Os prós e contras da semana de 4 dias de
trabalho no Brasil
Durante seis meses, 19
empresas brasileiras participaram de um experimento para reduzir a jornada de trabalho.
A ideia era que os funcionários trabalhassem apenas quatro dias por semana,
porém mantendo 100% do salário e da produtividade.
Com base nos relatos
de líderes e funcionários de algumas dessas companhias, o g1 elaborou uma lista
de prós e contras da semana de 4 dias de trabalho.
Entre os desafios,
trabalhadores relataram dias mais corridos e a necessidade de aprender as
funções dos colegas, para cobri-los na folga. Ainda assim, todos concordam que
os benefícios da jornada reduzida se sobressaíram.
O que dizem os
participantes
PRÓS ✅
“A gente tem a ‘hora
do foco’ diária. É um momento sem reunião, sem responder mensagens. A gente
também tem feito reuniões mais concisas, mais rápidas, com menos gente”,
detalha a diretora Roberta Faria, da Mol Impacto, empresa de produtos sociais.
Assim, “a área [que
aderiu à semana de 4 dias] se tornou a mais eficiente da empresa, disparando na
frente das outras”.
“Eu participei da
minha primeira corrida de rua”, diz Rafaela Carvalho, funcionária da Mol.
“Criei o hábito de fazer mais atividade física e também consigo visitar mais
locais em São Paulo, posso ser turista na minha própria cidade.”
“Uso a folga para
resolver questões burocráticas, fazer exames, coisas que precisam ser feitas em
dias úteis”, comenta Emília Junqueira, coordenadora de projetos da Greco,
empresa de design gráfico.
"As faltas e
atrasos realmente melhoram bastante porque a pessoa consegue se organizar
melhor. É claro que se ocorre um acidente, tudo bem, mas as ausências sem
justificativa diminuíram", afirma Eduardo Hagiwara, diretor geral do
Hospital Indianópolis, que aderiu ao projeto com a área administrativa.
“É um diferencial
muito grande da empresa. Todos os meus amigos falavam sobre isso, perguntavam
como estava sendo. Todo mundo queria mandar currículo para a gente”, afirma
Tadeu Carazza, associado do escritório Clementino e Teixeira Advocacia.
CONTRAS ❌
“A parte em que mais
tivemos desafios foi a dos advogados que trabalham com processos porque eles
têm prazos judiciais, audiências e compromissos com clientes atrelados a esses
prazos. Às vezes, o advogado já fez a parte dele, mas depende de um documento
que o cliente não entregou”, conta Soraya Clementino, sócia-fundadora do
escritório Clementino e Teixeira.
“O ritmo de trabalho
definitivamente aumenta e a pressão também porque a gente tem muita vontade de
entregar resultado e fazer [o projeto] dar certo. O que funciona na prática é
cortar as distrações”, afirma Rafaela, da Mol Impacto.
“Um precisa saber como
cobrir o trabalho do outro”, destaca a diretora Roberta Faria.
“Todos nós tivemos que
nos empoderar. O que o analista precisa saber para estar preparado para uma
determinada reunião, no lugar do gerente?”, continua a funcionária Rafaela.
“Temos que pensar que
a empreitada é coletiva. Não posso fazer o que estou com vontade no dia. Tenho
que seguir o planejamento”, explica Cláudia Carmello, sócia-fundadora da
agência de publicidade PiU Comunica.
“A gente contratou uma
pessoa, mais no final do projeto, e uma ferramenta de inteligência artificial,
de pesquisa de jurisprudência. Teve um custo inicial de 3 a 4% da nossa
empresa, mas acredito que é um investimento baixo face ao tamanho do ganho”,
diz Soraya, do escritório de advocacia.
Semana de 4 dias: por que algumas
empresas decidiram não manter todas as folgas após teste
Algumas empresas que
participaram de um experimento sobre a semana de 4 dias de trabalho no Brasil
precisaram fazer ajustes para permitir que os funcionários continuem atuando
com uma jornada reduzida, ainda que não todas as semanas, após o teste de seis
meses.
