segunda-feira, 17 de março de 2025

César Fonseca: Gleisi acelera agenda à esquerda para atrair classe média a Lula

A nova ministra da Secretaria de Articulação Institucional, deputada Gleisi Hoffmann(PT-PR), mete o pé no acelerador político para colocar em marcha agenda lulista progressista desenvolvimentista 2025-2026.

Combina com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apressar envio do projeto de lei que isenta de pagamento de imposto de renda salário até R$ 5 mil.

Trata-se de iniciativa que distribui a renda, ao elevar o poder de compra da classe média.

Aumenta o rendimento, o consumo, a produção, a arrecadação e os investimentos.

Gleisi mudou a agenda do titular da Fazenda, que estava desgastando politicamente o governo por ter se tornado prisioneiro da dialética fiscalista que não produz notícia positiva para a sociedade.

Geisy coloca em marcha outra dialética da informação política: prioriza a pauta social que desata informações positivas sobre melhor distribuição da renda.

O Congresso, diante da articulação de Gleisi com Haddad, é forçado, também, a mudar sua pauta.

Em vez de se desgastar na luta por distribuição de verbas parlamentares, que só piora a imagem do Congresso diante da sociedade, os congressistas tendem a se render à pauta política da distribuição de renda.

Desta pauta, certamente, derivará assuntos politicamente correlatos: cobrar imposto sobre lucros e dividendos dos mais ricos para distribuir para os mais pobres em forma de aumento do orçamento dos programas sociais, Bolsa Família, BPC, seguro desemprego etc.

Muda o discurso político.

Gleicy coloca em pauta a distribuição da renda com pegada eleitoral.

Com Gleisi o mundo político entra na sucessão de 2026.

Ganha essa corrida quem tiver proposta que atraia eleitores.

Isentar a classe média da carga tributária, elevando seu poder de compra, mobiliza o Congresso como um todo.

Quem vai votar contra a medida?

A política econômica se volta para o social para ganhar eleição de 2026.

REVERSÃO DO DISCURSO FISCAL NEOLIBERAL

Prisioneiro do arcabouço fiscal que o jogou na armadilha neoliberal do déficit zero, com promessas de alcançar superávit fiscal, esfriando, consequentemente, a economia, para atender a Faria Lima, o ministro Haddad muda de rumo.

Trata-se de agora em diante apresentar medidas que popularizem o presidente Lula.

A palavra de ordem de Gleisi é reverter o prejuízo apresentado pelas pesquisas de opinião nos últimos quarenta dias.

Elas rebaixaram a popularidade presidencial, por conta da inflação de alimentos, e sinalizam derrota eleitoral, se não forem revertidas.

A classe média  vira o alvo do presidente Lula: ele passa a apostar na classe média, empenhando-se nas medidas que reduzem o custo tributário dela por intermédio de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.

É a economia entrando na disputa eleitoral pelo interesse da classe média.

Quem, no Congresso, for contra a medida se candidata à derrota eleitoral.

Esquerda, centro, direita, ultra direita, ultra esquerda, fascistas e nazistas, como progressistas, não votarão contra a proposta que beneficia a base social da economia, a classe média.

A ministra Gleisi se articula com a força da classe média e atrai para essa cruzada o ministro da Fazenda, candidato ao desgaste político, caso predomine no universo midiático o discurso favorável ao ajuste fiscal neoliberal.

Gleisi, portanto, pauta o debate político.

Prisioneiro da armadilha neoliberal, o governo perde classe média e caminha para a derrota eleitoral.

Na próxima semana, Gleisi enfrenta um teste de fogo: encaminhar ao Congresso projeto de lei que beneficia a classe média, novo foco político econômico eleitoral.

 

¨      "A ida de Gleisi para a articulação política dá identidade ao governo Lula", diz Tarcísio Motta

A nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou reações dentro e fora do governo. Para setores aliados, a escolha reforça uma linha política mais definida para o governo, afastando-se de uma gestão excessivamente voltada ao Centrão. O deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) destacou que a mudança dá uma identidade clara à gestão petista e fortalece a mobilização popular."O governo precisa ter uma identidade. Não pode ficar numa lógica amorfa, tomando bordoada da extrema-direita de um lado e sendo pressionado pelo Centrão de outro. Com Gleisi, o governo assume um lado claro", afirmou Motta em entrevista ao Bom Dia 247.

A ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) assume a SRI em um momento decisivo, no qual o governo busca consolidar apoio para aprovações no Congresso e recuperar popularidade junto às bases. Gleisi terá a missão de intermediar negociações com parlamentares sem abrir mão da coerência programática do governo. "Ela é capaz de dialogar com todo mundo e, ao mesmo tempo, garantir uma identidade para o governo", completou Motta.

