sexta-feira, 5 de março de 2010

08 DE MARÇO. UMA HOMENAGEM AS MULHERES: REBELEM-SE


No século XIX, pensadores admitiam de que no futuro, a tendência era termos uma sociedade governada pelas mulheres, que iria desbancar a sociedade patriarcal, governada por homens, na qual, as mulheres tinham pouco ou nenhum valor.
Naquela época às mulheres cabia basicamente, a responsabilidade pelos afazeres domésticos, trabalharem na lavoura e o direito a maternidade. A elas não era reconhecido o direito ao estudo e ao trabalho e muito menos ainda a perceberem salário, e, quando ocorria receber algum pagamento este era muito inferior ao salário dos homens.
Se o que os pensadores do sec. XIX buscavam admitir, se tornaria realidade ou não, só o tempo diria, Mas, reflexões à parte, o que se assiste hoje no mundo moderno, vem comprovar as reflexões daquela época, apresentando uma significativa predominância do mundo feminino sobre o masculino.
Como se sabe, antigamente havia empregos e serviços para “homens” e empregos e serviços para “mulheres”. Hoje, já não se observa tão grandemente esta divisão, uma vez que as mulheres já fazem todo tipo de serviço, e na maioria das vezes com melhor qualidade que os próprios homens.
Tornou-se comum vermos nos tribunais mulheres exercendo a profissão de advogadas, promotoras, juízas, profissões e funções estas que antigamente, eram exclusivas dos homens. Nos hospitais mulheres fazendo todo tipo de cirurgia. Nas estradas mulheres ao volante de enormes carretas e ônibus, executando o serviço com a mesma ou até mais habilidade e segurança do que muitos homens. Na construção civil, já é reconhecido a qualidade do trabalho feminino.
Assistimos hoje a presença da mulher em todos os campos e áreas de ação, seja a nível de executivos de empresas ou na esfera pública. Já se observa em muitos países a mulher como Chefe do Executivo, que, diga-se de passagem, tem exercido esses cargos com muita mais competência e honestidade que os homens, pela sua sensibilidade aos problemas sociais, são mais duras de serem corrompidas, administrando com competência, equidade e equilíbrio, aliado que a mulher tem mais pudor em corromper.
O Dia Internacional da Mulher é uma homenagem àquelas que lutaram e ainda lutam para terem os seus direitos respeitados e na busca da conquista pela sua igualdade.
Ao longo dos séculos, observa-se na história da humanidade, a luta de muitas mulheres em busca de sua liberdade e, em razão de suas lutas muitas foram punidas por desejarem o direito da igualdade aos homens. Algumas até chegaram a ser ouvidas, porém, milhares foram covardemente silenciadas.
Portanto, o dia da mulher apesar de ser uma das muitas conquistas obtidas, porém deve ser tratado como o reconhecimento de todos, em qualquer parte do mundo, não só como uma homenagem, mas, principalmente como o dia de reverenciar o martírio feminino ao longo dos séculos.
Devemos render homenagens a todas as mulheres, mais especialmente a mulher da classe operária, pois partiu delas no decorrer da história da humanidade, o início da organização e de enfrentamento dos desafios da época frente a opressão imposta pelas sociedades que diante de uma formação cultural reinante discriminavam e degradavam a imagem da mulher.
O direito de votar e ser votada, de andar nas ruas com o rosto descoberto, de poder escolher com quem casar, de estudar e trabalhar ao lado do homem sem preconceito, enfim, o direito de ser aceita como igual, são conquistas obtidas ao longo dos anos. E não foram fáceis. Quantas foram sacrificadas, para que hoje as mulheres pudessem comemorar a conquistas desses direitos.
Desta forma, o dia da mulher é um dia que em que devem lembrar desses direitos e conquistas obtidas. É um dia que deve servir de reflexão e não apenas para lembrar aos homens, mas principalmente às mulheres do significado das conquistas e reverenciar àquelas que no passado se sacrificaram na sua organização e lutas. Portanto, conquistar a igualdade e a justiça, sempre foi os objetivos que as mulheres buscaram alcançar. E esta luta não é de agora, ela começou a muito tempo e da forma como são tratadas, mesmo nos dias atuais, não tem prazo para acabar.
Estamos na era em da mulher batalhadora, independente, que busca de qualquer maneira se inserir no mercado de trabalho, conscientes dos seus deveres e direitos perante a comunidade que convive. Estamos na época da mulher que tem buscado derrubar tabus, quebrar as tradições e derrubar os muros restritos unicamente aos homens, acabou-se os “clubes do bolinha”. A mulher submissa, tratada como objeto, como uma boneca de louça e do "sexo frágil", está deixando de existir, é cada dia maia raro. Aliás, é um objeto em extinção.
Devemos reconhecer que muitas vitórias e resultados foram alcançados pelas mulheres, mas elas têm que está consciente que ainda tem muito a alcançar. O preconceito, a discriminação, a violência, as desigualdades sociais e salariais ainda são um tormento que atingem a mulher em cheio. E está aí, no seu dia – a – dia.
Por isso as nossas bravas mulheres não podem e não devem silenciar, devem sim, ir atrás de seus direitos e nunca deixarem se abater pelas dificuldades e obstáculos colocados a sua frente por esta sociedade ainda de caráter machista, que procura impor os dogmas masculinos nas suas relações.
Devem cada vez mais estarem unidas, trabalhando em grupos, para que possam denunciar e reagir contra a impunidade que infelizmente ainda impera, de forma que tenham os seus direitos reconhecidos e respeitados, não apenas como mulheres, mas como seres humanos.
Devemos reconhecer que são enormes as conquistas obtidas pelas mulheres em todas as áreas da vida social, ao longo das décadas, principalmente em relação da inclusão das mulheres no mercado de trabalho e ao seu reconhecimento profissional. Porém o problema por si só não está resolvido, cabendo as mulheres continuarem reivindicando cada vez mais seus direitos de cidadania abrindo novas formas e espaços de luta.
Da mesma forma que tem obtido diversas conquistas, por outro lado, não há como negar que todas estas conquistas arduamente conquistadas infelizmente ainda não estão consolidadas. Muito pelo contrário, elas são ameaçadas continuadamente por pressões machistas as mais conservadoras.
Porém, apesar de todas estas lutas e conquistas, ainda não entendemos o porque de tantas mulheres em locais públicos, muitas vezes são até maioria, onde são realizados shows musicais, se esbaldando e aplaudindo artistas e bandas musicais que tem o prazer de cantar letras que as humilham, as depreciam, as ofendem, onde ouve-se letras onde é pedido a ”patinha” da mulher, onde são chamadas de piriguetes, cachorras e ou letras com intenções dúbias, que tenho plena certeza estes autores não o fariam para suas mães.
Está também na hora, das mulheres se unirem e darem um basta neste tipo de ofensa, que tal como ocorria na idade média, também as humilha e lhes tira a dignidade. Está na hora das mulheres se unirem e darem um basta a este mau gosto musical. Está na hora das mulheres rebelarem-se, pois como nas demais conquistas, esta é uma vitória a ser obtida.

