quarta-feira, 17 de março de 2010

CHEGA DE NEGOCIATAS. QUEREMOS ALTERNATIVAS


Entra e sai período eleitoral e todos os anos assistem-se os mesmos escândalos praticados por candidatos a governo - seja federal, estadual ou municipal -, ou a cargos no legislativo, com a prática de acordos e conchavos que deixa até aqueles mais desinformados de cabelo em pé, diante das negociatas feitas á luz do dia. A situação está de tal forma, que já se tornou corriqueiro. Ninguem esconde mais nada. Tudo é normal. Tudo em “nome” dos interesses do “Estado”, mas que traz no fundo a conquista ou manutenção do Poder, naquilo que eles denominam a “guerra” pelo nosso voto.
Sem contar os milhares de empregos prometidos para após as eleições. Ninguém liga para Justiça Eleitoral.
Portanto, esta prática apenas busca favorecer políticos com foro privilegiado, os quais através das “influências” que dizem possuir em diversos setores da sociedade são oferecidos secretarias, diretorias em estatais e distribuição dos cargos de confiança, tudo isso para obter segundos preciosos no horário político eleitoral. E falam em inclusão social.
Quando o ser humano escolhe um partido político, ele está optando pelos ideais programáticos defendidos em seu estatuto. Busca se identificar com a imagem que o partido através dos seus líderes transmite a sociedade. Muitos escolhem o partido com base nos seu manifesto, programa, estatuto partidários, levando em consideração as suas tendências se de esquerda, de direita, de centro, etc. Desta mesma forma age o eleitor em relação ao candidato.
Portanto caberia àqueles que se propõe a submeter o seu nome para escolha popular em ter como prioridade, em lugar dos conchavos e negociatas espúrias, apresentar ao eleitor, propostas, projetos e programas de governo factíveis, compondo a chapa com pessoas comprometidas com as suas propostas, em lugar da divisão e loteamento de cargos.
Será que se o Estado fosse uma empresa de sua propriedade eles agiriam assim?
A crise política por que passamos está colocando a descoberto alguns métodos utilizados por nossos políticos e as suas ligações espúrias em busca da manutenção ou tomada do Poder, cujos objetivos fica cada vez mais claro, que é o da utilização do poder político em benefício próprio, verificando-se claramente a ganância com que busca assaltar os cofres públicos.
Procuram de todas as formas criarem pontes que liguem o Poder aos seus negócios, tráfico de influências, abusos de poder e mesmo corrupção. As negociatas e a política institucional andam de mãos dadas em nosso meio político e até com alguns sindicatos e entidades não governamentais.
Infelizmente, os nossos trabalhadores não têm reagido de forma contundente diante dos fatos. Não devemos permitir que se continue a desviar os recursos públicos para as negociatas tramadas as caladas da noite, beneficiando àqueles que ao longo da nossa existência só têm explorado o povo e mais ainda, que estes recursos sejam retirados de setores importantes como a saúde, educação, etc.
O ato de governar exige daquele que se propõe o dever de compor uma equipe integrada devidamente entrosada com o programa e o projeto discutido e apresentado a sociedade, de forma que cada um desenvolva suas atividades onde venha facilitar o andamento dos projetos e programas de governo. E esta integração só ocorrerá se os escolhidos estiverem envolvidos desde os primeiros passos com o projeto.
Portanto, o desempenho de qualquer governo deve ser associado ao funcionamento de uma equipe de futebol, basquete, vôlei ou de qualquer atividade coletiva, as quais exigem que haja sintonia entre os seus componentes para que os resultados possam ser obtidos. O time tem que está entrosado.
Assim, em lugar de aumentar o número de Ministérios e Secretarias para acomodar companheiros ou adesistas de última hora, o governante deve está preocupado e da total ênfase na escolha daqueles que irão ocupar cargos no Executivo.
Como todos sabem, ser Ministro ou Secretário - do Estado ou do Município, é fator de grande prestígio pessoal, coisas de uma Nação e de uma sociedade onde a política é praticada como meio de enriquecimento fácil, desta forma, obrigam àqueles que irá selecionar os seus assessores a optar pelos mais capacitados, não só intelectualmente, mas e principalmente moralmente, colocá-los na função certa e onde tenham afinidades, uma vez que a eles caberão a responsabilidade de decidirem sobre os rumos do País. Sobre a minha, a sua, a nossa vida.
Não se deve brincar de governar. Não devemos governar com aqueles apenas porque são nossos amigos, correligionários e aliados, ou até mesmo porque nos conchavos resolveram aderir ao novo projeto. Deve-se governar sim, através de projetos e programas de governo discutido com a sociedade e formar o Governo colocando as pedras certas nos lugares certos e mesmo que no decorrer da administração haja a necessidade de se fazer alterações que se busque optar por quadros comprometidos com o programa desde o seu início.
Deve formar uma equipe entrosada nos seus fundamentos, não uma equipe que busque obter as vantagens que o Poder oferece e atender os seus interesses pessoais.

Um comentário:

Francklin Sá disse...

Caro analista,
Além de acabar com as negociatas, precisamos expurgar esta corja de corruptos e corruptores do cenário político nacional, não acha?
De um
Amigo leitor