Sem querer ser pessimista, podemos afirmar com toda convicção, que hoje, a doença que mais ameaça ao nosso País, cujo males é superior a Aids, o infarto e o câncer, é a degradação moral ocasionada pela CORRUPÇÃO. Da mesma forma como ocorre com uma infecção generalizada, a corrupção está matando nosso país de maneira rápida e paulatina, trazendo em seu interior a decomposição moral do seu povo. E o preocupante é que o estado terminal deste doente chamado Brasil, em lugar de se buscar sua cura, os seus médicos estão procurando esconder a gravidade da doença, contribuindo para seu enraizamento, aumentando o mal.
Para discutir corrupção, é necessário mergulhar um pouco na história, refletindo principalmente sobre a sociedade e república romana, cuja página serve para ilustrar a afirmativa inicial: a partir do momento em que os interesses privados passaram a se sobrepor ao público, aí começou a decadência do estado romano. Em resumo, significa dizer que a partir do momento em que o espírito cívico e ético deixou de ser o padrão a ser seguido sendo substituído pelo assalto aos cofres públicos e subordinar o Estado a interesses menores, aí deu-se início ao seu fim.
Mas afinal o que é corrupção esse mal endêmico que tem atacado os órgãos vitais desta grande Nação e tão controverso, cujo fenômeno tem resistido ao tempo; aos regimes políticos, seja democracia ou ditadura; as formas e ou sistemas de governo e econômicos?
Quando alguém aborda sobre o tema corrupção, logo nos lembramos da infração praticada pelo agente público, seja administrativo ou político; ao suborno, a taxa do por fora para obter pronto ou um atendimento diferenciado.
É bom lembrar que esta é a etapa final da corrupção, aquela que é exteriorizada pelos atos. Porém, a formação, origem e o proceder da corrupção esta têm uma formatação mais ampla e na sua grande maioria, antecede ao ato, sendo elaborado internamente dentro do seu ser.
A corrupção tem início a partir do instante em que começa degradar os valores íntimos de cada um, destruindo os pilares da virtude, anulando os princípios e valores do ser humano, seu próprio orgulho. Começa a partir de pequenas concessões, com inversões de valores no seu dia-a-dia que vai degradando o homem moralmente e se expandindo pela comunidade. Portanto, é a partir da concessão e tolerância de pequenos vícios, na nossa vida privada, que começamos a preparar o terreno para os desvios de personalidades e a aceitação das grandes corrupções e subornos na vida pública.
È importante que saibamos que existe basicamente dois tipos de corrupção: a dos atos, aquela em que as pessoas se beneficiam materialmente das vantagens obtidas ou então se omitem, que é outra forma material de ser corrompido. A outra, e esta a meu ver é a mais grave, é a corrupção moral ou ética, pois esta precede a primeira, ambas degradam o ser humano, mas é obvio que ao receber ou aceitar o suborno, muito antes deste ato, já ocorreu no subornado a deterioração dentro de si de todos princípios de moralidade pessoal ou funcional. É claro que ao corruptor, tudo que se emprega ao analisar o corrompido serve para identificar a sua personalidade, porque também não apresenta nenhum princípio ético/moral.
Quando afirmamos que a corrupção moral é a mais degradante, é porque ela não se restringe apenas ao ato de receber o suborno ou a vantagem material, ela vai mais além, estendendo as suas garras para bem mais longe, abrangendo os costumes; o (falta de) caráter; o desleixo com a coisa pública; a (falta de) solidariedade; a indiferença pela sorte alheia, principalmente dos menos favorecidos; a tolerância e condescendência com os superiores e com às falhas dos subalternos, enfim é personificação da degradação moral.
No Brasil, pode-se afirmar sem medo de errar que em tudo que o homem bota a mão, há corrupção, com raras exceções. Temos corruptos e corruptores na política, na polícia, na justiça, na administração pública, na educação, na família, na economia, no Direito, nas igrejas, nas atividades empresariais, e por aí vai.
As vezes chego a me perguntar, em que setor deste País, assiste-se ou pratica-se com mais ênfase, este cancro que a cada dia adoece mais esta Nação?
Será na política onde todo dia assiste-se escândalos e mais escândalos, e trocar ou vender o apoio e o voto é uma negociata comum entre eles, banalizando a ação política? Como confiar nas suas reais intenções, quando as leis em sua grande maioria daí decorrentes são elaboradas apenas para atender a segmentos específicos e a interesses pessoais ou empresariais?
Na polícia onde a principal corrupção é a perda da própria razão de ser?
