domingo, 4 de junho de 2023

'Cargos no exterior, altos salários': saiba por que militares brasileiros querem alinhamento com EUA

Disputa sobre presença de militares chineses em seminário do Exército expõe desejo da força de manter alinhamento automático com os EUA. Para especialista ouvida pela Sputnik Brasil, militares brasileiros preferem manter cargos e salários em Washington do que diversificar parcerias na área de defesa.

Nesta semana foi concluído o 1º Seminário Internacional de Doutrina Militar Terrestre do Exército Brasileiro, organizado pelo Comando de Operações Terrestres, palco de mais um embate entre o governo Lula e a classe militar.

O Exército optou inicialmente por não convidar militares chineses para o evento, apesar das mudanças na política externa brasileira, que preveem a retomada de cooperação em defesa com Pequim. Na lista de convidados figuravam somente países como EUA, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Japão, África do Sul, Angola, Chile e Argentina.

A ausência de convite para a China foi mal recebida pelo governo, Itamaraty e comunidade acadêmica, que pressionaram para que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, adequasse a lista de convidados às diretrizes da política externa e convidasse militares chineses para o seminário.

Como resultado, no dia 30 de maio, 20 militares chineses, em sua maioria oficiais-generais, desembarcaram em Brasília para participar do evento. Os convidados chineses também foram recebidos pelo Quartel-General do Exército e pela Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro.

De acordo com professora do curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional da UFRJ Adriana Marques, as Forças Armadas devem alinhar suas diretrizes de segurança à política externa do governo e diversificar parcerias na área de defesa.

"A diplomacia brasileira é racional ao querer manter os laços já existentes com os EUA, mas também tentar fortalecer laços com a China", disse Marques à Sputnik Brasil. "Isso mostra que o Brasil não tem mais um alinhamento automático com os EUA no campo de segurança, como aconteceu no governo anterior."

A decisão brasileira de convidar militares chineses levou a embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Frawley Baglei, a solicitar uma reunião com o ministro Múcio para debater as relações na área de defesa.

Pouco depois, os EUA enviaram a Brasília uma delegação liderada pela general Laura Richardson, chefe do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, para reuniões com os comandantes da Marinha, almirante Marcos Olsen, do Exército, general Tomás Paiva, da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, e com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, almirante Renato Rodrigues de Aguiar Freire, conforme reportou o Estado de São Paulo.

A professora do curso de Defesa e Gestão Estratégica Internacional da UFRJ Adriana Marques reconhece a importância da parceria brasileira com os EUA na área de defesa, cujos laços históricos remontam à Segunda Guerra Mundial.

"Os militares brasileiros se espelham nos seus colegas norte-americanos e querem ter tudo o que eles têm. Só não querem se subordinar às diretrizes do governo, como os norte-americanos fazem", ressaltou Marques.

·         Diversificar parceiros

De acordo com a especialista, a cooperação militar com a China foi iniciada ainda no governo do general João Figueiredo, mas reduzida drasticamente desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"A China teria muito a oferecer ao Brasil, principalmente no que diz respeito à transferência de tecnologia dos equipamentos militares que compramos. A China é mais disposta a transferir tecnologia do que os EUA", notou Marques. "Mas isso dependerá muito de como as relações bilaterais com Pequim serão reconstruídas."

Os projetos de cooperação com países da América do Sul também sofreram retrocesso, o que pode retardar o potencial para o desenvolvimento de tecnologias regionais próprias.

"Após a deposição de Dilma, os militares passaram a defender que o Brasil deveria priorizar a cooperação militar com países do chamado 'Arco do Conhecimento', isto é, EUA e europeus", relatou Marques. "A justificativa era a de que a cooperação com a América do Sul era improdutiva e destituída de ganhos tecnológicos."

O verdadeiro interesse das Forças Armadas, no entanto, é de manter as benesses que a cooperação com os EUA garante para a corporação.

"Para os militares essa cooperação é boa, já que cria cargos no exterior e fornece ótimos salários", apontou Marques. "Os militares parecem preferir um cargo em Washington do que precisar ir morar na Bolívia ou no Equador."

Caso de destaque é o do escritório das Forças Armadas em Washington, que realizou gastos de mais de R$ 20 bilhões entre 2018 e 2022. O escritório sedia a Comissão Naval Brasileira em Washington (CNBW), a Comissão do Exército Brasileiro em Washington (CEBW) e a Comissão Aeronáutica Brasileira em Washington (CABW) e atualmente é objeto de auditoria do Tribunal de Contas da União.

"Infelizmente, essa geração de militares pensa de maneira corporativista: se a cooperação com os EUA trará mais cargos fora do Brasil e fornecer equipamentos de última geração, sem que eles precisem queimar neurônios para desenvolver o seu próprio, ela será priorizada [...] A visão de desenvolvimento tecnológico e científico nacional se perdeu", lamentou a especialista.

