A estratégia norte-americana de “destruição
inovadora”
Ao se completarem dois meses da nova
administração americana, o histrionismo de Donald Trump e a perplexidade dos
europeus criam uma impressão duplamente falsa com relação à Guerra da Ucrânia.
Por um lado, o presidente americano se comporta como se os EUA fossem o “país
ganhador”, exigindo uma “reparação de guerra” do país derrotado, a Ucrânia, que
foi seu grande aliado até anteontem.
Por outro, os europeus, em estado de pânico,
atribuem à traição de Trump e à sua decisão de acabar com a guerra, a
responsabilidade por sua divisão e derrota eminente. Como se fosse possível
fazer, desfazer e refazer a história real através apenas da manipulação de
“narrativas” que são inventadas e repetidas incansavelmente pelas potências que
se acostumaram a controlar o “imaginário coletivo” do sistema mundial.
Na verdade, o que estamos assistindo é o
reconhecimento norte-americano de um fato consumado: a vitória da Rússia no
campo de batalha contra as tropas da Ucrânia, e contra os armamentos da OTAN,
mesmo que durem ainda a resistência e os ataques pontuais dos ucranianos. Neste
momento, os EUA estão exigindo que seus vassalos se rendam, na forma inicial de
um “cessar-fogo”, mas na verdade se trata de uma vitória russa sobre os
próprios EUA, que forneceram a maior parte do equipamento bélico, base
logística, apoio de inteligência, e financiamento, que permitiram aos
ucranianos resistirem durante três anos, promovendo uma escalada militar que
chegou às portas de uma guerra atômica, no final do governo de Joe Biden.
Neste momento, a situação ainda está muito
confusa, mas mesmo assim já é possível reconstruir os caminhos e principais
passos que levaram a essa guerra. Uma história que começou em 1941, com a
assinatura da Carta do Atlântico, pelo presidente americano, Franklin Delano
Roosevelt, e pelo primeiro-ministro britânico, Winston Churchill, em
Newfoundland, nas cercanias do Canadá. Carta Atlântica que se transformou na
“pedra fundamental” da “aliança estratégica” entre EUA e Grã-Bretanha (GB), que
foi vitoriosa na Segunda Guerra Mundial, e que foi em seguida sacramentada pelo
bombardeio atômico norte-americano das cidades japonesas de Hiroshima e
Nagasaki. Uma aliança inquebrantável que durou 80 anos e que esteve na origem
do projeto globalista de construção de um mundo unificado e tutelado pelos
anglo-saxões, seguindo as regras e valores da “civilização ocidental”.
Esse projeto anglo-saxônico mudou de rumo,
entretanto, depois do discurso de Winston Churchill, em Fulton, Missouri, EUA,
em março de 1946, quando o ex-primeiro-ministro britânico propôs aos seus
aliados norte-americanos a construção de uma barreira de contenção militar –
que ele chamou de “cortina de ferro” – separando o “mundo ocidental” da zona de
influência comunista da União Soviética. Uma política inglesa, de demonização e
confronto permanente com a Rússia, que foi formulada pela primeira vez logo após
o Congresso de Viena, em 1815, um século antes da Revolução Soviética.
A grande novidade desta proposta, portanto,
foi o convencimento e mobilização do governo norteamericano de Harry Truman a
favor dessa estratégia que deu início à Guerra Fria, em 1947, seguida pela
formação de um bloco dos países do Atlântico Norte, consagrado pela criação da
OTAN, em 1949, e pela inauguração da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, em
1951, embrião da União Europeia, que viria a ser formalizada em 1993.
Quarenta anos depois, no momento da queda do
Muro de Berlim, em 1989, e da dissolução da União Soviética, em 1993, as duas
grandes potências anglo-saxãs voltaram ao seu projeto de 1941. Foi quando se
falou em “fim da história” e da vitória definitiva da democracia e do
capitalismo liberal e anglo-saxônico, sobretudo depois da arrasadora vitória
militar dos EUA na Guerra do Golfo, de 1991/2, quando os americanos expuseram
ao mundo sua nova tecnologia de guerra teledirigida, equivalente às bombas de
Hiroshima e Nagasaki, do ponto de vista do impacto sobre o sistema mundial.