Outro ponto que gerou debate foi a possibilidade de Guilherme Boulos assumir a Secretaria-Geral da Presidência, responsável pela articulação com a sociedade civil. Para Motta, essa decisão precisa ser analisada dentro do PSOL, partido de Boulos, pois pode afetar sua posição política futura. "Se o governo Lula fizer um chamado, Boulos precisa refletir sobre qual contribuição pode dar nesse processo de enfrentamento ao fascismo e de mobilização social", afirmou.

O PSOL tem uma resolução interna que exige que filiados que aceitem cargos no governo abram mão de suas prerrogativas dentro do partido. Motta indicou que, mesmo que Boulos aceite a posição, a legenda manterá sua independência no Congresso. "Nossa posição dentro do Parlamento e da sociedade seguirá independente", garantiu.

A principal preocupação nos bastidores é o impacto político que as nomeações podem ter na relação entre o governo Lula e o Centrão. A nomeação de Gleisi e a possibilidade de Boulos na Secretaria-Geral reforçam o caráter progressista do governo, mas também podem gerar reações adversas entre parlamentares que apoiam a gestão de forma pragmática. "O governo precisa de horizonte político. Estamos num processo de construção para 2026, e essa é a prioridade", destacou Motta.

A definição sobre a entrada de Boulos no governo ainda depende de negociações internas no PSOL e de avaliação estratégica da própria gestão Lula. O governo busca ampliar sua base sem comprometer alianças e sem perder apoio de setores populares, um equilíbrio que será testado nos próximos meses.

 

¨      Alcolumbre pedirá cassação de Gayer e processará deputado por postagem ofensiva sobre 'trisal' com Gleisi e Lindbergh

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), decidiu acionar o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e entrar com ações judiciais e criminais contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). A medida foi tomada após o parlamentar publicar, na rede social X (antigo Twitter), uma mensagem ofensiva que mencionava Alcolumbre, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). "Me veio a imagem da @Gleisi, @lindberghfarias e o @davialcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo", escreveu Gayer. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo.

O PT também reagiu às falas de Gayer e anunciou que vai pedir a cassação do deputado no Conselho de Ética e acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o parlamentar por ataques misóginos à ministra.  Em publicações anteriores, Gayer havia se referido à petista como "GP" (garota de programa), o que gerou repúdio generalizado.

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A polêmica ganhou força após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer um comentário sobre a aparência física de Gleisi durante uma negociação com o Congresso, referindo-se a ela como uma "mulher bonita". A declaração foi criticada por destacar características pessoais em vez de suas competências profissionais. Apesar disso, a ministra minimizou o episódio e defendeu Lula, afirmando que o presidente "sempre foi respeitoso". Gayer, no entanto, aproveitou a situação para atacar o petista, reproduzindo discursos ofensivos e misóginos.

O caso deve seguir para análise do Conselho de Ética, onde Gayer poderá responder por quebra de decoro parlamentar. Enquanto isso, as ações judiciais prometidas por Alcolumbre devem incluir processos por danos morais e difamação. A postagem do deputado goiano já foi amplamente criticada por colegas de parlamento e por internautas, que classificaram o comentário como desrespeitoso e inapropriado.

<><> Presidentes da Câmara e do Senado já têm acordo e Gayer deve ser cassado

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (UB-AP), já teriam um acordo claro no qual o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) será cassado e servirá como exemplo para que o clima de zona generalizada chegue ao fim no Congresso Nacional. O extremista descompensado, que enxerga no parlamento uma arena onde vale tudo para suas ações absurdas e radicais, passou completamente do ponto esta semana.

Gayer proferiu insultos baixíssimos à ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, comparando-a a uma prostituta, e fazendo provocações cafajestes ao companheiro dela, o deputado federal Lindbergh Faria (PT-RJ), colocando até mesmo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP).

“É impressão minha ou Lula ofereceu a Gleisi Hoffmann como um cafetão oferece sua funcionária em uma negociação entre gangues”, escreveu primeiro o bolsonarista em seu perfil na rede X (antigo Twitter). Mas a coisa não ficou só por aí. “Me veio a imagem de Gleisi, Lindbergh e Davi Alcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo!”, acrescentou ainda.

Nas conversas entre os líderes das duas Casas, ficou claro o tom de que a decisão não seria uma ação contra o bolsonarismo, embora seja claro e latente que a Câmara e o Senado se tornaram dois hospícios depois do surgimento desse movimento ideológico ultarradical de extrema direita. Para eles, a coisa precisa parar e o caso de Gayer, que passou de qualquer limite do aceitável, seria o ideal para se impor uma punição.

