Elevada ao
topo da candidatura com a morte de Eduardo Campos, Marina Silva agitou a
campanha política pela primeira vez, transformando a calmaria que reinava no
mar da campanha eleitoral, diante da ameaça de uma possível derrota do PT,
partido que não admite largar a boquinha, já que segundo seus seguidores, o
Brasil só foi descoberto a partir de sua ascensão ao Poder.
Antes do PT
nada existia, apenas os nativos e nada mais justo que eles que descobriram e
construíram tudo que aí se encontra, também sejam eles e apenas eles que devam
ter o direito de usufruir.
E foi esta
possível ameaça que bagunçou o ambiente, principalmente a partir do momento que
as pesquisas passaram a identificar uma ‘forte onda’ que levavam as pessoas a
desaguarem suas esperanças e seus sonhos na candidata do PSB, cansados que se
encontravam e se encontram, com tantos desmandos e tamanha corrupção e em sua
grande maioria envolvendo e ou patrocinada por membros de alta patente dos
partidos politicos aliados ao governo Dilma, tendo sempre como partícipe alguém
ligado ao PT.
A partir da
entrada de Marina no jogo, começou a ser ensaiada a “onda anti-PT”, que ainda é
vista em alguns lugares, levada pela desesperança que hoje se abate na
população resultante de tantos mal – feitos, como diz a presidente em relação a
roubalheira que se instalou no centro do Poder, sem que qualquer atitude dura,
rigorosa e punitiva sejam tomadas ou vistas, principalmente, ao saber que a
maioria dos envolvidos sempre estiveram sob suspeitas quanto a conduta e o zelo
do patrimônio e dos bens públicos e que mesmo assim, jamais estiveram no centro
de qualquer faxina ética, ética esta, que o PT ao chegar ao Poder fez e faz
questão de jogar no lixo.
Marina Silva
se transformou por um momento, no desaguadouro desses sonhos que, infelizmente,
ela e sua equipe não souberam capitalizar, diante dos vacilos e dos constantes
recuos das suas afirmativas políticas.
Esperava a
população que Marina Silva trouxesse o novo, como pregava Eduardo Campos, que
mostrasse firmeza nas tomadas de decisões e que não demonstrasse vacilos nas
questões decisivas que a sociedade exigia, que não confudisse ideologia
política com ideologia religiosa, até porque vivemos em um País em que a sua
Carta Magna afirma ser “laico”.
Infelizmente,
antes mesmo que a sua preferência estivesse consolidada junto à população,
Marina Silva começou a deixar de ser o sonho esperado e, passou a mostrar para
a sociedade uma outra Marina desconhecida ainda pelo eleitor.
Independente
das críticas apresentadas pelos seus opositores, da qual ela por ser
ex-militante petista tão bem conhecia e deveria está preparada e vacinada,
porém, não se esperava tantos vacilos como os apresentados, os quais com
certeza fizeram muitos eleitores reavaliarem suas posições e começarem a rever
seus conceitos, principalmente a partir do momento que ficou claro ser a sua candidatura a preferida do sistema financeiro
– diante da sua declarada aliança com Neca Setúbal -; dos especuladores
internacionais e dos fundamentalistas religiosos – a partir do momento em cedeu
a menor pressão recebida do que há de mais execrável no movimento religioso,
Silas Malafaia, símbolo maior da homofobia deste país, ao retirar os trechos do
programa que o incomodavam e aos fundamentalistas que o seguem -, Marina Silva
começou a perder o apoio da juventude e da classe média formadora de opiniões
na velocidade da queda de um jato, como se observa pelas últimas pesquisas.
Ao se aliar
a políticos cujo passado nada os recomendam, como por exemplo a família
Bornhausen, que fizeram toda caminhada política
apoiada pela ditadura militar, homens ligados à linha dura da bancada
ruralista, que sempre defenderam e
andaram na contramão daquilo que outrora defendeu Marina Silva, e cuja trajetória política, como a dos
Bornhausens, marcada pela guerra ao
ambientalismo, levaram ao eleitor dá uma parada e repensar sobre o possível
apoio e a questionar sobre essas novas alianças e a se perguntar, em que os
Bornhausens e Silas Malafaia por exemplo, são melhores que os Sarney, os Renan
e os Maluf?
Aliado a
esta dúvida, veio acoplada a ela o perigo do fundamentalismo religioso, que já
é um perigo hoje, na forna como está sendo difundido por alguns lideres que se
passam por religiosos, como o já citado e outros menos voltados, difundindo a
intransigência, a homofobia em nome de um líder maior que viveu em uma época
muito diferente da atual e que se hoje estivesse entre nós, seria o primeiro a
fazer como o fez quando nasceu, a expulsar os vendilhões dos templos, os quais
transformaram hoje, onde tudo é feito em nome do dinheiro e do enriquecimento
pessoal, imaginem como não se sentirão tendo uma presidente que os apoiam.
Portanto,
foram e tem sido os vacilos das suas afirmativas, aliados as alianças nada
recomendáveis que fizeram o eleitor a retroceder e a começar a pensar entre o
PÉSSIMO (ou rouba mais faz), o RUIM ( rouba e não faz - seria Aécio)e o
DUVIDOSO (Marina) mais como o apoio do segmento sanguessuga – os banqueiros – e
do fundamentalismo religioso, o eleitor começou a refluir a “onda” e começou a
pensar em sua segurança e retornar seu voto para aquele que se apresenta menos
perigoso e que poderá pelo menos trazer mais segurança nas relações interpessoais
e dos Direitos Humanos, apesar de saberem que as promessas de hoje são as
mesmas de 04 anos atrás e com certeza serão as mesmas daqui a 04 anos.