“Moro
fez de Curitiba a Guantánamo brasileira”, diz o empresário Tony Garcia
O empresário e ex-deputado estadual Antônio Celso
Garcia, mais conhecido como Tony Garcia, participou do Boa Noite 247, da TV
247, nesta sexta-feira (2) e fez revelações bombásticas de novas ilegalidades
cometidas por Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba. O empresário firmou
acordo de delação premiada e revelou ter gravado conversas com o ex-governador
do Paraná Beto Richa a mando de Sergio Moro.
Ao jornalista Joaquim de Carvalho, Tony Garcia disse
ter sido vítima de métodos de tortura psicológica por parte do então juiz da
Lava Jato. O empresário revelou um episódio em que prestou depoimento a Moro,
com a participação dos procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário
Paludo, ambos da Lava Jato. “Quando eu disse que tinha interesse em fazer o
acordo, ele [Moro] gravava, com um gravador comum. Quando eu respondia alguma
coisa que não interessava para ele, ele desligava o gravador e chamava atenção
dos advogados, que eu não tinha que falar assim, que eu tinha que falar que era
propina. Ele botava na minha boca o que eu tinha que falar”, afirmou Garcia em
entrevista à TV 247.
Tony Garcia comparou o método utilizado por Moro e
pelo procuradores da Lava Jato como a tortura praticada pelos Estados Unidos na
prisão de militar de Guantánamo, que ficou mundialmente conhecida por diversos
casos de tortura de presos e agressões aos direitos humanos após os ataques de
11 de setembro de 2001.
“Eu estava preso, era pai de uma criança de um ano.
Me jogaram num porão da Polícia Federal. Moro fez de Curitiba a Guantánamo
brasileira. Ele fazia os mesmos métodos de tortura psicológica para tirar de
você, preso, o que ele queria”, acrescentou o empresário.
Garcia contou também que Moro chegou a pedir para se
retirarem da sala, para a “Justiça” decidir o que interessava do que ele havia
falado. “Então eu falei: ‘então manda ele fazer um texto com o que ele quer que
eu falo, que eu falo. Mas eu quero é sair daqui’. Então era isso Moro fazia,
junto com Carlos Fernando e Januário Paludo”, afirmou.
Em outro trecho da entrevista, Tony Garcia revelou
que o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, era alvo de
chantagem de Moro e dos procuradores da Lava Jato.
Tony
Garcia: desembargadores do TRF-4 foram chantageados depois de participarem de
“festa da cueca” com prostitutas em Curitiba
O delator Tony Garcia afirmou nesta sexta-feira (2),
no programa Boa Noite 247, que desembargadores do Tribunal Regional Federal da
Quarta Região (TRF4-RS) foram chantageados depois de participar de uma 'festa
da cueca' com garotas de programa em Curitiba (PR). No TRF4 são julgadas ações
da segunda instância.
"Teve até uma festa que chamaram de festa da
cueca, feita com desembargadores em Curitiba, na suíte presidencial. Teve essa
festa da cueca, tinha um monte de desembargador, mandaram prostitutas pro
hotel", disse Garcia ao jornalista do 247 Joaquim de Carvalho.
O delator já havia dito que, a mando de Moro, gravou
de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Garcia
afirmou que Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira".
Disse que o senador chantageou a rede Walmart.
"Jamais tinha passado por uma coisa tão fora da
lei. Queriam criminalizar a política. Falavam que políticos eram bandidos.
Criminaliza políticos, tribunais superiores, jornalistas e advogados. Deltan,
Carlos Fernando, Moro. O que eles botavam na minha boca... para buscar coisas
contra o PT, para tirar o Lula da eleição", continuou.
"Fui instado a procurar coisas contra o PT
através do Eduardo Cunha, que era meu amigo. Uma perseguição clara (contra o
PT). Grande parte do estou falando, eu falei pra Gabriela Hardt. Eu denunciei,
e nada acontece. Ela engavetou. O Brasil tem que passar isso a limpo. Eles
(senadores) tinham de fazer uma CPI da Lava Jato", acrescentou.