<><> No dia seguinte, Alcolumbre disse que quer vê-lo cassado

O presidente do Senado da República, Davi Alcolumbre (UB-AP), disse na tarde desta quinta-feira (14), completamente furioso, que vai pedir a cassação do deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) após as postagens do parlamentar insultando de forma grotesca a ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Gleisi Hoffmann, assim como o acionará na Justiça comum, nas esferas cível e criminal.

¨      Cinismo: Gayer diz que defendeu Gleisi ao compará-la com prostituta

Não há de fato limites para o cinismo sórdido do bolsonarismo. Menos de 24 horas após proferir insultos baixíssimos à ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, comparando-a a uma prostituta, e fazendo provocações cafajestes ao companheiro dela, o deputado federal Lindbergh Faria (PT-RJ), colocando até mesmo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), na história, o deputado extremista Gustavo Gayer (PL-GO) foi às redes sociais para se defender, alegando num vídeo “que foi o único parlamentar que defendeu a ministra” após as “falas abomináveis” do presidente Lula (PT).

“As pessoas que hoje me atacam, são as mesmas que ficaram em silêncio ontem quando Lula desrespeitou a Ministra Gleisi. Enquanto eu fui o único parlamentar que saiu em defesa da ministra e prestou solidariedade a ela. É o cúmulo da hipocrisia!”, escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter), legendando um vídeo cínico de pouco mais de três minutos, Gayer.

Gayer, integrante de um partido e de uma corrente ideológica violenta que apoia abertamente a misoginia e o discurso de ódio contra as mulheres, quis fazer crer que ao se referir a Gleisi como prostituta estaria a defendendo de uma fala de Lula na qual o chefe de Estado a classificou com uma mulher bonita que passava a integrar seu ministério, após deixar a presidência nacional do PT.

A tentativa dissimulada de se justificar, embora estivesse claro que agia como um adolescente tentando explicar algo inexplicável, pegou mal até mesmo entre os seguidores extremistas do bolsonarismo, que praticamente em unanimidade disseram que ele havia “errado a mão”, ou “pegado pesado demais”, de “forma desrespeitosa”, com a ministra da SRI.

<><> Veja alguns comentários de internautas de extrema direita que o criticaram:

“Deputado a sua fala foi inadequada, principalmente se referindo ao presidente do Senado e da Câmara. Isso é fala pra um parlamentar? Será que o Brasil foi amaldiçoado por políticos medíocres sem postura, sem classe, sem respeito e sem decoro?”

“Se vire pra não perder esse mandato. Está em jogo muitas coisas como o senado em 2026 pra Goiás. Se você perder, será uma grande desonra para a direita. A gente sabe como o jogo funciona e você vacilou”

“É importante defender respeitando a todos, independente do partido”

“Cara, ninguém está te atacando. Estão só dizendo que você passou do ponto. Errou a mão. Exagerou. Você reconhece porque você mesmo disse que deletou o que escreveu. Você está se atacando porque apagou o que você mesmo disse? Não! Toda ação tem uma reação”

“Perdeu completamente a linha. Minha sobrinha psicóloga disse que sua fala denota uma espécie de fetiche, um desejo possivelmente reprimido. Não sei. Só espero que você tenha o mandato cassado pela quebra de decoro - pela fala abjeta, reprovável e indesculpável”

“Pisou na bola. Primeiro que a esquerda já estava se debatendo em suas contradições e era só pegar a pipoca. Depois poderia fazer um comentário sobre a hipocrisia da esquerda. Mas acho que pegou pesado demais”

“Você e Nikolas tem que parar de lacrar, isso está cansativo... Você vê o Felipe, Hélio Negrão, Ramagem nessas tretas imbecis, na semana importante da anistia? Parece a Zambelli, só atrapalha”

<><> Baixaria sem limites

Acostumado a fazer estardalhaço para seus fanáticos e cegos seguidores bolsonaristas, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) resolveu atacar com insultos gravíssimos a ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, após o presidente Lula (PT) dizer numa cerimônia oficial que ela era uma mulher bonita que chegava para integrar seu ministério, uma declaração vista por algumas pessoas como machista.

“É impressão minha ou Lula ofereceu a Gleisi Hoffmann como um cafetão oferece sua funcionária em uma negociação entre gangues", escreveu Gayer no X (antigo Twitter), para delírio de seus fanáticos e violentos seguidores.

Como se não bastasse, e numa atitude bastante estúpida e imprudente, o bolsonarista resolveu colocar o nome do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), um poderoso cacique político do Congresso Nacional, no meio da história desrespeitosa e bizarra, sem qualquer razão aparente para isso.

“Me veio a imagem de Gleisi, Lindbergh e Davi Alcolumbre fazendo um trisal. Que pesadelo”, postou o bolsonarista, marcando ainda perfis de outros deputados bolsonaristas da Câmara Federal.

 

Fonte: Brasil 247/Fórum

 

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