A partir de então, os EUA se desfizeram do
seu compromisso com as Nações Unidas, e com as regras de funcionamento do seu
Conselho de Segurança, e transformaram a OTAN – progressivamente – no seu braço
armado de intervenção nos Balcãs, no Oriente Médio, na Ásia Central e Europa do
Leste”. Primeiro foi a Bósnia, em 1995, e depois a Iugoslávia, em 1999, que foi
bombardeada pela OTAN sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU. E o
mesmo voltou a acontecer em 2003, quando EUA e GB invadiram e destruíram o
Iraque, apesar do veto da Assembleia Geral e do Conselho de Segurança das
Nações Unidas, e da oposição de Alemanha, França e de vários outros aliados
tradicionais dos anglo-saxões. Começaram ali as “guerras sem fim” dos EUA, da
GB e da OTAN no Grande Oriente Médio, e se estenderam até sua e “retirada” do
Afeganistão, em 30 de agosto de 2021.
E o mesmo aconteceu na Europa, onde a OTAN se
expandiu de forma contínua, multiplicando suas bases militares na direção da
Europa do Leste da fronteira ocidental da Rússia. Apesar da promessa do
secretário de Estado norte-americano James Baker ao primeiro-ministro russo
Mikhail Gorbachev, feita em 1991, logo após o fim da Guerra Fria, de que a OTAN
não avançaria na direção da Europa do Leste, em 1994, o presidente Bill Clinton
autorizou sua primeira expansão, e em 1999 a Otan começou sua “marcha para o
Leste”, com a incorporação de Hungria, Polônia e República Tcheca.
E em 2004, a OTAN incorporou Estônia,
Lituânia, Letônia, Bulgária, Eslovênia e Eslováquia, enquanto experimentava
suas novas formas de intervenção através das chamadas “revoluções coloridas”
contra governos desfavoráveis aos interesses americanos – como foi o caso da
“revolução das rosas”, na Geórgia, em 2003; da “revolução laranja” na Ucrânia
em 2004; da “revolução das tulipas” no Quirguistão, em 2005.
Por fim, em abril de 2008, na cidade de
Bucareste, a OTAN anunciou seu xeque-mate, com a incorporação da Geórgia, e
sobretudo da Ucrânia, que Zbigniew Brzezinski (o grande geopolítico do
Partido Democrata norte-americano), considerava ser uma peça central da disputa
dos EUA com a Rússia, pelo controle da Europa do Leste e de todo o continente
eurasiano. Tão importante que Brzezinski chegou a propor que a Ucrânia fosse
conquistada pelos EUA e pela OTAN, até no máximo 20151 – o que acabou
acontecendo depois do golpe de Estado de 2014, que derrubou o governo eleito de
Viktor Yanukovych, considerado hostil pelos EUA e pela OTAN.
A Rússia protestou inutilmente contra esses
sucessivos avanços da OTAN sobre sua fronteira ocidental. E, em 2007, na
Conferência de Segurança de Munique, o presidente russo, Vladimir Putin,
advertiu pessoalmente as potências ocidentais de que a Rússia não toleraria os
avanços da OTAN na Geórgia e na Ucrânia. Sua advertência foi ignorada uma vez
mais e, no ano seguinte, a Rússia foi obrigada a fazer uma primeira intervenção
militar direta na República Autônoma da Ossétia do Sul, para impedir sua
incorporação à OTAN. E mais à frente, em 2015, a Rússia voltou a intervir
diretamente contra o golpe de Estado apoiado pelos EUA e pela OTAN, ocupando e
incorporando a Crimeia ao território russo.