Ou na Justiça, que só é ágil para os poderosos e só decidem em seu favor e as suas decisões chegam a ofender a razão dela existir? É na Justiça onde ocorre a pior das corrupções, pois uma decisão judicial muda toda a vida de uma pessoa ou de uma sociedade. E o pior o Juiz chega a ter o poder de um deus, pois uma decisão sua ninguém muda, imobilizando o sentenciado. Aí sim, é a mais gravíssima das corrupções, pois atinge o ser humano diretamente levando-o a nocaute.
Será na Administração Pública? Esta parece que a corrupção já generalizou qual o câncer em sua fase terminal, que enraíza por todos os órgãos, subornando os que são remunerados para defender o interesse público, aliado por outro lado pelo nepotismo, onde os políticos e financiadores de campanhas descaradamente se utilizam dos espaços para ali encravarem seus apadrinhados, que para lá vão não para servir ao público, mas sim para representar os interesses daquele que o indicou e agirem como a seu serviço esteja, sem dá satisfação a ninguém.
E a educação? Esta mesma que tornou rotineira a deturpação da aprovação, transformando a nossa juventude em alfabetizados funcional quando muito, diante da má formação, onde os educadores procuram apenas ser simpáticos aos estudantes, trocando o mérito intelectual pela incompetência e ao "mérito do politicamente correto", o que não deixa de ser uma esperteza mercantil da escola, fazendo disto um pacto com a mediocridade?
Enfim, onde será que não se assiste hoje em dia a corrupção? Nas famílias, será? Onde o exemplo que mais edifica é “que os meios justificam os fins”, ou seja, onde o honesto por princípio,enfrenta a forte concorrência daquele “honesto” que faz de tudo para ter?
Por acaso será na economia? Onde grupos famíliares por conta da imunidade da fortuna, obtida através da impunidade conseguida através da sonegação, ridiculariza o assalariado que sequer tem a oportunidade ou chance de sonegar?
No Direito? Onde os “grandes juristas” deturpam os fundamentos legais para justificar interesses inconfessáveis, sempre em favor das elites em detrimento do pobre, sem a mínima preocupação que a justiça seja feita? Será que não é corrupção quando advogados se apequenam em subserviência aos que lhe devem prestar o serviço público por dever funcional e ficam a se humilhar?
No meio empresarial? Que se utilizam da Justiça e do Direito para não cumprirem com os seus deveres sociais e às condenações judiciais, onde poucos cumprem as decisões judiciais e quando as cumprem tem primeiro que tripudiar da dignidade da Justiça, muitas vezes debochando dela?
Será nas religiões, que diariamente assistimos representantes das igrejas vendendo terreno no céu, ou trocando a absolvição dos pecados por dinheiro?
É importante que tenhamos a consciência que a corrupção que hoje impera em nosso País é mais grave que a ocorrida nas demais Nações, porque aqui ela vem ocorrendo em doses cavalar e sua aplicação não ocorre mais por dia e sim por minuto e diante da letargia que tomou o nosso corpo, este cancro já dominou por completo o nosso sistema defensivo, já enraizou e corroeu os princípios, baluartes do sistema de defesa, já criou anticorpos aos medicamentos receitados e depauperou a nossa fé em dias melhores, só nos restando uma pequena gota de esperança, que neste vendaval em que nos encontramos, espero que ainda sobreviva.
Às vezes chego a me perguntar, por que é tão difícil punir exemplarmente as pessoas pegas subornando e aquelas que se deixam corromper, muitos deles corruptos assumidos e identificados? Será que é porque fazem parte de um grupo de “bem sucedidos” e "colunáveis" e até são pessoas bem vistas por esta sociedade terminal?.
Porque os valores morais não valem para todos, independente da opção de vida? Nenhum interesse por maior risco que se apresente deve afastar o valor moral e ético da ação de qualquer ser humano, pois é este que dignifica, distingue e diferencia o homem do animal.
Quando tiver alguma dúvida acerca do valor moral da ação a ser executada, indague sobre os seus fins então saberá se estará exercendo uma ação eticamente relevante e sobretudo, se a ação é moralmente consistente.
O País está precisando urgentemente de uma UTI, para que seja feito um tratamento de choque, contra esta doença que hoje se alastra sobre o seu corpo - a corrupção, não importando a sua extensão e o seu potencial maligno.
É importante e fundamental que tomemos consciência que, ou o que ainda resta de bom neste Brasil acaba com a corrupção, ou a corrupção acaba com o Brasil!
