domingo, 4 de junho de 2023

Neurorradiologistas são indispensáveis para tratamentos neurológicos: entenda tudo sobre a área

A neurorradiologia é uma área médica cada vez mais importante, que lida com o diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas através de técnicas de imagem avançadas. Essa subespecialidade médica é crucial para a identificação precoce e tratamento de uma ampla variedade de condições neurológicas, desde tumores cerebrais até lesões na medula espinhal. 

À medida que a tecnologia de imagem continua a avançar, a neurorradiologia se torna cada vez mais precisa e eficaz em sua capacidade de diagnosticar e tratar doenças neurológicas. Neste texto, vamos explorar as principais características da neurorradiologia, incluindo suas aplicações, desafios e tendências atuais.

·         O que é neurorradiologia?

A neurorradiologia é um ramo especializado da radiologia que se concentra na análise e interpretação de imagens médicas do cérebro, medula espinhal e sistema nervoso periférico. 

Os neurorradiologistas são especialistas em técnicas de imagem avançadas, incluindo ressonância magnética (RM), tomografia computadorizada (TC) e angiografia por imagem por ressonância magnética (ARM). Eles trabalham em estreita colaboração com outros médicos, como neurologistas, neurocirurgiões e neuro-oncologistas para ajudar a diagnosticar e tratar uma ampla variedade de doenças neurológicas.

A neurorradiologista engloba técnicas de imagem avançadas para visualização do cérebro e do sistema nervoso em detalhes, permitindo-lhes identificar problemas que podem ser difíceis de detectar em exames físicos ou outros testes de diagnóstico. Eles são especialmente úteis no diagnóstico de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, bem como em lesões traumáticas cerebrais, acidente vascular cerebral, malformações arteriovenosas, tumores cerebrais e esclerose múltipla. 

Além de ajudar no diagnóstico, os neurorradiologistas também são responsáveis ​​por fornecer orientação sobre o tratamento apropriado.

Esses profissionais trabalham em conjunto com outros médicos para planejar cirurgias cerebrais e monitorar a resposta ao tratamento de doenças neurológicas. Eles ainda desempenham um papel importante no tratamento de doenças cerebrais por meio da terapia por imagem, que envolve o uso de radiação e outras técnicas de imagem para tratar tumores cerebrais e outras doenças.

·         Conceitos básicos de neurorradiologia

Segundo a Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (SBNR), a formação específica na área capacita o médico a exercer a profissão de forma segura e independente, baseado no conhecimento científico atual e nas atividades teórico-práticas, estabelecidas previamente. 

Dessa forma, com a neurorradiologia, o médico domina embriologia, anatomia e fisiologia dos sistemas vascular, nervoso central e periférico, pescoço e base de crânio. Também compreende o manejo dos meios de contrastes, suas indicações e contraindicações e o atendimento de urgência nas reações adversas. 

Interpreta a história natural das doenças abordadas na neurorradiologia, sua apresentação clínica, investigação complementar, os princípios terapêuticos e diagnósticos diferenciais. 

Com a neurorradiologia, o médico valoriza a comunicação, a articulação e integração na equipe inter e multiprofissional. Determina o fluxo de trabalho baseado na classificação de riscos dos casos, domina a literatura neurorradiológica e compreende os estudos quantitativos em neuroimagem, casos de quantificação da substância branca, mapa de espessura cortical, avaliação de lesões de traumatismo craniano, entre outros.

<<<< As principais áreas de diagnóstico através da neurorradiologia são:

·         Neurorradiologia diagnóstica

Nesse procedimento, o médico neurorradiologista realiza a interpretação das imagens obtidas, por exemplo, utilizando técnicas de imagem como a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM), a angiografia digital (AD), o eletroencefalograma (EEG) e a tomografia por emissão de pósitrons (PET), para identificar alterações anatômicas ou funcionais do cérebro, da medula espinhal, dos nervos e dos vasos sanguíneos.

Algumas das doenças que podem ser diagnosticadas através da neurorradiologia são: tumores cerebrais, acidente vascular cerebral (AVC), aneurismas, malformações vasculares, esclerose múltipla, epilepsia, doença de Alzheimer, entre outras.

·         Neurorradiologia intervencionista

Com a neurorradiologia intervencionista, o médico será o responsável por realizar procedimentos minimamente invasivos, guiados por imagem, para tratar doenças vasculares do sistema nervoso.

Alguns desses procedimentos realizados através da neurorradiologia intervencionista são: embolização de aneurismas, malformações arteriovenosas e tumores, trombectomia mecânica de AVC isquêmico, angioplastia e colocação de stents em estenoses arteriais, drenagem de abscessos cerebrais, biópsia de lesões intracranianas, entre outros.

·         Aplicações da Neurorradiologia

A neurorradiologia tem uma ampla variedade de aplicações na prática médica, desde o diagnóstico até o tratamento de doenças neurológicas.

Nesse contexto, os neurorradiologistas desempenham um papel crucial no diagnóstico e monitoramento de lesões cerebrais, bem como no planejamento e execução de tratamentos por imagem. Aqui estão algumas das principais aplicações:.

