'Consenso': Kamala e Trump não divergem e
abraçam militarismo na política externa, dizem analistas
Debate presidencial
entre Harris e Trump demonstra consenso bipartidário sobre assuntos de política
externa nos EUA. Por trás de desavenças pontuais, ambos os candidatos são
financiados por elite interessada na hegemonia global, disse analista
norte-americano à Sputnik Brasil.
Nesta terça-feira
(10), o primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA, Donald Trump
e Kamala Harris, demonstrou a relevância que temas de política externa terão
para decidir o resultado das eleições de novembro.
Na ocasião, os
candidatos utilizaram temas como o conflito na Ucrânia, a saída dos EUA do
Afeganistão e a ascensão da China para delinear a diferença entre suas
abordagens. Para analistas ouvidos pela Sputnik Brasil, a tentativa não foi
bem-sucedida, e os candidatos demonstraram mais uma vez o amplo consenso que os
principais assuntos de política externa gozam entre a elite política
norte-americana.
Considerando o amplo
espectro de problemas sociais que os EUA enfrentam hoje, desde acesso à
moradia, saúde e transporte até epidemia de uso de opioides entre diversos
grupos etários da população, o papel da política externa poderia ser relegado
ao segundo plano.
No entanto, o esforço
de guerra israelense em Gaza catapultou a agenda internacional para o centro
das eleições presidenciais norte-americanas, acredita o jornalista e
apresentador do Break Through News, Eugene Puryear.
"Acredito que
essa campanha talvez seja a mais centrada em política externa dos últimos
tempos. O genocídio em Gaza é o responsável por isso, principalmente porque
coloca em xeque a possibilidade de Kamala Harris vencer o pleito", disse
Puryear à Sputnik Brasil. "Ela não conseguirá obter votos de números
significativos de representantes da comunidade árabe e muçulmana dos EUA, além
de jovens e outros grupos indignados com o que está acontecendo na questão
palestina."
Durante o debate
presidencial, a candidata democrata Kamala Harris reafirmou a posição da
administração Biden, dizendo que "Israel tem o direito de se
defender", ainda que reconhecendo que "muitos palestinos inocentes
faleceram". O ex-presidente Donald Trump notou a ausência de Harris na
recepção ao líder israelense Benjamin Netanyahu pelo Congresso dos EUA, o que
seria um sinal de que ela "odeia Israel" e também "a população
árabe".
Polícia retira
manifestantes pró-Palestina durante o debate presidencial entre a
Outros temas de
política externa que poderão ter impacto na escolha do eleitor são o conflito
na Ucrânia e a abordagem em relação à China. De acordo com Puryear, o aceno de
Trump com possíveis mudanças em relação ao apoio norte-americano à Ucrânia
tenta explorar o sentimento antiguerra entre diversos grupos sociais.
"Sabemos que,
quando Trump esteve no poder, sua política em relação à Ucrânia era bastante
belicosa. Mas recentemente vemos pessoas no Partido Republicano e na direita
[norte-americana] criticando o conflito na Ucrânia", considerou Puryear. "Pesquisas
mostram que eleitores democratas também estão mudando sua posição em relação à
Ucrânia, mas isso não se reflete na política do partido, que é 100%
comprometida com essa guerra por procuração."
Durante o debate desta
terça (10), Trump defendeu que o fim do conflito na Ucrânia interessa aos EUA,
dizendo ser capaz de negociar a paz "ainda antes de assumir a
presidência". Já Kamala Harris se comprometeu a liderar o apoio ocidental
a Kiev, acusando seu opositor de estar sendo manipulado.
<><> Consenso
bipartidário
Para a pesquisadora de
pós-doutorado do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Universidade
Tiradentes (UNIT-SE) Lívia Peres Milani, "a grande permanência em política
externa é a busca de manutenção da hegemonia". Para atingir esse objetivo,
no entanto, Trump e Kamala Harris adotam estratégias diferentes.
"Kamala adere à
visão mais convencional nos EUA, de que a continuidade da hegemonia depende da
manutenção da ordem liberal", disse Milani à Sputnik Brasil. "Nestes
termos, busca-se legitimar o domínio estadunidense com base em um discurso pautado
no liberalismo político – especialmente a defesa da democracia e dos direitos
humanos como temas universais."
Por outro lado, o
candidato republicano Donald Trump promoveria "uma retórica unilateral e
busca a manutenção do domínio com base na construção dos meios de força e no
nacionalismo econômico". O jornalista norte-americano Eugene Puryear
também enxerga muitos traços de consenso bipartidário na agenda de política
externa dos EUA.
