Após o
anuncio dos principais nomes daqueles que irão compor a equipe do novo governo
Dilma – governo este que durante a campanha usava o slogan “governo novo ideias
novas” -, chego a conclusão do acerto da minha opção eleitoral e que posso
tranquilamente colocar a cabeça no meu travesseiro sem qualquer dor de
consciência e andar de cabeça erguida por onde ando na certeza que o meu voto
não contribuiu para isto que os petistas denominam de um governo com perfil de esquerda e cujos
resultados futuros em termos administrativos não são nada admiradores, diante
dos fracassos que os indicados foram submetidos, quando estiveram à frente do
comando dos seus estados e ou municípios, nos segmentos das pastas para a qual
estão indicados. Aliás falar
em esquerda hoje no PT é até motivo de piada, pois nem FHC teve a coragem de montar
uma equipe com perfil e prática tão de direita como Dilma Rousseff.
E o que é
pior, mesmo surfando na onda dos escândalos criado pelos aloprados aliados que
resolveram roubar a Petrobrás, desacreditando-a perante o mundo, a presidente
que a todo momento afirrma ser contra a corrupção e não admitir corruptos entre
seus assessores, já começa mal com a nova equipe onde pelo menos três novos
ministros de Dilma respondem a processos judiciais, são eles: Kátia Abreu, que
assumirá a pasta da Agricultura, Eduardo Braga, Minas e Energia, e Helder
Barbalho, Pesca, todos são filiados ao PMDB, além da
indicação de um ministro para os Esportes que chegou a ser expulso pelo antigo
PFL (hoje DEM), por ter sido flagrado com malas e caixas de dinheiro da IURD.
Isto mesmo.
O novo ministro do Esporte, Sr. George Hilton, foi expulso do PFL por ter sido
flagrado no aeroporto de Belo Horizonte com 11 caixas de papelão com dinheiro e
cheques, algo na casa dos R$ 600 mil segundo calculou a PF à época, que seriam
provenientes de doações de membros da Igreja Universal do Reino de Deus.
Há um ditado no sertão
nordestino que diz: “O uso do cachimbo deixa a boca torta”. Pois não é que,
diante de tanto escândalos e após amplas negociações com
partidos da base aliada, a presidente Dilma Rousseff encerra o final de 2014
anunciando vários nomes para o seu segundo mandato, cujas perspectivas não nos
dá muitas esperanças de dias melhores, em razão do currículo nada abonador
daqueles indicados, senão vejamos.
Começamos nossa análise pela
insistência de dona Dilma em manter a senhora Graça Forster na presidência da
Petrobrás, quando a empresa passa por uma crise de credibilidade. Nada mais
justo e bom sendo incicaria que a Diretoria fosse susbstituida, não porque sejam
responsáveis ou estam envolvidos nas falcatruas apuradas pela PF, mais pela
necessidade de dá uma resposta à sociedade e ao mercado, colocando novos nomes
de sorte que pudesse recuperar a credibilidade hoje jogada no lixo e que a
atual diretoria direta ou indiretamente tem culpa no cartório, pois muito deles
fizeram parte da desastrada gestão de Sérgio Gabrielli.
Como não há qualquer
compromisso desse governo em recompor a credibilidade da Petrobrás, ao insistir
em manter os mesmos nomes, deveremos viver 2015 os mesmos problemas vexatórios
porque passa a empresa.
Como o governo Dilma se dá
por satisfeito o tamanho da crise criada pelo governo petista, pouco se
importando se a empresa vai quebrar ou não, então analisemos alguns outros
nomes indicados para compor o ministério a ser empossado a partir de 1º de
janeiro de 2015.
De início, vejamos a equipe
econômica.
Em relação a capacidade e
competência nada que os desambonem, pelo contrário, são profissionais de ponta,
se assim pudermos comparar.
No entanto, o que se deve
observar é que os nomes indicados para liderarem a Fazenda e o Planejamento,
vai de encontro a tudo que dona Dilma falou e prometeu durante a campanha
eleitoral.
Como eu, tenho certeza que
você que agora está nos lendo deve ter recebido em sua rede social, críticas
desabonadoras de petistas e membro do comando da campanha de Dilma Rousseff a
respeito da aliança de Marina com Neca do Itaú ou de´Aécio com Armino Fraga.
Lembram? Essas pessoas segundo eles no poder trariam o arrocho salarial,
aumento na taxa de juros e desemprego, afirmavam, além é claro do alinhamento
com o capital financeiro internacional, coisa que Dilma Rousseff jamai iria
permitir.
E que faz Dilma Rousseff
após eleita.
Como não teria a cara de pau
de recorrer ao Itaú ou mesmo a coragem de convocar Armino, foi buscar um
seguidor e aluno daquele que ‘seria’ ministro da Fazenda caso Aécio fosse o
vitorioso. E para completar, homem chave do grupo Bradesco.
E as medidas estão aí sendo
anunciadas em doses homeopáticas cujos efeitos logo serão sentidas pelos mais
pobres.
Seguindo adiante, analisemos
alguns outros nomes para sentir o futuro que nos espera.