Entre os dias 30 de maio e 1º de junho, o Comando de Operações Terrestres do Exército Brasileiro realizou o 1º Seminário Internacional de Doutrina Militar Terrestre, em Brasília. Após o governo federal pressionar para a inclusão da China entre os países convidados, representantes de cerca de 35 nações participaram do evento.

 

Ø  Posição neutra do Brasil deve ser respeitada: deputado do PT critica seminário militar

 

1.º Seminário Internacional de Doutrina Militar Terrestre do Exército Brasileiro ocorreu nesta semana, de 30 de maio a 1º de junho. Organizado pelo Comando de Operações Terrestres (COTER), o evento buscou, segundo seus idealizadores, estudar "conceitos e linhas de esforços" para superar possíveis ameaças contemporâneas. 

Entre os países convidados, na lista original, eram 34. Desses estavam representantes dos Estados Unidos, Argentina, México, Colômbia, África do Sul, Nigéria, Emirados Árabes, Israel, entre outros. 

No entanto, representantes da China, por exemplo, não estavam inseridos. Uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo relatou que alas petistas e o Itamaraty estranharam a falta do país asiático na lista, além de defenderem que o seminário explicitava o "comprometimento político dos convidados nas operações de multidomínio do exército dos Estados Unidos".  

Após a repercussão, e a pedido do ministro da Defesa, José Múcio, o Exército incluiu representantes de Pequim entre os convidados do seminário.

Opera Mundi conversou com o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que já havia manifestado seu posicionamento, durante a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, acerca dessa possível disputa com os militares em relação à política externa do país.

Para Zarattini, não é real que haja uma pressão para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enquadre os militares, mas há um estranhamento de que o Ministério da Defesa organize encontros para "discutir temas militares num desenho onde o Brasil só conversa com um lado".

"Se a gente tem uma posição de neutralidade, nós deveríamos conversar com todos os lados, com a China, Rússia, com todos", disse. 

Segundo o deputado, é importante que o Brasil mantenha trocas de informações militares. Porém, destaca a importância que a relação do Brasil com "todos os países seja preservada”. “Talvez o Brasil devesse elaborar essas conferências de uma outra forma. Eu não sei nem se é conveniente fazer um encontro desse no momento atual", afirmou Zarattini.

<<< Leia a entrevista: 

·         Deputado, está sendo veiculado que existe uma pressão de petistas e do Itamaraty para que o presidente Lula enquadre alas militares no que tange à política externa do país. Essa disputa é verdadeira?

Carlos Zarattini: uma pressão que não é verdade, não ocorre. O que ocorre é que alguns deputados, eu inclusive, estranhamos muito que o Ministério da Defesa, particularmente o Exército, organizem encontros, conferências, para discutir temas militares, num desenho onde o Brasil só conversa com o lado, vamos dizer da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), e não dialoga com o outro lado. Porque se a gente tem uma posição de neutralidade, nós deveríamos conversar com todos os lados, com a China, Rússia, com todos. 

·         Na sua avaliação, quais os perigos da falta de uma estratégia nacional de defesa ancorada na neutralidade, como vem defendendo o governo?

A Otan, por exemplo, tem trabalhado muito para armar a Ucrânia e não está fazendo nenhum movimento em direção à paz, está fazendo um movimento de reforçar os armamentos da Ucrânia para enfrentar a Rússia. Então, e o próprio papo do Volodymyr Zelensky é só esse, de ter apoio militar.

Se é para o Brasil e o Ministério da Defesa ouvir as opiniões sobre a conjuntura militar mundial, não pode ficar restrito a uma visão. Então, nós temos que articular a nossa proposta de relações exteriores, o nosso posicionamento de neutralidade, de negociação pela paz, nesse âmbito militar também.

·         O 1.º Seminário Internacional de Doutrina Militar Terrestre do Exército Brasileiro ameaçou a neutralidade brasileira em relação à guerra na Ucrânia, por conta de quem foi convidado?

Não ameaça a neutralidade brasileira porque a posição do Brasil é definida pelo presidente da República. Então, de forma alguma não existe uma ameaça à posição de neutralidade, mas é estranho por conta dessa posição. Talvez o Brasil devesse elaborar essas conferências de uma outra forma. Eu não sei nem se é conveniente fazer um encontro desse no momento atual.

·         Então, na sua opinião, não havia necessidade desse seminário? 

Eu acho que é extemporâneo. É importante que a relação do Brasil com todos os países tenha que ser preservada, inclusive trocando informações militares. Mas é necessário que isso se dê num contexto mais amplo. Então, acredito que nesse momento aqui, dessa forma, não foi conveniente.