"O apoio
bipartidário ao genocídio em Gaza é claro como o dia nos EUA. E tem sido assim
há décadas no que diz respeito à questão israelo-palestina", declarou
Puryear. "Na China, em particular, não há realmente nenhuma diferença
entre os dois [partidos]. Ambos estão promovendo uma nova Guerra Fria contra a
China e o discurso de que ela é uma grande ameaça que precisa ser enfrentada
militarmente."
O consenso
bipartidário em relação a potências como China e Rússia está expresso sobretudo
nas estratégias de defesa nacional de Trump e Biden. Ambos os documentos
enfatizam a necessidade de conter e cercar a China, limitando sua influência
global e crescimento econômico, disse o norte-americano. Apesar dos consensos,
a pós-doutoranda Milani nota que os candidatos legitimam a sua postura ofensiva
em relação à China de formas distintas.
"Para o Partido
Democrata importa a caracterização da China como uma ameaça em razão de seu
regime político, por isso a sua definição como país autoritário é central à
narrativa", disse Milani. "Já Trump busca construir a ideia da China
como ameaça econômica, como fonte da desindustrialização nos Estados Unidos – e
faz uso de uma retórica mais abertamente xenófoba."
Durante o debate,
Donald Trump argumentou que sua administração impôs tarifas pesadas contra
produtos chineses, que foram mantidas pela administração Biden-Harris. Em
resposta, a candidata democrata acusou seu adversário de manter o acesso chinês
a tecnologia de microprocessadores, garantindo o desenvolvimento militar do
país.
<><> Consenso
financeiro
O amplo entendimento
sobre assuntos de política externa entre os partidos norte-americanos é, em
grande medida, fundamentado no poder da elite econômica do país, que financia
ambos os lados. Nesse sentido, o descontentamento popular com o rumo da diplomacia
nacional pode ter impacto limitado no processo eleitoral.
"Os EUA é
residência de pessoas extremamente ricas, que estão entrincheiradas em suas
posições de poder e não querem que isso mude. Essas são as pessoas que pagam as
contas das campanhas eleitorais, que custam bilhões de dólares", notou
Puryear. "Quem ganha as eleições é quem tem os maiores doadores. Todo
mundo sabe que é assim que funciona."
Neste sentido, o
consenso bipartidário sobre assuntos internacionais "não é aleatório, mas
advém do fato de que o governo dos EUA é um projeto de 1% da classe bilionária
do país, que quer garantir sua dominação global".
"As políticas
militaristas dos EUA tampouco são aleatórias, mas sim resultado do imperialismo
do governo dos EUA", disse Puryear. "Basta olharmos para o contexto
da ‘ordem internacional baseada em regras’, que contam com apoio de ambos os partidos.
A ideia é basicamente de que os EUA fazem as regras, e o restante deve seguir.
E, caso não sigam, serão sancionados, punidos ou invadidos. O que acaba sempre
acontecendo no final."
·
Papel da América Latina
O destaque para
assuntos de política externa na campanha eleitoral norte-americana de 2024 não
aborda diretamente o papel dos EUA na América Latina, ativo principalmente em
questões de embargo a Cuba, segurança no Haiti e no imbróglio entre Venezuela e
Guiana.
"Interessante
notar que não há propostas, ou uma agenda positiva, para a América Latina. A
região apenas entra em pauta em uma visão negativa, quando os temas são crime
organizado e migrações. Isto ocorre apesar da crescente importância do
eleitorado de ascendência latina, inclusive em estados-chave – a exemplo da
Flórida", declarou Milani.
Segundo ela, a região
não figura entre os temas prioritários dos partidos norte-americanos, "mas
existe uma burocracia especializada na região – no Departamento de Estado, de
Defesa, na USAID [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional]
e uma gama de atores privados que atuam e têm interesses nela".
O contexto de
transição geopolítica e a ascensão da multipolaridade, no entanto, poderão
levar os EUA a recrudescer seu controle sobre a América Latina, garantindo
acesso a recursos e posições estratégicas no continente, acredita Puryear.
"Na minha
opinião, isso significa que os imperialistas terão que se concentrar mais na
América Latina, que se torna cada vez mais importante para sua compreensão
geoestratégica da necessidade de controlar o território, seus recursos e
mercados, se eles realmente querem ser capazes de travar uma grande luta contra
a China", concluiu o especialista norte-americano.
O debate entre os
presidenciáveis norte-americanos foi sediado pela emissora local ABC News na
cidade de Filadélfia, com mediação dos jornalistas David Muir e Linsey Davis. A
possibilidade de um segundo encontro entre os candidatos está ameaçada, em função
de diferenças entre as equipes de campanha sobre o formato de um eventual
segundo debate.
<><>
Plantando as sementes da guerra: elite da Marinha dos EUA treina para o
conflito de Taiwan
A elite da Marinha dos
Estados Unidos, a SEAL Team 6, está treinando para missões para
"ajudar" Taiwan se as tensões entre a ilha e a República Popular da
China esquentarem.