Para o Ministério da Defesa
foi indicado o atual governador da Bahia, Jaques Wagner, que coincidentemente
tem na segurança pública do estado que governa, os seus piores índices de
criminalidade, tendo durante os 08 anos que governou desestruturado a segurança
pública baiana e por falta de diálogo, teve que enfrentar duas longas greves da
polícia militar.
Portanto, pelo que demonstrou
como governador, não teve a mínima competência para administrar uma área
bastante sensível e que necessita de bastante diálogo e pulso firme.
Assim, será nomeado um ministro que não traz nada que some em sua
trajetória administrativa, pelo contrário, foi um zero a esquerda nesta área.
Seria esta a ideia nova?
Já para o Ministério das
Cidades, será bafejado pela sorte (ou azar para os brasileiros) o ex – prefeito
de São Paulo, Gilberto Kassab, que como administrador da maior cidade do País,
São Paulo, só tem um título a ostentar, o de ‘pior prefeito do País’ durante as
suas duas gestões, disputando à época cim o prefeito da capital baiana, João
Henrique, quem seria o pior entre os piores.
E é com este invejável
currículo, que assume um ministério, que tem como principal papel, nortear as
políticas públicas de desenvolvimento municipais. Triste País. Seria este o
novo governo?
Para Educação, foi ungido o
atual governador do Ceará, Cid Gomes, que como os anteriores nada tem a mostrar
em termo de contribuição para a melhora da qualidade na educação em seu Estado,
pois é sabido e do conhecimento dos cearenses, não ser esta a praia do
indicado, até porque não é a educação do estado do Ceará nenhum modelo de
exemplo a ser seguido, portanto nada irá somar em termos de exemplos
administrativos para a melhoria da qualidade da educação do País. O que levará
mesmo, será a prepotência e arrogância, muito peculiar nos Gomes cearense.
Para o ministério da Pesca,
está indicado o jovem Helder Barbalho (PMDB), filho do ex-governador do
Pará, Jáder Barbalho, que por sua origem, já se dá para observar o quanto foi
“criteriosa” Dilma Rousseff na sua escolha, até porque se desconhece em Helder
qualquer experiência que justificasse sua indicação para a area a não ser o pré
– requisito básico apresentado para prenchimento
do cargo, de ser filhi de um cacique político envolvido em diversos escândalos
de mal versação do dinheiro público além de ter sido levado em consideração o
fato de ter concorrido à eleição para o governo paraense neste ano, mas que, infelizmente,
o povo paraense o rejeitou, pois se assim
não tivessse ocorrido, o Brasil
não terá que amargar tão indigitada escolha.
Ainda seremos obrigados a engolir Eduardo Braga, atual
líder do governo no Senado, na pasta de Minas e Energia, área que se
transformou em um feudo do PMDB, sem esquecer que Berzoini passará para a pasta
das Comunicações, área da qual é “profundo” conhecedor.
Porém, de todos os nomes escolhidos, nada foi melhor
presente para os movimentos sociais, para os ambientalistas e defensores da
reforma agrária, democracia e paz no campo, do que a indicação da senadora,
grileira e rainha do desmatamento, Kátia Abreu para a pasta da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
Logo ela apelidada de "rainha da motosserra"
e "miss desmatamento" pela ONG Greenpeace e que tem em seu currículo
um longo histórico de controvérsias com grupos ambientalistas e movimentos
sociais e de enfrentamento ao PT contra as políticas públicas sociais
compensatórias, implementadas no governo Lula e estaganadas no governo Dilma.
Kátia que sempre lutou contra a reforma agrária, que é
defensora do desmatamento indiscriminado, do uso do trabalho escravo no campo,
do extermínio dos índios, em grilagem de terras e do uso indiscriminado de agrotóxico
na agricultura campo, será a responsável por conduzir, comandar e decidir sobre
temas e políticas públicas que envolvem os interesses da sociedade e que estão
na contramão do pensamento da sua titular.
Ao entregar uma área de fundamental importância para o
desenvolvimento do meio rural, demonstra Dilma Rousseff desprezo aos movimentos
sociais, cujos movimentos ela soube recorrer quando se viu aameaçada de ser
derrotada por Aécio Neves, bem como mostra completo desconhecimento da história
mundial, onde se pode analisar que, aqueles países que alcançaram patamares
maiores de desenvolvimento são exatamente aqueles que praticaram a reforma
agrária e justa distribuição das terras como pratica econômica, além das luts
desencandeadas em todo o mundo pela conservação do meio ambiente e contra o uso
de agrotóxico..
Ao nomear Kátia Abreu, Dilma Rousseff da uma
demonstração de menosprezo pela luta ambiental, pela paz no campo e começa a
dar passos largos para se distanciar dos movimentos sociais, um dos pilares de
sustentação do seu partido, o PT.
Portanto, hoje, diante do pesadelo da nova equipe
escolhida por Dilma Rousseff para assessorá-la, posso colocar minha cabeça no
travesseiro e dormir em paz, que o meu voto não contribuiu para isto que aí
está proposto, como não contribuiria caso o vitorioso fosse seu opositor.
Autor:
Francklin Sá