Moro já havia sofrido uma de suas maiores derrotas
judiciais em 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a suspeição
dele nos processos contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da
Silva (PT). Em 2022, o ex-juiz foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral de
São Paulo (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral. Por consequência, teve de
ser candidato pelo estado do Paraná.
Em 2023, Dallagnol teve o mandato cassado pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque, em 2022, quando resolver ser
candidato, ele ainda tinha reclamações analisadas no Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP). Em outra derrota para o ex-procurador, o Supremo Tribunal
Federal determinou que ele indenize Lula em R$ 75 mil por causa da apresentação
do Power Point em 2016.
A partir de 2019 começaram a ser divulgados na
imprensa trechos de conversas entre Moro e procuradores do Ministério Público
Federal (MPF-PR). De acordo com os diálogos, o ex-juiz interferia na elaboração
de denúncias, que devem ser feitas apenas por promotores.
Delação
de Tony Garcia cita Deltan e mais três procuradores por atos ilegais na Lava
Jato
Peça chave na prisão do ex-governador Beto Richa em
2018, o delator Tony Garcia trouxe à tona novas denúncias contra Sergio Moro e
procuradores da força-tarefa de Curitiba, em relação a ilegalidades cometidas
durante a Operação Lava Jato.
No próximo dia 9, Tony Garcia prestará um novo
depoimento à Justiça, no qual detalhará suas queixas contra Moro e os
procuradores da Lava-Jato. Além de Moro, o delator cita os procuradores Deltan
Dallagnol, Carlos Fernando, Januário Paludo e Diogo Castor, informa a Veja.
Em um depoimento sigiloso, Garcia afirmou ter
registrado conversas comprometedoras entre o ex-governador e outras
autoridades, a mando de Moro e dos procuradores envolvidos na operação. As
provas foram iniciadas clandestinamente e, segundo o delator, foram produzidas
em troca de promessas de benefícios na Justiça. Garcia também alega que era
obrigado a omitir essa parceria ilegal de seus advogados.
Ainda de acordo com a reportagem, as manifestações
de Garcia contra Moro, Deltal e os procuradores da LavaJato, estão agora
documentadas em uma petição recentemente enviada ao gabinete do ministro Dias
Toffoli no Supremo Tribunal Federal (STF).
Tony
Garcia revela que Moro chantageou a rede Walmart para receber multa de R$ 10 milhões
em processo contra ele
O empresário paranaense Tony Garcia, ex-deputado
estadual, revelou nesta sexta-feira (2), em entrevista à TV 247, uma série de
ilegalidades cometidas pelo ex-juiz suspeito e atual senador, Sérgio Moro, na
condução de processos contra ele na Lava Jato. O empresário firmou acordo de
delação premiada e revelou ter gravado conversas com o ex-governador do Paraná
Beto Richa a mando de Sergio Moro.
Em um dos casos, em 2006, Sérgio Moro condenou Tony
Garcia a seis anos de prisão por crime contra o sistema financeiro, por suposta
participação em irregularidades que levaram à falência do Consórcio Nacional
Garibaldi. Além da pena de prisão, Moro condenou Garcia a pagar uma multa de R$
10 milhões.
Em entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, no
Boa Noite 247, Tony Garcia contou que, na época, disse a Moro que não tinha o
dinheiro para pagamento da multa e revelou a existência de um contrato da
sua família com a rede de supermercados
estadunidense Walmart, pelo qual haveria recebíveis num prazo de 40 anos. “Eu
falei para ele: ‘Sergio, só tem um jeito de eu pagar: tem um contrato da
família, de 70 anos, com o Walmart. Eles pagaram 30 anos adiantado e tem ainda
40 anos para pagar. Se você falar que vai penhorar essa coisa deles para pagar
a dívida, eles têm um monte de passivo ambiental no país e não querem ter uma
demanda judicial, se você me ajudar a fazer isso, eu vendo esses 40 anos pelo
preço que você está pedindo, pago e está tudo certo’", disse Garcia na
entrevista.
"E ele simplesmente fez isso. E amedrontando,
até que o presidente do Walmart veio ao Brasil, junto com o advogado, e eles
compraram e depositaram na Justiça”, afirmou o empresário Tony Garcia. “Ou
seja, isso é legal? Ele usou isso para chantagear o Walmart. E foi assim que eu
cumpri o acordo e o processo transitou em julgado”, completou o empresário.
