Os
7 benefícios de beber café para o corpo
Sozinho
ou com outros, para iniciar a rotina ou durante uma pausa no
trabalho, milhares de pessoas adotam o café como uma bebida
diária.
Mas a
verdade é que o café não é apenas
uma bebida apetitosa: seu
consumo traz também certos benefícios para a saúde. Dados da Escola de Medicina
da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, revelam como essa bebida
pode impactar na saúde humana.
National
Geographic selecionou
alguns desses benefícios. Conheça abaixo:
1. O
café aumenta a expectativa de vida
De
acordo com informações publicadas no site da Johns Hopkins, bebedores de
café têm menos chances de morrer por algumas das principais causas de
morte no mundo – as doenças coronárias, os derrames, a diabetes e as doenças
renais.
Através
de um estudo realizado entre 2009 e 2018 e publicado em 2022 na revista
científica Annals of Internal Medicine, especialistas concluíram
que o consumo moderado de café estava associado a um risco menor de
morte.
Entretanto,
o estudo, intitulado “Associação do consumo de café adoçado com açúcar,
adoçado artificialmente e sem açúcar com todas as causas e mortalidade por
causa específica”, afirma que o café é uma mistura complexa e que
"parece pouco provável que apenas a cafeína possa explicar todos os
potenciais efeitos do café sobre a saúde".
Além
disso, o documento esclarece que os possíveis efeitos benéficos são observados
principalmente com o consumo moderado de café.
2. O
café diminui as chances de desenvolver diabetes tipo 2
Por
outro lado, a publicação da universidade aponta que há evidências de que
aqueles que bebem mais café têm menos probabilidade de
desenvolver diabetes tipo 2.
"O
consumo regular de café pode reduzir o risco de diabetes tipo 2 ao
prevenir a deterioração da função hepática e das células beta durante o
estresse metabólico crônico que precede o início do diabetes evidente",
diz o artigo “Café e redução do risco de diabetes tipo 2: argumentos para
uma relação causal”, desenvolvido pelo médico alemão Hubert Kolb e
seus colegas, publicado em 2021 na revista Nutrients.
3. O
café está ligado a menos chances de desenvolver Parkinson
"A
cafeína não só está associada a uma menor probabilidade de desenvolver a doença de Parkinson, mas também pode
ajudar as pessoas com a condição a controlar melhor seus movimentos",
diz o site da Johns Hopkins.
4. O
café protege o fígado
Tanto o
café normal quanto o descafeinado parecem ter um efeito protetor
sobre o fígado. Segundo a
Universidade Johns Hopkins, "pesquisas mostram que os consumidores de café
têm mais probabilidade de ter níveis de enzimas no fígado dentro de
uma faixa saudável do que os consumidores que não tomam café".
5. O
café fortalece o DNA
Por
outro lado, continua a instituição, "o café torrado escuro diminui a
quebra dos fios de DNA naturais que podem levar ao câncer ou tumores se as
células não os repararem".
6. O
café pode diminuir o risco de alguns tipos de câncer
Beber
café, seja descafeinado ou regular, pode diminuir em até 26% a
probabilidade de desenvolver câncer colorretal, diz a Universidade Johns
Hopkins. Este também é um ponto que está sob constante investigação.
Como
refletido pela especialista em nutrição Kirsty Pourshahidi, em um artigo
publicado em 2016 na revista Comprehensive Reviews in Food Science and
Food Safety, no qual ela é autora principal, pesquisas
observaram efeitos benéficos do consumo de café sobre o câncer.
Entretanto,
o consumo de café em excesso está relacionado a um risco maior de desenvolver
cânceres de bexiga e trato urinário.
"Geralmente, um
risco maior de câncer de bexiga-urinário é registrado apenas em homens, não em
mulheres", diz o documento intitulado “Resumo abrangente dos riscos e
benefícios do consumo de café: consumo de café e saúde humana”.
7. O
consumo de café pode reduzir o risco de doença de Alzheimer
Por
fim, o site da universidade norte-americana indica que a cafeína em duas
xícaras de café pode proporcionar uma proteção significativa contra o
desenvolvimento de Alzheimer.
De fato,
acrescenta, "pesquisadores descobriram que mulheres com 65 anos ou mais
que bebiam de duas a três xícaras de café por dia tinham menos probabilidade de
desenvolver demência em geral".
A
hipótese do artigo, publicado em 2016, é que os antioxidantes no
café são capazes de diminuir um tipo instável de moléculas de oxigênio que
são relacionadas com a doença, levando a uma redução do risco de desenvolver
Alzheimer.
¨ O que beber muito
café pode causar?
