quinta-feira, 1 de junho de 2023

Câncer, tuberculose, impotência e doenças respiratórias são riscos do cigarro para saúde

Diabetes, hipertensão, doenças respiratórias, câncer, impotência e infertilidade. Estes são apenas alguns dos diversos problemas de saúde associados ao tabagismo. Nesta quarta-feira (31), o Dia Mundial Sem Tabaco promoveu a conscientização sobre a importância de parar de fumar.

A cada ano, cerca de 8 milhões de pessoas perdem a vida em consequência de complicações relacionadas ao tabaco, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tabaco é causa da maior parte de todos os cânceres de pulmão no país, além de representar um fator de risco significativo para acidente vascular cerebral (AVC) e ataques cardíacos.

Os produtos de tabaco que não produzem fumaça também estão associados ao desenvolvimento de câncer de cabeça, pescoço, esôfago e pâncreas, e de outras doenças que afetam a boca e os dentes.

“O cigarro deixa o pulmão 20 anos mais velho do que o resto do corpo. Além do envelhecimento, o cigarro provoca várias doenças pulmonares como, por exemplo, enfisema pulmonar. Outro ponto importante é que 95% dos casos de câncer de pulmão estão ligados ao tabagismo”, alerta o médico cardiologista Roberto Kalil, apresentador do CNN Sinais Vitais.

“Além do acometimento pulmonar, o cigarro também aumenta a incidência de câncer de garganta e de câncer de bexiga, sem falar nas doenças cardiovasculares: aumenta a incidência de infarto e acidente vascular cerebral”, completa Kalil.

Os impactos também são significativos para os fumantes passivos, aquelas pessoas que não fumam, mas que convivem com pessoas que fazem uso do tabaco. Além do desenvolvimento de doenças, mais de 1,2 milhão de indivíduos morrem a cada ano em decorrência do fumo passivo, de acordo com a OMS.

·         Desafios para deixar de fumar

Embora os benefícios de parar de fumar sejam praticamente imediatos, interromper o tabagismo é um processo difícil que pode incluir recaídas. Parte dos fumantes só alcança o sucesso após mais de uma tentativa, o que os especialistas apontam como algo normal.

“Para ser considerado ex-fumante, a pessoa precisa ficar mais de 52 semanas sem acender o cigarro. Não procure substitutos como, por exemplo, o cigarro eletrônico. Eles fazem tão mal à saúde quanto o cigarro convencional. Se você não conseguir parar de fumar sozinho, procure ajuda”, diz Kalil.

O Ministério da Saúde destaca que o combate ao fumo esbarra no fato de o cigarro ser uma droga lícita, com aceitação social, de fácil acesso e relativamente barato. No Brasil, o tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo métodos como medicamentos em forma de adesivos, pastilhas e gomas de mascar e bupropiona. O serviço está disponível em unidades básicas de saúde.

 

Ø  Confira estratégias para deixar de fumar e lidar com síndrome de abstinência

 

O dia 31 de maio é dedicado à conscientização sobre os riscos que o hábito de fumar traz para a saúde. O Dia Mundial sem Tabaco combate o consumo de cigarros, tabaco sem fumaça e dispositivos eletrônicos.

A cada ano, mais de 8 milhões de pessoas morrem devido aos impactos da indústria do tabaco, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para quem decide parar de fumar, os sintomas da abstinência da nicotina estão entre os principais desafios. No entanto, as reações, que podem incluir irritabilidade, dor de cabeça, e alterações do sono, são passageiras e tendem a desaparecer em algumas semanas.

O tabagismo faz parte da Classificação Internacional de Doenças (CID) como uma doença crônica. Por isso, quem fuma está sujeito às recaídas, o que não deve ser entendido como motivo para não se tentar.

·         Estratégias para cortar o cigarro

Hábitos como tomar café, ingerir bebidas alcoólicas ou até mesmo refeições cotidianas podem estar associados ao costume de fumar. Descobrir quais são os “gatilhos” que despertam essa vontade ajuda a interromper o ciclo.

Nesse sentido, é possível evitar tomar café ou bebidas alcoólicas nas primeiras semanas do processo. Para quem fuma após as refeições, uma alternativa é passar a escovar os dentes imediatamente após se alimentar, para ter mais controle sobre a necessidade de fumar.

Estratégias como chupar gelo e comer cubinhos de frutas geladas podem ajudar a se livrar da fissura, que é a grande vontade de fumar. Outras opções de substituição ao cigarro incluem água gelada, palitos de cenoura crua, água de coco, cristais de gengibre e picolés de frutas.

·         Passos

Para quem fuma, é comum receber recomendações de amigos e familiares sobre abandonar o vício. No entanto, para que o primeiro passo seja dado, a iniciativa deve partir do próprio fumante. As razões podem ser diversas, incluindo preocupações com a saúde, apelo estético ou por economia de dinheiro.

Segundo especialistas, o início do processo deve ter data marcada e, de preferência, contar com o apoio de profissionais de saúde. Alguns conseguem parar de fumar de maneira abrupta, outros gradualmente. A explicação está na diferença de impacto da nicotina no organismo de cada indivíduo. Uma data para lembrar pode contribuir para fortalecer o abandono ao cigarro.

Segundo o Ministério da Saúde, o enfrentamento ao tabagismo esbarra no fato de que o cigarro é uma droga lícita, com razoável aceitação social razoável, de fácil acesso e custo. Porém, seguir alguns passos pode tornar esse caminho um pouco mais simples.

O ministério aponta dez passos para quem quer parar de fumar, incluindo ter determinação, marcar um dia para parar, cortar gatilhos do fumo. Escolher um método, se livrar de lembranças do cigarro e encontrar substitutos saudáveis também estão entre as orientações. As recomendações incluem a busca por apoio médico e a troca de experiências em um grupo de apoio.

 

Fonte: CNN Brasil

 

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