Mais uma vez a população brasileira assiste abismadas denúncias de corrupção de autoridades que deveriam dar o exemplo no que se refere à ética no trato das coisas públicas.
Diariamente estamos sendo bombardeados com as denúncias de cobrança de propinas a empresas fornecedoras de produtos e serviços para o governo de Brasília e pagamento de mensalidade a deputados aliados na Assembléia Distrital.
Os dirigentes do DEM, partido que na maior cara de pau vem tentando dar uma de arauto da moralidade, este mesmo partido que em suas origens já se envolveu em todo tipo de escândalos e mal versação do dinheiro público, é só comparar o desenvolvimento dos Estados do Nordeste, região de maior feudo do DEM e como se encontram os seus “coronéis” até hoje incrustados no partido. È o partido por onde passaram ou ainda lá se encontram Cesar Maia, João Alves Filho, Paulo Maluf, ACM, Sarney e uma série interminável de homens públicos que enriqueceram através de desvios de dinheiro que deveriam ter sido aplicados em bem da sociedade, mas o foram em benefício dos mesmos, e os seus dirigentes estão a aguardar a defesa formal do governador, que como no caso da violação do painel do Senado, ele era tão inocente que parecia um anjo, e de tão inocente foi recebido de braços abertos pelo seu atual partido. A não ser que o Sr. Arruda tenha alguma carta na manga, após a ameaça feita aos valorosos paladinos da “honestidade”.
É claro que ele jamais irá se dizer culpado, não acha? Senão para que serviria pagar caro aos briosos advogados e defensores da moralidade e da ética no serviço público? Alguém já viu um criminoso ou um ladrão após manter contatos com o seu defensor afirmar que foi ele o culpado? Mesmo pego com a mão na massa, é sempre orientado a mentir, ou não?
Aproveito este fato para perguntar a OAB: orientar um cliente a mentir para se defender também não é crime? Ou jurar com a mão sobre a bíblia tem o mesmo valor e significado como fazem os nossos políticos quando juram cumprir a Constituição? O advogado estará sendo ético, utilizando desta arma?
Voltando ao caso do escândalo de Brasília, as vezes acontecem coisa que chega a dá um nó em nossa cabeça. Veja se alguém consegue entender: a OAB decide por pedir o impeachment do Governador, por considerar as provas como irrefutáveis. Porém, advogados filiados a OAB, estão lá afirmando que o “homem” é inocente. Então quem está com a verdade?
Em declaração o presidente da OAB voltou a lembrar que esta não é a primeira vez que Arruda é envolvido em escândalo. Em 2001, ele teve que renunciar ao mandato de senador no episódio do painel de votação eletrônico. Quem não se lembra à época, o então senador José Arruda chorando em frente das câmeras de televisão afirmando com grande convicção: "não matei, não roubei e não desviei recursos públicos". Em pleno plenário da Casa jurou pelos próprios filhos que era inocente. Quase consegue convencer. Porém, quando as evidências se avolumaram, acabou renunciando, junto com outro "paladino da honestidade", o falecido senador ACM.
E qual a punição sofrida? O povo de Brasília o elege a Deputado Federal com estrondosa votação e logo depois o escolhe para governá-los. E mesmo atolado em um lamaçal de denuncias em relação a sua administração, o DEM em seus programas políticos na televisão, o apresenta como um dos exemplos de administrador! Veja que brilhante o futuro deste partido, que foi rebatizado, mas continua com o matiz poluído.
E como diz o ditado popular “quem faz uma faz dez”, eis que nem bem foi reabilitado pelo eleitorado do Distrito Federal, o Sr. José Arruda volta a dar exemplo, de como não se deve portar um administrador público.
Porém, quem será o maior culpado? O eleitor que vota neste tipo de político ou a justiça que por não punir estimula este tipo de ação? Fica com você a resposta.
Senão vejamos. Estamos no mês de dezembro de 2009. Você sabia que até a presente data os personagens envolvidos no escândalo conhecido como SANGUESSUNGAS, que contou com a participação de quase um quinto dos deputados e centenas de prefeitos em todo o Brasil continuam livres e impunes? Quantos ainda continuam no Congresso? E em 2010, quantos retornarão?
Mesmo apesar do escâdalo, em alguns estados, como Minas Gerais, por exemplo, não houve qualquer condenação contra os ex-prefeitos, funcionários públicos e empresários denunciados por envolvimento com a chamada máfia dos sanguessugas, como ficou conhecida a quadrilha que, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, teria negociado mil ambulâncias em 20 estados e movimentado cerca de R$ 100 milhões desde 1998?
Ao que se sabe só ocorreu uma punição, talvez até para demonstrar como nossa JUSTIÇA é operosa e atuante, a do ex-deputado federal e hoje vereador Cabo Júlio, condenado pela Justiça a devolver R$ 143 mil aos cofres públicos e pagar multa de três vezes o valor embolsado do erário. A punição foi tão dura, que ele hoje é apenas vereador. Não deveria ter perdido este direito, ou roubar dinheiro público da saúde em lugar de fazer mal faz bem?