Embora
seu uso cultural sugira que a cafeína é benigna, ela
na verdade é um composto psicoativo poderoso e seu
uso excessivo pode causar uma série de efeitos secundários desagradáveis. De
acordo com o artigo A Segurança da Cafeína Ingerida: Uma Revisão
Abrangente, de 2017, disponível na Biblioteca Nacional de Medicina dos
Estados Unidos, a substância aumenta a atenção, energia e sentimento de bem-estar. Mas o uso em
excesso é seguido por vários efeitos colaterais.
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Como a cafeína age no corpo
De
acordo com o artigo, a cafeína é quimicamente semelhante ao
neuromodulador adenosina, que se acumula ao longo do dia
e induz sonolência para dormir
durante a noite. Por isso, ela consegue se ligar aos receptores de
adenosina presentes no cérebro, bloqueando os
efeitos da adenosina, permitindo que a dopamina flua mais livremente. Isso
pode trazer sentimentos de bem-estar, energia e alerta.
Esses
sentimentos, no entanto, são benéficos em pequenas doses. A Food and Drug
Administration (FDA), agência regulatória de alimentos e medicamentos dos
Estados Unidos, recomenda uma dose diária de até 400 miligramas ou menos de
cafeína – cerca de três a quatro xícaras de café caseiro.
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O que o excesso de cafeína pode causar?
Entretanto,
estudos mostram que até menos do que a quantidade considerada segura pela FDA
pode desencadear efeitos colaterais, como agitação, insônia e batimento
cardíaco rápido em pessoas que são particularmente sensíveis aos
efeitos da cafeína.
A
revisão bibliográfica disponível na Biblioteca de Medicina diz que altas
doses de cafeína (cinco ou mais xícaras de café) podem causar nervosismo,
irritabilidade e angústia gástrica. Além disso, a dependência da
cafeína pode levar a um distúrbio completo do uso de substâncias.
Outros
sintomas, mencionados no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-5) incluem ansiedade, agitação, dor de cabeça, discurso divagante
e excitação.
A
publicação também indica quais são os sinais de abuso de cafeína:
- Tremor
- Agitação
- Problemas para
dormir
- Dores de cabeça
- Tontura
- Rápidos
batimentos cardíacos
- Desidratação
¨ Quanto tempo dura o
efeito do café?
A cafeína é uma das
drogas da classe das metilxantinas e que está entre as mais
utilizadas no mundo. Milhares de pessoas consomem regularmente produtos que
contêm cafeína, como o café, de acordo com um
estudo de 2022 publicado pelo Instituto Nacional de Medicina dos Estados Unidos
(NIH, na sigla em inglês).
Além do
café, a cafeína é encontrada em
refrigerantes, chá, erva-mate, bebidas energéticas e até mesmo
em chocolates. De acordo com o NIH, a ingestão média de cafeína nos
Estados Unidos é de 280 mg por dia (uma ou duas xícaras de café) em 90% da
população.
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Qual é o efeito da ingestão de café?
O
estudo do NIH sobre abstinência de cafeína explica
que as bebidas com o estimulante são ingeridas para evitar
ou aliviar a sonolência, estimular o sistema nervoso
central e melhorar o desempenho. A sonolência
desaparece quando se toma café porque o efeito energizante da cafeína bloqueia
os receptores de adenosina, um componente biológico do corpo que causa a sensação
de sonolência ou cansaço.
No
total, 400 mg por dia de cafeína (essa dose leva em conta não apenas
o café, mas também todos os alimentos que contêm cafeína) é o nível seguro
aceito pela medicina, explica o NIH. O equivalente em xícaras de café
seria quatro; dez latas de refrigerante de cola ou dois energéticos.
Entre
outros efeitos, o café produz efeitos
fisiológicos no sistema vascular cerebral, aumenta
a pressão arterial e a função
respiratória, diz o NIH. Ele pode até aumentar os níveis de urina e a atividade
gástrica e do cólon. Em doses baixas (20 a 200 mg), os relatórios médicos do
instituto norte-americano afirmam que o café aumenta o bem-estar, a
energia, o estado de alerta e a sociabilidade. Doses em excesso podem levar a
sintomas relacionados à ansiedade, nervosismo e distúrbios estomacais.
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Cafeína: quanto tempo ela permanece no corpo humano
Após a
ingestão do café, os antioxidantes levam entre 30
a 45 minutos para serem absorvidos pela corrente sanguínea, explica o NIH. Em
seguida, ele é metabolizado no fígado e excretado pelos rins através da
urina. Todo esse processo pode durar de quatro a seis horas, de acordo com
o estudo.
No
entanto, o tempo de permanência da cafeína no organismo pode variar
em até 9,5 horas após o consumo do café, dependendo de outros fatores que
influenciam a absorção do antioxidante: gestantes, obesidade, uso
de medicamentos anticoncepcionais, tabagismo, entre outros.
Além
disso, o estudo do NIH explica que o consumo diário de cafeína gera
tolerância aos efeitos estimulantes, o que pode levar a sintomas de
abstinência.
Fonte:
National Geographic Brasil

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