quinta-feira, 5 de novembro de 2009

É HORA DE MUDAR O RUMO DOS VENTOS...


De acordo com a História que nos foi passada, há cinco séculos, era o vento que decidia os rumos das embarcações. Assim, o Brasil foi “descoberto” e colonizado. Ao longo dos séculos, a nossa juventude sempre se fez presente para garantir mudanças. Esta é a nossa esperança diante do quadro escabroso em que nos encontramos, onde episódios lamentáveis evidenciam os limites da democracia brasileira e de suas instituições.
Hoje em dia é moda, para quem pode, o uso de carros blindados, até para evitar ou ficarem imunes aos ladrões existentes em nosso País, que a cada dia se especializam mais, deixando esta pequena camada da população, as elites, cada vez mais assombrados, mesmo àqueles que como os marginais também assaltam os cofres públicos, desviando os recursos em benefício próprio, pouco se importando, se eram destinados a educação, a saúde pública ou mesmo para a segurança pública que eles tanto reclamam. .
A verdade é uma só, infelizmente seja o crime praticado por aqueles tachados de marginais ou bandidos, ou pelos bandidos de colarinho branco e corruptores têm que reconhecer que no Brasil a corrupção tornou-se uma doença crônica. Coloca-se nas Casas Legislativas um grande número de políticos desonestos, que não respeitam as leis, e que infelizmente são encontrados em todos os partidos políticos.
Mas temos que entender que o erro é nosso, eleitores, pois procuramos votar influenciado muito mais pelo marketing produzido, muito desse material financiado por empresários ou grupos empresariais através de caixa dois, dinheiro este proveniente de sonegação de impostos, outros obtidos através do tráfico de drogas, todos com um único interesse, ou seja, em busca de influências de forma que possam colocar seus apadrinhados na máquina estatal, a seus serviços, transformando o serviço público em feudo ou propriedade.
Para conseguirmos mudar o quadro hoje implantado é necessário educar o nosso povo e procurar aumentar a consciência política de nossa população, se não esta geração, mas pelo menos as próximas gerações, de forma que possamos deixar um legado para o futuro deste País, pois pelo andar da carruagem cada dia fica pior, principalmente diante da sensação de impunidade para estes “bem sucedidos” em suas falcatruas e dos maus exemplos dados pela nossa Justiça, começando lá por cima.
Acredito que ninguém agüenta mais assistir em nossos telejornais e na imprensa escrita a desfaçatez, os desmandos, a cara de pau desses homens que dizem que amam este País e tudo fazem para o seu bem. Para o bem deles isto sim.
Ninguém suporta mais ver decisões do nosso Supremo Tribunal Federal, criado para zelar pela Constituição e pela justa aplicação da Lei, independente do volume de dinheiro que o “réu” possua, cujas decisões tem sempre livrado a cara daqueles envolvidos em maracutaias políticas e financeiras, principalmente quando o dinheiro vem dos suados impostos pagos pela população.
Portanto, é diante deste quadro de impunidade e se valendo deste atestado dado pela instância judiciária maior, que todo esse pessoal, que deveriam ser execrados da vida pública continuam aí, como se nada tivessem feito.
Por vezes nos perguntamos: será que já chegamos ao fundo do poço ou mais novidades assistiremos? E desolado, no outro dia recebemos a resposta, com um escândalo maior em relação ao respeito à ética e conduta política ilibada. E o pior é que temos a certeza que novos fatos escabrosos surgirão.
Assistir os nossos “caciques”, com todo respeito aos índios coitados que não têm culpa, e coronéis políticos que lá, no plenário do Congresso fazem pronunciamentos que para os mais desavisados parecem santos nos enoja e por que não dizer, envergonha a Nação, nos envergonha e aos nossos filhos.
As atitudes e decisões do STF desestimulam qualquer cidadão de bem a denunciar improbidades administrativas e políticas ou atos impróprios de autoridades, pois tem a certeza de que nada ocorrerá. Aliás, corre o risco do denunciante ser punido, e com a convicção da impunidade para os grandes.
Este sistema de privilégios e corrupção, de denúncias contra governadores, senadores, deputados, prefeitos, vereadores, de ilegalidades empresariais é bastante conhecida pelo nosso povo, pena, que por sua índole, ainda é um povo pacato, porque senão de há muito já estariam nas ruas quem sabe, até fazendo justiça com a sua própria mão. Ainda bem que somos um povo pacato.
