segunda-feira, 26 de junho de 2023

Pequim: EUA usam seus problemas com o fentanil como pretexto para sancionar a China

O Ministério das Relações Exteriores da China respondeu às ações dos EUA relacionadas ao uso do fentanil no país, que avaliou como arbitrárias, unilaterais e completamente ilegais.

Culpar a China pelos problemas do fentanil nos EUA não resolverá o problema, Washington deve cooperar com Pequim na luta contra as drogas, disse no sábado (24) o Ministério das Relações Exteriores chinês.

A justiça dos EUA anunciou na sexta-feira (23) que quatro empresas chinesas e oito executivos foram acusados de supostamente traficarem substâncias usadas para produzir fentanil, um opióide que causa milhares de mortes todos os anos no país norte-americano. O Departamento de Justiça dos EUA também informou sobre a detenção de dois cidadãos chineses.

O Ministério das Relações Exteriores da China condenou as medidas adotadas pelo sistema judiciário dos EUA.

"Essa é uma típica detenção arbitrária e uma sanção unilateral, que é completamente ilegal. Ela prejudica seriamente os direitos humanos básicos dos cidadãos chineses e os interesses das empresas chinesas em questão", diz a declaração, lembrando que a China foi o primeiro país do mundo a colocar todos os tipos de substâncias relacionadas ao fentanil sob controle, para impedir a fabricação ilícita, o tráfico e o abuso do opióide.

"Em vez de agradecerem a Pequim por essa contribuição, os EUA impuseram sanções ilegais contra as instituições antidroga chinesas e depois difamaram abertamente os esforços antidroga da China", criticou a chancelaria do país asiático.

As "táticas de pressão, coerção" e "operações ilegais" dos EUA "não beneficiam ninguém", alertou o porta-voz, pedindo que o país pare de usar os problemas relacionados ao fentanil como pretexto para sancionar ou acusar empresas e cidadãos.

·         Taipé insta Austrália a enviar adido militar para a ilha na tentativa de conter ação chinesa

Taiwan está pedindo à Austrália que envie um adido militar à ilha para que ambos os lados possam compartilhar sua avaliação da situação com a China, disse o ministro das Relações Exteriores de Taiwan, Joseph Wu, à mídia australiana neste domingo (25).

"Acho que é muito importante quando o governo australiano está prestando muito mais atenção às questões de segurança regional para que os dois países possam compartilhar suas observações, sua avaliação da situação", disse Wu em entrevista.

O jornal especificou que os Estados Unidos, Japão e Cingapura há muito colocam seus adidos na ilha para manter a comunicação com os serviços de inteligência taiwaneses.

Wu acrescentou que Taiwan também deseja enviar um adido militar ao escritório de Canberra.

Taiwan é governado independentemente da China continental desde 1949. Pequim considera a ilha como sua província, enquanto Taiwan afirma que é uma entidade autônoma, mas não chega a declarar independência. Pequim se opõe a qualquer contato estrangeiro oficial com Taipé e considera indiscutível a soberania chinesa sobre a ilha.

A última escalada em torno de Taiwan ocorreu em abril, depois que a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, se reuniu com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy. Pequim respondeu lançando exercícios militares maciços de três dias perto da ilha, no que chamou de "advertência" aos separatistas taiwaneses e potências estrangeiras.

·         Porta-aviões dos EUA deve visitar porto no Vietnã em meio a tensões no mar do Sul da China

O porta-aviões dos EUA USS Ronald Reagan deve fazer uma escala no porto da cidade vietnamita de Da Nang em 25 de junho, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Vietnã.

Passagem de navios de guerra dos EUA é qualificada por Pequim como violação do direito internacional e um estratagema para minar a soberania e a segurança da China tem provocado muitas tensões no mar do Sul da China. Apesar de Pequim repetidamente censurar tais ações, Washington insiste que sua força naval permanecerá na área.

O porta-aviões de propulsão nuclear da classe Nimitz visitará o Vietnã de 25 a 30 de junho, e a chegada do navio de guerra norte-americano é programada para marcar o 10º aniversário da parceria abrangente entre as nações, disse Pham Thu Hang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores vietnamita, em uma coletiva de imprensa.

"Como todos sabemos, o Vietnã tem recebido escalas de navios de outros países em portos, incluindo a próxima visita do USS Ronald Reagan. Este é um intercâmbio comum, destinado a contribuir para paz, estabilidade, cooperação e desenvolvimento na região e no mundo", detalhou a porta-voz.