Em meio ao conflito em
andamento no Oriente Médio e à guerra por procuração alimentada pela
Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Rússia na Ucrânia, os
militares dos EUA estão supostamente de olho em uma nova frente em meio às
tentativas de Washington de salvar a ordem mundial unipolar.
Fontes disseram ao
Financial Times (FT) que o planejamento e o treinamento para uma escalada na
província chinesa de Taiwan estão em andamento "há mais de um ano" no
QG da Seal Team 6 em Dam Neck, Virginia Beach.
O treinamento, que
coincide com implantações cada vez mais sistematizadas de forças especiais dos
EUA em Taiwan, ocorre em meio ao foco mais amplo da comunidade militar e de
inteligência dos EUA na China.
Tais implantações, e
até mesmo as vendas de armas dos EUA para Taiwan, são tecnicamente ilegais sob
acordos que sustentam as relações China-EUA, que exigem que Washington cumpra o
princípio de Uma Só China, reconhecendo a República Popular como o único
governo, sem autonomia política a Taipé. Esse princípio levou os EUA a encerrar
sua presença militar em Taiwan após 1979 e a assinar um comunicado com Pequim
em 1982 exigindo que Washington reduzisse gradualmente a extensão de suas
entregas de armas para a ilha.
Os EUA renegaram ambos
os compromissos, com dados internos do Pentágono divulgados em 2021 revelando
que um pequeno número de tropas dos EUA foi estacionado em Taiwan desde pelo
menos 2008. Em março de 2024, Taipé confirmou a presença permanente de tropas
dos EUA em ilhas no estreito de Taiwan para "fins de treinamento",
incluindo Boinas Verdes implantadas a apenas 10 km do continente.
"Os EUA estão
manipulando a questão de Taiwan de várias formas, o que é uma aposta muito
perigosa", disse o Ministério da Defesa da China sobre as ações dos EUA no
final de 2023, depois que o Congresso autorizou um "programa abrangente de
treinamento, aconselhamento e capacitação institucionalizada" para Taiwan.
"Instamos os EUA a perceberem completamente o dano severo do conteúdo
relacionado à China na Lei de Autorização de Defesa Nacional [NDAA, na sigla em
inglês], pararem de armar Taiwan sob quaisquer desculpas e por quaisquer meios,
pararem com suas provocações usando Taiwan para 'conter a China' e tomarem
ações concretas para manter a paz e a estabilidade regionais", instou
Pequim.
O presidente chinês,
Xi Jinping, que delineou formalmente uma política visando uma eventual
reunificação pacífica com Taiwan sob o princípio Uma China, Dois Sistemas,
supostamente acusou Washington de tentar "incitar Pequim a atacar
Taiwan" durante as negociações com a chefe da União Europeia (UE), Ursula
von der Leyen, em 2023.
¨ Na Espanha, países europeus e muçulmanos se reúnem e exigem
retirada das tropas israelenses de Gaza
Nesta sexta-feira
(13), Madri sediou uma reunião com vários países muçulmanos e europeus a fim de
encontrar maneiras de acabar com a guerra em Gaza. As autoridades presentes
pediram um cronograma claro para a comunidade internacional implementar uma
solução de dois Estados.
Em uma declaração
conjunta, os participantes na reunião exigiram a retirada completa das tropas
israelenses da Faixa de Gaza, incluindo o corredor de Filadélfia.
"Exigimos a
recuperação do controle total da administração palestina sobre a passagem
fronteiriça de Rafah […] e a retirada total das tropas israelenses da Faixa de
Gaza, incluindo o corredor de Filadélfia", diz o texto, publicado pelo
Ministério das Relações Exteriores do Egito.
Estiveram presentes no
encontro colegas da Noruega e da Eslovênia, o chefe de política externa da
União Europeia, Josep Borrell, o primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa,
e membros do Grupo de Contato Árabe-Islâmico para Gaza, que inclui Egito, Arábia
Saudita, Catar, Jordânia, Indonésia, Nigéria e Turquia.
"Nós nos reunimos
para fazer outro esforço pelo fim da guerra em Gaza, por uma saída para a
espiral interminável de violência entre os palestinos, os israelenses […] —
esse caminho está claro. A implementação da solução de dois Estados é o único
caminho", disse o ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel
Albares, a repórteres.
Albares acrescentou
que havia "uma clara vontade" entre os participantes, que
notavelmente não incluem Israel, "de passar das palavras às ações e de
avançar em direção a um cronograma claro para a implementação efetiva" de
uma solução de dois Estados, começando com a adesão da Palestina às Nações
Unidas.
