25 de março: avança a condenação de
Bolsonaro, inimigo da democracia e da ideia de Brasil soberano
No próximo dia 25 de março, o Supremo
Tribunal Federal (STF) dará mais um passo crucial no julgamento que pode
definir o futuro político e jurídico do ex-presidente Jair Bolsonaro. A
Primeira Turma da Corte, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, decidirá se
aceita a denúncia, histórica em todos os sentidos, do procurador-geral da
República, Paulo Gonet, e transforma Bolsonaro e outros sete acusados em réus
por tentativa de golpe de Estado. A data marca um momento decisivo para a
democracia brasileira, que se vê diante da possibilidade de responsabilizar um
personagem nefasto que, segundo as investigações, engendrou, liderou e executou
ações violentas contra as instituições e até a vida de seus opositores.
As 272 páginas da denúncia de Gonet se
inscrevem entre os documentos mais relevantes da história jurídica do país,
inclusive pela coragem de enfrentar um grupo violento e poderoso.
Ela descreve um plano macabro, denominado
"Punhal Verde Amarelo", elaborado nas próprias dependências do
Palácio do Planalto com o aval do então presidente. O objetivo? Assassinar o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o
ministro do STF Alexandre de Moraes, como parte de um golpe de Estado que
visava impedir a posse de Lula em 2023. O plano, segundo as investigações, foi
posto em prática pelo general da reserva Mário Fernandes, preso na Operação
Contragolpe, e discutido em reuniões na casa de Walter Braga Netto, ex-ministro
de Bolsonaro e candidato a vice-presidente em sua chapa.
A acusação não se limita a um único ato de
violência. A PGR afirma que Bolsonaro liderou uma organização criminosa
enraizada na estrutura do Estado, com forte influência de setores militares,
que agiu de forma sistemática para minar a ordem democrática. "A
responsabilidade pelos atos lesivos à ordem democrática recai sobre organização
criminosa liderada por Jair Messias Bolsonaro, baseada em projeto autoritário
de poder", escreveu Gonet na denúncia. A gravidade das acusações é inegável:
trata-se de um presidente, no poder, que, segundo as provas apresentadas, não
hesitou em tramar assassinatos e golpes para manter-se no cargo.
O julgamento da aceitação ou recusa da
denúncia no STF será realizado em três sessões: duas no dia 25 de março e uma
extraordinária no dia 26. Nelas, serão ouvidos os argumentos da PGR, as defesas
dos acusados e os votos dos ministros. A decisão de levar o caso a julgamento
foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes após análise das manifestações da
PGR e das defesas. Paulo Gonet, em sua argumentação, rejeitou os pedidos das
defesas e defendeu que a denúncia seja analisada em sua integralidade.
Bolsonaro, como era de se esperar, nega todas
as acusações. No entanto, as evidências apresentadas pela PGR e pela Polícia
Federal são robustas e apontam para um cenário sombrio: um ex-presidente que,
longe de defender a Constituição e a democracia, conspirou contra elas. A
denúncia não é apenas um ato de justiça, mas um alerta para a sociedade
brasileira sobre os perigos do autoritarismo e da violência política.
O 25 de março pode ser um marco na história
do Brasil. A condenação de Bolsonaro não seria apenas uma vitória da justiça,
mas um recado claro de que atos contra a democracia e a vida humana não serão
tolerados. Bolsonaro, que se autoproclamava defensor da pátria, revelou-se, na
verdade, um inimigo da humanidade. Sua prisão, após o devido processo a ser
aceito pela Suprema Corte, não é apenas possível, mas necessária para que o
Brasil siga adiante, fortalecido pela justiça e pela verdade.
Quanto à denúncia da Procuradoria-Geral da
República, ela é prova cabal do imenso acerto do presidente Lula na escolha de
Paulo Gonet para uma posição de tanto relevo. O ineditismo de sua denúncia
desconhece tabus. Se for aceita, como será, talvez por unanimidade, estará
aberto o caminho para o estabelecimento do império das leis, onde não há espaço
para que um Jair Bolsonaro use a posição presidencial para pôr em marcha crimes
hediondos no intuito de se manter no poder.
<><> Despedida na praia
Prestes a ser preso por liderar a tentativa
de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Jair
Bolsonaro tenta angariar apoio popular a um projeto que anistiaria os
envolvidos nos atos antidemocráticos. Bolsonaro liderou um ato em
Copacabana, na capital fluminense, neste domingo (16).
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal
(STF) marcou para 25 de março a análise pelo colegiado da denúncia apresentada
pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por tentativa de
golpe de Estado.