O USS Ronald Reagan é o navio-chefe do Grupo de Ataque de porta-aviões 5 que atualmente opera no mar do Sul da China, de acordo com o Pentágono.

O Mar do Sul da China é uma área altamente reivindicada, já que a China tem mantido disputas territoriais com Taiwan, Indonésia, Malásia, Vietnã, Filipinas e Brunei. A disputa marítima de décadas centra-se em torno de ilhas na zona que têm reservas de fontes de energia inexploradas.

 

Ø  Prigozhin diz que aceitou desescalar situação na Rússia e virou suas forças na direção oposta

 

O chefe do Grupo Wagner aceitou cessar o motim iniciado na sexta-feira (23) após negociações com Aleksandr Lukashenko, presidente de Belarus, informou Minsk.

Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, aceitou uma proposta de Aleksandr Lukashenko, presidente de Belarus, para interromper o movimento de seus homens armados na Rússia e outras medidas para diminuir a escalada, comunicou no sábado (24) o serviço de imprensa do líder belarusso.

"Nesta manhã, Vladimir Putin, presidente da Rússia, informou seu colega belarusso sobre a situação no sul da Rússia com a empresa militar privada Wagner. Os chefes de Estado concordaram sobre ações conjuntas", informou o disse ele.

"Para desenvolver acordos, o presidente de Belarus, após esclarecer ainda mais a situação por meio de seus próprios canais disponíveis, manteve conversas com Yevgeny Prigozhin, chefe da companhia militar privada Wagner, em coordenação com o presidente da Rússia. As conversas duraram um dia inteiro", detalhou o serviço de imprensa.

Como resultado, diz ele, as partes chegaram a um acordo sobre a "inadmissibilidade de desencadear um banho de sangue no território da Rússia. Yevgeny Prigozhin aceitou a proposta de Aleksandr Lukashenko, presidente de Belarus, de interromper o movimento de homens armados do Grupo Wagner na Rússia e outras medidas para desescalar a tensão".

A declaração do serviço de imprensa sublinha ainda que está na mesa "uma opção absolutamente vantajosa e aceitável de resolver a situação, com garantias de segurança para os combatentes da empresa militar privada Wagner".

Prigozhin revelou que as forças do Grupo Wagner cessaram seus avanços e se estão retirando na direção oposta.

·         'Processo criminal contra Prigozhin será encerrado e ele mudará para Belarus', diz Kremlin

Depois que Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, aceitou cessar o motim iniciado ontem (23), o Kremlin informou neste sábado (24) que o processo criminal aberto contra Prigozhin será encerrado e que o líder do grupo vai se mudar para Belarus.

De acordo com o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, os combatentes do Grupo Wagner que participaram dos eventos de hoje (24) não serão processados. Ao mesmo tempo, Peskov informou que os combatentes que quiserem poderão fechar contrato com o Ministério da Defesa russo.

O porta-voz também falou sobre a mediação feita pelo lado belarusso, através do presidente Aleksandr Lukashenko. Ele disse que tanto Lukashenko quanto o presidente Vladimir Putin decidiram que Minsk será um mediador para chegar a acordos, e que a iniciativa partiu pessoalmente do chefe de Estado belarusso.

"Havia o objetivo maior de evitar derramamento de sangue, confronto interno e confrontos com resultados imprevisíveis. É para esses objetivos que os esforços de mediação de Lukashenko foram feitos, e o presidente Putin tomou uma decisão relevante sobre isso", disse Peskov a jornalistas, acrescentando que o telefonema entre os dois presidentes foi sincero e "muito construtivo".

O porta-voz informou que o ocorrido em nada mudará a operação russa na Ucrânia, a qual continuará normalmente.

Por fim, Peskov afirmou que "nenhum novo discurso de Putin é esperado em um futuro próximo".

 

Ø  Assessor de Zelensky zomba de fim de rebelião e diz que Lukashenko é mediador de reputação duvidosa

 

Mikhail Podolyak, assessor do chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, fez uma postagem em seu Twitter com tom debochado e ao mesmo tempo de decepção sobre a conclusão da situação.

Em sua conta no Twitter, o assessor disse que o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, fez uma "escolha fenomenal" ao chegar a Moscou e depois "recuar" quando um "intermediário muito específico de reputação duvidosa" fez uma mediação, se referindo ao presidente belarusso, Aleksandr Lukashenko.