·         A lista original de convidados para o seminário não incluiu a China. A pedido do ministro da Defesa, José Múcio, o Exército chamou representantes chineses para o evento. Esse convite pode ter sido por alguma pressão do Itamaraty e também dos petistas?

Não vamos dizer por pressão do Itamaraty, não sei, não sei o que o Itamaraty fez, mas acho que foi muito positivo eles terem convidado, não sabia, não tinha essa informação.

·         A Ucrânia solicitou ao Ministério da Defesa do Brasil a compra de veículos blindados Guarani em versão ambulância. Uma matéria do jornal O Estado de S. Paulo diz que o governo brasileiro não teve conhecimento desse pedido. É preocupante que a pasta não tenha informado ao governo brasileiro em relação a essa solicitação ucraniana?

Bom, o Ministério da Defesa é parte do governo. E o que precisa ter é uma informação interna melhorada. Esse tipo de coisa tem que ser bem clara. Esse tipo de venda, ela incide nas relações diplomáticas. Tem que haver dentro do governo um canal de decisão que seja compartilhado.  Entre vários órgãos, como os Ministérios da Relação Exterior, Defesa, Casa Civil.

·         O presidente Lula tem defendido o diálogo entre as partes para o fim do conflito. O senhor também compartilha desse posicionamento? Esse é o caminho que o Brasil deve tomar?

Isso. O presidente está postulando que haja um cessar-fogo e a partir desse cessar-fogo  sentem as partes numa mesa para negociar uma solução. Eu acho que é o caminho correto.

 

Ø  Gastos militares dos EUA poderiam cair abaixo de 3% do PIB pela 1ª vez em um quarto de século

 

O acordo do teto da dívida do país norte-americano deve reduzir os gastos militares reais, segundo um artigo de opinião publicado na mídia norte-americana.

Vários senadores alertaram que o acordo do teto da dívida dos EUA leva a cortes nos gastos militares, escreveu na sexta-feira (2) o jornal norte-americano The Wall Street Journal (WSJ).

Os republicanos conseguiram reduzir gastos domésticos, como pretendiam, mas o preço político foi concordar com o pedido de orçamento de defesa do presidente Joe Biden de US$ 886 bilhões (R$ 4,39 trilhões) para 2024 e US$ 895 bilhões (R$ 4,43 bilhões) em 2025. Ajustando ao atual nível da inflação, o acordo significa uma queda real dos gastos militares, com eles podendo cair para menos de 3% da economia "pela primeira vez desde o auge do dividendo da paz pós-Guerra Fria no final da década de 1990", diz o WSJ.

Assim, o orçamento de Biden reduz a Marinha dos EUA para 286 navios até 2025, enquanto a da China aumenta para uma frota de 400 navios necessária para controlar Taiwan, nota o artigo de opinião do jornal.

Segundo o senador Tom Cotton, a diferença entre o compromisso atingido e "o crescimento anual real de 5% de que o Pentágono precisa" equivale a cinco porta-aviões da classe Gerald Ford ou 90.000 mísseis Stinger. Ele acusa os legisladores democratas de excessiva preocupação com os gastos no bem-estar social, o que, segundo o veículo de imprensa, poderia retornar os EUA aos tempos do conflito orçamentário de 2011, que "devastou a prontidão militar".

Uma das críticas é que o Pentágono poderia gastar melhor o seu dinheiro, com propostas como a reforma do serviço civil, do sistema de saúde militar e o corte de serviços como mercearias do Departamento de Defesa ou aluguéis de canoas subsidiados nas bases militares. No entanto, sem passos mais controversos como a redução de tempo de manutenção ou de voo, seria impossível ultrapassar o fato de o país norte-americano possuir uma frota naval que é cerca de metade da dos tempos da Guerra Fria.

"A pior parte do acordo da dívida pode ser a mensagem que ele envia aos investidores. Os norte-americanos aprenderam recentemente que uma base industrial de defesa frágil não está preparada para aumentar o número de armas para contingências como a guerra na Ucrânia. As empresas não investirão, por exemplo, na expansão de estaleiros quando Washington anunciar que os gastos com defesa estão caindo", argumenta a coluna.

O artigo acrescenta que apesar das garantias no sentido contrário do presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, "a verdade" é que o país "está entrando em um período perigoso, com um Exército vulnerável".

·         Joe Biden destruirá a OTAN apaziguando a Turquia por causa da Suécia?

A política do governo do presidente dos EUA, Joe Biden, na direção turca é extremamente perigosa – na verdade, ele é suscetível a chantagem pelo líder turco Recep Tayyip Erdogan, escreve o observador da 19FortyFive Michael Rubin.

De acordo com Rubin, tal curso poderia eventualmente levar a um conflito armado entre a Turquia e a Grécia, o que comprometeria a existência da Aliança Atlântica.