Devemos reconhecer, entretanto, que a história do Brasil foi construída através de diversas interrupções do seu processo democrático, cujos golpes de contra-golpes fazem parte da nossa cultura política, com fortes laços nos privilégios às classes dominantes ou as elites.
Para que uma nação construa um país democrático culturalmente, exige que reformas profundas sejam efetivadas, cujas reformas devem ser feitas com cortes profundos e que abranja os três poderes, ou seja, o Executivo, Legislativo e principalmente o Judiciário, tendo como papel de fundo a imprensa e a Educação, e da forma que estamos a assistir, só a alcançaremos através da pressão da sociedade civil organizada, caso contrário continuaremos como está, ou seja, admitindo a existência de uma democracia culturalmente capenga e politicamente sevada de vícios.
Portanto, torna-se urgente uma verdadeira reforma política, para que possamos extinguir os vícios entranhados no lamaçal do dia-a-dia da nossa política, uma completa faxina no nosso Judiciário, que sofre do mesmo mal, com ampla participação popular.
Deve-se começar pelo financiamento de campanha, cortando pela raiz a condenável prática do caixa-dois, impedir que grandes grupos empresariais e financeiros sejam os principais agentes financiadores, estabelecendo limites, inclusive impedir que o agente financiador possa participar de licitações cujos projetos ou região eleitoral seja consideradas de interesses do autor ou do político x, significando dizer que, no município em que determinada empresa investiu no candidato, após eleito esta empresa ficará impedida de participar de obras daquele município.
Uma sugestão: o dinheiro doado deveria ser feito ao Tribunal Eleitoral com destinatário, ou seja, para o candidato X. Qualquer recurso gasto além do recebido, tornaria este candidato inelegível. Não sei, mas talvez fosse a solução.
É importante e fundamental a fidelidade partidária e reconhecer que os votos são dos partidos e não do candidato, visando desta forma fortalecer o debate em torno de projetos e princípios, substituindo a vaidade pessoal pelo interesse coletivo, reduzindo desta forma a esta excrescência denominada GOVERNABILIDADE, que em seu nome, assiste-se o Executivo a se submeter e a transformar a sua relação política num emaranhado de relações fisiológicas, devendo substituir esta dinâmica viciada pela governabilidade com foco no apoio dos movimentos sociais e outros setores da sociedade civil organizada.
Portanto, devemos não só rejeitar o atual modelo, indo mais longe, ou seja, devemos lutar por mudanças e fortalecimento dos instrumentos de promoção da democracia, como plebiscitos, consultas populares, audiências públicas, conselhos e conferências, cujos instrumentos devem se constituir de armas a ser utilizadas pelo sistema para fazer parte do modelo a ser utilizado para as decisões do Poder Central, de forma que estas ao serem tomadas, com certeza terá o apoio popular, pois por eles serão referendadas.
Porém, é importante que também estejamos conscientes que, para conseguirmos atingir este estágio, é preciso que tenhamos uma educação pública e privada de alta qualidade, pois é a educação o pilar fundamental para que possamos construir um novo País.
É preciso que tenhamos a consciência que não existe democracia plena, desenvolvimento ou justiça sem igualdade de condições. Por isso, devemos defender para que em todos os níveis de governo, que seja dada prioridade à qualidade da educação básica e à expansão da universidade pública, com mais pesquisa e extensão, mais recursos técnicos e financeiros e condições de trabalho.
É claro que todo este processo, traz também a necessidade da completa e total democratização dos meios de comunicação, cujos espaços devem ser dados a todos, sem privilégios, de forma que a sociedade dela possa participar, pautando a comunicação pela diversidade, pluralidade. e onde a política não seja tratada unicamente como sinônimo de corrupção.
E para iniciar esta democratização, será necessário que os meios de comunicação não fiquem só a serviço de grupos políticos e ou empresariais, mas que não seja permitido agentes políticos participarem como acionista ou do conselho diretor, seja o titular ou membros da família até a quinta geração, acabando com o atual privilégio. .
Está na hora de mostrarmos a cara de um outro Brasil, mostrar a cara do verdadeiro trabalhador brasileiro, aquele escondido no suor de cada um que dedica sua vida à construção do país e da sua própria dignidade.
É hora de mudar o rumo dos ventos. É hora de impulsionar as mudanças no Brasil.