Por fim, em 15 de dezembro de 2021, a Rússia
entregou um memorando às autoridades americanas e da OTAN, e aos governantes da
União Europeia, propondo a interrupção da expansão da OTAN, o afastamento de
suas tropas das fronteiras russas e a desmilitarização da Ucrânia. Não houve
resposta a esse memorando e o silêncio das “potências ocidentais” foi o estopim
que deflagrou a invasão russa do território da Ucrânia, iniciando de fato uma “proxy-war”
entre Rússia e EUA.
Três anos depois do início da guerra, já não
cabe dúvida de que a Rússia venceu no campo de batalha, mas também no campo da
competição tecnológico-militar com relação aos equipamentos fornecidos aos
ucranianos pelos EUA e pelos países da OTAN. Além disso, a Rússia também venceu
a guerra econômica contra as sanções que lhe foram impostas pelas potências
ocidentais, e sua economia vem crescendo sistematicamente à frente dos demais
países europeus.
Não há dúvida de que a vitória russa se
acelerou e consolidou nos dois últimos meses: (1) com a saída dos EUA da guerra
e a ruptura do seu “casamento estratégico” com a Grã-Bretanha; (2) com a divisão
interna da OTAN e a ameaça de saída dos EUA; (3) com a fragilização da União
Europeia, depois do seu afastamento dos EUA; (4) e finalmente, como desmonte do
“bloco ocidental” e de sua hegemonia mundial exercida nos últimos 200 anos.
Como consequência, o mais provável é que as negociações post-bellum entre
Rússia e EUA se transformem no primeiro passo de uma nova “ordem mundial
multipolar” e “pós-europeia”, a mais importante de todas as reivindicações e
vitórias russas.
- Reagan
e Trump e a “destruição inovadora”
“Toda situação hegemônica é transitória, e
mais do que isto, é autodestrutiva, porque o próprio hegemon acaba se
desfazendo das regras instituições que ajudou a criar para poder seguir se
expandindo e acumulando mais poder do que seus liderados” (José Luís
Fiori, O poder global e a nova geopolítica das nações)
Na década de 70 do século passado, os EUA
sofreram uma série de reveses militares, econômicos e geopolíticos: foram
derrotados na Guerra do Vietnă; surpreendidos pela Guerra do Yom Kippur e pela
criação da OPEP e a subida dos preços internacionais do petróleo; e foram
surpreendidos uma vez mais pela Revolução do Aiatolá Khomeini, no Irã, em 1979;
seguida pela “crise dos reféns” americanos que foram mantidos presos durante
444 dias na embaixada dos EUA em Teerã, culminando com a invasão soviética do
Afeganistão, em dezembro de 1979.
Muitos analistas falaram naquele momento de
uma “crise final da hegemonia americana”. Frente a essa situação de declínio
relativo de poder, entretanto, os EUA destruíram a ordem mundial que haviam
criado depois da Segunda Guerra Mundial e adotaram uma nova estratégia
internacional, com o objetivo de manter sua primazia mundial. Primeiro,
aceitaram a derrota, renderam-se e assinaram um acordo de paz com o Vietnã; ao
mesmo tempo, abandonaram o padrão-dólar que haviam imposto ao mundo em Bretton
Woods, em 1944; em seguida, pacificaram e reataram relações com a China; e
enterraram definitivamente seu projeto econômico desenvolvimentista, impondo
uma abertura e desregulação financeira da economia internacional, enquanto
iniciavam uma nova corrida armamentista, conhecida como a 2ª. Guerra Fria, que
culminou com a derrocada da União Soviética. Um verdadeiro tufão conservador e
neoliberal, que começou no governo de Richard Nixon e alcançou sua plenitude
durante o governo de Ronald Reagan, mudando radicalmente o mapa geopolítico do
mundo e transformando de forma irreversível a face do capitalismo mundial.