Para discutir corrupção, é necessário mergulhar um pouco na história, refletindo principalmente sobre a sociedade e república romana, cuja página serve para ilustrar a afirmativa inicial: a partir do momento em que os interesses privados passaram a se sobrepor ao público, aí começou a decadência do estado romano. Em resumo, significa dizer que a partir do momento em que o espírito cívico e ético deixou de ser o padrão a ser seguido sendo substituído pelo assalto aos cofres públicos e subordinar o Estado a interesses menores, aí deu-se início ao seu fim.
Mas afinal o que é corrupção esse mal endêmico que tem atacado os órgãos vitais desta grande Nação e tão controverso, cujo fenômeno tem resistido ao tempo; aos regimes políticos, seja democracia ou ditadura; as formas e ou sistemas de governo e econômicos?
Quando alguém aborda sobre o tema corrupção, logo nos lembramos da infração praticada pelo agente público, seja administrativo ou político; ao suborno, a taxa do por fora para obter pronto ou um atendimento diferenciado.
É bom lembrar que esta é a etapa final da corrupção, aquela que é exteriorizada pelos atos. Porém, a formação, origem e o proceder da corrupção esta têm uma formatação mais ampla e na sua grande maioria, antecede ao ato, sendo elaborado internamente dentro do seu ser.
A corrupção tem início a partir do instante em que começa degradar os valores íntimos de cada um, destruindo os pilares da virtude, anulando os princípios e valores do ser humano, seu próprio orgulho. Começa a partir de pequenas concessões, com inversões de valores no seu dia-a-dia que vai degradando o homem moralmente e se expandindo pela comunidade. Portanto, é a partir da concessão e tolerância de pequenos vícios, na nossa vida privada, que começamos a preparar o terreno para os desvios de personalidades e a aceitação das grandes corrupções e subornos na vida pública.
È importante que saibamos que existe basicamente dois tipos de corrupção: a dos atos, aquela em que as pessoas se beneficiam materialmente das vantagens obtidas ou então se omitem, que é outra forma material de ser corrompido. A outra, e esta a meu ver é a mais grave, é a corrupção moral ou ética, pois esta precede a primeira, ambas degradam o ser humano, mas é obvio que ao receber ou aceitar o suborno, muito antes deste ato, já ocorreu no subornado a deterioração dentro de si de todos princípios de moralidade pessoal ou funcional. É claro que ao corruptor, tudo que se emprega ao analisar o corrompido serve para identificar a sua personalidade, porque também não apresenta nenhum princípio ético/moral.
Quando afirmamos que a corrupção moral é a mais degradante, é porque ela não se restringe apenas ao ato de receber o suborno ou a vantagem material, ela vai mais além, estendendo as suas garras para bem mais longe, abrangendo os costumes; o (falta de) caráter; o desleixo com a coisa pública; a (falta de) solidariedade; a indiferença pela sorte alheia, principalmente dos menos favorecidos; a tolerância e condescendência com os superiores e com às falhas dos subalternos, enfim é personificação da degradação moral.
No Brasil, pode-se afirmar sem medo de errar que em tudo que o homem bota a mão, há corrupção, com raras exceções. Temos corruptos e corruptores na política, na polícia, na justiça, na administração pública, na educação, na família, na economia, no Direito, nas igrejas, nas atividades empresariais, e por aí vai.
As vezes chego a me perguntar, em que setor deste País, assiste-se ou pratica-se com mais ênfase, este cancro que a cada dia adoece mais esta Nação?
Será na política onde todo dia assiste-se escândalos e mais escândalos, e trocar ou vender o apoio e o voto é uma negociata comum entre eles, banalizando a ação política? Como confiar nas suas reais intenções, quando as leis em sua grande maioria daí decorrentes são elaboradas apenas para atender a segmentos específicos e a interesses pessoais ou empresariais?
Na polícia onde a principal corrupção é a perda da própria razão de ser?
Ou na Justiça, que só é ágil para os poderosos e só decidem em seu favor e as suas decisões chegam a ofender a razão dela existir? É na Justiça onde ocorre a pior das corrupções, pois uma decisão judicial muda toda a vida de uma pessoa ou de uma sociedade. E o pior o Juiz chega a ter o poder de um deus, pois uma decisão sua ninguém muda, imobilizando o sentenciado. Aí sim, é a mais gravíssima das corrupções, pois atinge o ser humano diretamente levando-o a nocaute.