Por falta de ações é que os envolvidos não poderão deixar de ser julgados, se os nossos bravos e operosos magistrados não deixarem prescrever, pois ao que se sabe já foram apresentadas pelo menos 21 ações de improbidade administrativa contra os envolvidos.
Portanto, diante de uma Justiça ágil que temos, a qual nunca pune os poderosos e bandidos transvestidos de políticos, onde a maioria dos crimes de colarinho branco prescrevem por falta de julgamento, o que se pode esperar são fatos como estes ocorrerem e a população mais uma vez ter a certeza de que nada ocorrerá.
Diariamente estamos sendo bombardeados com as denúncias de cobrança de propinas a empresas fornecedoras de produtos e serviços para o governo de Brasília e pagamento de mensalidade a deputados aliados na Assembléia Distrital.
Os dirigentes do DEM, partido que na maior cara de pau vem tentando dar uma de arauto da moralidade, este mesmo partido que em suas origens já se envolveu em todo tipo de escândalos e mal versação do dinheiro público, é só comparar o desenvolvimento dos Estados do Nordeste, região de maior feudo do DEM e como se encontram os seus “coronéis” até hoje incrustados no partido. È o partido por onde passaram ou ainda lá se encontram Cesar Maia, João Alves Filho, Paulo Maluf, ACM, Sarney e uma série interminável de homens públicos que enriqueceram através de desvios de dinheiro que deveriam ter sido aplicados em bem da sociedade, mas o foram em benefício dos mesmos, e os seus dirigentes estão a aguardar a defesa formal do governador, que como no caso da violação do painel do Senado, ele era tão inocente que parecia um anjo, e de tão inocente foi recebido de braços abertos pelo seu atual partido. A não ser que o Sr. Arruda tenha alguma carta na manga, após a ameaça feita aos valorosos paladinos da “honestidade”.
É claro que ele jamais irá se dizer culpado, não acha? Senão para que serviria pagar caro aos briosos advogados e defensores da moralidade e da ética no serviço público? Alguém já viu um criminoso ou um ladrão após manter contatos com o seu defensor afirmar que foi ele o culpado? Mesmo pego com a mão na massa, é sempre orientado a mentir, ou não?
Aproveito este fato para perguntar a OAB: orientar um cliente a mentir para se defender também não é crime? Ou jurar com a mão sobre a bíblia tem o mesmo valor e significado como fazem os nossos políticos quando juram cumprir a Constituição? O advogado estará sendo ético, utilizando desta arma?
Voltando ao caso do escândalo de Brasília, as vezes acontecem coisa que chega a dá um nó em nossa cabeça. Veja se alguém consegue entender: a OAB decide por pedir o impeachment do Governador, por considerar as provas como irrefutáveis. Porém, advogados filiados a OAB, estão lá afirmando que o “homem” é inocente. Então quem está com a verdade?
Em declaração o presidente da OAB voltou a lembrar que esta não é a primeira vez que Arruda é envolvido em escândalo. Em 2001, ele teve que renunciar ao mandato de senador no episódio do painel de votação eletrônico. Quem não se lembra à época, o então senador José Arruda chorando em frente das câmeras de televisão afirmando com grande convicção: "não matei, não roubei e não desviei recursos públicos". Em pleno plenário da Casa jurou pelos próprios filhos que era inocente. Quase consegue convencer. Porém, quando as evidências se avolumaram, acabou renunciando, junto com outro "paladino da honestidade", o falecido senador ACM.
E qual a punição sofrida? O povo de Brasília o elege a Deputado Federal com estrondosa votação e logo depois o escolhe para governá-los. E mesmo atolado em um lamaçal de denuncias em relação a sua administração, o DEM em seus programas políticos na televisão, o apresenta como um dos exemplos de administrador! Veja que brilhante o futuro deste partido, que foi rebatizado, mas continua com o matiz poluído.
E como diz o ditado popular “quem faz uma faz dez”, eis que nem bem foi reabilitado pelo eleitorado do Distrito Federal, o Sr. José Arruda volta a dar exemplo, de como não se deve portar um administrador público.
Porém, quem será o maior culpado? O eleitor que vota neste tipo de político ou a justiça que por não punir estimula este tipo de ação? Fica com você a resposta.
Senão vejamos. Estamos no mês de dezembro de 2009. Você sabia que até a presente data os personagens envolvidos no escândalo conhecido como SANGUESSUNGAS, que contou com a participação de quase um quinto dos deputados e centenas de prefeitos em todo o Brasil continuam livres e impunes? Quantos ainda continuam no Congresso? E em 2010, quantos retornarão?
Mesmo apesar do escâdalo, em alguns estados, como Minas Gerais, por exemplo, não houve qualquer condenação contra os ex-prefeitos, funcionários públicos e empresários denunciados por envolvimento com a chamada máfia dos sanguessugas, como ficou conhecida a quadrilha que, segundo investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, teria negociado mil ambulâncias em 20 estados e movimentado cerca de R$ 100 milhões desde 1998?