Agora de novo, na segunda e terceira décadas
do século XXI, os EUA vêm sofrendo novos e sucessivos reveses militares,
econômicos e geopolíticos. Foram derrotados no Afeganistão e obrigados a uma
retirada humilhante da cidade de Cabul, em agosto de 2021; estão sendo
derrotados de forma inapelável na Ucrânia; sofreram uma perda significativa de
credibilidade moral em todo mundo, depois do seu apoio ao massacre israelense
dos palestinos da Faixa de Gaza; vêm sofrendo um processo acentuado de
desindustrialização e sua moeda, o dólar vem sendo questionado por seu uso como
arma de guerra contra países concorrentes ou considerados inimigos dos seus
interesses; e por fim, os EUA têm perdido posições importantes na sua
competição tecnológica-industrial e espacial com a China, e na sua disputa
tecnológica-militar com a Rússia.
Neste momento, uma vez mais, o governo
norte-americano de Donald Trump está se propondo refazer sua primazia através
de uma nova mudança radical de sua estratégica internacional, combinando doses
altíssimas de destruição, com algumas propostas disruptivas e inovadoras no
campo geopolítico e econômico, partindo de uma posição de força e sem
pretensões éticas ou missionárias, e orientando-se apenas pela bússola dos seus
interesses nacionais.
A principal consigna de campanha de Donald
Trump – “fazer a América grande de novo” – já é por si mesma, um reconhecimento
tácito de que os EUA estão enfrentando uma situação de crise ou declínio que
precisa ser revertida. E suas primeiras medidas são todas de natureza
defensivas: seja no caso da sua política econômica mercantilista, seja no caso
da “barreira balística” que ele está se propondo construir em torno do
território americano. E o mesmo se pode dizer de suas agressões e ameaças
verbais, que têm sido dirigidas contra seus vizinhos, aliados e vassalos mais
próximos e incondicionais.
De qualquer maneira, o mais importante tem
sido o ataque avassalador e destrutivo de Donald Trump e seus auxiliares mais
próximos, contra as regras e instituições próprias da ordem internacional
construída pelos EUA, como resposta à sua crise dos anos 70 do século passado.
E contra os últimos vestígios da ordem mundial do pós-Segunda Guerra, como no
caso das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança. Com ênfase particular no
ataque e destruição americana do multilateralismo e do globalismo econômico que
se transformaram na principal bandeira americana do pós-Guerra Fria. Neste
capítulo das “destruições”, deve-se sublinhar também o ataque seletivo e
estratégico do governo Donald Trump contra todas as peças de sustentação
interna – dentro do próprio governo americano – do que eles chamam de deep
state, a verdadeira base de sustentação e locus de
planejamento das guerras norte-americanas.
No plano internacional, entretanto, a grande
revolução – se prosperar – será efetivamente a mudança da relação entre os EUA
e a Rússia, que vem sendo proposta pelo governo de Donald Trump. Uma inflexão
muito profunda e radical, muito mais do que foi a reaproximação entre os EUA e
a China, na primeira metade dos anos 1970. Porque, de fato, no século XX, os
EUA herdaram uma inimizade, competição e polarização geopolítica construída
pela Grã-Bretanha contra a Rússia, desde o momento em que se consagrou a
vitória dos russos e dos ingleses contra a França de Napoleão Bonaparte, no
Congresso de Viena, de 1815.
Desde então, os russos foram transformados
pelos ingleses em seus “inimigos necessários”, e serviram como princípio
organizador da estratégia imperial inglesa. Uma realidade histórica que foi
depois consagrada pela teoria geopolítica do geógrafo inglês Halford Mackinder,
segundo a qual o país que controlasse o coração da Eurásia, situado entre
Moscou e Berlim, controlaria o poder mundial. Por isso, os ingleses lideraram a
Guerra da Criméia, entre 1853 e 1856, contra os russos; e de novo lideraram a a
invasão da Rússia depois do fim da Primeira Guerra Mundial; e cogitaram fazer o
mesmo logo depois da Segunda Guerra. Uma obsessão de Winston Churchill que
acabou cedendo lugar ao projeto de construção da “cortina de ferro” e da OTAN.