Encaminhada pela PGR ao Supremo em 18 de
fevereiro, a denúncia posiciona Bolsonaro como líder de uma organização
criminosa que agiu para contrariar o resultado das urnas após a vitória do
presidente Lula nas eleições de 2022.
Em caso de condenação por todos os crimes a
que foi denunciado, as penas de Bolsonaro poderiam variar de 12 anos a mais de
40 anos de prisão. A defesa do ex-mandatário afirmou em manifestação ao STF que
não há provas contundentes que apontem Bolsonaro como autor de ordens para a
execução de um golpe de Estado ou que tenha praticado qualquer ato de
violência. Bolsonaro reclamou do que considerou um ritmo acelerado para tratar
das acusações de que é alvo.
Bolsonaro está inelegível até 2030 por conta
de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder
político na campanha eleitoral de 2022.
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Golpistas têm dia
marcado, diz Ricardo Mezavila
É evidente que o mal está sendo consumido por
si próprio, nas absurdas declarações proferidas e estúpidas decisões tomadas
por alguns de seus representantes na Terra.
Jair, que recebeu o segundo nome de Messias
de sua mãe, como pagamento de uma promessa pela gravidez complicada, não para
de jogar o nome do Brasil no esgoto.
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O ex-presidente, ‘subproduto’ da promessa,
disse que o governo Lula está alinhado com a China para construir bomba
atômica, e que informou essa ‘parceria’ ao presidente dos EUA.
Bolsonaro, o ‘patriota’, é informante de
Donald Trump contra os interesses e soberania de sua pátria, mesmo que suas
afirmações estejam totalmente equivocadas.
Por seu lado, Donald Trump, desde que
assumiu, perde tempo precioso de governo com ostentações maquiavélicas
insubstanciais contra México, Canadá, Panamá, Dinamarca etc.
O ‘alaranjado’ com jeito de João Bafo de
Onça, personagem abjeto criado por Walt Disney para ser inimigo de Mickey
Mouse, criou o tarifaço sobre o aço e alumínio. Em contrapartida, está vendo
sua popularidade cair em tempo recorde e começa a incomodar parceiros na União
Europeia, o que pode diminuir seu tempo de perversidade.
O líder da organização criminosa armada no
Brasil está organizando um ato pedindo anistia, alegando ser um perseguido
político, ao mesmo tempo em que menciona a possibilidade de buscar asilo em alguma
embaixada.
Jair Bolsonaro tentou por um tempo seguir os
caminhos de Lula, que teve seus processos anulados por falta de provas e de
imparcialidade de um juiz incompetente, mas percebeu que há uma enorme voçoroca
entre eles.
Lula, perseguido político e inocente,
entregou-se à PF com a certeza de que provaria sua inocência e, de quebra,
tiraria a máscara de Sérgio Moro e provaria que a Lava Jato agia para desmontar
as indústrias e a força de trabalho brasileira.
Se colocada no papel, assim seria a escalação
dos crimes, com provas, atribuídos a Bolsonaro contra o de Lula, sem provas:
golpe de Estado, organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta
do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave
ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado X
recebeu um tríplex no Guarujá.
Bolsonaro, criminoso contumaz, sabe que não
tem a menor chance de escapar da justiça, por isso aposta nas bravatas que
alimentam e aglomeram seus seguidores.
O ministro Cristiano Zanin, membro e
presidente da 1ª turma do STF, marcou para o próximo dia 25 o julgamento da
denúncia contra Jair Bolsonaro e quadrilha. Caso a denúncia seja aceita,
Bolsonaro e os outros denunciados passarão a ser réus.
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Osmar Prado recorda vaia
e aplauso ao criticar golpismo: "Onde está Bolsonaro hoje? Fugindo da
tornozeleira"
Em entrevista ao programa O Barato da
Idade, com Regina Zappa e Miguel Paiva, o ator Osmar Prado afirmou que a
sua consciência política sempre guiou suas escolhas artísticas, muitas vezes
enfrentando desafios e resistências dentro da própria indústria do
entretenimento.
Prado relembrou episódios marcantes de sua
vida, como sua presença ao lado de Lula no momento de sua prisão, enfatizando
que esteve nos lugares certos, movido por convicção e sem qualquer interesse
político pessoal. "Não tenho nenhum interesse em ter cargo político. Quero
exercer minha profissão de ator e fazer dela um espaço de consciência da
história do país", afirmou.