Um escritório de
advocacia em São Paulo (SP) decidiu diminuir o número de folgas inicialmente
previstas no projeto piloto. O descanso semanal foi substituído por apenas um
dia livre no mês, além dos fins de semana e feriados.
“Começamos de maneira
muito empolgada, mas não coube”, afirma Soraya Clementino, sócia-fundadora do
escritório Clementino e Teixeira.
“A parte em que mais
tivemos desafios foi a dos advogados que trabalham com processos porque eles
têm prazos judiciais, audiências e compromissos com clientes atrelados a esses
prazos. Às vezes, o advogado já fez a parte dele, mas depende de um documento
que o cliente não entregou.”
O experimento em
questão é uma iniciativa da "4 Day Week Brazil", parceira no Brasil
da "4 Day Week Global", uma organização sem fins lucrativos que já
fez vários testes parecidos ao redor do mundo. O objetivo é reduzir a jornada
de trabalho, mantendo 100% dos salários e da produtividade.
Ao todo, 19 empresas
concluíram a primeira edição do experimento no Brasil. Todas decidiram manter,
permanentemente ou ainda como teste, a redução do expediente, mas algumas em
menor escala, como o escritório de advocacia.
As companhias são de
cinco cidades em quatro estados (SP, RJ, MG e PR) e participaram do projeto
com, no máximo, 25 colaboradores. A maioria é da área de tecnologia,
comunicação e consultoria, mas um hospital também participou, com funcionários
da área administrativa.
A segunda edição está
com inscrições abertas até o fim de setembro. E, além do investimento no
projeto, que custa a partir de R$ 7 mil, as empresas participantes relataram
gastos com contratações e tecnologia.
“Mas entendo que é um
valor baixo face ao tamanho do ganho porque essas ferramentas e contratações permitirão,
a longo prazo, absorver mais trabalho com a mesma equipe", pondera Soraya,
do escritório de advocacia.
No escritório de
advocacia, que tem 15 funcionários, alguns setores tiveram mais facilidade para
reduzir a jornada, como a área administrativa e a dos advogados que trabalham
com consultoria, conta o associado Tadeu Carazza.
É que essa equipe, da
qual ele faz parte, analisa contratos, desenvolve documentos para adequação de
uma empresa a alguma lei, resolve questões de compliance, entre outras funções
que, normalmente, permitem que os prazos de entrega sejam negociados apenas com
os clientes.
No entanto, após o fim
do experimento, a decisão do escritório foi modificar o esquema de folgas para
todos os funcionários.
A empresa substituiu a
semana de 4 dias por um único dia de descanso por mês, mas, agora, a ideia é
aumentar as folgas aos poucos.
“É uma questão de
equidade. Quando alguém não está trabalhando, alguma atividade vai ficar sem
ser feita e aí, se mais pessoas estiverem no escritório, mesmo que não sejam da
área, elas podem ajudar. Fica mais fácil para todos conseguirem a folga”, diz Soraya
Clementino.
A importância da
colaboração entre os funcionários durante o experimento também foi destacada
pela Mol Impacto, uma empresa de São Paulo (SP) que desenvolve produtos para
ajudar causas sociais, como as revistinhas de doações vendidas em farmácias.
Após o piloto, a
companhia decidiu manter a semana de 4 dias e, agora, pretende expandir para
todos os colaboradores. Inicialmente, o teste foi feito com 13 dos 55
funcionários, que se dividiram em duplas, para um folgar na segunda e o outro,
na sexta-feira.
Para o método dar
certo, segundo a CEO Roberta Faria, “um precisa saber como cobrir o trabalho do
outro”.
E isso significa,
inclusive, em alguns casos, desempenhar tarefas que não fazem parte da sua
lista original de atribuições.