Ao que se sabe só ocorreu uma punição, talvez até para demonstrar como nossa JUSTIÇA é operosa e atuante, a do ex-deputado federal e hoje vereador Cabo Júlio, condenado pela Justiça a devolver R$ 143 mil aos cofres públicos e pagar multa de três vezes o valor embolsado do erário. A punição foi tão dura, que ele hoje é apenas vereador. Não deveria ter perdido este direito, ou roubar dinheiro público da saúde em lugar de fazer mal faz bem?
Por falta de ações é que os envolvidos não poderão deixar de ser julgados, se os nossos bravos e operosos magistrados não deixarem prescrever, pois ao que se sabe já foram apresentadas pelo menos 21 ações de improbidade administrativa contra os envolvidos.
Portanto, diante de uma Justiça ágil que temos, a qual nunca pune os poderosos e bandidos transvestidos de políticos, onde a maioria dos crimes de colarinho branco prescrevem por falta de julgamento, o que se pode esperar são fatos como estes ocorrerem e a população mais uma vez ter a certeza de que nada ocorrerá.
2 comentários:
De; Floriano Lott
Meu nobre e preclaro amigo.
Gosto do que você escreve.
O advogado que instrui seu cliente a mentir na delegacia é uma besta.
O Delegado só indicia quando já tem o fio da meada. Daí parte para a coleta das provas supracitadas. Pela constituição toda pessoa indiciada pode ficar calada, pois ninguém é obrigado a fazer prova contra si próprio. Pode contar a versão que foi ensinada pelo advogado, mas tem que se encaixar como as peças de um quebra cabeça nas provas colhidas, se não não adianta nada.
Qualquer indiciado pode mentir à vontade, pois réu mentir não é crime. Mentir faz parte do amplo direito de defesa, de todo o mundo.
O réu só é acusado pelas provas colhidas, nunca pela confissão.
Agora veja: o advogado criminalista é um guerreiro. Vamos ver quantas pessoas defendendo o criminoso: o advogado dele, uma. Se tiver mais de um, só um realmente funciona, os outros são oficebóis dele.
Agora, quantas pessoas para meter o criminoso na penitenciária: o inspetor, o detetive, o bacharel escrivão, o bacharel delegado, os peritos criminais, o bacharel promotor, o bacharel juiz da primeira instância, três bacharéis desembargadores da turma, onze bacharéis ministros do STJ ou do STF.
Isso tudo contra um mísero advogado criminalista.
A coisa mais fácil que tem é tirar um criminoso de dentro da delegacia. Tem a fiança nos crimes afiançáveis. Quando não cabe fiança, no mesmo dia o advogado entra com o pedido de relaxamento de prisão, se o cara realmente é criminoso; se não é, entra com habeas-corpus ou acusa a autoridade de abuso de autoridade.
Só dois por cento dos crimes vão para a mão do juiz. É preciso o advogado ser muito ruim para o cliente dele estar nesses dois por cento. O negócio é a Globo não cair em cima. Aí se danou. Justiça para o telespectador ver.
Tem jeito não.
Senhor dos políticos, perdoai os nossos poucos pecados assim como os temos cometido vez por outra quando não estás olhando, e não nos livrai do Mensalão — dinheirinho extra que entra no caixa dos nossos paletós para nos perpetuar no poder. Outro dia nós pecamos, é verdade, pusemos na cueca umas notinhas de 100 reais, sobra de umas campanhas para prefeitos, deputados, governadores et cetara, mas não nos deixai cair em desgraça, afinal fazemos isso faz tempo e enquanto não nos traiam — um e outro dissidente insatisfeito com a fatia que lhe coube do bolo —, e nos flagrem com a mão por dentro das calças.
Ó, pai, que o dia de amanhã nos dê tempo para criar uma desculpa plausível e explicar o inexplicável ato; que nossos advogados possam inventar invariavelmente uma defesa justa e convincente para nos livrar da imprensa bisbilhoteira; que não nos arreliem com as caixas de panetone que distribuiremos hipoteticamente ao povo pobre e sofredor que à época do Natal nada tem sobre a mesa senão a esperança de recebê-las um dia, quiçá na próxima eleição se não nos cortarem a cabeça e os mandatos por um deslize parco desses que cometemos em nome de nosso povo. Quanta injustiça nos faz esses arautos do exagero por causa de imagens nem sempre nítidas que apenas sugerem uma ideia e não um fato, ainda mais quando sabemos que nos dias atuais as montagens televisivas são bastantes comuns e corriqueiras. Desse modo, entenda, ó senhor, que nem sempre o que vemos condiz exatamente com a realidade.
Que diremos a nossos familiares? Se uma lágrima de arruda nos escapa pelo canto borrado dos olhos, logo um especialista desses engraçadinhos num trocadilho infame vai dizer que é de jacaré, quando em verdade é do DEM de Brasília, como também já o foi de Minas, de São Paulo e até do Planalto. Portanto, pai-nosso que não estás no céu, mas no meio de nós, não nos olhai com a indiferença celestial, apenas nos conceda o perdão hipotético para os nossos atos. Se assim o fizeres, toda a gente também o fará, e nós faremos o possível para não cair novamente em tentação.
Mas livrai-nos do mal. Amém!
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