O ator ressaltou sua relação com grandes nomes
da cultura e da resistência política, como Gianfrancesco Guarnieri, Dias Gomes
e Ruth de Souza. Prado contou também sobre a censura enfrentada por produções
em que esteve envolvido, como a série A Grande Família dos anos 1970, cujo
personagem Júnior representava um estudante de medicina engajado em uma saúde
pública gratuita e de qualidade.
Conhecido por personagens marcantes da
teledramaturgia como o recente Velho do Rio em Pantanal, Prado falou sobre o
cenário atual da televisão e a conjuntura política, criticando a falta de
espaço para atores veteranos nas novelas contemporâneas.
"As novelas hoje estão muito
pasteurizadas. Tudo gira em torno da juventude, das redes sociais, da
aceitação. Acho que mudou um pouco o panorama. Talvez não haja mais espaço para
mim nessa televisão que se desenha", afirmou o ator. Para ele, a exigência
por personagens superficiais contrasta com sua busca por profundidade em cada
papel.
Osmar Prado também relembrou momentos
marcantes de sua carreira, como os prêmios recebidos pelo trabalho em Pantanal
e no cinema. Entre suas atuações favoritas, citou Desmundo e Dez segundos para
vencer, onde interpretou Kid Jofre, papel que lhe garantiu reconhecimento e
prêmios importantes.
Sobre o cenário político, lembrou que chegou
a ser vaiado durante premiação ao criticar figuras como Sérgio Moro e Jair
Bolsonaro. "Onde está o Sérgio Moro hoje? Onde está o Bolsonaro? Fugindo
da tornozeleira", ironizou, ressaltando sua presença em momentos
históricos, como a prisão de Lula e o período do impeachment de Dilma Rousseff.
Para ele, a cultura e a arte devem ser
abraçadas pelo sistema e não censuradas ou marginalizadas, e o entretenimento
ajuda a formar um povo consciente e educado, afirmando que "quem trabalha
para manter bolsões de pessoas na ignorância não quer o bem do
país".
Osmar Prado também celebrou a vitória do
filme Ainda Estou Aqui, destacando como a história de Rubens Paiva foi
magistralmente retratada no cinema e reverberou em premiações internacionais.
Ele defendeu que a memória e a história precisam ser preservadas e celebradas,
sugerindo até mesmo que um samba-enredo sobre a resistência à ditadura seja
feito no próximo carnaval.
"Eu ainda estou aqui", declarou o
ator, fazendo referência à resistência que sempre marcou sua trajetória.
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“Defesa de Bolsonaro é
muito fraca e ele não escapará da condenação”, diz Liana Cirne Lins
A vereadora e jurista Liana Cirne Lins
criticou duramente a defesa apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado. Em entrevista ao
programa Bom Dia 247, ela avaliou que os argumentos da defesa são
frágeis e insuficientes para livrá-lo da condenação.
“A defesa se limita a atacar questões
processuais já superadas. Não entra no mérito, não ataca os fundamentos, não
questiona a tentativa de golpe de Estado”, afirmou Cirne Lins.
O documento de 129 páginas apresentado pelos
advogados de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) contesta a delação do
tenente-coronel Mauro Cid e pede a suspeição do ministro Alexandre de Moraes.
No entanto, para a jurista, esse tipo de argumentação não enfraquece a
acusação.
“Ele pede a suspeição do ministro Alexandre
de Moraes, mas isso já foi superado”, disse. “É uma defesa de 129 páginas que
só entra no mérito lá pela página 100”, destacou.
A estratégia da defesa também inclui a
tentativa de anulação da delação de Mauro Cid, sob a justificativa de que o
acordo teria sido firmado sob pressão e contém contradições. Os advogados ainda
pedem que o julgamento seja feito pelo plenário do STF, e não pela Primeira
Turma da Corte, onde o caso tramita atualmente.
Para Liana Cirne Lins, a defesa de Bolsonaro
é tão frágil que chega a ser contraproducente. “Há momentos em que a defesa
chega a ser cômica, quando critica a teoria do domínio do fato no caso do
mensalão – uma teoria que não está sendo aplicada neste caso”, afirmou.
A jurista concluiu sua análise reforçando que
a estratégia não nega os fatos, o que acaba corroborando as acusações. “É uma
defesa fraca, que confirma as acusações, em vez de negá-las”, sentenciou.
Bolsonaro é acusado pela Procuradoria-Geral
da República (PGR) de crimes como tentativa de golpe de Estado, organização
criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano
qualificado contra o patrimônio da União. O STF ainda decidirá se aceita a
denúncia, o que tornaria o ex-presidente réu no caso.
Fonte: Brasil 247

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