Tel Aviv não recebeu
convite porque não faz parte do grupo de contato, disse o ministro espanhol,
afirmando, porém, que "ficaremos felizes em ver Israel em qualquer mesa
onde a paz e a solução de dois Estados sejam discutidas".
Em 28 de maio,
Espanha, Noruega e Irlanda reconheceram formalmente um Estado palestino
unificado governado pela Autoridade Palestina, compreendendo a Faixa de Gaza e
a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como sua capital. Com eles, 146 dos 193
Estados-membros das Nações Unidas agora reconhecem a condição da Palestina como
um Estado.
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Rússia acusa EUA de exercerem 'pressão aberta' na Turquia após Erdogan comentar
sobre Crimeia
Os Estados Unidos
exercem uma pressão aberta sobre Ancara, em particular, na questão da península
da Crimeia, denunciou nesta sexta-feira (13) o porta-voz do Kremlin, Dmitry
Peskov.
O presidente turco
Recep Tayyip Erdogan destacou em 11 de setembro a necessidade de devolver a
Crimeia à Ucrânia, observando que é isso que o direito internacional exige.
"Na verdade, os
EUA exercem pressão indisfarçável sobre a República da Turquia, sem
desconsiderar a intimidação com consequências para a economia turca",
disse Peskov, respondendo à questão de saber se a recente declaração de Erdogan
se deve ao desejo de Ancara de "jogar junto com os EUA para reduzir a
pressão das sanções sobre a sua economia".
No entanto, continuou
ele, a Turquia, na opinião da Rússia, continua a ser guiada pelos seus próprios
interesses, em particular, desenvolvendo o comércio econômico e outras
cooperações com Moscou.
A propriedade da
Crimeia é uma questão que suscita divergências entre a Rússia e a Turquia,
acrescentou Peskov.
"Não desistimos
das nossas tentativas, determinados a continuar a explicar aos nossos amigos e
colegas turcos o nosso ponto de vista, a nossa posição. Esperamos que com o
tempo isso permita que Ancara nos compreenda melhor e concorde com os nossos argumentos",
disse ele.
O porta-voz também
afirmou que a declaração do presidente da Rússia, Vladimir Putin, feita na
quinta-feira (12) sobre as consequências dos ataques com armas ocidentais
contra o território russo chegou aos seus destinatários.
"A declaração que
Putin fez ontem é muito importante. É extremamente clara, inequívoca e não
permite dupla leitura. E não temos dúvidas de que esta declaração chegou aos
seus destinatários", disse Peskov a repórteres.
Putin alertou a OTAN
que os ataques ucranianos com armas da aliança contra o interior do território
russo significarão que os países-membros da organização militar estão em guerra
com a Rússia.
A participação direta
da OTAN, enfatizou o presidente, muda a própria essência do conflito.
Vários especialistas
alertaram que um confronto direto entre a Rússia e a OTAN, ambas com arsenais
nucleares, teria consequências imprevisíveis para o mundo.
<><> Na
ONU, Venezuela denuncia que os EUA usam seus 'subordinados' para atacar a nação
O governo venezuelano
denunciou, nesta quinta-feira (12), no Conselho de Direitos Humanos da
Organização das Nações Unidas (ONU) que os Estados Unidos utilizam países
subordinados para atacar esta nação caribenha.
Movimento acontece
depois que a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino,
expôs sua preocupação com a suposta violação dos direitos humanos em Caracas.
"Exercitamos o
nosso direito de responder a uma declaração lida pelo Ministro das Relações
Exteriores da Argentina em nome de um grupo de países, obviamente sabemos que
esta nova agressão contra a Venezuela vem dos Estados Unidos, que mais uma vez
utiliza seus subordinados para seus propósitos indizíveis", disse o
representante permanente da Venezuela, Alexander Yánez, em seu discurso no
Conselho de Direitos Humanos.
Na quarta-feira (11),
Mondino falou no 57º Conselho de Direitos Humanos da ONU em nome do Grupo
Central, um grupo de países formado por Argentina, Canadá, Chile, Equador,
Guatemala, Paraguai, EUA e Uruguai na área de as Américas e 34 outras nações da
Europa e Ásia.
No seu discurso, a
chanceler argentina destacou que a "grave crise estrutural de direitos
humanos que atravessa a Venezuela" se acentuou este ano no âmbito do
recente processo eleitoral .
A este respeito, Yánez
rejeitou que os EUA utilizem o Conselho de Direitos Humanos para exercer
pressão contra a Venezuela.
"Os EUA e os seus
satélites insistem em usar o Conselho de Direitos Humanos para aplicar a
chamada doutrina de mudança de regime e pressão máxima contra a Venezuela;
estes governos, especialmente os EUA, não se preocupam com o direito
internacional ou com os direitos humanos", comentou.
Fonte: Sputnik Brasil
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