Ainda assim, a
diretora afirma que os funcionários não se importaram em aprender novas funções
porque havia um espírito de equipe, para fazer o projeto funcionar. “Tivemos
que dar mais autonomia, confiar mais nos colegas”, diz.
“Todos nós tivemos que
nos empoderar. O que o analista precisa saber para estar preparado para uma
determinada reunião, no lugar do gerente? E a postura do analista, geralmente,
era de ‘me ensina, porque aí vai dar certo para todos nós’”, relata a funcionária
Rafaela Carvalho.
<><> Dias
mais corridos 🏃♀️➡️
Outra percepção comum
entre as empresas participantes do projeto foi a de um ritmo mais acelerado nas
horas efetivas de trabalho. Quase metade dos líderes e trabalhadores notaram
esse aumento, de acordo com o relatório final do teste.
É que a proposta do
experimento era diminuir os dias de serviço, mas sem, jamais, aumentar o número
de horas trabalhadas por dia.
“Certamente, os dias
ficaram mais corridos. Tem tudo a ver com eliminar distrações, mas o feedback é
que o benefício de um dia de folga é muito grande, então vale a pena o
esforço”, observa Cláudia Carmello, sócia-fundadora da agência de publicidade
PiU Comunica.
A empresa, também de
São Paulo (SP), tem 25 funcionários e faz parte do grupo de participantes que
teve que dar um passo para trás para continuar com a jornada reduzida.
Inicialmente, a
agência aderiu ao teste com uma parte dos funcionários folgando na quarta-feira
e a outra, na sexta. Agora, o método mudou para todos descansarem às sextas,
mas a cada 15 dias.
Para a empresa não ter
que fechar neste dia da semana, os funcionários se revezam: uma parte deles
folga na primeira sexta-feira do mês, por exemplo, e a outra, na sexta-feira
seguinte.
“A gente percebeu que
folgar de quarta não era o melhor modelo para a gente. Acontece coisa demais.
De sexta, os próprios clientes pedem menos coisas, é mais parado. Resolvemos
fazer isso para ter tempo de cuidar dos aprimoramentos e ver qual modelo vamos
adotar de maneira fixa”, explica Cláudia.
Na Mol Impacto,
empresa de produtos sociais, o que funcionou foi "cortar as
distrações", diz a funcionária Rafaela Carvalho. Ela percebeu, inclusive,
que começou a terminar os dias de trabalho com várias mensagens não lidas no
WhatsApp, porque passou a evitar respondê-las durante o expediente.
“A gente tem a ‘hora
do foco’ diária. É um momento sem reunião, sem responder mensagens. A gente
também tem feito reuniões mais concisas, mais rápidas, com menos gente”,
detalha a diretora Roberta.
No caso do escritório
de advocacia, a semana de 4 dias ficou ainda mais puxada porque, na prática, os
funcionários chegavam a extrapolar os 5 dias de trabalho antes da tentativa de
reduzir a jornada, conta Soraya, a sócio-fundadora.
"Às vezes, os
advogados precisam responder a clientes fora do horário, no fim de semana...
Então, para nós, tirar um dia de trabalho significou reduzir mais do que 20% da
jornada e, mesmo com as melhorias, as pessoas ficaram muito sobrecarregadas."
<><>
Cumprir prazos é obrigatório 🗓️
O ritmo mais acelerado
de trabalho também pode ser explicado pela necessidade de cada funcionário
adiantar suas tarefas. Na agência de publicidade, eles não costumam desempenhar
as funções do colega que está de folga.
“Não tem como. Cada um
é técnico, então a gente se programa para fazer as entregas antes. [A
substituição] é mais em caso de emergência, enviar algum e-mail, algo mais
simples”, relata a gerente de mídia Carolina Giacomelli.
E, para que isso seja
possível, todo o time precisa entender as prioridades e entregar as demandas
dentro dos prazos. “É uma escadinha. Tem o atendimento ao cliente, o time de
mídia, criação, e a gente conversa o tempo todo”, afirma.
