo com Joyce Chiereato, nutricionista
e professora do curso de Nutrição da Universidade de Franca (Unifran), apesar
do nome, a água tônica nada mais é do que um refrigerante feito com água
mineral, açúcar, gás e quinino.
“Não podemos dizer que seja mais saudável,
mas apresenta um valor calórico inferior aos refrigerantes comuns, muito
utilizado na preparação de bebidas como coquetéis, especialmente o gin”, afirma
à CNN.
<><> Mas e o quinino? Faz bem
para a saúde?
Originalmente, a água tônica foi desenvolvida
com propósitos medicinais devido ao seu conteúdo de quinino, usado para
prevenir e tratar a malária. O quinino é um composto químico de gosto amargo
que possui funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas. Ele é extraído da
casca de uma planta chamada Cinchona.
De acordo com Chiereato, o quinino traz
alguns benefícios à saúde. Além de ter sido usada no tratamento da malária, no
passado, o cloridrato de quinina pode:
• Ajudar
na circulação e tratar vertigens, como labirintite e síndrome de Ménière;
• Fortalecer
o cabelo ao estimular os folículos capilares e as raízes do cabelo, ajudando no
combate à queda de cabelo;
• Melhorar
a digestão, estimulando a produção de saliva;
• Aliviar
queimações, náuseas e sensações desagradáveis de peso no estômago;
• Desintoxicar
o corpo, ajudando na eliminação de toxinas;
• cicatrizar
e regenerar a pele, neutralizando radicais livres responsáveis pela oxidação
das células.
No entanto, o consumo de água tônica deve ser
feito com moderação, mesmo se tratando de uma bebida com baixa caloria. “O
consumo excessivo pode ocasionar alguns problemas de saúde, como ganho de peso,
aumento da pressão arterial e reações alérgicas. É importante lembrar que pacientes
diabéticos, gestantes, lactentes, crianças e pessoas com sensibilidade ao
quinino devem evitar o consumo”, alerta Chiereato.
Para acrescentar a água tônica em uma dieta
equilibrada e saudável, a especialista orienta optar por versões sem açúcar.
“Por exemplo, uma lata tradicional tem aproximadamente 130 calorias, enquanto a
zero possui apenas 34 calorias”, completa.
• Bebida
e barra de proteína são saudáveis? Estudo responde
Alimentos proteicos, como bebidas, iogurtes e
barras de proteína, são cada vez mais considerados opções práticas para
refeições intermediárias, como lanche da manhã ou da tarde. Frequentemente,
esses produtos são vendidos como opções saudáveis de “snacks” para o dia a dia,
mas um novo estudo mostrou que isso pode não ser verdade.
O trabalho, publicado neste mês na revista
científica Nutrients, analisou o conteúdo e a salubridade de alimentos
proteicos. Para isso, os pesquisadores avaliaram 4.325 alimentos processados de
12 tipos diferentes. Cerca de 13% deles exibiram alegações de proteína em suas
embalagens.
A maior proporção de alimentos considerados
proteicos foi observada entre produtos de carne à base de plantas (68,2%),
seguidos por barras (35,3%) e substitutos de sobremesas de iogurte ou
laticínios (21,3%).
Além disso, aproximadamente 60,4% dos
alimentos analisados tinham proteínas fortificadas, com a maior taxa sendo
observada em barras e carnes à base de plantas (90%). Por outro lado,
substitutos do leite e substitutos do iogurte ou sobremesas lácteas
apresentaram as menores taxas de fortificação (7,9% e 3,3%, respectivamente).
Proteínas vegetais foram adicionadas com mais
frequência a itens fortificados (41,7%) do que proteínas animais (25,9%). A
proteína vegetal mais comumente adicionada foi o glúten, seguido por proteínas
do leite e da soja.
<><> Produtos proteicos foram
considerados “menos saudáveis”
O estudo avaliou a qualidade nutricional dos
alimentos considerados proteicos com base em um modelo de perfil nutricional
desenvolvido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), da Organização
Mundial da Saúde (OMS).
O trabalho revelou que cerca de 90,8% dos
alimentos proteicos são classificados como “menos saudáveis” e mais de 50% têm
alto teor de gordura e sódio. Além disso, um em cada quatro itens tinha alto
teor de açúcar livre e gordura saturada, e um em cada cinco itens tinha
adoçantes.
Para somar, ao serem comparados com alimentos
sem alegações de proteína, alimentos proteicos apresentaram 17% mais itens
“menos saudáveis”. As proporções de alimentos com altas quantidades de gordura,
sódio ou adoçantes também foram maiores entre os alimentos com proteína.
Por outro lado, as proporções de alimentos
com altas quantidades de açúcar livre ou gordura saturada foram menores entre
os itens alimentares com alegações de proteína.
Diante dos achados, os autores do estudo
consideram o consumo de alimentos proteicos “representa um risco adicional à
nossa saúde que nunca deve ser justificado pela presença de proteína extra”.
“Isso é particularmente sério porque os consumidores muitas vezes não estão
cientes desse risco e, em vez disso, percebem esses alimentos como saudáveis”,
afirmam.
Além disso, os pesquisadores orientam que os
consumidores verifiquem a declaração nutricional e a lista de ingredientes dos
alimentos proteicos para fazer escolhas saudáveis.
Fonte: CNN Brasil

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