Um comentário:

Francklin Sá disse...

De: Floriano Lott (Rio de Janeiro):
Frank, vamos aos fatos:
Primeiramente um elogio à sua redação.Você escreve leve e solto, não
usa aquelas frases clichês, dos falsos intelectuais, emboramente é
preferivel um faso intelectual a um intelectual de verdade.
Eu cá quando fora dos diálogos sou Machado de Assis, e nos diálogos
Ariano Suassuna.
Na conta bancária sou o Zé das Couves, mesmo.
Mas...
Frank
Imaginemos; só imagimemos que eu, você mais seu filho entremos numa
máquina e do outro lado saem quatrocentos mil Lottes, quatrocentos mil
Franks e quatrocentos mil Freds.
E sejamos nós eleitos, e sejamos nós duplicados todos os vereadores,
todos os prefeitos e todos os congressistas do Brasil, e você vai ser
o Presidente eleito.
Todos nós , nós do verbo eu, você e seu filho, vamos ter que laborar
obedecendo a leis vigentes.
Será o que os políticos a serem eleitos na próxima, terão que fazer.
Sem essa de escoher bom político e a coisa mudar.
Com a mesma lei vai continuar a mesma bosta.
Mas, indo do sonho à realidade, nós, eu voceê e seu filho, não seremos
duplicados e eleitos.
Na realidade uma Constituição só e mudada da água para o vinho através
de uma revolução armada.
Isto é histórico.
A de 1946, foi pela revolução paulista.
Que foi emendada pela quartelada de 64.
E a atual foi no final da revolução de 64.
Históricamente uma constituição só é mexida 180º, na porrada.
A gente elege os políticos porque a democracia exige vereadores e
congresso; só para isso. A coisa é cartorial.
Você citou o STF. O atual tem dos onze ministros, seis indicados pelo
Lulla.Seis é mais que a metade.Seis é maioria para este ou qualquer
outro presidente.
Historicamente os estudantes politizados vão para as ruas emprenhados
pelos ouvidos pelos vivaldinos que querem alguma coisa.
Em 1944, foram para as ruas pedir que o Brasil fosse lutar contra o
Eixo. No Congresso Nacional (era aqui no fim da Rio Branco) só um
senador voltou contra a gente ir à guerra: Lauro Miller.
Então já estava tudo certo entre os políticos, e os estudantes foram
de inocentes úteis.
Das toneladas de papéis oficiais apreendidas na Alemanha, não há um
documento sequer versando sobre submarinos alemães afundando navios
Brasileiros.
Tem gente abessa de testemunha disso ou daquilo; não há um ex-militar
alemão que diga que tomou parte nos afundamentos de nossos navios.
E os estudantes foram para a rua...
Massa de manobra como os caras-pintadas.
O Collor pagou o que devia à Receita e não foi condenado em nenhum
processo dos muitos contra ele.
E os estudantes foram par as ruas.
Se eu Lottinho da Silva, me multiplicar por cem milhões e matar todos
os salafrários de plantão dos quais você reconhece e cita, os "bons"
vão tomar os lugares deles, e vai continuar a mesm a coisa.
Veja a revolução francesa. Quando fizeram, o povo tacou fogo num
prédio chamado Bastilha.Foi simbólico. Lá dentro só tinha os loucos.
(Os loucos eram presos). Os políticos que antes eram lá presos, já
estavam todos, eu disse todos, mortos.
Vencida a revolução, o rei fugui para a Inglaterra e a Aristocracia
passou a ser o primeiro poder ao invés do clero.Quatro anos depois,
trouxeram o rei de volta. O babaca voltou e mataram "ele¨.
Quando um partido não nobre chegou ao poder, pôs no governo um
Inperador: Napoleão Bonaparte.
Você vê que não vale a pena. Nem a revolução francesa valeu.
O negócio é tomar um chopp.
Um abraço.
Gosto de ler você.