Começamos nosso comentário
relembrando uma das frases mais utilizada por Dilma, nos diversos debates
políticos ocorridos na televisão: “...as suas medidas candidato Aécio nós já
conhecemos bem. Serão aquelas do PSDB... as mesmas de sempre: o senhor irá
aumentar impostos e cortar verba na educação, além de mexer nos direitos do
trabalhador e isso eu não vou dazer ‘nem que a vaca tussa’...”
Esta frase foi dita e
repetida por toda campanha eleitoral, pela então candidata à reeleição, Dilma
Rousseff, quando questionada sobre possíveis ameaças dos direitos trabalhistas
e ou sociais, ou sobre temas econômicos cujas medidas pudessem prejudicar os
trabalhadores, ela sempre sempre encerrava suas negativas a frase “nem
que a vaca tussa” as medidas seriam tomadas.
Da mesma forma, não
cansamos de ouvir seja em suas peças midiáticas, nos seus programas eleitorais
e ou nos debates políticos com seus adversários, as acusações de pacotaços
tarifários, aumento dos juros, de desemprego, redução dos programs sociais
entre tantas outras ameaças colocadas para a sociedade, que seriam postas em
prática por seus adversários, caso esses viessem a serem eleitos.
Passada as eleições, para
surpresa da população, de imediato a sociedade brasileira foi presenteada com
aumento dos combustíveis, aumento este negado durante toda a campanha, que por
tabela e em cadeia, trouxe outros aumentos, principalmente em relação aos
produtos agropecuários, que tem no transporte rodoviário o seu principal meio
de escoamento, que tem refletodo na inflação e por tabela no bolso da classe
trabalhadora e na população mais pobre, em sua grande maioria eleitores do PT.
O que escondiam do eleitor
na maior cara de pau e não tinham coragem de dizer era que, apesar de insisterem
com frase “nem a vaca tussindo”, já
existia decisão tomada por parte de Dilma e sua assessoria econômica - talvez
esse tenha sido o principal motivo da saída de Mantega -, de decepar o seguro-desemprego, o
auxílio-doença e o abono salarial desde agosto, portanto muito antes dos
debates terem ocorrido e das eleições.
Trataou-ss, portanto, de uma decisão
guardada em segredo, às setes chaves, que tudo fizeram maquiavelicamente para
não chegar ao conhecimento público, de forma que a presidente mantivesse seu
discurso enganador, para não sofrer consequências eleitorais, e quando vasava
qualquer comentário a esse respeito, Dilma Rousseff usava da expressão que já
faz parte do seu dicionário e do anedotário popular: “Nem que a vaca tussa”.
Não demorou muito para a
sociedade ver quanto foi enganada durante a campanha eleitoral, pois, passada
as eleições “vaca tossiu” e a decisão de corte dos benefícios previdenciários e
trabalhistas entrou na pauta de forma definitiva, que em muito prejudicará a
vida dos trabalhadores.
Este foi o presente natalino dado
ao trabalhador brasileiro, principalmente àqueles que acreditaram na candidata
Dilma e saíram às ruas em defesa da sua reeleição, vindo empacotado sobre forma
de “Medida Provisória”, onde reduz significativamente conquistas sociais, como
o seguro – desemprego, auxilio doença, entre outras maldades previstas no bojo
do projeto encaminhado ao Congresso Nacional que, se aprovadas será uma
regressão ao avanço social que a população de baixa renda já havia obtido.
Mais o pior estaria por
vir. Como não apresentou para debate com a sociedade, um programa político de
governo, ficou Dilma Rousseff a cavalheiro para após eleita praticar qualquer
ato, seja político, econômico e ou administrativo, pois não tinha qualquer
compromisso firmado com a população, estando livre para praticar todo tipo de
maldade, que porventura sua equipe lhe apresente ou lhe venha a mente.
De imediato, após sua
posse, tudo que temia- se de seus adversários e que Dilma não cansou de
aterrorizar no seu programa eleitoral, ela começou a praticar, a tal ponto que
até seus opositores começaram a reclamar, de tantas ‘maldades’ praticadas,
cujos efeitos reacairam e recairão sobre os ombros dos trabalhadores, aqueles
mesmo que não seriam prejudicados “nem
que a vaca tussisse”.
Para começar, comunicou em
doses homeopáticas as medidas de ‘ajuste econômicos’ que trazem em seu bojo
aumento de impostos, retorno de outros que já havia deixado de existir, novo
aumento nos combustíveis, entre outras maldades, cujas medidas só trarão de
efeito prático mais arrocho salarial e desemprego, aliado com o aumento de
inflação e desestímulo ao capital produtivo em favor do sistema financeiro.
Por certo, como o ajuste
econômico prometido ainda não está completo, já há comentários de possíveis
medidas novas, que deverão atingir outras conquistas trabalhistas e
principalmente sociais, aliada a redução de investimentos por parte do governo
em áreas prioritárias, prejudicando ainda mais os trabalhadores e a classe
média, alvos principais das maldades planejadas no Planalto.
Assim, diante de tudo que
está acontecendo e para o que está por vir, já podemos antecipar para os
trabalhadores, que a “vaca tussiu”.
Autor: Francklin Sá –
economista,
pós – graduado em Administração Pública e MBA em Gestão Ambiental Meio
Ambiente. Fincionário público aposentado e Editor responsável pelo Portal Municípios Baianos
http://www.municipiosbaianos.com.br e pelo blog de artigos
palavardesa.blogspot.com