Acabou a eleição. Não tem mais jeito.
O resultado está aí. Claro que todos sabem que quando se entra em uma eleição,
alguém terá que perder, independente das nossas convicções e ou ideiais.
Passadas as primeiras horas e as
dores de cabeça ocasionada pelos efeitos colaterais que uma eleição poderá
ocasionar em razão de não termos conseguido os nossos objetivos, passado os
seus efeitos, chega o momento que o melhor é refletir e observar que chegou a
hora de tolerância e da busca da paz e do equilíbrio emocional, sem querer
imputar a ninguém a culpa pelo seu resultado, afinal a vitória obtida foi
resultado do uma decisão de uma maioria de brasileiros que se identificaram com
suas propostas.
Se o resultado não foi o esperado,
que tenhamos a cabeça fria e a coloquemos no lugar. O momento é de
reconciliação e de diálogo. Chega de xingamentos e ofensas. Não tem sentido
xingar esta ou aquela região, pois o vencedor teve votos em todos os Estados de
Brasil, uns mais outros menos, mais foi voltada em todas as regiões,
independente se mais pobre ou se mais rica.
É preciso que os derrotados entendam
que esta foi mais uma eleição em que o povo brasileiro exerceu seu direito
democrático o de optar. Aos vencedores, que compreendam a responsabilidade que
a maioria da população brasileira colocou em seus ombros. E, tantos os
eleitores vencedores como os perdedores a partir do seu resultado passe a
exercer o seu mais sagrado direito: O DE FISCALIZAR E COBRAR para que seus
direitos sejam respeitados.
Enfim, que todos entendam que esta
foi mais uma eleição ou foi só uma eleição e que como nas anteriores e com
certeza nas posteriores a moeda terá dois lados: um vencedor e outro dos
derrotados.
O que se espera a partir de hoje, é
que a paz seja restabelecida e que o resultado seja respeitado. Que tenhamos um
País menos rancoroso, uma sociedade mais tolerante e uma nação politicamente
mais equilibrada. Que saibamos exercer e a conviver no regime democrático, pois
se não aprendermos a viver e a exercitar a democracia, seus resultados e seus
efeitos, continuaremos a ser um povo incapacitado de ser governado em uma.
Passada a ressaca das eleições,
caberá a nós, vencedores e vencidos nos unirmos e tentar a acabar com a curta
visão que ainda impera em nossa Nação, onde ainda vivemos na ilusão de que está
tudo bem como está, sem querer arriscar a mudanças mais radicais e ousadas,
mesmo que para isso tenhamos que mexer em interesses políticos e ou econômicos
ainda enraizados em muitos, frutos e herança ainda obtidos no período
ditatórial.
Caberá a todos nós continuarmos
cobrando pelo fim da corrupção em todos os níveis, com punição severa para
TODOS os envolvidos, doa em que doer e exigir do judiciário uma isenção maior
em relação aos corruptores.
Passou da hora de cobrarmos e
exigirmos uma reforma política, onde se diminua o número de partidos e que
estes existam por convicções ideológicas, programáticas e políticas, onde
possamos ter candidatos mais capazes e preparados, e que se formalize uma
oposição mais clara, não fundamentada pelo ódio, mais pelas convicções
programáticas e ideológicas.
Passou da hora de ser estabelecidos
critérios e meios para que impere a democracia na mídia nacional, até porque
muito desse poder vem de concessões governamentais e ou mantidas por verbas públicas, acabando com
este império concedido a meia dúzia de proprietários, que para sobreviverem e
continuar com o poder em mãos de poucos, mantem uma relação promíscua com setores
e segmentos do ambiente político nacional.
Chegou a hora de exigirmos que seja
extinta o É DANDO QUE SE RECEBE entre o Congresso Nacional e o Executivo e que
se acabe a troca de cargos por adesões políticas. Que os escolhidos os sejam
pelo mérito e não pelo partido a que pertence ou pela influência do político
que o indicou. Que a governabilidade se dê no campo das ideias e dos programas
de governo e não pelo fisiologismo.
Espera-se que após tantos escândalos
protagonizados por falta de critérios na escolha dos indicados e pelo
aparelhamento do Estado, principalmente, que novos critérios sejam utilizados
para a escolha daqueles que irão assumir os cargos existentes, como também que
haja uma redução significativa do número de ministérios e respectivos cargos
comissionados .
Chegou a
hora de todos, vencidos e vencedores, juntos gritarmos: POR UM BRASIL MELHOR E
MAIS DECENTE
Autor: Francklin Sá
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