Será na Administração Pública? Esta parece que a corrupção já generalizou qual o câncer em sua fase terminal, que enraíza por todos os órgãos, subornando os que são remunerados para defender o interesse público, aliado por outro lado pelo nepotismo, onde os políticos e financiadores de campanhas descaradamente se utilizam dos espaços para ali encravarem seus apadrinhados, que para lá vão não para servir ao público, mas sim para representar os interesses daquele que o indicou e agirem como a seu serviço esteja, sem dá satisfação a ninguém.
E a educação? Esta mesma que tornou rotineira a deturpação da aprovação, transformando a nossa juventude em alfabetizados funcional quando muito, diante da má formação, onde os educadores procuram apenas ser simpáticos aos estudantes, trocando o mérito intelectual pela incompetência e ao "mérito do politicamente correto", o que não deixa de ser uma esperteza mercantil da escola, fazendo disto um pacto com a mediocridade?
Enfim, onde será que não se assiste hoje em dia a corrupção? Nas famílias, será? Onde o exemplo que mais edifica é “que os meios justificam os fins”, ou seja, onde o honesto por princípio,enfrenta a forte concorrência daquele “honesto” que faz de tudo para ter?
Por acaso será na economia? Onde grupos famíliares por conta da imunidade da fortuna, obtida através da impunidade conseguida através da sonegação, ridiculariza o assalariado que sequer tem a oportunidade ou chance de sonegar?
No Direito? Onde os “grandes juristas” deturpam os fundamentos legais para justificar interesses inconfessáveis, sempre em favor das elites em detrimento do pobre, sem a mínima preocupação que a justiça seja feita? Será que não é corrupção quando advogados se apequenam em subserviência aos que lhe devem prestar o serviço público por dever funcional e ficam a se humilhar?
No meio empresarial? Que se utilizam da Justiça e do Direito para não cumprirem com os seus deveres sociais e às condenações judiciais, onde poucos cumprem as decisões judiciais e quando as cumprem tem primeiro que tripudiar da dignidade da Justiça, muitas vezes debochando dela?
Será nas religiões, que diariamente assistimos representantes das igrejas vendendo terreno no céu, ou trocando a absolvição dos pecados por dinheiro?
É importante que tenhamos a consciência que a corrupção que hoje impera em nosso País é mais grave que a ocorrida nas demais Nações, porque aqui ela vem ocorrendo em doses cavalar e sua aplicação não ocorre mais por dia e sim por minuto e diante da letargia que tomou o nosso corpo, este cancro já dominou por completo o nosso sistema defensivo, já enraizou e corroeu os princípios, baluartes do sistema de defesa, já criou anticorpos aos medicamentos receitados e depauperou a nossa fé em dias melhores, só nos restando uma pequena gota de esperança, que neste vendaval em que nos encontramos, espero que ainda sobreviva.
Às vezes chego a me perguntar, por que é tão difícil punir exemplarmente as pessoas pegas subornando e aquelas que se deixam corromper, muitos deles corruptos assumidos e identificados? Será que é porque fazem parte de um grupo de “bem sucedidos” e "colunáveis" e até são pessoas bem vistas por esta sociedade terminal?.
Porque os valores morais não valem para todos, independente da opção de vida? Nenhum interesse por maior risco que se apresente deve afastar o valor moral e ético da ação de qualquer ser humano, pois é este que dignifica, distingue e diferencia o homem do animal.
Quando tiver alguma dúvida acerca do valor moral da ação a ser executada, indague sobre os seus fins então saberá se estará exercendo uma ação eticamente relevante e sobretudo, se a ação é moralmente consistente.
O País está precisando urgentemente de uma UTI, para que seja feito um tratamento de choque, contra esta doença que hoje se alastra sobre o seu corpo - a corrupção, não importando a sua extensão e o seu potencial maligno.
É importante e fundamental que tomemos consciência que, ou o que ainda resta de bom neste Brasil acaba com a corrupção, ou a corrupção acaba com o Brasil!
2 comentários:
Prezado Franklim.
Muito pertinente o seu artigo.Realmente o nosso país é vítima desse terrível câncer que é a corrupção.Mas, quem deveria ir para a UTI e jamais ter alta seriam esses políticos que pertencem a todos esses partidos que se dizem de direita ou de esquerda.
Forte abraço.
Meu amigo, parabéns pelo seu ótimo texto e muito atual. Realmente a corrupção procria com mais velocidade do que ratos, aliás, ratos é o que são. Mas enquanto houver homens com honradez como o senhor, que ainda se preocupa com o estado da nação, decerto que teremos alguma esperança. Um abraço,
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