  • Diagnóstico de Lesões Cerebrais: é frequentemente utilizada para diagnosticar lesões cerebrais, incluindo tumores cerebrais, malformações arteriovenosas, aneurismas e lesões traumáticas. Técnicas de imagem, como a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM), permitem visualizar com precisão as estruturas do cérebro e da medula espinhal. O diagnóstico precoce de lesões cerebrais ajuda a orientar o tratamento adequado e melhorar os resultados do paciente;
  • Monitoramento de Lesões Cerebrais: a técnica também desempenha um papel importante no monitoramento de lesões cerebrais. Isso envolve o uso de técnicas de imagem para avaliar a progressão de tumores cerebrais, por exemplo, e determinar se o tratamento está sendo eficaz. Ela também serve monitorar a progressão de doenças neurológicas crônicas, como a esclerose múltipla;
  • Tratamento de Lesões Cerebrais: também é amplamente utilizada no tratamento de lesões cerebrais. A terapia por imagem, incluindo a radioterapia e a radiocirurgia, é usada para tratar tumores cerebrais e malformações arteriovenosas. A embolização, outra técnica de tratamento por imagem, é usada para interromper o fluxo sanguíneo para um aneurisma ou malformação arteriovenosa, reduzindo o risco de hemorragia cerebral;
  • Diagnóstico de Doenças Neurológicas Crônicas: além de lesões cerebrais, a metodologia é usada para diagnosticar doenças neurológicas crônicas, como a doença de Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla. A ressonância magnética, em particular, é uma técnica de imagem altamente precisa que detecta mudanças estruturais no cérebro associadas a essas doenças;
  • Planejamento de Cirurgias Cerebrais: neurorradiologistas também trabalham em estreita colaboração com neurocirurgiões no planejamento de cirurgias cerebrais. As técnicas de imagem permitem que os médicos visualizem com precisão as estruturas do cérebro e da medula espinhal antes da cirurgia, permitindo que eles planejem com segurança a abordagem cirúrgica e minimizem os riscos.

<<<< Desafios e Tendências na Neurorradiologia

A neurorradiologia é uma área em constante evolução, impulsionada por avanços na tecnologia de imagem e na pesquisa médica. No entanto, também enfrenta vários desafios à medida que as demandas dos pacientes e a complexidade das doenças neurológicas continuam a aumentar. Aqui estão alguns dos desafios e tendências atuais:

·         Desafios

O primeiro grande desafio é o acesso à tecnologia de imagem. Embora as técnicas de imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, estejam amplamente disponíveis, nem todos os pacientes têm acesso a essas tecnologias devido a limitações financeiras ou geográficas.

Isso pode ser particularmente problemático em áreas rurais ou em países com sistemas de saúde subdesenvolvidos.

Outro problema é a integração de dados. A neurorradiologia produz uma quantidade significativa de dados, incluindo imagens de alta resolução e informações clínicas do paciente.

A integração desses dados em uma plataforma coesa e acessível pode ser um desafio significativo, especialmente à medida que a quantidade de dados gerados continua a crescer.

·         Tendências

Dentre as principais tendências, podemos destacar a Inteligência Artificial (IA), tecnologia que está começando a ter um impacto significativo na neurorradiologia. Os algoritmos de IA podem ser treinados para analisar imagens médicas e ajudar os neurorradiologistas a identificar anomalias e doenças com mais precisão e eficiência, além de várias outras possíveis aplicações na área médica.

Além disso, a neuroimagem multimodal envolve o uso de várias técnicas de imagem, incluindo a tomografia computadorizada, ressonância magnética, PET e SPECT. Isso permite que os neurorradiologistas obtenham uma visão mais completa do cérebro e do sistema nervoso e identifiquem doenças que podem não ser detectáveis com uma única técnica de imagem.

Outro destaque vai para a terapia dirigida, uma abordagem emergente para o tratamento de doenças neurológicas que se concentra em alvos específicos no cérebro ou no sistema nervoso. As técnicas de imagem, como a ressonância magnética funcional, podem ser usadas para identificar esses alvos e guiar a administração precisa de medicamentos ou radiação.

Por fim, a principal tendência da neurorradiologia é a telemedicina, pois ela permite que os neurorradiologistas se comuniquem remotamente com outros profissionais de saúde e pacientes, oferecendo um meio eficiente e acessível para o diagnóstico e tratamento de doenças neurológicas.

A telemedicina também pode ajudar a superar as limitações geográficas e financeiras no acesso à tecnologia de imagem.

·         Domine a neurorradiologia e explore novas possibilidades de trabalho

A neurorradiologia é uma subespecialidade médica extremamente importante e com o crescente número de doenças neurológicas, a demanda por profissionais qualificados nessa área continua a crescer. Ela permite uma melhor remuneração ao radiologia e a possibilidade de ajudar no diagnóstico de questões importantes.

Oferecemos no Cetrus uma Pós-Graduação em Neurorradiologia – Crânico, Coluna, Cabeça e Pescoço, que te capacita a:

  • Reconhecer as principais patologias neurológicas através da RM e TC;
  • Identificar as sequências de ressonância magnética e entender suas utilidades;
  • Distinguir as principais patologias encefálicas: congênitas, vasculares, neoplásicas, inflamatório-infecciosas e degenerativas;
  • Reconhecer os principais achados radiológicos e desenvolver o raciocínio neurorradiológico para interpretação dos exames;
  • Realizar laudos radiológicos nos temas apresentados.

 

Fonte: Educa.cetrus

 

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