Pouco mais de 54 milhões de brasileiros foram
levados — espontaneamente ou via terrorismo oficioso — a crer que 'a
vida será ainda melhor' que a propaganda política apresentada pelo PT
e que a mudança, necessária para tirar o Brasil do mar de lama onde está
enfiado, virá através da manutenção do (des)governo da petista Dilma Rousseff.
Ah! Essa tal '#change', meme que alimenta a fome das redes sociais
desde a primeira eleição do orgástico norte-americano Barack Obama.
Parêntese importante: por falar em meme, dizem
as redes que o 'chororô' dos derrotados é livre e gratuito,
rogando para que as 'lágrimas' possam melhorar os níveis dos
reservatórios de água de São Paulo. Portanto, cá estou a chorar, ainda sem
saber se as gotas do meu lamento serão úteis ao Sistema Cantareira. Fecho
parênteses.
Se considerarmos apenas as peças publicitárias
ilusórias criadas pelo marqueteiro-geral da República, 'nunca antes na
história deste país' houve alguém melhor que Dilma para comandar a gigante
nau latino-americana.'Governo novo, ideias novas' foi lema da turma
que diz defender o brilhantismo do Brasil e o protagonismo dos programas
sociais sem 'portas de saída'. Aliás, 'porta de saída' tornou-se
termo politicamente incorreto, seja para descrever o precioso curral eleitoral
do neocoronelismo estatal, seja para esclarecer que a alternância no salão
presidencial do Palácio do Planalto seria saudável ao país.
No entanto, uma semana após sacramentada a
reeleição da 'presidenta', ficou difícil compreender quem está
(des)governando o país. Em seus discursos de campanha, Dilma Rousseff fez
questão de proclamar que Aécio Neves e o PSDB, caso vencessem as eleições,
tratariam de aumentar impostos, elevar os preços da gasolina e da tarifa de
energia elétrica, promoveriam arrocho salarial e desemprego e, sobretudo,
conduziriam o Brasil rumo ao déficit orçamentário e ao descontrole total da
inflação. Não mediu agressões e impropérios contra o tucano Armínio Fraga,
ex-presidente do Banco Central no quarto final da gestão FHC e apontado como
provável ministro aecista da Fazenda.
Dilma venceu Aécio, mas, a considerar o discurso
plantado pela '(re)presidenta', quem está comandando a (f)Fazenda —
não importa se minúscula ou maiúscula, já que o efeito político é o mesmo! — é
o demonizado Armínio Fraga.
Tão logo Sua Excelência embarcou no helicóptero
presidencial rumo às merecidíssimas férias no litoral da Bahia, o (des)governo
sinalizou ao mercado que precisará elevar a carga tributária para sustentar o
déficit orçamentário superior a R$ 15 bilhões — o maior desde a vigência do
Plano Real —; reajustará fortemente os preços da gasolina e das contas de luz;
será obrigado a congelar qualquer aumento do salário mínimo para 2016, já que o
fator determinante para o cálculo — o PIB de 2014 — será zero, podendo tender
ao negativo; e que o desemprego pode vir bater à porta da nação por conta do
elevado grau de desqualificação profissional.
Tudo isso sem contar o tom rancoroso e
revanchista da ala mais inescrupulosa do 'aliado-de-chapa' PMDB,
que colecionou derrotas robustas em alguns Estados graças à intervenção do 'muy
amigo' ex-presidente Lula da Silva, e a avalanche de escândalos de
corrupção emergindo das delações premiadas do 'poderoso feiticeiro'Paulo
Roberto Costa e do 'doleiro companheiro' Alberto Youssef,
ambos colocando a Presidência da República Federativa do Brasil na crista da
onda dos mandos malévolos. Noutras palavras, o dedo em riste da 'presidenta-candidata' render-se-á
à realidade de um país (des)governado por uma 'presidenta-ré'?
Em termos de matemática política, apresento-lhes
o Teorema da Lambança:
x = pt4 + 39m + br.[ ts.( prc +
ay ) ] + ba,
quando 'x' é o Brasil real; 'pt' é o partido
político eleito nos últimos quatro mandatos presidenciais; 'm' é
a variável referente ao número de ministérios do atual governo petista;'br' é
a assaltada e combalida Petrobras; 'ts' é valor fixo da 'taxa
de sucesso' cobrado em forma de propinas para abastecer os cofres das
campanhas políticas; 'prc' e 'ay' são,
respectivamente, os delatores oficiais Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef; e 'ba' é
número variável de políticos que integram a dita 'base aliada'.
Considerando o resultado do segundo turno das
eleições no último dia 26 de outubro de 2014, é possível extrair deste teorema
bananístico-jabuticabeiro o seguinte resultado:
x = a maioria dos brasileiros elegeu Michel
Temer, presidente da República.
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