Quando Recep Erdogan anunciou a sua vitória nas eleições presidenciais turcas, o secretário de Estado dos EUA Antony Blinken "não perdeu tempo": o chefe da diplomacia americana, que estava naquele momento na cidade sueca de Lulea, apelou a Ancara para finalmente concluir o processo de adesão da Suécia à OTAN, escreve Michael Rubin.

Como lembra autor do artigo, Erdogan, irritado com o comportamento de Estocolmo, que não só tolera a "atividade política" dos curdos, mas também aceita jornalistas que deixaram a Turquia, anteriormente usou o veto turco e bloqueou a entrada dos suecos na aliança, exigindo que o país cumpra uma série de requisitos não relacionados à OTAN.

Embora Blinken não tenha ligado publicamente a questão da adesão da Suécia à aliança com as entregas de F-16 que o governo turco há muito exige de Washington, os apoiadores da "troca" para aprovação da entrada de Estocolmo propuseram isso anteriormente ao presidente dos EUA Biden, bem como vários funcionários do Departamento de Estado já conversaram com membros do Congresso americano, cujo consentimento será necessário para a aprovação dos suprimentos, observa Rubin.

Enquanto isso, embora a administração Biden possa acreditar que a adesão da Suécia é de interesse primordial para a OTAN, o impulso da Casa Branca para continuar a negociar com a Turquia sobre a Suécia é um grande erro.

Mesmo que Washington consiga trocar os F-16 e os componentes para a sua modernização pela abolição do veto por Erdogan, seria uma vitória de Pirro.

De acordo com Rubin, a Rússia pode ser uma ameaça à aliança, mas a adesão da Suécia à OTAN no contexto dessa ameaça é irrelevante, especialmente se a aliança e Estocolmo concordarem em agir juntas.

A perspectiva de uma guerra entre a Turquia e a Grécia é um perigo muito maior para a OTAN, porque, como salientaram alguns analistas, um conflito desse tipo, se se incendiar, ameaçará a própria existência da aliança.

Sucumbir à "chantagem" de Erdogan é ruim, porque tal curso não só encorajará o líder turco a repetir tais táticas, como também encorajará outros países da OTAN a negociar várias concessões em troca da futura admissão de novos membros à aliança, argumenta Rubin.

Enquanto isso, líder turco tem reivindicações não só perante a Suécia, mas também perante os aliados da OTAN, e especialmente a Grécia. Ao mesmo tempo, Washington não toma nenhuma medida séria para parar as ações "desestabilizadoras" de Ancara.

Assim, segundo Rubin, acelerando a adesão da Suécia à OTAN, a ação do governo de Biden equivale a "tratar uma unha encravada cortando o pé".

Estocolmo acabará por se tornar parte da aliança, e "acelerar essa adesão, colocando a OTAN no caminho de uma guerra intra-OTAN que vai rasgar a aliança por dentro, no entanto, é incompetência estratégica ao extremo", enfatiza autor.

·         Moscou: contramedidas dos EUA para Tratado Novo START não são uma surpresa

As contramedidas dos EUA ao Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START) não foram uma surpresa para Moscou, já que Washington alertou sobre sua preparação, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov.

"Primeiro, isso não foi uma surpresa para nós [...] Eles [os americanos] avisaram oficialmente, embora o tenham feito em sua maneira, que se tornou recentemente habitual, de estabelecer condições – da série 'você tem que fazer algo, então não haverá tais medidas'. Mas é claro que a linguagem dos ultimatos não funcionará conosco", disse Ryabkov.

Segundo ele, a decisão de Moscou de suspender o Tratado Novo START é inabalável, quaisquer que sejam as contramedidas americanas.

"E nossa própria condição para um retorno ao pleno funcionamento do Tratado é a rejeição pelos EUA da política fundamentalmente hostil em relação à Rússia", acrescentou ele.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia também declarou que as afirmações recentes do conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, sobre o controle de armas possuem uma carga destrutiva e visam continuar a linha de Washington de quebrar o equilíbrio de interesses.

Em resposta à pergunta se as contramedidas dos EUA relativamente ao Novo START poderiam exacerbar a situação do controle de armas, o diplomata observou que "já é extremamente aguda".

"E por culpa dos Estados Unidos, muitos elementos da arquitetura anterior nesta esfera ou foram completamente destruídos ou foram colocados em um estado semiletal", enfatizou Ryabkov.

A partir de 1º de junho, Washington suspendeu a transmissão a Moscou de informações sobre o status e a localização das armas estratégicas americanas que se enquadram no Novo START.

Os Estados Unidos também estão cancelando os vistos emitidos aos especialistas russos para realizar inspeções sob o Tratado Novo START e não emitirão novos vistos. Além disso, Washington não fornecerá a Moscou informações telemétricas sobre lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais americanos.

 

Fonte: Sputnik Brasil/Opera Mundi

 

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