“Temos que pensar que
a empreitada é coletiva. Não posso fazer o que estou com vontade no dia. Tenho
que seguir o planejamento”, explica Cláudia, a sócia-fundadora da agência.
Na Greco, empresa de
design gráfico sediada em Belo Horizonte (MG), antecipar a produção também
ajudou.
"A gente
conseguiu se organizar para entregar todas as demandas até quinta-feira. Não
poderíamos passar para segunda porque a ideia do projeto é manter 100% da
produtividade", relata o dono Gustavo Greco.
É que todos os 22
funcionários da companhia folgam de sexta-feira, e isso será mantido após o
teste.
“Ainda temos momentos
de muitas entregas, e a gente não se culpa. Se a pessoa precisar muito ir
trabalhar na sexta, por causa de algum evento, cliente, ela vai e depois folga
em outro dia", diz Gustavo
<><> As
decisões de cada empresa após o teste:
Clementino e Teixeira, escritório de
advocacia de São Paulo (SP)
- participou do
projeto com todos os 15 funcionários
- semana de 4 dias
virou 1 folga mensal
Mol Impacto, empresa de produtos
sociais de São Paulo (SP)
- participou do
projeto com 13 dos 55 funcionários
- vai manter semana de
4 dias e tentar expandir para mais colaboradores
PiU Comunica, agência de publicidade
de São Paulo (SP)
- participou do
projeto com todos os 25 funcionários
- semana de 4 dias
virou 1 folga quinzenal
Greco, empresa de design gráfico de
Belo Horizonte (MG)
- participou do
projeto com todos os 22 funcionários
- vai manter semana de
4 dias
• 'Short friday': sair mais cedo do
trabalho às sextas já é realidade para alguns brasileiros; entenda sistema
O "sextou"
do gerente de treinamentos Marcus Vieira começa mais cedo, às 13h. É que ele
trabalha para uma indústria farmacêutica que adotou a política da "short
friday", que reduz a jornada de trabalho às sextas e antecipa o início do
fim de semana.
Não existe lei que
regulamente especificamente este sistema, mas não é permitido descontar do
salário as horas não trabalhadas.
<><> Cabe
a cada empresa determinar:
☀️🌙 o horário para a liberação dos funcionários;
⏱️se haverá necessidade de compensação em outro dia da semana;
✍️ se o benefício constará do contrato;
👷a quais áreas ele se aplica.
"Aproveito para
colocar as coisas em ordem, sabe? Resolver uma pendência, cortar o cabelo,
fazer uma consulta, coisas assim", conta Marcus, que recompensa as horas
não trabalhadas nos demais dias da semana.
Empresas que aderiram
ao sistema afirmam que as consequências são positivas, mas a implantação exige
atenção às leis trabalhistas.
➡️ Na tradução para o português, "short friday"
significa "sexta-feira curta". A cultura acompanha outra tendência no
mundo corporativo: a valorização do bem-estar profissional, explica Victor
Richarte, especialista em gestão de pessoas.
"Isso não tem a
ver com gerações. É um movimento no qual se tem um posicionamento dos
trabalhadores frente às realidades organizacionais."
Não é à toa que a
procura por políticas mais flexíveis tem chamado tanto a atenção. Uma delas é a
semana de quatro dias, que reduz a quantidade de dias trabalhados sem alterar o
salário dos funcionários.
Esse benefício também
não exige a compensação das horas não trabalhadas, como pode acontecer na
"short friday".
"O que as
empresas ofereciam antes já não é mais atrativo. Eles (funcionários) querem
empresas que pensam no bem-estar, na saúde e que ofereçam flexibilidade",
complementa Richarte.
<><>
Horários não trabalhados recompensados
Foi para promover
essas condições no ambiente de trabalho que a farmacêutica Takeda resolveu
implantar a "short friday" em sua política interna.