Essa obsessão inglesa foi repassada aos
norte-americanos depois da Segunda Guerra Mundial e esteve na origem da Guerra
Fria. A partir de então, os EUA e a GB (junto com seus aliados da OTAN),
construíram uma gigantesca infraestrutura militar – material e humana –
destinada a “conter os russos” e, se possível, derrotá-los estrategicamente. A
última tentativa foi feita agora na Guerra da Ucrânia e fracassou uma vez mais.
E se o projeto atual de Donald Trump de aproximação da Rússia prosperar, ele
estará sucateando toda essa infraestrutura junto com todas as demais alianças
americanas construídas a partir de 1947, com vistas a esta “guerra final”
contra os russos. Não é pouca coisa, muito pelo contrário, e muitos líderes
euro-atlânticos que tentaram romper essa barreira ficaram pelo caminho.
Podendo-se prever, inclusive, a possibilidade de algum tipo de atentado ou
auto-atentado, a partir do próprio mundo anglo-saxão, com o objetivo de barrar
esta mudança de rumo norte-americana.
Sim, porque está sendo rompida e enterrada a
aliança estratégica anglo-saxônica, que foi fundamental para a dominação
ocidental do mundo, desde a Segunda Guerra Mundial, desmontando-se ao mesmo
tempo, como um castelo de cartas, o projeto da OTAN, o G7, e talvez a própria
União Europeia. Mas nada disto encerra a competição interestatal pelo poder
global. O projeto de Donald Trump diminui a importância da Europa e diminui a
importância da fronteira europeia da Rússia, deslocando as linhas de fratura da
geopolítica mundial para o Ártico e para o Sul do Pacífico.
Mas a própria cobiça de Trump com relação ao
Canadá e à Groenlândia explicita seu projeto de construção de uma grande massa
territorial equivalente à russa, justo em frente à fronteira norte e ártica da
própria Rússia. E ao mesmo tempo, o projeto de negócios conjuntos entre russos
e norte-americanos, que vem sendo insistentemente anunciado, sobretudo na
região do Polo Norte, aponta para um possível distanciamento futuro e “pelo
mercado” da Rússia com relação à China, para não permitir que se consolide uma
aliança estratégica inquebrantável entre Rússia e China, ou mesmo entre Rússia
e Alemanha. Porque a China seguirá sendo no Século XXI, o principal competidor
e adversário dos EUA, neste planeta e no espaço sideral.
A estratégia americana de “destruição
inovadora” terá – desta vez – o mesmo sucesso que teve no século passado, com
Richard Nixon e Ronald Reagan? É difícil de saber, porque não se sabe quanto
tempo durará o projeto de poder de Donald Trump e seus seguidores. E em segundo
lugar não se conhece o impacto mundial de uma política econômica mercantilista
e defensiva, praticada pela maior economia do mundo. O nacionalismo econômico
foi sempre uma arma dos países que se propõem “subir” na hierarquia
internacional, e não de um país que não quer “descer”.
De qualquer maneira, do ponto de vista
geopolítico o projeto Trump pode estar apontando na direção de um grande acordo
“imperial” tripartite, entre EUA, Rússia e China, como também pode estar
apontando para o nascimento de uma nova ordem multipolar que lembra, de certa
forma, a história europeia do século XVIII. Com a grande diferença que agora o
“equilíbrio de forças” do sistema envolveria uma competição entre potências
atômicas de grande dimensão, quase impérios, como é o caso dos EUA, da China,
da Rússia, da Índia, e da própria União Europeia, caso ela consiga se
reorganizar e rearmar sob a liderança da Inglaterra ou da Alemanha. E, em menor
escala, da Turquia, do Brasil, da Indonésia, do Irã, da Arábia Saudita e da
África do Sul. Um mundo difícil de ser administrado, e um futuro impossível de
ser previsto.
Fonte: Por José Luiz Fiori, em A Terra é
Redonda

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