sábado, 30 de agosto de 2014

Artigo: “Uma imagem desgastada e enganosa”


Talvez o que estamos assistindo nessa campanha eleitoral só ocorra em um Estado como a Bahia, onde os candidatos sem qualquer pudor tentam passar uma imagem distorcida de sua prática. O pior é que tem a quem acredite e o mais incrível é  ter quem saia jurando ser verdade as mentiras preconizadas, mesmo que, depois ao chegar em casa, se tranque no quarto e comece a pedir perdão pelas inverdades apregoadas.
E assim tem sido a campanha eleitoral na Bahia.
Começa a soar de forma estranha, levando muitos a duvidar, das afirmativas da propaganda eleitoral do candidato pelo PT à sucessão na Bahia, o deputado Rui Costa, de que senão todas, pelo menos as principais obras nos últimos 08 anos na Bahia, foram realizações ou tiveram sua participação direta.
O material divulgado não passa de mais uma apelação eleitoral, coisa que o eleitorado já não engole e, principalmente, tendo o conhecimento de que o Estado foi e está sendo governado por Jaques Wagner, seu criador. Pelo menos nas peças oficiais, sua Secretaria de Comunicação assim tem divulgado.
Ao se utilizar da mentira para passar a imagem de “competente”, o candidato imposto pelo então governador baiano, coloca o seu mentor em posição nada agradável, se não ridícula, pois ao posar  como o grande gestor (que não é) e responsável pelas principais realizações do governo, dá a entender que o seu tutor político tem no governo no máximo o papel da “rainha da Inglaterra”, governa mais não manda.
Se esta estratégia utilizada pelos marqueteiros do partido, que se acredita deva ser do conhecimento e autorizada pelo governador, dará certo aí é outra conversa, mais ao querer atribuir a Rui a realização das principais obras feitas ao longo destes dois mandatos consecutivos de Wagner, demonstra uma completa forçação de barra e passa claramente a intenção do governo em querer "inflar" o seu candidato, mesmo que não passem de factoides ridículos e mentirosos, acreditando, que  a população ainda continua ignorante e que talvez, a tecnologia e as redes sociais são modernidades que o homem do interior ainda não tem acesso. Se assim estão acreditando, estarão dando um tiro no pé. Tudo que começa recheado de mentiras, nunca termina bem. Imagine o que não será capaz de fazer após eleito?
Este modelo de fazer política que o PT baiano fez renascer, é um modelo antigo, até arcaico, bastante utilizado na época mais aguda do coronelismo em que o curral eleitoral era visível e ainda não havia chegado no interior o rádio e a televisão, de forma que os candidatos se apresentavam para o eleitor, de posse de uma listagem de obras feitas ou realizadas durante um certo período, executadas pelo conjunto dos governos e creditava artificialmente a ele como o autor.
Ora, ao que se sabe, apesar de ter sido um homem forte no governo baiano do PT, Rui foi titular de duas secretarias no governo Wagner, a das Relações Institucionais (Serin) e Casa Civil, e pelo que se tem conhecimento, são órgãos da estrutura governamental que não participam de nenhuma obra diretamente sim, tratam mais da interlocução governamental com outras secretarias, órgão e com os outros poderes ou segmentos sociais.
Inclusive a passagem de Rui pela Casa Civil, secretaria que havia assumido até sair candidato, não deixou boas marcas, principalmente se considerarmos os critérios utilizados pelo titular para aprovar nomes para assumir cargos no executivo, onde nomes totalmente desqualificados ou suspeitos e até punidos pela Lei da Ficha Limpa, foram aprovados sem qualquer questionamento ou restrição para assumir cargos e órgãos.
Quanta ao material eleitoral publicitário, utilizam Rui Costa e sua equipe "da velha forma e de antigos métodos de fazer campanha, com os marqueteiros querendo passar uma imagem que sabem não ser verdadeira, sem discutir propostas ou projetos. Se apegam na máxima de que “uma mentira repetida várias vezes, passa a ser verdade”. Na realidade continuam com campanhas milionárias, apresentado efeitos cinematográficos, vivendo o candidato do faz de conta e imaginando está enganado a tudo e a todos. Inclusive a si mesmo.



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