A escolha fenomenal de Prigozhin... Você quase anulou Putin, assumiu o controle das autoridades centrais, chegou a Moscou e de repente... você recua. Porque um intermediário muito específico de reputação duvidosa (Aleksandr Lukashenko) prometeu garantias de segurança da pessoa (Vladimir Putin) que ordenou a destruição de você pela manhã. E pelo medo que a elite de Putin experimentou nas últimas 24 horas, esta ordem certamente será executada. Embora não sem benefício: Prigozhin humilhou Putin/o estado e mostrou que não há mais monopólio da violência.

Apesar da decepção ucraniana com o desfecho da rebelião, o presidente Vladimir Putin junto a seu homólogo belarusso contornaram a situação e neste momento tudo está mais calmo na cidade russa de Rostov-no-Don, com todos os combatentes do Grupo Wagner deixando o quartel-general do Distrito Militar do Sul, incluindo Prigozhin.

Após o líder do grupo conversar com Lukashenko, ele decidiu não seguir russo a Moscou e começou a deixar Rostov-no-Don. Mais tarde, o Kremlin informou que o processo criminal aberto contra Prigozhin será encerrado e que o líder do grupo vai se mudar para Belarus.

·         ONU não tem planos de discutir situação na Rússia ao menos por enquanto, diz mídia

A situação na Rússia envolvendo o Grupo Wagner e seu chefe, Yevgeny Prigozhin, não deve estar na agenda das Nações Unidas no momento, informou a emissora de notícias dos EUA.

O gabinete do secretário-geral da ONU e todos os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU disseram à emissora que não vão discutir os recentes desenvolvimentos na Rússia.

A embaixadora dos Emirados Árabes Unidos e presidente do Conselho de Segurança da ONU (CSNU), Lana Zaki Nusseibeh, disse à mídia que não houve pedidos para a ação do órgão.

Na sexta-feira (23), o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) abriu um processo criminal por incitar motim armado devido a declarações feitas em nome de Prigozhin. O FSB disse que havia uma ameaça de escalada em território russo. O Ministério da Defesa da Rússia disse que os relatos da mídia social de supostos ataques militares russos do Grupo Wagner aos campos não eram verdadeiros.

O presidente russo, Vladimir Putin, fez um discurso televisionado à nação no sábado (24), no qual descreveu as ações do Grupo Wagner como um motim armado e traição, e prometeu medidas duras contra os insurgentes.

No final do dia, o gabinete presidencial belarusso disse que Prigozhin havia concordado com a proposta do presidente belarusso Aleksandr Lukashenko de interromper o movimento das tropas de Wagner na Rússia e tomar novas medidas para acalmar a situação. Prigozhin posteriormente confirmou a informação, dizendo que as tropas de Wagner estavam voltando para seus acampamentos.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres na noite de sábado que o processo criminal contra Prigozhin foi arquivado e que ele partiria para Belarus sob garantias dadas por Putin. O porta-voz acrescentou que os membros do Grupo Wagner que estiveram envolvidos nos eventos de sábado não vão ser processados, dado o seu distinto serviço durante a operação militar especial da Rússia na Ucrânia.

·         Após Ucrânia, Forças Armadas do Japão poderiam adotar serviço de satélites Starlink

A Força de Autodefesa do Japão está considerando usar o sistema desenvolvido por Elon Musk, o sistema já está implantado em alguns locais, revela a mídia do país.

As Forças Armadas do Japão estão testando o serviço de Internet via satélite Starlink de Elon Musk, com o objetivo de adotar a tecnologia no próximo ano fiscal, escreveu no domingo (25) o jornal japonês Yomiuri, Shinbun citando fontes governamentais.

A Força de Autodefesa do Japão está testando o sistema desde março, e o sistema já está implantado em cerca de dez locais e em treinamento, disse o jornal.

O Ministério da Defesa já tem acesso a satélites de comunicação em órbita geoestacionária, mas a tecnologia Starlink acrescentaria uma constelação de satélites em órbita terrestre baixa a partir de abril de 2024, segundo o Yomiuri Shinbun.

O Departamento de Defesa dos EUA disse no início de junho que contratou a prestação de serviços Starlink na Ucrânia, depois que seu uso foi autorizado lá pelo bilionário Musk no começo da operação militar especial da Rússia, no final de fevereiro de 2022. No entanto, em outubro Musk sublinhou que sua empresa SpaceX não poderia se dar ao luxo de financiar indefinidamente o uso da Starlink na Ucrânia.

Países de todo o mundo estão buscando aumentar a resiliência contra o risco de interferência nas comunicações ou ataques a satélites em caso de conflito, sublinhou no domingo (25) a agência britânica Reuters.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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