2 comentários:

Anônimo disse...

Dou mais valor àquelas mulheres que têm consciência de valor maternal. Ficam em casa cuidando dos filhos e administrando o Lar.
A liberdade da mulher de uma forma exarcebada provocou a desgragação familiar com a coorte de vícios e maus costumes. Crianças e adolescentes sem afetividade convivendo com vários padrastos e entregando-se às drogas como refúgio.
Abaixo as mulheres que fugiram do lar abandonando os filhos
Viva às verdadeiras mulheres-mâes

Anônimo disse...

Neste caso, Anônimo, se vc acha errado mulher no mercado de trabalho, então, voce tambem é contra mulheres parteiras, obstretas e ginecologistas

Se a premissa é verdadeira, se voce acha errado mulher ir para o mercado de trabalho, portanto, acha errado mulher se professora ou medica ginecologista, por exemplo, isto quer dizer que sua esposa ou namorada só vai a ginecologista homem? Ah, mulher sua só vai a ginecologista mulher para "mostrar as pregas"??? Como? Voce naõ acabou de dizer, no parágrafo acima, que trabalho de mulher é dentro de casa? Ora, se trabalho de mulher é dentro de caso, então, mulher não deve exercer profissão de ginecologista, concorda?

neste caso, meu caro, seja coerente as suas proprias ideias machistas e vá levar sua esposa/namorada/amante a um ginecologista homem, ja pensou? Proibe-se mulher de trabalhar fora, então os ginecologistas homens vão ver "as pregas" das suas namoradas, esposas, etc.

Quero ver voce me responder isto.