Lá, apesar de o
benefício não constar no contrato, os horários não trabalhados são
recompensados ao longo da semana.
"Começamos com a
'summer friday' - saída antecipada às sextas de verão - e a gente viu que era
um diferencial. Pensamos: 'Por que não estender?' Foi então que migramos para a
'short' em 2010", explica Eliane Pereira, executiva de recursos humanos da
empresa.
Segundo ela, a
farmacêutica oferece ainda outros quatro benefícios que envolvem a
flexibilização do expediente: três dias de folga - além das férias - para usar
ao longo de 1 ano, saída antecipada às vésperas de feriados, folga extra ao
trabalhador em razão do aniversário de cada filho dele e folga extra ao
trabalhador em razão do seu aniversário.
Um levantamento da
consultoria Mercer Marsh Benefícios feito no primeiro semestre de 2023 com 850
empresas brasileiras identificou que 78% delas oferecem algum tipo de
flexibilidade no trabalho. Deste grupo, 13% adotam a "short friday".
Participaram da
pesquisa empresas dos setores financeiro, de tecnologia, de manufatura, bens de
consumo não duráveis, de agropecuária e da área da saúde.
Quem também segue a
tendência é a Bayer. A medida, implantada em 2011, é feita através da
compensação de horas nos demais dias da semana e beneficia funcionários das
áreas administrativas (comunicação, recursos humanos e tecnologia da
informação).
Embora o horário
padrão da "short friday" seja das 7h30 às 13h30, a empresa oferece
aos funcionários a opção de entrarem até duas horas mais tarde, o que significa
que eles podem sair duas horas mais tarde. A regra também é aplicada em
vésperas de feriados nacionais.
Ainda segundo a Bayer,
os funcionários podem aceitar ou não fazer parte da política.
💰 A 'short friday' vale a pena?
Além de simplesmente
seguir uma tendência, reduzir o expediente às sextas pode refletir
positivamente na imagem da empresa, segundo Richarte.
"Para a
organização, cria uma imagem preocupada com o bem-estar, com a qualidade de
vida e antenada com as necessidades atuais".
Ainda segundo as
empresas participantes, apesar da redução das horas trabalhadas, os
profissionais beneficiados acabam se tornando mais produtivos em suas funções.
"Isso trouxe um
nível de comprometimento e engajamento maior. A gente sente isso,
principalmente, nas nossas pesquisas [...]. As pessoas querem estar numa
companhia que tenha os mesmo valores que ela", afirma a executiva de RH da
Takeda.
Já na Bayer, a adesão
"tem sido vista como um ponto de retenção e atração de talentos",
afirma Erica Barbagalo, vice-presidente de recursos humanos na sede brasileira.
⚖️ O que diz a lei trabalhista?
Como não há leis que
regulamentem a "short friday”, ela pode ser aplicada em diferentes
mecanismos, como a redução do expediente ou a compensação das horas não
trabalhadas em outros dias da semana.
"A redução de
salários, com redução de jornada, só é possível mediante acordo coletivo de
trabalho. No caso da 'short-friday', por ser uma proposta de bem-estar, ou será
realizada mediante compensação destas horas ou realmente um benefício concedido
pelo empregador", diz a advogada trabalhista Ana Gabriela Burlamaqui.
Caso o empregador não
solicite o esquema de compensação, o contrato de trabalho não precisa ser
alterado. Basta apenas implementar uma política interna.
🚨 Mas, atenção: após conceder o benefício, o empregador não
poderá desistir da decisão e exigir o expediente como antes da redução sem a
aprovação dos funcionários - desde que a política esteja prevista no contrato
de trabalho - explica Ana Gabriela Burlamaqui.
Se a 'short friday'
for implantada mediante compensação posterior das horas não trabalhadas, o
contrato de trabalho precisará ser alterado, formalizando o regime de
compensação nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho. Caso contrário,
não existem garantias de que a "short friday" permaneça.
Fonte: g1
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