PGR é
acionada contra Carla Zambelli e deputada pode ser presa
O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), líder da
bancada petista na Câmara, protocolou junto à Procuradoria-Geral da República
(PGR), nesta sexta-feira (2), uma notícia-crime contra a deputada federal Carla
Zambelli (PL-SP), solicitando que a bolsonarista seja investigada na esfera
criminal por, supostamente, ter fraudado documento e falsificado assinatura na
prestação de contas da sua campanha enviada ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
Segundo reportagem do site Metrópoles publicada no
dia 26 de maio e repercutida pela Fórum, na prestação de contas de Zambelli há
uma lista de doadores da campanha em que consta o nome do comerciante Roberto
Habermann, de Ribeirão Preto (SP) e uma suposta doação de R$ 870 que teria sido
feita por ele. O homem, entretanto, nega veementemente que tenha doado tal
valor. Ele diz, ainda, que não prestou qualquer tipo de serviço e não teve
nenhum envolvimento com a campanha da deputada.
Além do nome do comerciante que diz nunca ter doado
nada para Zambelli, há na prestação de contas algo ainda mais grave: uma
assinatura associada ao nome de Roberto Habermann que, segundo ele, foi
falsificada. De acordo com o homem, trata-se de uma fraude grosseira que sequer
é parecida com sua assinatura.
Fórum entrou em contato com a assessoria de imprensa
da deputada Carla Zambelli para obter um posicionamento da deputada sobre a
denúncia de falsificação de documento em sua prestação de contas ao TSE e, até
a publicação desta matéria, não obteve retorno. O espaço está aberto para
eventual manifestação.
Na representação contra Zambelli, Zeca Dirceu pede
para que o órgão abra investigação rigorosa contra a deputada e cita o artigo
350 do Código Eleitoral, que versa sobre "omitir, em documento público ou
particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir
declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, para fins eleitorais",
e prevê pena de prisão de até 5 anos e pagamento de multa para quem incorrer
nesta expediente.
“Tratam-se,
como se verifica, de condutas e práticas gravíssimas, que já estão sendo
auscultadas pela Justiça Eleitoral no bojo da prestação de contas, mas que
podem indicar, pelo conteúdo do que já foi divulgado, outras responsabilidades
da parlamentar, inclusive na seara criminal”, diz trecho da notícia-crime.
• Carla
Zambelli: "Sou a próxima"
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) apareceu
com expressão abatida em um vídeo divulgado nas redes sociais na última
segunda-feira (29). Na publicação, a parlamentar, que é uma contumaz
divulgadora de fake news, admite que deve ser cassada em breve pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE).
Investigada no inquérito das fake news do Supremo
Tribunal Federal (STF) e alvo de ações no TSE, a bolsonarista compartilhou seu
temor de perder o mandato após se deparar com uma matéria do jornal Estadão que
trata sobre sua possível cassação e também da iminente declaração de
inelegibilidade de Jair Bolsonaro por parte da Justiça Eleitoral.
No início do vídeo, Zambelli agradeceu o apoio que
vem recebendo de seus eleitores e ainda expôs que está fazendo um tratamento
médico de neuroestimulação, que consiste em aplicar estímulos sobre a medular
espinhal para interromper os sinais de dor transmitidos para o cérebro.
"Tenho feito tratamento. Estou fazendo um
tratamento de neuroestimulação, essa neuroestimulação pega duas regiões do
cérebro que é onde aconteceu o bornout e onde tem as dores que eu sinto",
detalha.
Na sequência, a bolsonarista passa a lamentar sua
possível cassação pelo TSE e admitir que trata-se de uma possibilidade real.
"Eu queria dizer para vocês que, lógico, a
gente se preocupa, sim. Eu vou ser a próxima cassada. É dado como certo, né? Eu
confiou muito em Deu. O que tiver que ser, Deus permitirá ou não permitirá. E
se ele permitir minha cassação é por algum motivo", declara.
Fonte: Brasil 247/Fórum

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